Boku no Universe - Serina Fujikoso

Pitchfork
Sendo nome sempre marcante na indústria, Serina Fujikoso finalmente nos apresenta seu álbum de estúdio intitulado “Boku No Universe”. Com um conceito interessante, ela nos guia por dentro de uma narrativa romântica e sensual que sempre mantém uma frequência quase que frenética e alucinante, Serina nos guia por uma viagem interestelar literal, mas ainda mantém seus pés bem fixos na terra quando se propõe a falar sobre a paixão e sobre um anseio em viver algo intenso, quase que semelhante a uma viagem por planetas desconhecidos. Talvez a temática sempre dê muitas voltas em torno de um mesmo tema e não consegue nos envolver de forma mais profunda, mas essa abordagem logo é envolta pela forma como ele nos é apresentado, sempre envolto de artifícios que nos possibilitam o simples manejo de ser variável. As composições são interessantes quando nos guiam por momentos repletos de referências como na melhor canção do álbum “Lost On Saturn” que nos transmite não apenas uma de suas melhores composições, como também reafirma a essência do álbum em discorrer sobre temáticas mais pessoais e ao mesmo tempo nos apresentar as ferramentas metafóricas que ele propõe. Contudo, há canções menos trabalhadas, que focam demais no refrão e a construção dos versos torna-se repetitiva e cansativa, como um exemplo claro está em “Earth is Dying”. A produção melódica é bem característica e quase que épica em alguns momentos, nos trazendo do JPop até a música eletrônica, possui poucas falhas em transicionamento, como de “Let Me See Uranus” para “Neptune” em que a linearidade é fortemente cortada, então perdemos um pouco da vibe que estávamos seguindo desde então. Os visuais são muito interessantes, bem produzidos e possuem um aspecto minimalista quanto ao posicionamento dos textos e a escolha de sua tipografia, gostamos do Fade e do filtro granulado ao fundo, eles foram muito bem elaborados, trazendo as cores ao fundo como ponto forte e ao mesmo tempo dando espaço para que as tipografias não sejam ofuscadas. No geral, Serina Fujikoso nos surpreende com uma forma interessante de executar um conceito que já é comum, ela nos cativa com o seu formato único ao falar sobre o que ela quer falar, mesmo que a construção lírica em alguns momentos tenha sido pouco elaborada; acreditamos no seu potencial e temos certeza que ainda iremos observar seu nome como um dos maiores de seu gênero. Composição: 23 Criatividade: 18 Coesão:18 Visual:23

Billboard
Após divulgar por meses alguns singles, Serina Fujikoso finalmente lança o aguardo “Boku no Universe”, seu primeiro álbum de estúdio. O disco apresenta uma jornada rumo ao universo da idol do J-Pop nos mostrando, em cada canção, suas diferentes personalidades. Após lermos o projeto por inteiro, nós ficamos encantados com as suas canções e em como a artista compôs elas de uma forma tão cativante, que acaba tornando-as viciantes. O interessante ainda é, que em algumas canções, o uso de metáforas sexuais tornou-as ainda mais incríveis, além de dar um destaque maior as faixas. E por isso, elegemos as canções “Cream & Mercury” e “Let Me See Uranus” como as melhores faixas do projeto, juntamente a “Lonely Venus”. Mesmo que as canções estejam com versos ótimos e bem escritos, nós sentimos um pouco de inferioridade em algumas como, principalmente, “Earth Is Dying”. Seguindo para análise da coesão do disco, nós vimos que as canções participam de um tipo de roleta, onde há alternâncias entre canções que narram um tema mais sexual e outras que narram um tema mais sentimental. Nesse álbum, isso não se tornou tão devastador, pois ainda assim você não consegue se perder durante a reprodução dele. Porém, é um ponto para se analisar em seus próximos projetos. Já em criatividade, nós não podemos dar uma nota menor do que o total, o método abordado (planetas) foi fenomenal e bem criativo. Não há sequer, um ponto negativo para abordar nesse quesito. Já o lado visual, nós estamos diante de algo bem simples, porém bonito. Não é algo ruim, porém a nossa bancada apenas esperava algo mais ultrajante, visto que o tema abordado abre portas para diversos caminhos. E não, o visual não está incoeso com o tema, mas está em uma forma simples de apresentação. Porém isso acaba não prejudicando muito sua nota final, é apenas um detalhe. Visando seu crescimento na indústria fonográfica, Serina Fujikoso é uma artista muito bem preparada para lidar com a fama do mundo fora dos computadores. Suas composições são excelentes e o uso de suas metáforas sexuais, deixam-na se tornar única. Apesar de haver alguns pontos que deixam o projeto soar simples, os pontos positivos tomam providência e acaba ofuscando os demais. Porém, ainda assim estaremos esperando o próximo projeto da artista, para que a sua nota máxima seja atingida e, temos certeza que isso se tornará simples e fácil para ela. COMPOSIÇÃO: 25 / COESÃO: 20 / CRIATIVIDADE: 20 / VISUAL: 20
