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Night Tapes, Forever In The Summer - Amália
93

Pitchfork

90

Amália é de longe um dos maiores nomes da música alternativa na indústria, sempre com composições de peso e grandes sucessos ela retorna ao estrelato com “Night Tapes Forever, In The Summer”. Apostando em uma sonoridade mais contemporânea do que ela costumou apresentar, Amalía nos introduz em uma narrativa quase que representada como uma tragédia cômica, envolta em catástrofes amorosas, a frenética vida noturna, a perseguição e a adoração da indústria que a rodeia; tudo isso em uma ambientação “western vibes” quase que clássica em filmes dos anos 60/70. Mesmo que em 15 faixas, a narrativa nos atrai de uma forma tão interessante que não soa cansativa ou demasiadamente entediante, muito pelo contrário, nos cativa em suas peculiaridades e nuances. As composições do projeto são estruturalmente bem elaboradas, elas transitam entre referências modernas e sutis, bem como trazem uma carga emocional que possibilita uma potencialização da nossa atenção a obra da primeira até a última faixa; talvez esse seja o maior ponto positivo. Enquanto temos canções poderosas como “Saturday’s Child” e “Night Tapes”, temos outras menos trabalhadas como “Is It Tropical” e “Starlight”, elas se encaixam na tracklist com o enredo, mas possuem menor peso se comparado as demais. Talvez uma problemática parcialmente significativa, mas ainda pertinente, é o fato de que muitas canções são demasiadamente curtas, algumas possuem duas estrofes e o restante é composto por pré refrão e refrão, as vezes isso pode ser um tanto negativo principalmente quando não se consegue rechear melhor as canções, o problema aqui não está no desenvolver da narrativa, mas em como ele é construído e execuado em suas formas individuais. A produção melódica tem como base o rock e a música alternativa mais contemporâneos, e algumas fugas dessa abordagem quando ela introduz o Dance em poucos momentos, pode ser justificável justamente por fazer parte da narrativa em seu período mais noturno e eletrizante, mas precisamos ressaltar que entre “Discotheque” e “Summerville Skies” há uma quebra de vibe muito brusca, seria interessante ela realizar essa transição como fez nas faixas 5 e 6, até que pudesse adentrar na 7ª. Os visuais são muito bem elaborados, com uma animação em cartoon(?) bem variada e muito bem produzida, gostamos da escolha de cores ser linear em todo o encarte, bem como as fotos e elementos escolhidos muito bem realocados, uma métrica quase que perfeita por sua interatividade. No geral, Amália St. Marine retornou de forma muito positiva, ela nos trouxe carga emocional, inteligência em conduzir a obra por 14 faixas e visuais com excelência, mesmo se encaixando em um nicho diferente dos anteriores ela nos surpreende mais uma vez por manter sua identidade de storyteller, mal podemos esperar por seus próximos projetos.

