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MISCONDUCT - Kaleb Woodbane
96

Exclaim!

97

Após uma experiência pessoal com seu último álbum de estúdio, o apoteótico “MISCONDUCT” chega a indústria com uma forte explosão de sexo, sedução, drogas englobados na proposta libertinosa que carrega. Com uma storyline dispensável, Kaleb poderia até dizer que a ideia era simples e extravagante ao mesmo tempo, sem demais firulas para conceituar um álbum que já possui um senso conceitual estabelecido. Vemos também o uso de elementos que se contradizem de uma forma boa, como arames e o escorpião ao lado do brilho exacerbado e um color-blocking de tirar o ar ao decorrer do visual. Acompanhando a história que Woodbane propõe ao ouvinte, “Eden N’ Hell” é responsável por iniciar essa experiência com o personagem indo experenciar uma grande noite após muito tempo, onde se encontra entre o céu e o inferno, sendo uma incrível faixa para abrir o álbum, frisando as rimas que são muito bem colocadas e o jogo entre caçador e presa é bastante inteligente. O mais interessante disso é que ela se relaciona muito bem com a próxima canção, “Anesthesia” é onde vemos que ele escolheu o inferno para experimentar e está aos poucos retirando sua carcaça e entrando de cabeça no momento. A grande estrela do álbum vem ao chegarmos em “Telepathy” a grandiosa participação com Jackie e é uma das canções – se não for a canção mais forte do ano, destacando como o verso de Maldova entrelaça com os de Woodbane e formam essa sinergia que é canalizada durante ela. Nos aproximado da temática futurística “Space Cowgirl” com Debra é interessante e acrescenta ao álbum como um todo, novamente vemos que Kaleb tem o talento de compor incríveis refrões chicletes e poderosos, e apesar de a essa altura do campeonato o assunto de fazer /’sexo sem compromisso’/ esteja um pouco maçante, a aproximação dos versos de Debra trazem um frescor maior para a música. A boa parte de Queen Of The Ride é que agora vemos Kaleb de volta ao controle e contrasta com a canção anterior, mas de restante é um tanto básica comparada ao resto. Se unindo a “Bang Bang”, Explícita, sexual e inteligente são as palavras que podem defini-la, uma canção que metaforicamente usa a onomatopeia como um ato de ejacular de uma forma tão criativa e explícita, como vemos no álbum inteiro que é um dos fatores que fazem com que as faixas não fiquem enjoativas, porque Kaleb está sempre acrescentando mais nuances e camadas a elas. Faixas títulos tem o trabalho de ser o coração de um álbum, é onde segura todo o conceito e ambientação do álbum, e com “MISCONDUCT” temos isso em perfeita instância, porque é ousada, criativa e incríveis rimas, destacando o Outro como a chave de ouro. A melhor parte de “Worship” é que depois da cansativa sequência do lírico sendo dominador, temos um suspiro com a posição inversa, o personagem está rendido ao seu prazer e não tem vergonha do que os outros vão pensar, brinca muito com o assunto de masculinidade e religiosidade, entre dominância e submissão, como “I don\\\'t care if they look, I don\\\'t need to feel ashamed” vemos que mesmo submisso, ainda está em controle do que sente e isso é um ponto crucial dentro da canção. “How To Please” poderia ser entediante, porque já vimos o cantor falar sobre isso, mas o incrível dela é o toque que Remy C dá, com um livro de ensinamentos de como satisfaze-la, roubando os holofotes da canção. “BDSM” se une a trindade e Kaleb ao lado de Teyana T entregam uma das melhores canções sobre sexo, com incríveis e diversas referências, versos fascinantes e envolventes de Teyana T se envolvendo na cereja do bolo que é o refrão, principalmente pela mudança de cenários ao decorrer deles, trás uma aproximação diferente e cria camadas para que não soe superficial. Após uma noite caótica de experiências, “Ectasy” representa um final de festa, é aquela canção que toca nos últimos minutos antes de fechar o clube, resgatando uma reflexão e algo mais intimista necessário para levar a conclusão do projeto. Vemos que há um começo, meio e fim dentro disso tudo e não se limita apenas a experimentar novas coisas. “Antecipate” enlaça o álbum todo como um resgate das experiências que passou e apesar de ter uma aproximação sem compromisso, vemos um toque de romanticismo nela que fecha com chave de ouro. Como um todo, as composições de Kaleb estão em um nível elevado e consegue compor com maestria sobre sexo, sempre atribuindo a criatividade ao novo, sendo impossível torna-las cansativas. “MISCONDUCT” é definitivamente um projeto coeso, interessante e intrigante em certos momentos que faz o ouvinte entrar em uma êxtase do começo ao fim. COMPOSIÇÃO: 34/35 | CRIATIVIDADE: 18/20 | COESÃO: 15/15 | VISUAL: 30/30