The Telegraph
Após uma ansiosa espera do público e comunidade fonográfica, Serina Fujisoko finalmente lança seu primeiro álbum de estúdio intitulado “Boku no Universe”. Em uma espécie de álbum homônimo, a artista explora seu próprio mundo figurando-o em um universo em dez faixas e se aventurando em diversos temas, desde autoconhecimento, romance e sensualidade, no qual nelas desvendamos mais sobre o eu lírico. Adentramos o álbum com “Creamy & Mercury”, uma canção instigante onde a artista mostra com maestria a configuração de um J-Pop erótico, elevando sua sexualidade ao ápice mas ao mesmo tempo abordando-a de uma forma sutil sem soar agressivo. Em “Earth is Dying” vemos a artista explorar suas vulnerabilidades, uma perspectiva pouco presente em sua carreira solo mas que nos agrada por abrir o seu horizonte artístico - a contraparte dela está em que ela se perde perante outras canções do trabalho, com versos menos elaborados. “F##k Me On Mars” relata novamente de forma figurada, relações íntimas, contudo agora de uma perspectiva pouco masoquista. A partir disso temos uma escrita mais voltada para a construção de um enredo romântico sucessivo no qual destacamos como as melhores são “Dear, Jupiter” e “君はNeptune”, aqui temos uma narrativa que apresenta versos mais interessantes e próximos do público que os demais, é bastante palatável e as figurações foram bem empregadas. Liricamente, como uma artista de longa data Serina apresenta certa maturidade para composição, mas há territórios de maior dominância, em algumas faixas vemos versos reciclados e não sabemos se isso vem no sentido de criar consonância a outras faixas haja visto que trabalho não segue uma linearidade propriamente dita em sua ordem ou se foi apenas um arranjo para fechar a estrutura da canção. Voltado para o conceito, temos a indagação sobre a escolha dos planetas e suas representações no trabalho, uma apresentação mais consistente poderia trazer clareza da proposta e esse aspecto deixa a desejar por aqui, enquanto algumas referências são claras ao leitor outras não transpassam o mesmo sentido. O visual é totalmente característico da proposta, temos uma boa escolha de imagem que casam ao sentido lírico que a artista evoca em suas canções. Alguns pontos do encarte pecam em polimento, como é o caso de sobreposições que desvalorizam as imagens e padronização dos elementos nas páginas, mas nenhum erro é tão evidente assim, destacamos a capa e a contracapa como referências de como conduzi-la de modo agradável. Concluímos que a cantora consegue conquistar o que almejava em sua estreia mostrando a identidade de uma estrela JPOP, com carisma e explorando o inexplorado, Serina marca a história de seu gênero. Composição: 25 Criatividade: 15 Coesão: 18 Visual: 22

All Music
Após uma espera considerável, Serina Fujikoso lançou seu aguardado primeiro álbum de estúdio, que de certa forma, deve ser considerado como uma estreia agradável. Em seu conceito, Serina sua própria galáxia e nos guia durante o álbum de forma inusitada e inesperada, utilizando dos planetas para transmitir mensagens, algumas subliminares, em suas músicas. De certa forma, o álbum deve-se ser considerado criativo, pelo seu conceito totalmente fora da caixa e a aplicação dele em algumas músicas é bem pontual, mas não tanto quanto outras. A faixa inicial, ‘Cream & Mercury’ está longe de ser a melhor música do álbum, que aliás, não é uma faixa descartável, mas também deixa uma sensação de que está faltando algo, algo que lhe prenda durante a composição sensual. ‘Lovely Venus’ demostra um pequeno avanço em relação a faixa anterior, é mais cativante e tem uma composição mais expressiva. ‘Earth is Dying’ é a faixa mais fraca do álbum, que apesar de ser totalmente conexa ao propósito do álbum, é uma música recheada de repetições desnecessárias, onde versos e conteúdos adicionais poderiam fazer toda a diferença no resultado