Spin

95

Depois de um tempo sem lançar álbum, Amália retorna com o encantador \\\"Night Tapes, Forever In The Summer\\\", e mostra porquê nos fez esperar tanto. Sem dúvidas esse é um dos melhores projetos da artista, foi algo muito bem pensado e estruturado, entrando (na nossa opinião) na lista de melhores álbuns de todos os tempos do Famou$. Basicamente, a cantora nos conta, com um total de 15 faixas, toda a sua experiência com o verão e o porquê dele ser a sua melhor estação do ano. É um álbum que nos faz ter um gosto dos anos 70/80, onde somos levados em uma viajem ao longo verão da Francesa, que relata todo seu orgulho, medos, desejos, inseguranças, etc. Amália nos surpreende ao trazer músicas com uma alta qualidade lirica e sonora, podemos citar \\\"Sundown Queen\\\", \\\"New México\\\", \\\"The Death Of Pop\\\" \\\"Saturday\\\'s Child\\\" e \\\"Eternal Summer\\\" como as melhores de todo o disco, cada uma tem seu significado único, mas destacamos \\\"Sundown Queen\\\" e \\\"Saturday\\\'s Child\\\". Na primeira, Amália se junta com o ícone do country Tessa Reimels, juntas elas expressam seus desejos em uma tarde de verão, e até fazem um trocadilho (bem colocado) entre \\\"rei e rainha\\\", gostaríamos de falar também sobre a ponte dessa faixa, onde ambas questionam o porquê de estar em um relacionamento onde a mulher não sente \\\"arrepios\\\" com o seu amado, uma pequena crítica em uma canção tão poderosa e empoderada. Já na segunda citada, vemos a felicidade da cantora ao achar seu refúgio, que são seus pais. Depois de todos os acontecimentos do álbum, Amália se vê finalmente livre dos holofotes e realmente sabe que pode aproveitar os últimos dias do verão sem ser o centro das atenções, algo que gostava de ser nas primeiras faixas. Todos os projetos tem suas falhas, mesmo que mínimas, e com \\\"Night Tapes, Forever In The Summer\\\" não é diferente. A falta de cuidado ao escrever algumas músicas deixaram elas fracas e sem sentido diante das demais, destacamos aqui: \\\"Starlight\\\", \\\"Night Tapes\\\" e \\\"Is It Tropical?\\\" como as mais simples de todo o disco. Todas elas tem sua parte lírica simples e rasa, mas \\\"Is It Tropical?\\\" é realmente a mais confusa de todas. Podendo ser vista até mesmo como filler, a cantora deixa essa faixa repetitiva e cansativa de ouvir, com versos curtos e um refrão onde o título da música é repetido muitas vezes, Amália poderia ter escrito algo bem melhor e com uma história mais cativante. Sendo um conjunto de sentimentos, o mais novo projeto da cantora mostra todo o seu orgulho no começo como já dito antes, mas, ao decorrer do álbum, tudo que ela mais quer é sumir dos holofotes, como em \\\"New México\\\" e \\\"The Death Of Pop\\\". As histórias contadas ao decorrer do álbum mostram que os artistas querem sim ser o centro da atenção na maior parte de sua carreira, mas que ainda prezam pela sua privacidade e saúde mental. Partindo para a parte visual, não temos nada a reclamar, apenas falar tudo que nos chamaram atenção no encarte produzido por Amália e Outtathisworld. Todos os elementos são muito bem colocados em cada página, mostrando que realmente o álbum tem influências dos anos 70s, seguindo uma estética nunca vista na indústria, podendo até mesmo ser chamada de inovadora e pioneira desse tipo de estética/conceito geral de um disco. A cantora fez um trabalho muito bem na produção, seus desenhos feitos a mão se encaixam muito bem no encarte. É notório que \\\"desenhos gráficos e animações\\\" são a tendência do ano 4, mas arriscamos dizer que esse é um dos melhores, realmente foi algo muito bem feito. Contém muitas informações em suas páginas, mas nada que faça com que se torne algo pesado visualmente, muito pelo contrário, notamos cada elemento ao vermos novamente com mais cuidado, a forma com que a fonte escolhida se encaixa no visual é algo a se admirar, Outta novamente nos entrega um trabalho perfeito, os detalhes foram colocados com muito cuidado, novamente, ambas fizeram um bom trabalho juntas. Gostaríamos de ressaltar que Amália deveria participar ou produzir por completo seus próximos projetos, ela se arriscou a fazer algo mas o resultado foi espetacular. Por fim, o universo de \\\"Night Tapes, Forever In The Summer\\\" é espetacular, todas as suas histórias são bem pensadas e, mesmo com alguns erros, o álbum não perde a sua essência. Esperamos que em seu próximo projeto a cantora venha tomar cuidado com pequenos deslizes e supere seus erros nesse, pois sabemos que tem capacidade e talento para isso.

