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Só Pra Tu - DRIKA
53

The Boston Globe

46

O primeiro álbum da cantora Drika, \\\"Só Pra Tu\\\", é um projeto de 11 faixas que promete ir do Funk ao Pop, com parcerias de amigos próximos e pessoas da indústria que demonstraram apoio a ela. A artista optou por não explicar o \\\"conceito\\\" em torno do álbum, o que poderia abrir várias interpretações do seu trabalho, mas resumidamente, é um projeto funk sem intenções, onde ela mostra sua personalidade enquanto uma mulher na indústria do funk e também na sociedade atual. De fato, não é um álbum tão interessante em composição. Poucas músicas se destacam em letras e em várias faixas não-single elas são tão pequenas que deixam uma sensação de serem apenas interludes no meio do projeto. Os destaques ficam por conta de \\\"Ousadia 24H\\\" e \\\"Beat Envolvente\\\", duas músicas que trazem um pop funk cativante com rimas talvez previsíveis, mas que não importam tanto avaliando todo o resto das letras. Já as faixas que pode se dizer serem as piores, temos \\\"Fazer Fumaça\\\" e \\\"Clima de Maldade\\\", duas faixas onde os versos da artista principal realmente entrega o que ela quer passar, apesar de ser abaixo da média, mas que as parcerias não ajudam nem um pouco e acabam tornando a música quase caricata. Entendemos que o funk é algo que não precisa de grandes letras emocionantes, assim como também não precisam ser tão curtas e monótonas, a artista pode optar em um próximo trabalho no gênero trazer versos maiores, refrões mais cativantes e com menos repetições para simplesmente crescer a letra. Na parte visual, o álbum parece ser feito para parecer algo super produzido, mas no produto final soou algo simples demais (demais mesmo) pra proposta. As escolhas de fontes, texturas, cores e posicionamentos não foram das melhores, entendemos que a artista não é uma produtora gigante e profissional, mas ela parece ter tentado fazer algo muito acima do esperado pra uma pessoa \\\"iniciante\\\", o que acabou influenciando negativamente no quesito. Drika sem dúvidas precisa de orientação artística tanto em composições, quanto em visual, para que ela possa manter o trabalho simples em todos os quesitos, sem precisar ser tão básico. Apesar dos defeitos, o álbum trouxe o que esperamos de uma artista no gênero, ousadia e liberdade. Visual: 10/28 | Composição: 12/30 | Coesão: 15/22 | Criatividade: 9/20

Pitchfork

44

Novo nome do Funk e da música latina, Drika lança seu primeiro álbum de estúdio com o título “Só pra tu”. Com uma bagagem bem característica da cultura brasileira, Drika conduz seu álbum de uma forma mais rasa e comercial do que o necessário; As temáticas giram em todo do mesmo contexto de uma maneira um pouco cansativa e quase não fogem desse ciclo, talvez uma ideia que poderíamos sugerir seria adentrar em outras temáticas, há mais a se explorar nesse gênero do que apenas sexo, na verdade focar apenas nisso de uma maneira pouco trabalhada é uma das problemáticas que reforçam os estereótipos atuais sobre a cultura funk, então tornar o conceito narrativo um pouco mais variável não é nada ruim, na verdade é o ponto chave de um álbum que merece destaque. As composições são pouco atrativas, entendemos que no geral as canções do gênero são mais curtas e chicletes, porém é aí que o artista deve se empenhar em trazer uma obra de qualidade com tão pouco, talvez esse tenha sido o ponto mais crítico, essa pouca abrangência; Há diversos vícios de linguagem, expressões como “Sentada”, “Cola aqui/lá”, “Esfregando”, assim como quase todas as canções se iniciam em algum tipo de local, os primeiros versos sempre denotam onde o eu lírico está (casa, pistão, pista) o que é bem repetitivo e cansativo. Além disso, podemos identificar “Toda Hora” como uma música um tanto problemática, mesmo que a expressão “Vem me fazer mulher” tenha conotação sexual ela ainda permanece problemática por motivos óbvios, algumas outras mais denotam mais o corpo da mulher como uma ferramenta de prazer do que adentram no real sentido de empoderamento. Lembramos que falar sobre o corpo ou sobre seus próprios atributos físicos não é o problema, mas a forma como isso é expressado é que conduz uma visão duvidosa entre o que é Empoderamento e o que é Objetificação. O ideal seria Drika ter uma melhor base sobre essa diferença em seus próximos projetos, se distanciando da visão machista e retrógrada que o público em geral enxerga o gênero que ela canta. A produção melódica tem como base o Funk, mas também adentra no reggaeton e em um Pop latino. Os visuais são um pouco confusos, a textura ao fundo trouxe uma atmosfera mais poluída ao encarte, as várias duplicações de fotos também nos soaram confusas, divergindo com a capa que nos aparentou bem escolhida e diferenciada. Uma sugestão para seus próximos projetos seria tornar o encarte mais límpido e polido, com recortes mais lineares e sem necessidade de tantas repetições. Diante o exposto, Drika possui alguns erros clássicos de um novato na indústria que podem ser melhorados, sabemos que ela tem potencial para crescimento artístico no futuro, “Só pra tu” é um começo confuso, esperamos que ele sirva de aprendizado para lapidar seu talento em um próximo projeto. Composição: 10 Criatividade: 10 Coesão: 13 Visual: 11