final. ‘F*ck Me on Mars’ em relação as outras, é a mais surpreendente. Mostra criatividade, tem uma composição mais atrevida e sensual, além de demonstrar a coragem de Serina como compositora e até onde ela está disposta a chegar com os versos explícitos. A faixa tem dois refrões, onde o primeiro combina mais com a faixa e o segundo em si, poderia ter sido transformado em um verso a partir para seguir uma coerência, mas nada muito grave. ‘Dear, Jupiter’ é uma música relativamente boa, mas parece ter uma carência de versos após o primeiro refrão (levando em consideração que somos levados diretamente ao bridge), versos adicionais cairiam bem para acrescentar. ‘Lost in Saturn’ tem versos fracos, principalmente no refrão, onde a ideia central da música poderia ter sido melhor aproveitada. Let Me See Uranos’ é uma música que tem uma pegada diferente, sua letra é voltada ao sensual e nesse ponto, podemos perceber que Fujikoso é bastante caprichosa nos detalhes. O verso de EVAH é essencial na música. ‘Neptuno’ conta uma história de amor, com versos que transmitem felicidade e um instrumental coesivo; mas como observação, a mistura de línguas na música deixa um pouco confuso como um todo. ‘Mask of the Moon’ é a música que a cantora mergulha em um romance novamente, com uma letra carregada de sentimentalismo e sedução, onde ela brinca facilmente entre os dois mundos durante os versos, com o verso que cita o nome da música em destaque positivo. A última música parece fechar de forma otimista para uma faixa final. Seu visual é bastante criativo e remete a história do álbum, desde o universo criado por Serina desde à sua sexualidade abordada durante o projeto, sendo também um dos destaques positivos. ‘Boku no Universe’ é um álbum que, assim como vários, contém acertos e falhas que poderiam ter sido evitados; suas composições não são tão fortes e nem tem um fator especial em boa parte delas que lhe prendem de certa forma, fazendo que a magia do álbum desapareça. Sabemos que Serina tem um grande potencial, mas acreditamos também que a cantora tenha uma área inexplorada dentro de si mesma que esperamos ver em breve em suas composições; onde de qualquer forma, ‘Boku No Universe’ pode ser um dos maiores álbums do seu gênero, e uma boa estreia na indústria, mas não algo que faça lhe destacar fora dele. Composição: 22 / Visual: 21 / Criatividade: 18 / Coesão: 18

The Boston Globe
Existe uma grande preocupação de artistas que demoram trazer um primeiro álbum, seja pela pressão do público para ter um trabalho inteiro, ou pressão do próprio artista ao tentar fazer algo que impressione positivamente. Em seu debut álbum, Serina Fujikoso se propõe a levar o ouvinte pelo seu universo, como uma análise de sua vida e personalidade. Alternando entre músicas extremamente sexuais e músicas tão honestas que surpreendem, o álbum tem ótimas composições, como \\\"Lost On Saturn\\\", \\\"Dear Jupiter\\\" e \\\"Earth Is Dying\\\", que é a melhor faixa do álbum. Serina mostra não ser somente uma cantora \\\"safada\\\" e bem humorada, e oferece uma análise pessoal de sua mente, enquanto continua atrelada ao conceito que propôs e com referências muito bem pensadas para ajudar nesse aspecto. \\\"Let Me See Uranus\\\" e \\\"Creamy & Mercury\\\" são as músicas mais populares do projeto, que infelizmente não conseguiram se sobressair aqui, analisando o todo, essas canções não se destacam das outras, soando até uma tentativa de reafirmar uma mensagem que não é tão empolgante ao público, apesar de se tratar de facetas da artista. Sonoramente (instrumentais), o álbum é coeso com o gênero, embora não case tanto com o contexto e atmosfera de cada uma, o que não é um fator decisivo na média final, de qualquer maneira, mas um pouco a ser observado. Visualmente como um todo (incluindo página de tracks e a própria página do projeto), \\\"Boku No Universe\\\" é bom, traz muito do conceito proposto com uma boa edição, algo que estamos acostumados a ver de Serina, mas isso não significa que é algo negativo, e sim positivo - a artista mostrou sua personalidade no trabalho, o que por ser um primeiro álbum, é um passo importante. Serina finalmente debuta na indústria com um trabalho criativo, honesto, e surpreendentemente vulnerável, que pode não prender nossa atenção em alguns pontos e momentos, mas sem dúvidas irá ser o maior do seu gênero. Visual: 23, Composição: 25, Coesão: 20, Criatividade: 20.