Rolling Stone

98

Após um longo período sem um novo álbum de estúdio, Amália retorna a indústria com o espetacular “Night Tapes, Forever In The Summer”, onde entendemos o porquê da demora da artista para um novo lançamento: ela estava todo este tempo lapidando um projeto que tinha tudo pra dar certo, e deu. “Night Tapes, Forever In The Summer” é um álbum completo, tem tudo quem um bom trabalho precisa ter: uma proposta interessante, composições bem feitas, um visual que chama a atenção e instrumentais condizentes. Tudo muito bem feito. Neste disco Amália nos apresenta sua jornada de autoaceitação após um período de negação a sua vida pós fama, em “Night Tapes, Forever In The Summer” acompanhamos todos os passos da artista francesa em busca de redenção. As composições aqui presentes são todas cheias de história, e todas as faixas se conectam em uma única história com início, meio e fim, o que é um ponto e tanto, visto que os álbuns hoje em dia infelizmente não seguem mais esta linha (apesar de ser um grande ponto em um álbum). Todas as faixas são compostas inteiramente pela artista, que soube dar sua identidade em um álbum tão pessoal. É difícil escolher uma faixa que se destaque neste álbum, pois todas são muito boas, mas “The Fever Bay//American Dream” que introduz o álbum, é um grande acerto, pois nos apresenta uma intro sem necessitar ser algo pequeno ou vazio, Amália trouxe uma musica completa que funciona perfeitamente bem sozinha, mas dentro deste álbum consegue ser ainda melhor. O mesmo vale para “Sings”, que é uma faixa criativa e instigante, e também a colaboração com Tessa Reimels “Sundown Queen”, que fala abertamente sobre sexualidade sem considerar isso um tabu ou algo “militante”, aqui vemos Amália e Tessa expondo suas preferencias sexuais sem necessitar de uma explicação, é apenas sexualidade da forma mais crua. Infelizmente um ponto que atrapalhou neste álbum foi o fato de termos muitas faixas na tracklist (15 ao todos), é entendível já que o álbum conta uma historia com continuações, mas essas historias poderiam ter sido comprimidas em menos faixas ou apenas pulando algumas partes não tão importantes, por isso, aqui temos algumas músicas que parecem estar apenas enchendo a tracklist, como killers. Um bom exemplo disto é “Is It Tropical?”, que é uma letra vazia e muito repetitiva, mas ainda há outros exemplos como este. Apesar destes pequenos erros na tracklist (não necessariamente em composição), este aspecto do álbum é muito bem feito, todas as faixas são profundas, e com a estética setentista do álbum, também divertidas. Aliás, este é um outro grande ponto de “Night Tapes, Forever In The Summer”, quando o quesito é sonoridade, instrumentais, Amália também acerta muito bem. A estética dos anos 70 está presente em todos os instrumentais do disco, e a artista soube dosar bem, sem que tudo fique muito “discoteca”, discoteca é um grande ponto desta época, mas o álbum soube trabalhar com instrumentais nesta mesma pegada sem parecer que tudo seja feito para tocar em uma balada. Há musicas assim, mas nem todas são, e todas se adequam, instrumentais conversam bem com o conteúdo lírico. Aliás, a estética dos anos 70 vai muito além de instrumentais e também transcende para o encarte e o visual no geral, que é um espetáculo a parte. Com produção de Outtathisworld e também da própria Amália, “Night Tapes, Forever In The Summer” apresenta um dos melhores encartes do ano. As paginas são feitas em desenho/animação, seguindo uma tendência do ano, mas apesar de “seguir tendência”, vemos aqui algo totalmente original e jamais comparável com outro trabalho até então lançado no FAMOU$. Além de desenhos, que dão uma identidade única, também temos cores quentes e fortes, reforçando a ideia de “verão” apresentada nas composições, além de também a estética dos anos 70 com uma tipografia muito especifica da época. Apesar de um visual bem especifico sobre uma determinada década, “Night Tapes, Forever In The Summer” não é um álbum datado ou que possa envelhecer mal. Em uma visão geral, Amália entregou um trabalho muito acima da média, onde não poupou esforços quando entrou de cabeça nesta ideia. Amália vem carregando uma serie de sucessos em charts nos últimos meses, tudo o que um artista quer, mas o que lhe faltava era a benção da crítica, e ela conseguiu. Amália é uma artista completa, e Night Tapes, Forever In The Summer é um grande trabalho para as premiações do ano que se inicia logo mais.