Time

98

Após o bem-sucedido e aclamado \\\"TAROT\\\", Kaleb retorna com seu sétimo álbum de estúdio \\\"MISCONDUCT\\\", o artista promete trazer um álbum totalmente diferente para sua carreira. Kaleb traz nesse trabalho um lado mais sensual e sexual jamais visto antes em sua carreira, e ele entrega tudo isso com maestria, aqui nos conhecemos um lado que o artista nunca tinha mostrado antes em sua carreira, tanto lírica como visualmente. Kaleb consegue entregar canções sobre sexo, submissão e dominação de uma forma única e criativa, apesar de as músicas serem explícitas e extremamente sexuais, o sexo em si sempre fica como algo subtendido, porque o artista consegue desviar dos clichês que existem nesse estilo específico, sempre existem metáforas ou um jogo de palavras que envolve tanto o espectador que algumas canções nem sequer parecem serem sobre sexo, o exemplo perfeito disso é o lead single \\\"Bang Bang\\\", que fala sobre ejaculação da forma mais criativa e inesperada possível, outros grandes destaques da parte lírica do álbum são Queen of the Ride, Eden N\\\'Hell, Misconduct e BDSM, sendo o feat com Teyana T a melhor não single do álbum, a química entre Kaleb e Teyana é insanamente maravilhosa, os refrões diferentes foi a melhor decisão que o artista poderia ter feito, criou todo um mundo para a música, apesar de todas as faixas serem boas, temos umas quedas pequenas durante a tracklist, como em Anesthesia, ou nas últimas duas faixas que não trazem nada de interessante ao álbum e poderiam facilmente ser descartadas. O visual do álbum é um caso a parte, a escolha estética foi genial e criativa, Kaleb sempre foi conhecido pelas suas obras visuais de primeira, mas é indiscutível que esse é o melhor trabalho visual de sua carreira e facilmente um dos melhores já vistos na indústria, a forma caótica e irregular que esse encarte trás é incrível e muito linda, acreditamos que tudo foi meticulosamente pensado para que saísse desse jeito, com MISCONDUCT Kaleb se firma de vez como um (se não o melhor) produtores visuais do Famous. O sétimo trabalho de estúdio de Kaleb é sem sombra de dúvidas o seu melhor até então, ele consegue trazer um frescor e talvez um novo olhar para o tópico de álbuns mais sexuais, sem sombra de dúvidas esse será um trabalho que irá influenciar muitos artistas que quiserem fazer algo que se encaixe nos padrões desse álbum, o artista soube fazer algo único e que transborda criatividade, que seus próximos trabalhos sejam tão bons quanto MISCONDUCT.

