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Belle Époque - LASHAE
94

The Telegraph

93

Cantora, compositora e produtora, Lashae já é um dos maiores destaques da indústria músical mesmo antes de se lançar o seu primeiro álbum de estúdio, “Belle Époque”, mas que certamente veio a se consolidar mostrando o alto patamar da sua manifestação artística. O álbum nos traz uma perspectiva interessante, seu conceito rodeia os múltiplos aspectos do viver, desde o nascimento até a morte, tudo isso articulado a uma estética historicamente construída, não sendo apenas um apelo criativo mas casando com as abordagens líricas que a artista inclui nas letras de suas canções, falando do drama do progresso no cotidiano e os frutos advindos disso. Através do alternative, folk e rock, Lashae nos apresenta a dinâmica ambígua do que no mundo moderno pode-se chamar de “ditadura da felicidade”, por mais que o título e o desfecho da trama esteja nesses conformes, temos duas faces do eu lírico mostrando que as coisas não são exatamente assim. Por esse motivo, destacamos “The Boy Who Fell on Earth” como nossa faixa favorita do disco, em termos gerais é instigante e uma boa forma de resumir o que o projeto em geral se propõe. De modo geral, todos os lançamentos de trabalho que se encontram nas primeiras quatro faixas do LP se mostram consistentes, com bastante investimento em seus versos e a seguir sentimos falta disso em “Absinthe”, não é uma faixa ruim, é bem elaborada se levarmos em conta a afirmativa da cantora de que foi um desafio, contudo não nos prende a atenção se compararmos com outras do trabalho. A seguir temos novamente um dos pontos mais altos do álbum, são as faixas “Under My Bed” e “Don’t Mention The War”, entre as citadas, Lashae eleva o nível de aproximação e identificação que seu disco pode trazer ao ouvinte, são extremamente atuais e palpáveis, de uma forma suave a artista projeta sentimentos tão comuns que é muito pouco provável que alguém não o reconheça, ambas tratam das exigências mundo contemporâneo e dos mecanismos que desenvolvemos para sobreviver a ele. Por fim, o álbum se encaminha para seu desfecho, com referências interessantes entre as faixas, principalmente em “Requiem”. Visualmente não há apontamentos que não sejam elogios, Lashae construiu o projeto visual de seu trabalho com muita dedicação trazendo um minimalismo invejável a qualquer produtor, provando mais uma vez seu título como uma das maiores produtoras da indústria musical. A tipografia é um acerto, os elementos visuais escolhidos são extremamente agradáveis, gostamos também dos créditos que a artista coloca ao utilizar obras alheias. Sendo assim, é mais que evidente que a artista nos trouxe um dos maiores trabalhos do ano e a era que já é multipremiada pode vir a se tornar ainda mais. Composição: 27 Criatividade: 16 Coesão: 24 Visual: 26

Pitchfork

94

Após grandes sucessos e diversos prêmios, Lashae nos apresenta seu aguardado primeiro álbum de estúdio intitulado “Belle Epoque”. Com um conceito interessante, a cantora nos insere em uma linha temporal que envolve toda uma vida, amores, medos, velhice e outros. Mesmo que essa perspectiva se perca em alguns momentos como em “Hell Or High Water” e “Under My Bed”, apesar deles se misturarem dentre as outras canções como uma tentativa de se encaixarem na base generalista de um ciclo de vida; A proposta foi muito bem pensada, de forma criativa e original, Marion Lashae possui uma mente complexa e trouxe esse nível para seu álbum com uma linha narrativa única. As composições são bem interessantes, elas trazem um ponto de vista sempre oscilando entre o eu-lírico e um espectador, com referências inteligentes e sempre conexões mais intrínsecas acerca do que o protagonista sente ou pensa em determinada situação. As melhores canções estão próximas ao desfecho do álbum, não apenas por encerrarem a obra com maestria, mas por nos soarem as mais complexas e diferentes, com ênfase em “Long Day\\\'s Journey Into Night” que executa com grande excelência o sentido de envelhecer, demonstrar o esquecimento de acontecimentos da vida, reflexão sobre uma “longa jornada” como sugere o próprio título. É importante destacar que mesmo se tratando de diversos momentos, o molde em que eles se empregam liricamente o tornam horizontais e justapostos, algo muito muito positivo e que pode servir de exemplo a outros artistas que desejam abordar diversos temas e ainda não sabem como torna-los coesos num compilado. A produção melódica é bem interessante, oscilando entre o folk, rock e a música alterantiva que possuem um intermédio entre a sonoridade mais clássica e contemporânea bem lineares. Os visuais são o ponto de maior excelência no projeto, a forma como as transições de cores, métrica, tipografias e coesão com o que se lê e se ouve são absurdamente bem elaborados, um grande ponto positivo em utilizar de pinturas e quase que incorporar os shoots neles, como se fossem um só; ponto muito positivo também para a primeira delas que representa esse “ciclo de vida”. De modo geral, Lashae conseguiu novamente nos introduzir em uma obra original, completa e bem estruturada, sem necessitar de filosofias complexas e conceitos extremamente cansativos, ela representa nessa obra não apenas um “life line” bem consolidado, mas também um dos maiores álbuns do gênero e da indústria. Composição: 32 Criatividade: 20 Coesão: 17 Visual: 25