TIME

92

Night Tapes, Forever In The Summer é realmente um retorno triunfal ao mundo da música. O terceiro disco de estúdio de Amália, é uma obra com inspiração dos anos 80’s, com grandes ganchos e refrões melódicos. O disco de Rock/Dance é um dos maiores lançamentos do ano, um registro realizado com inteligência e direção. Ele oferece uma narrativa conclusiva sobre o que é ser uma estrela da música. Amália nunca esteve tão vulnerável e concentrada em suas composições. A sua sonoridade é um ponto de destaque também, com instrumentais muito bem selecionados, eles agregam em todas as músicas. Utilizando-se de diferentes instrumentos, a audição se torna uma experiência ainda mais rica. Ampliando a visão e ressignificando todas as faixas, se torna tudo mais fácil de ser contemplado e conectado. Em Night Tapes, Forever In The Summer somos imersos na estação do verão, e percebemos a importância da época mais feliz do ano na vida da cantora. É durante o verão que a cantora construiu suas melhores e piores memórias, e apesar das estações mudarem, o ciclo sempre se reinicia ano após ano. E devido a translação da terra, Amália não precisa dizer adeus as emoções que ela só usufrui no verão. Temos no disco alguns temas abordados como uso de drogas e problemas com o alcoolismo. A cantora abordou esses assuntos de maneira tão rica e contundente, que em momento algum se tornou algo agressivo ou superficial. Nesse disco Amália está trabalhando em direção a algo maior que seus próprios sentimentos. Ela não nos pede que choremos por ela – Ela capta o drama e o desespero das estrelas de Hollywood (assim como a si própria), e demonstra que a fama não é tudo o que se passa na mídia. Ela demonstra os 2 lados da faceta de ser uma estrela da música. Ainda que esteja cercada de dinheiro e fãs por todo lado, é comum ter que se socializar com pessoas falsas. A faixa “Midnight Drive”, capta com total essência essa prerrogativa. De uma mulher que tem tudo, mas ainda se sente solitária. Ao longo de suas 14 faixas, o disco mantém seu clima de temperatura alta. Amália leva o ouvinte para diferentes lugares e narrativas, seja correndo pelas estradas da Califórnia, seja se escondendo em subúrbios anônimos, ou se aventurando no Novo México. A cantora sabe guiar o seu público como ninguém, é quase impossível perder o foco em toda a história apresentada no disco. As letras são tão ricas, que ao ouvir as músicas, você é capaz de pintar a imagem de cada cena e ação que as tracks apresentam. A habilidade de composição da cantora é sem dúvida alguma, uma de suas maiores virtudes. Os maiores destaques ficam por conta de “The Fever Bay // American Dream”, onde somos inseridos a toda temática do disco e começamos a ver todas as frustrações da cantora. Além de “Sundown Queen”, a qual a cantora se descobre bissexual e satiriza os anos 70’s. A incrível “Heartbreak Radio “ e “Discothèque” em parceria com Jamie Lynn, Lashae e ZÍARA. Além das faixas “Signs” e “Saturday\\\'s Child”. Esse conjunto de faixas selecionadas representam o ápice do disco em nossa opinião. A estética do disco assim como o seu conteúdo lírico traz uma espécie de narrativa. Todo o encarte do álbum foi desenhando, e esquematizado. Tudo está perfeitamente encaixado e dentro do conceito proposto. O visual é sem dúvida um dos elementos mais difícil de conseguir a coesão, o que foi atingido com maestria aqui. Reconhecemos o talento e a dedicação sob a elaboração da parte gráfica desse trabalho. E queremos parabenizar a criatividade de trazer um material tão enriquecedor para o Famou$. A este ponto é nítido a evolução e capacidade de Amália em trazer um disco tão bem trabalhado que apresenta um conceito muito bem desenvolvido com pouquíssimos erros. Enquanto estamos dirigindo pelas estradas do país escutando a rádio dos corações quebrados, esperamos ansiosamente os próximos passos da cantora.