American Songwriter

95

De tempos em tempos, ocorre um fenômeno no jogo: uma obra-prima é lançada. Ao simplesmente abrir a página de “MISCONDUCT”, de Kaleb, percebemos que o disco junta-se ao hall de clássicos do Famous, ao lado de “Velvet Sky”, “The Playwright”, “Rainer Maria Rilke” e muitos outros. Normalmente nossas resenhas iniciam-se com análise de faixa-a-faixa, mas nesse caso especial, resolvemos voltar nossos olhos inicialmente ao espetáculo visual que nos é apresentado. O nível de qualidade gráfica, visual e criatividade no encarte de “MISCONDUCT” é algo invejável, pois simplesmente ultrapassa qualquer modelo que tínhamos anteriormente e considerávamos como supremo. Há uma nítida coesão, até mesmo entre a paleta de cor, que cria uma estética jamais vista dentro do jogo. O artista brinca com a óptica e ilusão no decorrer de todas páginas, apresenta seus featurings de maneira que eles não parecem intrusos no visual, mas sim partes essenciais dele. As imagens do artista em si são um visual à parte - sensuais e eróticas, muito bem articuladas com o que foi proposto e também com as letras das canções. O visual é algo novo, complexo e paradoxalmente uma homenagem à clássicos Pop, erguendo-se em seus ombros para alcançar a grandiosidade. “Eden N’ Hell” é a introdução ao mundo erótico de Kaleb, com fortes conotações sexuais que fogem do clichê e são muito inteligentes e bem construídas, com um instrumental apaixonante. “Anesthesia” dá sequência com sua estética sexual e sonoridade Dance contagiante, com versos curtos e eficientes que permitem a continuação do fluxo da dança sem problema algum. A terceira canção, “Telepathy”, em parceria com a cantora Jackie, é também fenomenal, com um visual de cair o queixo e composição à altura. “Space Cowgirl”, com Debra, atinge o ápice carnal encaminhado pela sua antecessora, com letras explícitas e ao mesmo tempo longe do vulgarismo, muito criativo e divertido. E se antes pensávamos que já havíamos visto de tudo, “Queen of the Ride” chega para nos provar errados ao narrar literalmente, ao que parece, um ato de sexo anal durante uma cavalgada… Acreditamos que se continuarmos a analisar a faixa, a crítica terá que ser censurada para maiores, então vamos nos conter aqui e dizer que a canção também é ótima. A faixa de nº6 é o lead single do projeto, “Bang Bang” - temos o pressentimento que o single narra uma ejaculação na face da pessoa amada do eu lírico, tendo em vista o refrão “Bang bang, I shot right in your face // That\\\'s what you get for misbehave”, e apesar disso, a música foge do clichê e segue com um jogo de palavras muito bem atenuado e construído, assim como suas antecessoras. Na faixa título, Kaleb realiza a opção de abordar trabalhos de outros artistas, o que apesar de ser uma atitude criativa, parece afetar na coesão lírica, oferecendo a impressão de que houve dificuldade de ‘conectar’ cada referência à outra, resultando em uma música que por si só poderia ter ido além caso focasse em seu próprio desenvolvimento temático ao invés de múltiplas intertextualidades. “Worship” brinca com as expectativas do leitor ao explorar a mitologia cristã, vide “I don\\\'t need to go to churches // Cause the bed is the place where I worship”, seguindo com versos curtos mas ao mesmo tempo divertidos e legais de serem lidos. Já em “How to Please”, temos a participação divertidíssima da rapper Remy C, que entrega versos brilhantes e que complementam Kaleb perfeitamente, servindo uma canção com alto potencial de single e ótima qualidade lírica ao servir como manual do sexo oral. Aproximando-se do fim, “BDSM” apresenta a rapper Teyana T, que também oferece uma composição fenomenal à “MISCONDUCT” e brinca, junto à Kaleb, com a tão famosa prática sexual BDSM, promovendo não só uma intertextualidade legal mas como também versos muito bem construídos e coesos. Na penúltima canção, “Ecstasy”, Kaleb subverte as expectativas ao abordar o relacionamento afetivo ao invés do carnal, como anteriormente, explicitando os sentimentos negativos do eu lírico direcionados à sua amante, o que aparenta ser, em certo nível, a dissolução do suposto amor entre ambos. Por fim, mas não menos importante, “Anticipate” é a culminação de “Ecstasy” e narra o fim do relacionamento em si, deixando explícito que sua vontade era exclusivamente a prática sexual (“From the start satisfaction was the only thing real // So now we leave, each to our own way”), e não o amor romântico em si, ou até mesmo uma relação pessoal, contando também com uma letra muito boa. Voltando-se agora para a parte criativa do disco, retomamos o que dizemos no início: o visual é inegavelmente criativo e muito bem articulado. A temática não deve ser confundida com clichê, pois apesar de sexo ser algo recorrente nos trabalhos em geral, a forma como Kaleb aborda é revigorante, apresentando outro nível de profundidade e inovando massivamente. A coesão também é evidente, sem nenhum erro que conseguíssemos detectar, já que todas as faixas conversam entre si e aparentam compor o mesmo corpo de trabalho, contínuo. Em geral, “MISCONDUCT” é um excelente álbum, sem dúvida um dos melhores dos últimos tempos e que vale a pena ser lido, não só por sua esfera divertida mas também por ser algo leve e legal, longe de ser maçante ou difícil de digerir. Sem dúvida um dos expoentes do Pop e Dance, o disco pode ser levado em conta como o novo parâmetro de qualidade. || Composição: 36/40 || Visual: 25/25 || Coesão: 20/20 || Criatividade: 14/15 || Nota: 36+25+20+14=95.

