Lovenotes - Stelar

Variety
Após mais de 2 anos de espera finalmente temos em mãos o mais novo disco de Stelar, e podemos dizer que a esperava foi mais que recompensada, a Grammy winner mostra por diversas vezes nesta obra o por quê conquistou um dos mais cobiçados prêmios e não nos surpreende com sua capacidade. É difícil descrever com exatidão se estamos tristes ou apenas extasiados ao adentrar em “Lovenotes”, talvez um dos maiores álbuns sobre amor já lançados na indústria pois a artista consegue de forma simples e metafórica unir tudo que propõe e que vemos ser proposto ao longo de tanto tempo, mas não é totalmente realizado, e isso causa uma ótima surpresa para quem experiencia imaginando que seria apenas mais um trabalho triste. Ao iniciar a obra com “The Greatest” já temos noção de onde iremos ser guiados, onde de alguma forma o entendimento do que é amor se torna utópico pois o amor para ela agora é carne e vive e se torna sua motivação para viver, seguindo adiante temos a triste e direta sequência de perda onde agora o seu norte já não mais existe ou é o mesmo de antes, “Living Like Ghosts”, “Heaven Made Of Bones” e “After Midnight” são responsáveis por isso e juntas se tornam uma trilogia de obra-prima nos dado pela cantora. A princípio, ao ouvir pela primeira vez “Small” podemos imaginar que a música está encerrando o ciclo de antes mas na verdade ela é essencial para a compreensão do próximo que vem a seguir por que é finalmente a partir dela que conseguimos entender que mesmo se sentindo pequena e sozinho, Stelar conseguiu aprender sobre como se amar e se curar de algo que outrora parecia impossível mas ainda assim, segue sua própria visão melancólica do mundo, como vemos em “Symbols in the Silence”. Visualmente trabalhado dentro de uma atmosfera “noir” e antiga, nos remetendo a uma espécie de livros antigos e diário (como o próprio nome deixa subentendido), a escolha não poderia ter sido mais interessante, e assim foi criada uma estética única e que mesmo que não seja uma super produção ou algo nunca visto como muitos buscam, tem sua própria identidade agregando ao disco de forma muito positiva. Apesar de sempre se prender em seu próprio ambiente melodramático e pessoal, mais uma vez sua excelência se prova incontestável ao apresentar talvez as melhores letras do ano, elas nos envolvem de forma quase irreal nos transportando para a realidade que só a cantora conhecia até então, ousamos dizer que para quem se arriscar nessa jornada, sua marca ficará registrada. Composição: 25/25 – Visual: 27/30 – Coesão: 25/25 – Criatividade: 18/20

All Music
Em seu tão aguardado álbum de estúdio, Stelar cria uma história de amor tóxico e mostra seu desenvolvimento em camadas obscuras e sombrias do mesmo. Seu conceito é voltado em contar a história de uma mulher obcecada de amor por um homem tóxico, e como isso lhe destrói, e podemos dizer que qualquer história criada para um álbum é considerado em pensamento fora da zona de conforto, mas nessa história, Stelar mistura o útil ao agradável ao juntar o seu conforto com sua ‘fora de zona de conforto’, gerando um álbum muito bem elaborado. – O álbum é iniciado da melhor forma possível. Stelar se entrega de corpo e alma na sua composição de ‘The Greatest’, com versos recheados de emoção e sentimentalismo, podendo ser vista de longe como uma das suas melhores composições. É notável tamanha devoção ao homem que escolheu amar, coisa que é descrita na explicação do álbum. ‘Live Forever (Like a Sad Song)’, incrivelmente mantém a mesma qualidade da música anterior, mas a nota máxima talvez não seja suficiente pra tamanha conexão que essa música tem com o propósito do álbum. Stelar e Moe se conectam com o propósito e entregam versos brilhantes, com destaque para o verso principal cantado por MOE, sendo a melhor parte da música. Já ‘Living Like a Ghosts’ não é a melhor do álbum, porém é consistente e versos interessantes, principalmente no seu refrão, onde tem os melhores versos da música. ‘Heaven Made of Bones’ é a tão famosa e ganhadora de ‘Song of the Year’, que tem uma qualidade indiscutível. As metáforas da música são muito bem colocadas e é chocante ao imaginar que mesmo sendo muito boa, ela não é a melhor do álbum. ‘After Midnight’ mostra os sentimentos mais sombrios de Stelar, e que a sua madrugada é tão calma quanto o fogo do inferno. É tão interessante ver como as letras da cantora se desenvolvem e se tornam grandiosas e inteligentes nesse álbum. ‘Small’ não é uma música ruim, mas é ‘pequena’ em relação as outras músicas. Não conseguimos capitar a mesma onda de energia sentimental nessa música como conseguimos na outra, mas não deixa de ser bem composta. Em ‘Visions’ é possível ver um processo de cura sendo iniciado, quando depois de todo o sofrimento do relacionamento, a cantora está finalmente se ‘livrando’, passando a primeira noite sem ele. É uma boa composição, e mostra que o álbum está caminhando pro fim, e isso é muito importante em albums que contam uma história. Nas músicas finais, ambas são grandes composições e encerram o álbum de forma inteligente, onde Stelar primeiro mostra que está quebrada e em seguida aceita seu processo de cura. Seu visual não é coisa de outro mundo, bem minimalista e todas as páginas contém uma beleza e harmonia inquestionável, mas também não tem nada de avassalador, o que não é necessariamente um defeito, mas dá um gostinho de ‘quero mais’. Stelar entregou, sem dúvidas, um dos melhores álbums do ano e o mais consistente da sua carreira, com composições carregadas de história e sentimento, um exemplo do que um artista deve elaborar. Composição: 30 / Coesão: 22 / Criatividade: 20 / Visual: 22