The Telegraph

96

Após um longo tempo de lançamentos e calorosas parcerias avulsas, Amália retorna com seu terceiro álbum de estúdio \\\"Night Tapes, Forever In The Summer\\\" e transcende em sua narrativa, não distante de se destacar entre os melhores álbuns para trabalho, se não o melhor, no ano que está por vir. Caminhando entre os gêneros do alternative, rock e dance a artista nos leva a uma esfera nostálgica e oitentista testemunhando uma épica jornada de uma estrela rockstar/hollywoodiana, o álbum visto do seu todo não falha e é um grande acerto da cantora sobre como conduzir um álbum em uma perspectiva linear, ela nos arrebata a uma cenografia em que facilmente poderíamos enxerga-la como estrela de seu próprio filme. Liricamente, Amália conduz graciosamente a dinâmica do disco, abordando fielmente a temática proposta, circulando pela glória, melancolia e solidão que o mundo da fama pode causar. Começando pelos destaques, The Fever Bay//American Dream inicia bem o disco apontando a verdadeira montanha russa emocional vivida pelo eu lírico, contudo, abraçando a ousadia de se expor a todos esses sentimentos, se jogando para o mundo. A seguir temos a melhor faixa do disco, a parceria com x cantorx Balk \\\"Heartbreak Radio\\\", é fascinante como a lírica da canção pode prender facilmente a atenção de qualquer ouvinte, mesmo que a temática de coração partido seja algo recorrente e qualquer gênero, a canção é certamente um destaque. Mais adiante temos \\\"Night Tapes\\\", a canção é revigorante na prosa, o eu-lírico se empodera com toda a vista que o olhar atrai, soando ser uma continuação da faixa anterior com Tessa Reimels \\\"Sundown Queen\\\", menções honrosas também para \\\"Signs\\\" e \\\"New Mexico\\\", temos ressalvas a algumas composições que parecem menos trabalhadas, não é um problema visto elas em uma perspectiva isolada, mas soa irregular. O visual do álbum é espetacular, consegue ilustrar os diversos momentos da trama, desde os sentimentos da artista até a ambientação presente nas composições, como a boate disco ou as referencias tropicais presentes na faixa. Com todo o histórico de Amália em sua carreira musical, é inimaginável pensar que a mesma poderia ser colocada a prova de excelência, contudo, com seu mais recente álbum ela se desafia a mostrar seu brilhantismo mais uma vez. É ousado, refrescante e de fácil digestão, todas as variáveis para que um álbum se apresente em seu melhor estado se mostram em harmonia. Conteúdo lírico: 91 Aplicação do conceito e coesão: 98 Criatividade: 96 Visual: 100

Variety

86

Após diversos singles de sucessos e promessas, Amalia finalmente lança o aguardado “Night Tapes, Forever In The Summer”. O álbum tem o foco em relatar momentos vividos e sentimentos sentidos pela cantora durante o último verão, com um ar de melancolia e reflexão. O maior destaque do disco é de sua parceria com Balk, “Heartbreak Radio” é a canção mais bem escrita e composta de versos sensacionais, além de deixar claro a melancolia sobre a dificuldade em esquecer um amor de verão. Seguindo aos destaques do trabalho, mencionamos “Night Tapes” e “Saturday’s Child” com linhas de alta qualidade. Agora, pelo contrário o projeto abriga também canções fracas e que deixam ele um pouco desejar, tais como “Midnight Drive” – que soa repetitiva e cansativa, seria melhor aproveitada como uma interlude -, “Signs” e “Is It Tropical”. Os temas trabalhados durante a execução do álbum são interessantes porém, eles acabam ficando sem uma ligação sequer durante a tracklist proposta pela artista, deixa-o um bagunçado e não linear. A canção “New Mexico” seriam bem mais usual se estivesse próxima a faixa “Signs”, pois ambas são como um sequencial. As únicas faixam que se completam e estão em perfeita sintonia durante toda a apresentação são “The Death Of Pop” e “Saturday’s Child”, já que as duas representam a vulnerabilidade da artista diante da fama. A parte visual do trabalho é exuberante, e outtathisworld trouxe um trabalho “retrô” de qualidade para as páginas do álbum físico que remete com clareza o conceito. “Night Tapes, Forever In The Summer” chega como um disco agradavelmente bom e com algumas composições de tirar o fôlego, porém trás consigo alguns pecados que deixam a desejar durante sua execução. Mas esses erros são facilmente driblados por Amália e seu grande de poder de composição.