All Music

100

Em seu sétimo álbum de estúdio, Kaleb Woodbane abre as portas do seu inferno particular e corre atrás da sua libertação sexual e mostra que mesmo após sete álbuns de estúdio, ainda podemos nos surpreender com a criatividade e talento do artista. O álbum em si não contém de fato uma estrutura conceitual tão grande, e o que não tem nada de errado já que alguns dos melhores álbuns são feitas de formas mais simplistas e se perder em um conceito de sete cabeças não é o ideal depois de tanto caminho na indústria. Mas isso nunca aconteceu com Kaleb, já que o ‘MISCONDUCT’ contém conexão entre as faixas e elas acabam conversando uma conta a outra mesmo que não seja uma história com um script elaborado, mas de qualquer forma, mostra o caminho de Kaleb através de uma jornada sensual e manipuladora pela sua própria sexualidade. Kaleb dá início a sua jornada carnal após um relacionamento com a faixa ‘Eden N Hell’, exalando criatividade no seu refrão e alguns versos em destaque, mas é exatamente no refrão onde entendemos a essência da música. A música serve com uma ótima introdução, com versos sensuais e de tirar o fôlego, e a sensação de que não sabemos o que está por vir após uma música tão quente. O ponto interessante da música é que mistura os sentimentos da Kaleb com atos carnais e cria seu próprio estado espiritual entre o céu e o inferno, o que diferencia um pouco dos clichês sensuais monótonos. Em ‘Anesthesia’, é interessante ver a forma com que Woodbane conduz a letra e seus duplos sentidos, já que claramente estamos falando de uma droga real, mas também podemos entender como duplo sentido a estar dopado por alguém (teoricamente a sua presa citada na música anterior), o que deixa a música gostosa no final das contas. É uma música inteligente, e seu refrão é totalmente chiclete. Falando em presas serem encontradas, estamos com ‘Telepathy’ sendo uma delas; na primeira parceria do álbum. A música é incrivelmente bem elaborada, e a forma sensual que Kaleb e Jackie conduzem a faixa com uma conexão instantânea e fazem com que o álbum ganhe um sentido especial nesse momento da tracklist, já que a música mostra o momento de encontro e como eles se conectaram por telepatia, em teoria mostrando o momento em que o personagem de fato encontrou a sua presa e se sentiu drasticamente enfeitiçado por ela, sedento seu controle de imediato (o que é o centro do álbum). Os versos de Jackie fazem a música criar vida pela forma que é apresentada, tomando o controle da situação e mostrando quem de fato é a ‘presa’ da situação, sendo ‘Telepathy’ um dos grandes acertos do ano até agora pela forma que nos hipnotiza em seus versos inteligentes. A mesma intensidade da anterior é vista em ‘Space Cowgirl’, com uma criatividade absurda na elaboração da faixa e os versos seguem a linha de raciocínio da música com maestria, utilizando de referências e duplo sentido para criar uma boa conexão. O casal entrega uma das melhores músicas do álbum até então, com o seu refrão espetacular. ‘Queen of the Ride’ tinha tudo para se tornar uma música clichê, mas o jeito que Kaleb conduz as coisas é diferente, são criativas. A narrativa da música é o seu diferencial de todas as outras músicas que são de fato clichês, onde o que não podemos negar aqui, é que Woodbane de fato está criando uma narrativa criativa para despertar desejo em quem ouve. Ainda em uma faixa criativa, ‘Bang Bang’ é mostrada como o lead single do álbum e também uma das mais explícitas. Diante a letra, não é a melhor faixa; e provavelmente uma das mais fracas até então mesmo que ainda assim tenha uma grande força, mas é entendível a escolha da faixa de lead como um ‘choque’ para os fãs de Woodbane ao entrar na nova era, e ele está totalmente certo nisso, já que a letra lhe deixa com os sensos a flor da pele pelos mínimos detalhes explorados, e não deixa a desejar nesse quesito. A chegada da faixa título veio a calhar como uma das melhores músicas do álbum, onde ‘Misconduct’ é ricas em referências perigosas e duplos sentidos, o que é descrito na história do álbum, e isso é provado na faixa mais importante do disco. A introdução de referências a outras músicas sensuais ou não, não faz com o que a música sofra e perca o sentido, muito pelo contrário, já que cada uma é inserida perfeitamente no sentido da música. Em ‘Worship’, Kaleb dá início a sua total submissão, mas só em ‘How To Please’ conseguimos explorar isso nos mínimos detalhes. As duas músicas se conectam bastante e se finalizaram uma na outra, e o verso de Remy C é essencial para o desenvolver de ‘How To Please’, onde a artista não deixa a desejar nos seus versos sensuais e nos conduz a um orgasmo sonoro. Com um verso insano de Teyana T, é a vez de ‘BDSM’ tomar o controle do álbum inteiro. A música é a melhor faixa do álbum, onde a tensão sensual explode e a loucura toma conta da letra, e o refrão é a melhor parte da música junto com os versos da rapper, também o melhor refrão de todo o álbum. O verso totalmente sensual mostra um outro lado de Teyana que nunca vimos nos seus próprios trabalhos ou em outras parcerias, e a conexão sexual que flui com os versos do Kaleb é mágico, podendo ser uma forte candidata para dominar as paradas pop/hip-hop e suas categorias de premiações caso for lançada como single oficial (o que desejamos que seja). ‘Ecstasy’ é o mais próximo do álbum em uma ‘balada’, mostrando um lado diferente, mas com a letra ainda sexual. Com ‘Anticipate’ finalizada a história do álbum voltando ao seu início e mostrar como está agora, após a libertação sexual, sendo uma boa faixa de encerramento, mas depois de experimentar algo tão gostoso durante todo o álbum, fica um gosto agridoce ao terminar de uma forma mais ‘clean’ e um tanto fraca em relação a todas as outras letras. Diante um álbum onde tantas músicas tiram o folego, fica difícil de escolher qual música dar os holofotes, mas podemos dizer facilmente que as parcerias deram um brilho especial ao álbum, além das músicas solos ‘Misconduct’ e ‘Eden N Hell’. Seu visual é um dos melhores do ano, sem nenhuma sobra de dúvidas; onde o artista busca referências para trazer algo que lhe agrade e também que agrade quem vê, o que é o caso aqui. O seu único perigo seria o encarte parecer um excesso de informações desnecessários, porém não acontece quando ele se empenha em deixar as páginas limpas com cada detalhe em seu devido lugar, e nunca devemos subestimar a capacidade de produção de Woodbane. Sem sombras de dúvidas, ‘MISCONDUCT’ é o melhor trabalho do artista mesmo que a concorrência seja extremamente pesada, mas não podemos negar os holofotes quando o artista entrega um álbum sexual extremamente fiel as suas raízes, com uma coesão e criatividade espetaculares, e assim entre os melhores álbuns lançados nesse ano. Composição: 33 / Visual: 25 / Coesão: 22 / Criatividade: 20