Los Angeles Time
Épico, pode ser a palavra certa para descrever o terceiro álbum de estúdio da estrela da música, Stelar. Suas 12 faixas, podem parecer insuficiente após o ouvinte mergulhar de cabeça nessa narrativa quase shakespeariana. A sua sonoridade influenciada pela cena alternativa e pelo folk, criam uma atmosfera ainda mais misteriosa e dramática para o álbum. Onde tudo acaba se tornando ainda mais interessante de se acompanhar. Um dos pontos fortes de Stelar como compositora é a sua especificidade. Ela tem uma capacidade quase incomparável de traduzir pequenos momentos de sua experiência pessoal em vinhetas intensas e vívidas que provocam um profundo senso de reconhecimento. Em um ato quase raro de se acontecer, nossa redação atribuiu notas máximas para todas as faixas desse compilado. Sendo difícil descrever os sentimentos de faixa por faixa. Pois o disco funciona melhor se avaliado de forma geral. A sua história funciona em sua própria progressão onde faixa pós faixa transformam todo o conteúdo em sentimentalismo puro. No entanto não podemos deixar de frisar o quão incrível e geniais são as faixas “The Greatest”, “Live Forever (Like A Sad Song)”, “Heaven Made of Bones”, - sendo esse o seu ponto ápice- & “Melancholia”. A habilidade de composição da cantora em seus versos bem estruturados, rimas marcantes e pontes grandiosas transformam Lovenotes em um dos prováveis indicados a álbum do ano. Ainda que o seu tema lírico recorrente seja o amor e suas variações, o disco não se trata apenas de um álbum sobre romance e frustrações. É a sua construção que transforma a preleção em um ato comovente de se acompanhar. É como se o ouvinte estivesse lendo um livro, esperando os próximos capítulos. E ainda nesse universo de livros, a estética de Lovenotes remete a isso. Seu encarte em notas parecem folhas de livros e revistas, com anotações ao lado de imagens fantásticas. A sua estética é muito coesa e coerente com o conteúdo aqui exposto. Sendo o visual a complementação da parte lírica. O álbum é muito bem construído não tendo falhas aparente, é um trabalho de uma artista madura, que conhece muito bem suas habilidades e as usam em seu próprio benefício. Lovenotes é prismático por tudo que reflete. Em um nível puramente musical, é um experimento ousado em sua própria arte. Uma coleção de canções nos quais a cantora estende seus talentos em novas direções e cria uma nova dimensão onde o ouvinte é inserido e vivencia juntamente com a cantora toda a narrativa. Podemos até imaginar o paraíso de ossos enquanto vemos a melancolia do disco. Em suma, Lovenotes pode ser interpretado biograficamente, como um ato consciente de construção de narrativas que continua a definir o legado de Stelar como artista. Uma das maiores artistas da atualidade, dominando o seu gênero com sua própria história em um conteúdo 100% autoral. Escreva suas notas de amor ao ouvir o disco, e perceba que esse esforço oportuno é o trabalho mais atemporal de Stelar até o momento. NOTAS: [COMPOSIÇÃO 35/35] – [VISUAL 30-30] – [COESÃO 20/20] – [CRIATIVIDADE 15/15].

