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Velvet Sky - MOE
98

AllMusic

100

MOE sem dúvidas já é uma das artistas mais emblemáticas do FAMOU$ e seu debut álbum prova que todas as esperanças que depositamos na estreia da artista não foi em vão. \\\"Velvet Sky\\\" é uma obra monumental, com uma linha do tempo invejável que não deixa a desejar em nenhum ponto, seja lírico, visual ou criatividade. O fato de todas as faixas terem o ponto de vista da personagem e ainda uma nota da própria artista sobre a composição, torna tudo muito mais fácil de ser compreendido, mesmo Velvet Sky sendo um projeto ambicioso e complexo, MOE consegue transformar seu ponto de vista pra obra em algo de fácil compreensão, o que é um dos vários pontos positivos do álbum. A transição lírica de \\\"Hollywood Station\\\" para \\\"LOL\\\" é feita de forma muito inteligente, sendo fiel ao conceito abordado em ambas as composições e é o primeiro de vários momentos muito pensados e importantes do álbum como um todo. As parcerias não só fazem sentido no projeto como adicionam muito à ideia abordada no trabalho. É difícil encontrar destaques no Velvet Sky, por ele ser um projeto tão linear e onde todas as faixas têm sua devida importância, mas destacamos \\\"Perfectionist\\\", \\\"American Beauty\\\" e \\\"Rendez-Vous\\\" como as melhores faixas. Com um visual baseado na temática Steampunk, MOE também não deixa a desejar e traz um dos trabalhos mais ricos visualmente do ano e da história, a maneira que a artista retratou todo o ambiente de uma cidade tanto no encarte, quanto na capa, e com o \\\"Concept Art\\\", extensão do visual, foi genial. Toda a estratégia de divulgação, os vídeos que acompanharam o projeto, o jeito que a artista transformou o conceito de \\\"divisão de grupos\\\" em um evento, não deixa dúvidas de que o impacto desse trabalho nunca será esquecido. MOE traz o melhor álbum do ano e um dos melhores da história e consegue se posicionar entre as maiores artistas de uma indústria que a própria já dominou.

Pitchfork

96

MOE sempre foi uma artista peculiar, desde seu primeiro projeto ela nos cativou com originalidade e uma abordagem artística singular, “Velvet Sky” reafirma e amplia isso. Com um conceito solido e quase que cinematográfico, a cantora nos insere em uma narrativa interessante que utiliza de uma sociedade distópica, envolta em um conflito de classes segregacionista, o eu-lírico encontra um amor proibido em alguém que pertence a outra “casta” e a partir daí o enredo vai se desenrolando pouco a pouco em algo mais profundo do que necessariamente a paixão. Como se houvesse um aperitivo, antecedendo o prato principal. Há uma trama com personagens, anedotas e toda uma atmosfera que complementa o que está expresso nas canções, oscilando estranhamente entre um artificio descartável e um bônus para o álbum, já que as referências por si só saciam essa necessidade. Talvez o único problema desse quesito é justamente não nos apresentar um final digno ou melhor aprofundado, nos soa mais como uma “Parte 1” de uma saga do que necessariamente uma peça única, não é exatamente como se o final não fosse proveitoso, mas sim como se ainda houvessem aspectos a serem melhor explicados, como um melhor aprofundamento sobre os desfechos de alguns dos personagens e uma visão menos “egocêntrica” do eu-lírico, já que ela acompanha primeiramente uma personagem, mas principalmente na metade insere outros, bem como uma abordagem mais ampla sobre a sociedade em que nos foi mostrada, ao fim isso parece como um pano de fundo, um pouco menos amplo e mais voltado para o íntimo de Meg do que para os contextos gerais que ela já havia iniciado. As composições são despojadas, muito bem construídas e repletas de referências interessantes da cultura japonesa, personalidades midiáticas de décadas atrás e também obras literárias. Os versos, estrofes e até onomatopeias inseridas constroem uma abordagem excelente e nos faz acreditar que MOE possui uma abordagem lírica muito única, tornando-a uma artista a ser melhor gratificada nesse aspecto. Gostamos que ela utiliza críticas sociais e até mesmo em relação a indústria de uma forma muito inteligente e perspicaz, ela não foge dos preceitos narrativos e ainda expressa suas revoltas e sentimentos em relação a vários assuntos. O álbum possui uma construção melódica muito linear, com grande presença do Jazz, Blues e de um pouco de Neo-Soul, com o baixo imponente e a instrumentação orgânica presente em todas as canções, até mesmo nas mais contemporâneas, um grande ponto positivo. As interludes foram complementos interessantes para realçar não apenas a sonoridade, mas também a narrativa. A melhor canção é “American Beauty”, possuindo uma crítica importante e sendo uma das faixas mais estruturadas do álbum, ela nos traz essa dualidade entre uma problemática observada em Velvet Sky e também em nossa sociedade; A canção mais desconexa da obra é “LOL”, por pouco acrescentar no álbum e não nos cativar de forma individual. Os visuais são excelentes, eles não só reafirmam o que está nas canções e no conceito como também nos fazem ter uma melhor visualização do mundo distópico e retro-futurista que ela nos apresenta. A métrica, cores e todos os elementos utilizados (engrenagens, pichações, bandeiras e etc.) no encarte foram pontos extremamente positivos, bem como o plano de fundo ser bem atrativo. Hikari Moe consegue superar seu último projeto em criatividade e em recursos líricos, nos apresenta não apenas um novo mundo, mas também um álbum frenético, brilhante e único.