Billboard

58

Após os sucessos “Toda Hora” e “Ousadia 24H”, a brasileira Drika lança o debut álbum “Só Pra Tu”, um álbum marcado pelo gênero funk com essências do pop. O álbum é descrito com letras que exaltam as mulheres e seus corpos e traz parcerias com Talli, Lauren, Vito Adu, Thithi, GUIZAUN e Norman Castillo. E entre essas parcerias o destaque vai para o single “Ousadia 24H” onde os dois artistas se conectam entre os versos, trazendo versos envolventes e bem escritos, e com certeza é uma das melhores composições do projeto. O destaque solo fica por conta da faixa título “Só Pra Tu” e para “Pode Só Olhar” faixas ótimas e composição excelente. Durante a reprodução do projeto nós percebemos alguns deslizes por conta de coesão entre conceito e composição. Como na faixa “Toda Hora”, a cantora fez uso de um verso, digamos, machista – “Vem ficar comigo e me fazer mulher” –, a frase demonstra que mulheres necessitam de homens para se sentirem completas. Em demais faixas, notamos também, a pouca exaltação as mulheres, ou então, as presentes demonstram fracas e não bem exploradas. Ao ler o trabalho, também ficamos na espera de faixas maiores, não que isso seja um problema, porém os versos faltosos iriam suprir a pouco exaltação comentada acima. Ela a artista apenas deveria sair de sua zona de conforto e explorar mais em suas canções, sem qualquer medo. Agora, no visual percebemos algo simples e com baixo polimento, visto que esse é um projeto praticamente amador, sendo o primeiro projeto da artista e que conta com sua própria produção. Indicamos um melhor uso de suas fotografias e espaçamento geográfico pelo encarte, e também o uso de um tipografia mais moderna. Para concluir a análise, ressaltamos que são composições boas, com falhas fáceis de se concertar e de se trabalhar, e vemos que Drika é um nome que irá impactar muito ainda no mundo inteiro com seu Funk Pop. Seus erros aqui apenas deverão servir de ensino para seus próximos projetos e, que ela realmente mostre toda sua capacidade como compositora e produtora. COMPOSIÇÃO: 16 / CRIATIVIDADE: 12 / COESÃO: 15 / VISUAL: 15

The Telegraph

65

Com o gênero funk em uma nova ascensão, Drika lança seu álbum de estreia intitulado \\\"Só Pra Tú\\\" explorando um pop tipicamente brasileiro. Um álbum desse porte não necessita de conceitos extremamente definidos, pois se orientam principalmente para um investimento melódico e dançante, entretanto a apresentação é vaga e cita que o álbum se direciona a uma temática que é muito pouco explorada de fato no disco, como é o caso do empoderamento feminino aparecer em poucos elementos no conteúdo lírico do trabalho, no geral o que vemos são canções festivas direcionadas para bailes, indo de relacionamentos até drogas e outros temas. Nesse sentido, consideramos que o trabalho se apresenta como experimental para o que a artista pode oferecer no gênero e no geral, vemos altos e baixos no trabalho nas composições da artista, destacamos “Pode Só Olhar” como a melhor faixa do trabalho e possivelmente a mais trabalhada do mesmo, a parceria com Norman Castillo também se mostra promissora embora se mais investida em versos se tornaria ainda melhor e talvez atraindo nossa atenção como a mais atrativa do LP. No geral das outras faixas, vemos uma carência de identidade e direcionamento nas composições, às vezes as canções soam como um acúmulo de versos desordenados onde temos pouca organização nas estruturas das canções, o que dificulta o entendimento da proposta de Drika. Há também muitas expressões utilizadas em canções já existentes, por vezes sinalizadas nos ditos samples e por vezes não, mas mesmo as sinalizadas parecem ter sido aproveitadas de maneira imprecisa, servindo de repetições exacerbadas ou mesmo como artigos que pouco somam valor a música melodicamente ou no conteúdo propriamente dito em si. Visualmente, o trabalho tem uma proposta interessante ao se observar a capa e contracapa com os tons aplicados e fotografias escolhidas, contudo falta polimento, como é o caso do degrade nas tipografias, é preferível que se deixe o trabalho mais limpo para que ele seja legível, o que não ocorre na tracklist presente na contracapa. Quando adentramos o encarte encontramos uma proposta muito discrepante da já apresentada no início, parecem trabalhos diferentes, com uma escolha de seguir um caminho no preto e branco, as únicas possíveis concordâncias se encontram na sétima e décima página com a sobreposição das figuras geométricas, mas ainda sim parecem desconexos. Concluímos que Drika tem potencialidades de desenvolver seus trabalhos com maior planejamento e investimento de composições mais consistentes, como é o caso dos destaques citados, esperamos que a mesma nos surpreenda em seus próximos trabalhos. Composição: 19 Criatividade: 13 Coesão: 16 Visual: 17

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