Pitchfork
Evocando o barroquismo dentro de seus melancólicos versos e visual, após um bom tempo, Stelar finalmente nos presenteia com seu terceiro álbum de estúdio ‘Lovenotes’, com o propósito de conversar com o ouvinte sobre as fases de um amor insano e doloroso através de suas notas. Com um monólogo muito bem redigido e intrínseco os primeiros passos são dados adicionando a atmosfera padecida e angustiante do lírico até o primeiro momento do álbum ‘The Greatest’ tem uma das melhores pontes do álbum – se não a melhor, abrindo com uma graciosidade tempestuosa que segue por todo o caminho. A aura que Stelar emite nesse álbum é de quebrar o coração, sua escrita é com certeza algo a se falar, com um tema que pode ser facilmente desorientado e apesar da narrativa não tão singular, as referências e metáforas que a artista usa e abusa enriquecem como um todo, levando em consideração a Song Of The Year ‘Heaven Made Of Bones’ que ainda se destaca como uma das melhores canções da carreira. O álbum tem ótimos momentos, sendo na narrativa ou apenas na escrita, os destaques que chamaram nossa atenção foram ‘Our Song’ que encerra minunciosamente o processo de cura, mas ainda com aquele aperto na alma, Stelar exala sua vulnerabilidade da forma mais madura e intrigante possível, no outro lado temos ‘Melancholia’ e ‘Living Like Ghosts’ como as estrelas do álbum. Dentro da coesão apresentada, a artista peca em algumas canções que apesar de bem desenvolvidas, não acrescentam dentro da narrativa do álbum e esse é o caso de ‘Small’, ‘Visions’ e ‘Interlude’ que poderia ser muito bem trabalhada como um interlúdio sobre seu processo de cura, Stelar apresentou um monólogo convincente nos primeiros minutos do álbum que poderiam ser alongados com o lírico doloroso e romântico da cantora. ‘Lovenotes’ nitidamente não é só mais um álbum sobre amor e suas torturas, essa característica chave é dada pelas referências perspicazes, como em Live Forever (Like A Sad Song). Dando um prato cheio romanticismo e evocando a essência clássica e barroca, o encarte é um dos pontos altos do álbum, principalmente as molduras que conversam perfeitamente dentro da ambientação do projeto. O ponto que poderia ser melhorado é o espaço entre as linhas que tornam bastante difícil de compreender o que tá escrito, num contexto geral, pode ser caracterizado como claustrofóbico. Diante disso ‘Lovenotes’ é um destaque dentro dos demais álbuns apresentados dentro da indústria e consegue diferenciar Stelar com suas ótimas e interessantes composições que evocam uma tempestade de sentimentos. COMPOSIÇÃO: 27 / CRIATIVIDADE: 25 / COESÃO: 17 / VISUAL: 21

Rolling Stone
Após o sucesso inicial dos seus singles, Stelar lança o seu mais novo álbum de estúdio, intitulados como \\\'Lovenotes\\\'. Com este projeto, a artista buscou retratar passos de um relacionamento que se torna tóxico, através de uma lírica pessoal e sentimental, Stelar trabalhou nos moldes clássicos da indústria, onde vemos a relação se formar de um jeito lindo, passando por períodos de turbulência, rompimento e superação. Até aqui não temos muitas novidades, entretanto, a escrita empregada traz um ar inovador à obra, as composições se sobressaem muito, a maioria delas são dramáticas, metafóricas e doloridas, conseguindo puxar o ouvinte para a história que está sendo contada. Esta é uma característica muito peculiar e única da escrita da Stelar, a capacidade de transmitir emoções da artista é inquestionável. Partindo para as composições, logo de começo temos \\\'The Greatest\\\', apesar de ser feliz e romântica, já nesta faixa temos o tom de todo o álbum: Viver um amor, e este amor é tão forte que machuca e faz a protagonista se esquecer de tudo. \\\"Olhando em seus olhos, eu não consigo nem falar/Eu esqueço de tudo, até que eu já fui fraca\\\". A parceria com MOE em \\\'Live Forever (Like A Sad Song)\\\' também se destaca em meio ao disco, as rimas, as referências e metáforas inteligentes agregam um tom refinado à canção, que teve um ótimo acerto ao chamar a cantora MOE, que carrega escrita poética natural, para colaborar. \\\'Lovenotes\\\' atinge seu ápice em \\\'Heaven Made Of Bones\\\', um dos maiores hits do último ano, a música é um espetáculo em todos os sentidos, a melancolia em cada verso, as metáforas referentes à Stelar e seu amado, a capacidade de transmitir emoções da artista chega ao seu ápice nela, sentimentos a sensação de dor e claustrofobia na pele, igual o eu lírico, sendo assim, é o primeiro single da era e o melhor do projeto. \\\"Nossa obra prima é pintada com sangue.\\\" / \\\"Eu te amo, mas não consigo respirar. O álbum ainda conta com as excelentes \\\'Small\\\', \\\'Visions\\\' e \\\'Melancholia\\\', no qual continuam e elevam a narrativa proposta pela cantora, principalmente na última citada, onde mais uma vez Stelar demonstra o poder de sua escrita melancólica e poética. Ela ainda consegue fechar o álbum muito bem com \\\'Our Song\\\', eximindo seus demônios e estando pronta para seguir em frente. A faixa mais fraca do projeto ficam por conta se \\\'After Midnight\\\', que soa como uma irmã menos potente de \\\'Heaven Made Of Bones\\\'. Outro ponto negativo do álbum é que em alguns momentos faltam pontos para serem agregados na narrativa, como na faixa \\\'Symbols In The Silence\\\', que apesar de manter o nível das composições, peca em agregar à narrativa. Na parte dos visuais, Stelar executa um bom trabalho, o álbum mistura romantismo, melancolia e experiências pessoais da cantora, conseguimos ver isso no encarte, então, de forma geral, ele cumpre o seu propósito. Por fim, Stelar entrega um projeto excepcional em \\\'Lovenotes\\\'. Com lírica sentimental, profunda e poética, Stelar reafirma seu lugar como uma das melhores compositoras da atualidade, trazendo um álbum simples e aos moldes dos clássicos álbuns sobre relacionamentos turbulentos, a cantora atende ao seu propósito de emocionar com suas perspectivas. COMPOSIÇÃO: 32 / COESÃO: 22 / CRIATIVIDADE: 21 / VISUAL: 18