AllMusic

93

Depois de 3 singles de sucesso e grandes momentos em premiações, Amália lançou de surpresa seu terceiro álbum de estúdio e não poderíamos estar mais felizes com isso. Amália se propõe a falar do verão, não como a maioria dos artistas retratam, uma boa época onde devemos exibir nossos corpos, dançar e ter alguém do lado apenas por um momento, ela trata de sua vida nos holofotes e como seus sentimentos se afloram no verão, com muitas rimas e músicas diretas, a cantora cumpre o tema proposto sem deslizes e nós ouvintes podemos imaginar a cantora em tais situações, são composições que passam verdade e tudo em instrumentais alternativos com pegadas dance, como se a cantora estivesse festejando em meio a sua dor e suas dúvidas. Por começar com a faixa \\\"The Fever Bay // American Dream\\\", a cantora fala sobre ser desejada mas na mesma narrativa fala sobre suas frustrações com pessoas durante o verão, uma composição coesa, bem feita e até irônica em alguns momentos. Musicas como \\\"Sundown Queen\\\", \\\"Heartbreak Radio\\\" e \\\"Discothèque\\\", coincidentemente as três parcerias do álbum, mostram que Amália é uma das artistas mais espertas em sua composição. A maneira como ela se refere a descoberta de sua bissexualidade usando os termos \\\"rei\\\" e \\\"rainha\\\" em \\\"Sundown Queen\\\" são muito bem colocados e no contexto, assim como a participação dinâmica de Tessa Reimels que influencia o instrumental pra um lado mais country, se torna uma música bem humorada e legal de se ouvir. \\\"Heartbreak Radio\\\" é uma música melancólica sobre um término que não cai no clichê enquanto \\\"Discothèque\\\" nos faz refletir e ao mesmo tempo dançar, em uma composição simples e aparentemente feliz, que esconde uma tristeza e uma história mais obscura em suas entrelinhas. Destacamos também a canção \\\"The Death Of Pop\\\", entre as não citadas anteriormente. Com músicas tão esplêndidas, \\\"Is It Tropical?\\\" e \\\"Eternal Summer\\\" não conseguem manter o padrão de qualidade do álbum e podem ser consideradas as músicas menos empolgantes do trabalho. Elas não são tão ruins, apenas devemos relembrar os únicos pontos que devem ser observado pela artista em futuras composições, que são o excesso de repetições e musicas curtas demais em um tema que seria tão bom desenvolver como nós sabemos que Amália consegue. O visual é realmente um ponto impressionante, visto em um rápido olhar podemos dizer que é um visual bagunçado, com muita informação, mas quando nos atentamos a olhar cada página com atenção, entendemos o apelo de cada página e como tudo começa a fazer sentido, o esquema de cores e os elementos de cada página fazem jus ao seu conteúdo lírico e são belos em conjunto. Com muita verdade nas composições e coesão com o conceito proposto, mas com erros que poderiam ser evitados, Amália fez a espera valer a pena e entregou um dos melhores trabalhos de sua carreira e um dos melhores trabalhos do gênero alternative para o ano 5.

2018 - © FAMOU$