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4:48 - Vito Adu
90

Los Angeles Time

90

Em seu álbum de estreia, Vito Adu se afasta dos conteúdos clichês (presentes geralmente em álbuns de novos artistas), para criar algo totalmente íntimo e revelador. 4:48 the album oferece uma introspecção inovadora, multifacetada e vulnerável. Ao tratar sobre temas como saúde mental, autodescoberta e críticas sociais. O cantor, um dos favoritos para “Best New Artist”, nas próximas premiações, se estabelece como um artista consciente de sua posição privilegiada ao poder levantar pautas, importantes, que agregam não só a sociedade, como a própria indústria da música. É incrível como a nova geração de talentos está politizada usando a arte não apenas para beneficio próprio, mas para toda uma comunidade. O álbum pode ser confuso para o público em geral, se não houver tempo e disposição para prestar atenção nas letras e aprecia-lo. É todo um conceito muito elevado, com vários temas e subtextos que geram outros conceitos e narrativas. É uma forma muito interessante de construir as estruturas do disco. Mas ainda sim funciona muito bem, as canções mesmo que de forma independentes funcionam como parte de um todo. 4:48 possui 10 faixas, e é influenciado pelos gêneros R&B, Soul e Gospel. O álbum se inicia com a interlude The Beginning (Interlude), onde a cantora Eve T, dá a sua voz em uma poderosa poesia, que revela a vivência intensa do cantor. É um ato de abertura muito bem composto e interessante, a parceria com Eve T, um ícone da cena negra, ajuda a enriquecer ainda mais a importância e a coesão do álbum. Mas os destaques ficam por conta de Reason and Madness & “The Docile Body”, as duas faixas que representam o que há de melhor nesse projeto. Com rimas inteligentes, refrões grandiosos, Vito, se demonstra um verdadeiro compositor. É notado que o artista se entregou de corpo e alma nesse projeto, ao estudar muitos assuntos e trazer para suas composições. O comprometimento com as faixas é fantástico, não tendo aqui nenhum “filler”. Nenhuma track é desinteressante, o projeto funciona muito bem ao longo de sua progressão. O uso constante de referências, às vezes pode atrapalhar um pouco para aqueles que não conhecem, no entanto, é um bom ponta pé inicial para começar a aprender com Vito. Esteticamente o álbum é tão desenvolvido quanto seu conteúdo lírico. O encarte complementa as composições, e torna esse universo do 4:48 ainda mais coeso. Jackie entregou uma excelente produção, que captou com veemência todas as qualidades do disco. Vito se sente surpreendentemente seguro e confiante em sua abordagem, demonstrando uma expressão de poder e foco com o seu próprio álbum. O que quer que ele esteja fazendo, os resultados são uniformemente fantásticos, ricos em harmonia e metáforas. Que constantemente se contorcem em formas inesperadas e reveladoras. NOTAS: [COMPOSIÇÃO 31/35] – [VISUAL 26/30] - [COESÃO 18/20] – [CRIATIVIDADE 15/15]

Rolling Stone

86

Vito Adu é um grandes e promissores novatos da nova geração, lançando seu primeiro projeto completo, intitulado de \\\'4:48\\\', o artista se aventurou em conceitos como saúde mental, loucura, temas filosóficos e psicológicos, trazendo questionamentos profundos acerca disso para suas composições. Logo de início nos deparamos com uma grata surpresa, a introdução do álbum em parcerias com Eve T, traz forte composição, poética e emocionante, que leva o ouvinte direito a realidade que os artistas estão inseridos. Infelizmente, não tornamos a ver isto na segunda faixa, \\\'The Soul Of Broken Hearts\\\' é engolida por seu conceito, ao cantor tentar trazer inúmeras referências à música, torna difícil o leitor de conectar-se, sendo que em alguns momentos é possível até mesmo se perder durante a faixa, nos questionando sobre onde realmente estamos indo. O mesmo acontece com as faixas \\\'Plus Ultra\\\' e \\\'Entrophy, Chaos and Order\\\', que apesar de bem escritas, não estabelecem uma real conexão com o ouvinte. Em contrapartida, temos as espetacular \\\'There\\\', parcerias com Jackie, onde os artistas apresentam versos tocantes e a sinceridade da realidade de ambos, nos colocando de frente com a narrativa que está sendo contada de forma simples e sentimental. \\\'The Docile Body\\\' é a melhor faixa do projeto, Vito Adu nos mostra, mais uma vez, que ele consegue falar de sua realidade e ao mesmo tempo realizar críticas sociais, além de tocar os corações com sua lírica sincera, o artista consegue expor à sociedade através de seus versos sinceros, destaque para o refrão, onde a canção encontra seu ápice de forma magistral. Na parte dos visuais, o trabalho realizado foi de alto nível. O encarte foi bem planejado e polido, a arte traz objetos mais abstratos e a forma como foi construída remete ao tempo no qual o artista está narrando a história. No geral, Vito Adu apresentou um trabalho bem escrito e coesivo, há alguns erros quanto à aplicação e projeção do conceito, no qual acabam por atrapalhar a experiência do ouvinte em certos momentos. Vito Adu estreia de forma acertada no mercado, mostrando que é capaz de pensar e elaborar seus projetos de forma única. COMPOSIÇÃO: 26 / COESÃO: 19 / CRIATIVIDADE: 21 / VISUAL: 20