Rolling Stone

91

Sexual, atrativo, metafórico e uma libertação sexual, esses são os adjetivos necessários para descrever o álbum \\\'Misconduct\\\'. Parando para analisar cada faixa do álbum encontramos particularidades próprias, a proposta além de muito bem trabalhada conseguiu soar de forma sensual e ao mesmo tempo muito explícita, tudo na dosagem certa, o que agregou muito bem nos valores do álbum, sobretudo, as faixas conseguem diferir umas das outras muito bem de forma que o álbum não pareça arrastado e nem \\\"apelativo\\\". Kaleb entregou no decorrer das faixas explorações de temas sexuais pouco vistos na indústria e tudo isso numa roupagem muito bem feita e coesa. O personagem principal é um caçador que se rende até que bem fácil aos encantos da sua caça, ele quer dar prazer na mesma intensidade que recebe, e isso fica bem claro nas faixas \\\'How To Please\\\' e \\\'BDSM\\\', faixas também que exploram bastante o fetiche e o prazer feminino, temas que as vezes são um tabu e pouco comentados, tudo isso de uma forma descontraída e explícita, juntando os versos das rappers nessas canções, como a cereja do bolo e o pico de explosão de cada faixa com a \\\"eroticidade\\\" necessária para demonstrar todo o contexto proposto. A faixa título do álbum é um grande destaque, a forma como é trabalhado as referências a lançamentos de outros artistas e a necessidade de novas experiências sexuais é algo a se aplaudir pelo cantor. Já não é novidade pra ninguém que os visuais de Kaleb Woodbane são excepcionais, mas nesse álbum, cremos que ele se superou, quando olhamos para a capa do trabalho talvez pensamos que Kaleb tenha optado por algo mais simplista para seu álbum, quando na verdade é algo muito coeso com a proposta de seu álbum, a ideia da capa e contra capa soar como a parte exterior de uma boate é genial e todo seu encarte ser colorido e chamativo como é representado algumas vezes o uso de alucinógenos. Sendo inspirado por diversas fontes externas, Kaleb ainda sim conseguiu trazer algo original e ao mesmo tempo carregado de duas referências. Entretanto, \\\'Misconduct\\\' trouxe uma nova faceta de Kaleb, sensual, libertador e muito excitante, esses são um dos muitos adjetivos que esse álbum poderia ganhar. Com letras extremamente carregadas de prazer e erotismo, Kaleb entregou um álbum que ficará marcado na sua carreira e sem dúvidas será um prato em cheio para os amantes de conteúdo sexual. COMPOSIÇÃO 27 / CRIATIVIDADE 18 / COESÃO 20 / VISUAL 26

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