Los Angeles Time
O debut álbum de Serina Fujikoso, parece ter saído de uma história de quadrinhos de ficção cientifica, ou como popularmente é chamado, coisas de “nerds”. BOKU NO UNIVERSE, contempla tudo o que esse multiverso necessita, muitas referências, ficção, drama, amor e muita, muita sensualidade. Apesar de Serina ser conhecida por seu lado mais erótico e boêmio, o disco conta com canções profundas e mostram um lado mais vulnerável da cantora. Serina demonstra que não é apenas uma boneca do prazer, ou um apelo sexual. A cantora desmitifica seus próprios mitos e entrega ao ouvinte faixas com profundas composições. O disco de 10 faixas é um lançamento inteligente, confiante e envolvente de uma das maiores cantoras asiáticas de nossa geração. O álbum se inicia com as sensuais “Creamy & Mercury” & “Lonely Venus feat. Mirurun” as quais trazem consigo, uma letra cativante e demonstram o que Serina sabe fazer de melhor. A Faixa 3, “Earth is dying” é uma das melhores tracks do álbum, e deve ser ouvida com atenção. Serina começa a parit daqui demonstrar um lado pouco explorado, demonstrando sua fragilidade em meio a uma melancolia própria, sem perde a sua essência. A sequência de “F##k Me On Mars”, “Dear, Jupiter”, “Lost On Saturn” & “Let Me See Uranus feat. EVAH”, provam o poder da musicalidade e conhecimento de Serina em impressionar o público, com canções tendenciosas e de duplo significado. Essa inteligência em causar essa dualidade no disco deixam as coisas ainda mais interessante, o jogo de palavras usados, em referências aos corpos celestes os quais fazem parte do conceito, demonstram total dedicação de Serina com seu debut álbum. No entanto, acreditamos que a escolha de Lost On Saturn como single, não foi uma das mais perspicazes visto que o disco possui músicas melhores e mais elaboradas. Por fim o disco se encerra com “君はNeptune (Kimi wa Neptune / You are Neptune”, “Mask of the Moon” & “君の瞳はプラネタリウム(Kimi no Hitomi wa PURANETARIUMU / Your Eyes Are A Planetarium”. Esse trio traz o que há de melhor no disco, com menção honrosa a “Mask of the Moon”, a qual acreditamos ser a melhor do álbum e que deve ser trabalhada como um futuro single. E apesar de “BKU NO UNIVERSE” possuir um conceito intergaláctico, e desenvolvido com maestria, as composições aqui presentes não se conectam. São apenas músicas coexistindo no mesmo plano, e no mesmo “universo”. Universo no qual Serina criou propositalmente, a ideia aqui não é possuir um disco amarrado onde faixa pós faixa se conectam, a cantora experimentou criar a sua própria galáxia misturando diferentes gêneros e composições. Ainda que não cheguem a lugar X, essa diversidade trouxe a vida e a energia que o disco possui. Cada ouvinte será levado para a sua própria viagem intergaláctica de emoções e sensações. Trazer um álbum com essa narrativa, e explorada dessa forma poderia ter sido um tiro no pé, visto que muitos álbuns da indústria seguem essa temática e são puramente coesos. Entretanto, esse é o diferencial de BOKU NO UNIVERSE, nenhum outro disco com a temática trouxe algo tão grandioso e explorado de inúmeras formas criando essa atmosfera vibrante. O visual do trabalho não espanta, Serina entrega mais uma vez um projeto estético com total coesão. A paleta de cores escolhida, juntamente com os shots, torna tudo harmonioso. O visual aqui complementa claramente as composições do álbum, trazendo sentimentos e sensação que já foram descritas anteriormente nessa análise. Serina está em uma constante viagem intergaláctica, usufruindo do seu melhor momento. Esperamos aqui na terra o retorno da cantora com o seu próximo trabalho. COMPOSIÇÃO: 27/ VISUAL:25/ COESÃO: 16/ CRIATIVIDADE: 15.