Billboard

91

Sendo uma das grandes apostas de “Best New Artist” para a nova temporada de premiações, Vito Adu lança seu debut álbum intitulado “4:48”. O disco tem influência do R&B, Jazz e Soul, além de tratar assuntos ligados a saúde mental, voltado a descobertas pessoais e autoconhecimento. O foco, principalmente, de suas letras fica no objetivo de levar o leitor aos pensamentos do protagonista da história em um tratamento de insanidade mental. De cara, nós começamos com uma das melhores introduções do Famous, a intitulada “The Beginning (Interlude)” com participação da cantora Eve T. Outras faixas destaques são: “The Soul Of Broken Hearts”, “Reason and Madness” e, a incrível e maravilhosa, “The Docile Body”. Em composição, nós só temos a aclamar a incrível habilidade do novato, seus versos são poéticos e muito bem estruturados, além de apresentar rimas inteligentes e coesas. E com poucas falhas nesse quesito, Vito apenas conquistou toda a redação ao moldar uma obra prima lírica com seu disco. Outro ponto destaque para o projeto fica para sua criatividade e o uso extraordinário de referências. Além de trazer uma história muito bem contada e produzida, saindo completamente da bolha de músicas e conceitos clichês que estão virando destaque atualmente. Mantendo a integridade do seu disco, o artista ainda conseguiu obter outra nota máxima em um quesito, desta vez, sendo pela sua coesão. Tratando de assuntos diferenciados e com várias possibilidades de caminhos a seguir, ele não deixou a desejar em sua ordem proposta de tracklist. Todas as faixas estão em perfeitas sincronia e servem muito bem uma história cronológica. Talvez o ponto mais fraco do projeto seja o seu visual. Simples, ele não traz uma grande produção, nem nada tão explorado e que faz jus a um tema que abre tantos caminhos para a exploração. Com designer comum e que não remete muito ao projeto como um todo, o seu encarte é bonito, mas mesmo assim poderia se tornar espetacular diante desse tema. Contudo, o álbum em geral soa como um trabalho genuíno e muito bem arquitetado, e deixa todos os olhos em direção a Vito Adu. Com sua habilidade fenomenal de escrita e desenvolvimento, a corrida para ser um dos destaques das premiações acaba de ganhar um novo concorrente que está aos pés de todos os outros fortes trabalhos. Vale lembrar também e deixar claro, esse é um dos maiores destaques do gênero R&B de todo os tempos. COMPOSIÇÃO: 28 / CRIATIVIDADE: 20 / COESÃO: 25 / VISUAL: 18

Pitchfork

92

Com a peça-suicídio de Sarah Kane, vito adu se une a Eve T, Jackie, RAWAK e Tyler Beaumont e apresenta seu trabalho de estreia num conjunto de 10 faixas que conversam com o leitor sobre descobertas, autoconhecimento e convivência, em primeiro contato o novato consegue mostrar o porquê dele se diferenciar dos demais, vito traz com clareza e bastante conhecimento uma obra elaborada, consistindo de uma boa carta na manga para um projeto inicial, permitindo com que o compositor abra um espaço de sua vida privada e deixe nós ouvintes adentrar e interpretar sua vulnerabilidade mental. “Meus joelhos conseguiram repousar, quando deixei de rezar pra que minha alma cantasse” A faixa introdutória ‘The Beginning’ acaba por soar mais do que uma simples interlúdio, mesmo que sem rimas – que dentro do contexto são indiferentes, vito cativa o leitor através de um poético prefácio, nos levando para as cinco insanas e um tanto racionais tracks, tendo ‘Reason and Madness’ como o grande destaque entre as dúvidas corriqueiras sem respostas de vito, o compositor convida a achar uma explicação para a sanidade, é como se estivéssemos andando em sincronia para achar o concreto, imbuídas de imaginação, ‘The Soul of Broken Hearts’ acaba por soar como um ótimo devaneio grego, deixando com que nossa mente viaje até o berço da filosofia. Após o interlúdio, um destaque inteligente e minucioso chega ao álbum ‘Entropy, Chaos and Order’ brinca com o conceito da entropia de forma perspicaz, conseguimos notar que vito não se apropria de palavras cultas para transparecer algo que não é, mas muito pelo contrário, é prazeroso ver o domínio da Lei da Termodinâmica dentro do contexto musical, afirmando mais uma vez que a loucura que o compositor carrega consigo, é transformada em arte. ‘Toda normalidade perturbada deve ser castigada’ – trecho da grande estrela do álbum que chega ao projeto envolvendo questões raciais pertinentes e fortes metáforas que envolvem o ouvinte, ‘Docile Body’, sem dúvidas é uma track de dar lágrima nos olhos e esperamos que vito faça um bom uso dela. Após nove delirantes e distintas faixas – de uma boa maneira, vito chega ao seu estado de espírito ao som de ‘Patience’, responsável por “fechar” um ciclo, porque sabemos que a mente do compositor está em constante movimento e faz com que o ouvinte fique com uma interrogação em sua cabeça, fazendo nos questionar qual será o próximo delírio poético do cantor. Visualmente, Jackie e vito fazem um trabalho excelente em nos levar ao seu devaneio que intercede o álbum, detalhado e excêntrico, Jackie abusa dos tons de marrom para transcrever a mente de vito, gostamos dos mínimos detalhes que completam a obra, fazendo com que o trabalho como um todo, soe bem polido. Entre loucuras que não pedem explicações e letras recheadas de metáforas, 4:48 cumpre bem o papel de apresentar o cantor na indústria, porém esperamos que em seus próximos trabalhos o artista faça bom uso de rimas e melodias que façam músicas soarem como músicas, entrando o ponto negativo diante da composição, que apesar de bem escritas, soam mais como textos poéticos, e não canções. COMPOSIÇÃO: 24 / CRIATIVIDADE: 28 / COESÃO: 20 / VISUAL: 20.

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