Spin

100

Logo após a grande aclamação de seu Extended Play \\\"Modern Times\\\", Hikari Moe lança o tão aguardado \\\"Velvet Sky\\\" seu primeiro álbum de estúdio, que nos deixa maravilhados com toda a história e detalhes. Vemos a grande criatividade da cantora nesse projeto, Moe criou seu próprio universo e personagens para nos colocar dentro de uma nação distópica e até mesmo em um romance \\\"proibido\\\" ou mal visto diante daquela sociedade. O álbum é sobre um universo diferente mas que pode ser comparado com o nosso e também com os problemas sociais do nosso cotidiano, como xenofobia, indústria musical problemática, etc. E tudo isso é contado por meio de músicas com letras ótimas e detalhadas, que são o ponto alto do disco. Começamos com a faixa que introduz todo o álbum, uma intro que detalha bem o mundo de \\\"Velvet Sky\\\", mostrando principalmente seus problemas e erros. Logo após da Intro, temos \\\"Hollywood Station\\\", a primeira crítica social do álbum. Como a própria cantora disse, essa música foge um pouco do tema principal do álbum, mas ela se encaixa muito bem em nosso dia a dia. Temos uma ótima composição, Moe utiliza muito bem de um jogo de palavras, especialmente no refrão. \\\"LOL\\\" e \\\"Perfectionist\\\", respectivamente, foram os primeiros singles do LP, foi uma boa escolha para singles, pois não imaginamos que iriam introduzir um disco tão criativo e bem feito como esse. Em \\\"The Daisy Game (Love Me, Love Me Not)\\\" é mostrado um momento importante no relacionamento de Meghan e Phoenix, vemos a personagem se questionar sobre tudo isso, perguntando a si mesma se é honesto estar amando alguém em meio a uma guerra e mortes. A parte lirica da música é incrível, mesmo sendo grandes e com muitas partes, Moe conseguiu fazer uma letra bem detalhada e que não se tornasse cansativa. \\\"Leading Role\\\", em parceria com Ali Aguilera, é totalmente diferente de \\\"The Daisy Game...\\\", ao invés de Meghan continuar refletindo sobre aquele momento, a mesma prefere focar totalmente em seu amado, esquecendo dos acontecimentos de \\\"Velvet Sky\\\" e se entregando ao amor. Voltando para a realidade distópica proposta pela cantora, temos \\\"American Beauty\\\". É apresentado uma nova personagem, a famosa Adella. A mesma é uma ferramenta da elite para ofuscar o lado ruim daquela nação, sendo usada totalmente pelo \\\"governo\\\" e limitando a sua liberdade artística. É uma faixa um pouco pesada, mas que fala muito conosco e que reflete a indústria musical do nosso dia a dia. Tem uma ótima letra, sendo uma das melhores do disco. Continuando falando sobre as faixas destaques do álbum, temos \\\"Melting Flowing Melody\\\" e \\\"Rendez-Vous\\\" como umas das melhores de todo o projeto. Ambas tem ótimas letras, vemos nelas o processo de libertação da personagem principal, sua fuga de \\\"Velvet Sky\\\" é algo que pode ser visto como uma saída de prisão, uma verdadeira sensação de liberdade para Meghan. Como grande parte dos álbuns tem alguma falha, em \\\"Velvet Sky\\\" não é diferente. \\\"Knock, Knock I Love You\\\" é sim uma faixa sentimental e pessoal, mas Moe trouxe uma letra fraca se comparada com as outras. Gostaríamos de ressaltar que não é uma música ruim, mas é ofuscada pelas outras músicas do álbum. \\\"Run, Meg... Run!\\\" e \\\"Eternal Dance (Farewell) são as duas que concluem o projeto, finalizando todo o enredo incrível criado. Vemos um pouco da perseguição que a protagonista está passando e, na última faixa, a vitória dos Doves e a ascenção do comando de Hattie, a nova prefeita da cidade. Não temos nada a criticar no desfeche de tudo, Moe conseguiu fazer algo coeso e bem escrito. Indo para a parte visual, temos um encarte incrível e sem erros, uma grande obra de arte. Mesmo sendo um encarte com muitas informações e detalhes, Moe não falha em fazer algo polido e encantador. Gostamos das palavras/frases em grande parte das páginas como se fosse pichações protestantes, um grande detalhe que também se encaixa com o conceito geral do álbum. Mesmo com tantas figuras de ferramentas e bandeiras, ainda temos algumas fotografias da cantora, algo que não esperávamos, mas que não ficou como se fosse simplesmente jogado lá. A tipografia escolhida remete a algo mais mecânico, Hikari conseguiu deixar todo o encarte se conectando entre si e até mesmo com todo o enredo do disco. É um dos melhores visuais do ano, um dos mais criativos e bem pensados. Por fim, Moe trouxe um novo universo para o mundo Famou$, um universo que prendeu grande parte dos artistas em sua fase de divulgação (estamos falando sobre as escolhas das tribos, um acontecimento que parou a indústria musical do jogo). \\\"Velvet Sky\\\" é um grande projeto, criativo e belo, a cantora se destacou com esse álbum e deixou uma grande marca na história, trazendo um dos melhores álbuns do ano 5. Esperamos que a pausa para o seu retorno não seja tão longa, mal podemos esperar pela continuação e conclusão da história contada em \\\"Velvet Sky\\\".