TIME

91

Lashae faz seu tão aguardado debut com referências históricas, visuais vanguardistas do impressionismo e uma narrativa original. O álbum conta a história da vida, transitando entre paixões, temores, rebeldia e até que a cantora nos leva até a morte, que no seu enredo, é entendida como algo positivo. Aprofundando mais na \\\"bela época\\\" de Lashae, podemos marcar um álbum repleto de composições com muito desenvolvimento lírico. Destaque para “The Boy Who Fell On Earth”, \\\"Requiem\\\" e \\\"Absinthe\\\", três canções que mostram a mentalidade genial de Marion. Porém, “Requiem” supera todas as outras dez faixas, com suas referências literárias, sentimentalismo e metáforas absolutamente incríveis. Como falhas são inevitáveis, a artista exagerou no tamanho de alguns versos, isso em metade das canções, algo poderiam ser otimizado para deixar menos cansativo. Nada que possa prejudicar seriamente, mas é importante estar atenta. Destaco também o ponto fraco do álbum: “Eternity And a Day” que mesmo com um ótimo refrão, se mostra pequena ao lado de \\\"Hell Or High Water”, uma faixa que ficou tão emocionante e presente na tracklist. Em termos de coesão, o disco falha apenas uma única vez com a canção \\\"Don\\\'t Mention The War\\\", que parece não se encaixar na narrativa proposta, mesmo sendo perfeita em vários outros aspectos: como composição e estrutura. O visual é bastante polido e com referências esculpidas com clareza, o que faz o ponto da cantora ser entendido imediatamente. Possui um toque de simplicidade e originalidade, algo que deve ser valorizado. Lashae entrega criatividade, coesão, visuais e composições acima da média. \\\"Belle Époque\\\" é definitivamente um dos melhores do ano e ficará marcado na história como um trabalho interessante de se ouvir. Composição: 28 | Visual: 20 | Coesão: 21 |Criatividade: 22

All Music

94

Após um GRANDE período de espera, lançamentos de singles e eps, LASHAE finalmente lança seu tão aguardado álbum de estúdio, mostrando de uma vez que é a artista completa que todos tanto idolatram e se mostra capaz de elaborar um grande álbum. O álbum tem como conceito principal mostrar que a vida é uma bela época durante uma história contada de vida até a morte de uma pessoa, sendo o primeiro ponto positivo do álbum, podendo-se citar como pontos de criatividade. O álbum começa com ‘Rose-Colored World’, que apesar de ser uma boa introdução ao álbum e ter versos inteligentes, é a mais fraca do álbum e não seria a escolha mais inteligente pra single em um álbum com tantas músicas que lhe ofuscam. ‘The Boy Who Fell on Earth’ é uma faixa criativa e intrigante. Desde o primeiro verso ao seu coro final, é notável a criação de uma pequena e perfeita história contada com inteligência durante cada palavra, criada com maestria. Logo em seguida, dá início a tão famosa e aclamada ‘Hell or High Water’, em parceria com Jackie, sendo uma música revigorante e animada, que serve para levantar o astral do álbum. A adição de Jackie na música mostra o quanto as duas se conectam perfeitamente juntas mesmo sendo de gêneros distintos, já que não é a primeira vez que trabalham juntas e rende bons frutos. De fato, Hell Or High Water é uma canção bem estruturada, mas não parece se conectar com início do álbum – talvez o fato da música ter sido composta originalmente para outro álbum tenha pesado nisso, mas nada que destoe muito. ‘Eternity and a Day’ é uma boa faixa e uma proposta diferente das outras músicas, é uma nata canção de amor com Dylan Mellet com bastante química, sendo um ponto positivo. Mas vale ressaltar que pode não ser a canção correta para seguir após ‘Hell Or High Water’, porque ao mesmo tempo que a anterior dá um up, a seguinte dá um down pela temática, então seria interessante manter a linha para a música não fique um pouco ofuscada em relação ao tema da anterior. ‘Absinthe’ mostra um lado totalmente diferente da cantora, por estar mais livre e sensual, é uma faixa diferente na carreira em si e talvez não esteja tão conectada pelo o que vem a seguir. ‘Under My Bed’, ‘Don’t Mention the War’, ‘Full of Grace’ e ‘Long Day\\\\\\\\\\\\\\\'s Journey Into Night’ demonstram letras mais intensas, nuas e cruas, sentimentos vivos; porém não parecem se conectar com ‘Absinthe’ que vem logo antes. Todas as citadas na segunda meia parte do álbum demonstram um conteúdo lírico muito forte e no mesmo nível de qualidade, porém a faixa seguinte é a melhor de todo o projeto. ‘Requiem’ tem um apelo muito forte, onde você consegue sentir cada palavra como um peso na alma, sendo de longe a melhor faixa do projeto. Encerrando, Belle Époque é uma faixa animada e talvez a faixa perfeita para terminar o álbum de forma otimista. Seu visual transpira arte em todos os sentidos: LASHAE foi criativa, estudou e pesquisou significados para aplicar de forma que tudo se encaixasse perfeitamente bem. Em questão de visual, não podemos esperar menos de Marion LASHAE, porque é onde ela se destaca mais e não temos dúvidas que é um dos visuais mais fascinantes já vistos. Em coesão geral, o álbum peca em alguns momentos e perde pontos por isso, onde sua tracklist parece um pouco bagunçada e algumas músicas não conversam entre si, mas nada afeta a qualidade lírica, visual e criativa do álbum, mostrando de fato ser uma artista completa. Definitivamente, ‘Belle Époque’ é um álbum que foi construído para ser uma obra de arte, que apesar de precisar de pequenos ajustes, LASHAE conseguiu entregar um álbum de estreia de grande porte. Composição: 30 / Criatividade: 20 / Coesão: 19 / Visual: 25