The Telegraph

99

Com uma verdadeira agitação no pré-lançamento do tão aguardado álbum de estréia recebemos o \\\"Velvet Sky\\\", que se mostra tão grandioso como as espectativas criadas em torno dele. Em seu primeiro Extend Play lançado, \\\"Modern Times\\\", ela já se destacou com um dos álbuns mais aclamados do seu ano e por isso é natural que se esperasse grandes coisas de MOE, mas mesmo assim a artista consegue nos surpreender com tamanho minimalismo trabalhado em todos os aspectos formatados aqui. A artista faz uma verdadeira alusão e de formato até cômico a uma sociedade steampunk, mas não perdendo o foco de abordar temas sérios e relevantes que mostram a verdadeira face da artista, uma voz para a exposição xenofobia na indústria além de criticar valores como a meritocracia presente nela. Começando pelo quesito lírico, temos uma elaboração densa aqui, a artista extravasa em mostrar sua persona buscando referências culturais seja de suas origens ou de seus prazeres e afeições, é um prato cheio para quem gosta desse tipo de conteúdo, e mesmo que seja, ainda vemos uma proximidade principalmente na segunda parte do álbum de produzir algo de fácil identificação e aproximação do público em geral apelando para sentimentos comuns e não mais para apelos próprios. O conto do trágico romance funciona perfeitamente e ainda sim podemos pensar em faixas independentes por si só, a artista trabalha muito bem com todos os artifícios, desde \\\"Electric, Distractive and Glamorous/Overture\\\" até as interludes do trabalho que narram a história em uma ambientação magnifica. O álbum é cheio de pontos altos, mas nossas faixas favoritas são \\\"Hollywood Station\\\", funciona como uma brilhante entrada mostrando ferozmente a sordidez da cidade iluminada pelo céu azul mas que tudo não passa de aparência onde todos vivem uma farsa carregada de hipocrisia, não é uma faixa que funcionaria apenas na trama da artista mas podendo ser uma leitura crítica de outras esferas, continuando temos \\\"Melting Flowing Melody\\\" que mostra uma disposição do eu lírico de por um momento deixar toda a sua ansiedade de lado perante os conturbados acontecimentos de seu cotidiano, por último \\\"Run, Meg... Run!\\\" que é uma faixa de certo mistério envolvente, até mesmo melodicamente somos envolvidos pela fuga da personagem, é certamente promissora e também uma das favoritas do público. Menções honrosas também para \\\"American Beauty\\\" e \\\"Eternal Dance (Farewell)\\\", enfatizamos que em faixas tão distintas a artista consegue trazer um álbum completo e que mesmo assim não peca em ser coeso, tratando de romance, criticas em diversos âmbitos foram trabalhados, além de focar também no eu de Meg que além de vermos na apresentação do seu diário, vemos corriqueiramente em diversos versos de faixas comprometidos em falar sobre a mesma ou outro tema, foi elaborado de forma inteligente. Visualmente estamos servidos de um verdadeiro espetáculo, desde o layout da página e até mesmo a elaboração do encarte, vemos claramente as fases da história, como imagens mais sérias da modelo em faixas que representam isso e no final quando a mesma se liberta das entranhas de Velvet Sky vemos outro despertar como um sorriso. A artista foi minuciosa até mesmo em produzir uma extensão gráfica com o \\\"Concept Art\\\" mostrando o universo onde o enredo é construído. Finalizamos que MOE brilhou mais do que nunca em Velvet Sky, mesmo que seu céu não seja sempre claro e azul, é criativo, perspicaz e extremamente amarrado, é inquestionável o talento da artista e ficamos felizes de poder desfruta-lo. Conteúdo Lírico: 96 Conteúdo Visual: 100 Apresentação do conceito: 100 Aplicação do conceito, criatividade e coesão: 100

Billboard

95

Sendo causas de muitos comentários ao redor do mundo nos últimos dias, finalmente somos agraciados com o lançamento do debut álbum da cantora japonesa MOE, o “Velvet Sky”. O álbum tem um conceito um pouco diferente do que o esperado por nós, após as divulgações em redes sociais. Enquanto esperávamos algo sobre a revolução de uma cidade fictícia, MOE nos entrega um álbum que conta a história de uma protagonista (Meg) que, aí que entra a história dos partidos, está apaixonada por alguém da oposição. Embora, isso seja uma quebra de clímax para nós, não nos vimos desapontados com o que foi apresentado, pelo contrário, as letras das canções presentes nesse disco são espetaculares e realmente fazem a cantora ter um dos melhores debuts de todos os tempos. Iniciamos o álbum com “Electric, Distractive and Glamorous/Overture”, uma introdução temática que realmente faz com que os leitores entrem no mundo “Velvet Sky” e consigam imaginá-lo. Logo após, vimos a melhor canção do projeto, “Hollywood Station”, sendo aqui onde tudo que se pensava sobre o local fictício sejam ignorados, e podemos perceber que não era um local perfeito (como muitos achavam). Em seguida nos deparamos com “笑(LOL)”, uma faixa que realmente soa estranha aqui, se destoando das demais faixas e não apresentando realmente nada sobre o universo de Meg, embora tenha seu local nessa posição, após a track anterior apresentar um deixa para o encaixe dessa canção. Mas isso é, ruim, para as duas faixas, pois nos deixa pensativos se seriam apenas uma forma de encaixar o single. Depois, somos apresentados a “Perfectionist” uma parceria incrível com o cantor Kaleb, uma canção que apresenta algumas canções com referências à “Velvet Sky”, mas que aparentemente não acrescenta muito ao projeto geral. O álbum apresenta várias interludes, sendo um dos seus pontos mais fortes, são interludes bem trabalhadas e temáticas, deixando toda a linearidade do álbum ainda mais incrível. Logo a tardar do álbum, temos “Melting Flowing Melody”, uma canção leve e diferente, mas que apresenta uma lírica bem apresentada e voltada ao estopim de Meg ao se sentir esgotada após tantos problemas em sua vida e Velvet Sky. No final do álbum, temos as três canções mais simples e despretensiosas de todo o disco, são canções que apresentam ocorridos após a fuga de Meg, mas que cantam sobre o fato com um ar mais voltado a influências populares. Olhando para o lado visual, vimos que MOE entregou algo digno do prometido, algo utópico, trabalhado e bem detalhistas, além de conter elementos de divulgação extremamente bem pensados, sem quaisquer defeitos aqui. Como um todo, vimos um dos melhores álbuns do ano até o momento, digno de muito distopia, criatividade e um ar de inovação, e além de entregar um álbum que está totalmente distante de tudo apresentado antes aqui dentro do FAMOUS.

2018 - © FAMOU$