Billboard

100

Após incansáveis dias esperando o lançamento oficial, finalmente LASHAE lança o seu debut álbum, o “Belle Époque”. O álbum é baseado na vida humana e em suas fases, porém com olhos otimistas, seguindo assim, a alusão histórica proposta do período cultural cosmopolita no final do século XIX na Europa, “Bela Época” (um período pacífico, otimista e inovador para os países europeus). Embora cada faixa do trabalho é narrada de forma antológica, todas elas estão interligadas de uma forma geral, o que é raro de se acontecer com tanta exatidão, e esse ponto se torna diferencial aqui. O trabalho oscila entre faixas ótimas e excelentes, onde a cantora apenas fixa seu legado como uma excelente compositora. Difícil de escolher apenas uma canção entre as músicas presentes no trabalho, nossa redação cita “Rose-Colored World”, “Full Of Grace”, “Long Day’s Journey Into Night” como as três melhores do projeto e, também, aproveitamos e acentuamos “Hell Or High Water” como a melhor parceria do disco. Embora a última citada seja uma canção feita anteriormente para um outro projeto, a cantora utilizou-a no seu debut álbum e simplesmente foi um jogada inteligente, foi ótima sua adição. Damos ênfase também para “Absinthe” uma canção ousada, onde a cantora sai de sua zona de conforto e consegue facilmente encantar os ouvintes ao narrar, livremente, sobre sexo. Antes de finalizar sobre os comentários individuais de algumas faixas, aproveitamos e citamos “Belle Époque (Finale)” como um excelente escolha para finalização do álbum, além de ser muito bem escrita e também uma das favoritas do projeto. Durante a audição do álbum, percebe-se facilmente o quão coeso ele soa e, o quão ligadas as faixas estão, como por exemplo “Don’t Mention The War” e “Full Of Grace”, são faixas opostas, sequenciais e que realmente se mostraram coesas diante das situações em que foram colocadas. Partindo ao lado visual, vimos uma explosão de criatividade, pois todo o disco foi inspirado no Impressionismo Francês e, além disso, sua paleta de cores é determinada pela fase da vida humana que a canção representa, algo muito bem pensado. Seu visual é algo único e marcante, realmente uma obra prima para os olhos de quem aprecia uma verdadeira Arte Moderna e Literatura. Finalizamos apenas dizendo que agora percebemos o porquê de tanta demora para o lançamento do “Belle Époque”, os tempos em estúdio e em sua produção foram necessários, e apenas serviram para aprimorar o trabalho, transformando-o cada vez mais em uma obra prima admirável e, isso faz com que LASHAE suba cada vez mais no pódio entre os melhores artistas, compositores e produtores do mundo. COMPOSIÇÃO: 30 / COESÃO: 25 / CRIATIVIDADE: 20 / VISUAL: 25

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