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The Good, The Bad and The Good-Hearted Father - Profound
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TAROT - Kaleb Woodbane
91

Variety

95

Um dos maiores nomes da indústria lança seu novo álbum e mais uma vez, surpreende. Não é novidade que Kaleb apresenta excelência em seus trabalhos e entrega ótimos trabalhos, alguns nem tanto mas ainda assim, bons; mas dessa vez o artista conseguiu talvez apresentar sua melhor e mais criativa obra onde o mesmo abrange um tema que por muitos é visto como um tabu por crenças/credos ou com indiferença por céticos, o \\\"Tarot\\\", que nomeia o disco e faz com que cada música seja extraída se suas cartas para os nossos ouvidos com maestria. Dividido em três, \\\"Tarot\\\" em sua primeira parte conta a história de um homem que busca ser forte e controlar sua vida e destino mas falha ao encontrar fraquezas pelo caminho, e isso fica claro na faixa \\\"Lost in the Waves\\\", que mostra toda sua fraqueza e seus pensamentos outrora, errados em relação a si mesmo; na segunda parte o cantor mais uma vez volta para sua busca pelo seu verdadeira \\\"eu\\\" e novamente, parte em uma jornada pessoal complexa e levando a um sentimento de depressão e melancolia profundo, como em \\\"Self Destruction\\\"; a terceira e última parte marca o ponto onde Kaleb já sofreu e buscou de forma tão intensa a si mesmo que se encontrou e agora olha para o passado vendo seus erros e pensando em como o futuro vai ser diferente, finalizando assim com sua melhor faixa, \\\"Graceless\\\". Visualmente é também a melhor e mais bem trabalhada obra do cantor, talvez a melhor do ano até o momento, onde praticamente não apresenta falhas e se torna até difícil na avaliação encontrar pontos negativos. Kaleb se consolida como um dos maiores nomes da música novamente e não parece planejar parar de crescer cada vez mais.

The Guardian

94

Kaleb adentra em novas sonoridades e em novos preceitos em seu mais novo álbum intitulado “Tarot”. Trazendo uma retrospectiva bem intimista acerca de si mesmo, de sua carreira e relacionamentos, Kaleb atrai nossa atenção com um conceito criativo, original e muito bem aplicado em todas as faixas, apesar de avançar por temáticas diversas elas permanecem inteiramente conectadas com um norteamento mais sorrateiro com o uso das cartas de tarot e seus significados, isso funciona como um suporte sutil para toda a temática e consegue unificar todos os pontos que surjam na obra. Achamos interessante como ele consegue transitar entre suas experiências passadas e atuais e fazer uma boa junção de ambas, como o conceito é fluído e subjetivo e ainda assim tão incisivo. Contendo 15 faixas, a tracklist é justaposta e bem unificada com todo o envolto apresentado, isso é um bom ponto positivo e bem raro, visto que álbuns longos tem a tendência de fugir dos preceitos iniciais. O lirismo é bem elaborado e bem definido, ela possui tanto uma característica mais direta e intimista, quanto uma abordagem mais metafórica acerca dos sentimentos e situações apresentadas. É notável que Kaleb possui uma boa construção lírica e nesse projeto ele mantém essa qualidade. A produção melódica é bem coesa, com exceção da canção “Alegría” que é a que mais destoa do restante do projeto em sonoridade, tendo como base o Pop, com claros elementos R&B, tendo ênfase nos pontos mais altos do projeto, em que canções mais agressivas e agitadas tomam seu protagonismo, Kaleb nos mostra uma nova faceta de seu trabalho, bem como sua versatilidade em incorporar esse gênero com maestria. “Boys Don’t Cry” é a nossa canção favorita nesse projeto, acreditamos que essa abordagem mais intimista acerca de si mesmo e de como há uma cobrança de terceiros sob a nossa percepção pessoal foi muito bem trabalhada. Os visuais são incríveis, muito bem projetados e elaborados, tanto com todo o plano de fundo como toda a métrica escolhida para compor o encarte, acreditamos que ela foi muito bem feita, a utilização das respectivas cartas nas páginas foi uma boa jogada para trazer as referências adequadas ao que está sendo explicitado; gostaríamos que todas as páginas tivesse suas fotos em colorido, apenas uma página possui esse aspecto, então destoa do restante. “Tarot” é com certeza um dos melhores projetos do ano, o cantor conseguiu unificar suas ótimas composições com um conceito bem travestido de originalidade, bem como incorporar visuais que sejam totalmente condizentes com a obra. Kaleb nos surpreende mais uma vez, esperamos que ele consiga o fazer ainda mais em seus próximos trabalhos.

The Line Of Best Fit

91

Por meio de “TAROT”, Kaleb nos mostra o seu lado criativo, que aflora e se dimensiona gigante, nos entregando um álbum original, inovador e pessoal. É inegável que o talento do artista existe, mas ficamos felizes em observar como o mesmo perpetua-se durante trabalhos, um após o outro, e o grande ponto deste é como o artista possui a capacidade de se reinventar conforme o tempo. A primeira parte do álbum é cruel e profunda, Kaleb nos mostra as vozes que gritam seus erros em sua cabeça, e a chama do passado que arde em seus sentimentos. Sendo esse o nosso ato preferido, “After All” e “Boys Don’t Cry” abrem o álbum com excelência, sendo duas canções muito verdadeiras e bem-escritas. Observamos, aqui, o personagem cair diversas vezes nos erros que cometeu antigamente, e como isso o atormenta. Já na segunda parte, conhecemos um eu-lírico que busca dar a volta por cima pela consciência de seus atos e, principalmente, pelo perdão. Ainda que de forma bem subjetiva, as lições que são ensinadas a ele também são, de alguma forma, destinada a nós. É belo observar o personagem se reerguendo pelo entendimento de si próprio. Esse entender o seu interior pode ser melhor observada na sua “redenção”, que vem junto do terceiro ato do trabalho. Ainda que possua canções bem escritas e agradavelmente estruturadas, as colaborações não se destacam tanto. Talvez todo o poder do autoconhecimento da própria história tenha dado mais intensidade para as músicas que Kaleb escreve sozinho, quando só existe ele ali, expondo seu eu para o universo. O visual é incrivelmente trabalhado, desde a capa até o encarte, tudo chama atenção e todos os detalhes estão relacionados uns aos outros. As cartas de tarô e as suas explicações em cada faixa conta muito e facilita o entendimento do lirismo, já que as mesmas possuem interpretações pessoais muito grandes. É gratificante e prazeroso pegar-se observando a beleza contida nas páginas que compõem e acrescentam coesão ao trabalho. Por fim, “TAROT” expressa a grandiosidade de um alma que a todo momento busca aprender com seus erros, e que busca na arte uma forma de encontrar as respostas para as questões da vida que, ao mesmo tempo que o assombra, o torna mais forte.

Rolling Stone

90

Com um conceito nunca visto e inovador, através de cartas de tarô, Kaleb retorna ao cenário Pop R&B Alternative com seu sexto álbum de estúdio “TAROT”, abordando as suas mudanças pessoais. Começando com a impecabilidade da produção visual que faz com que o projeto se eleve a um dos mais surpreendentes já vistos no “Famous”. A maneira com a qual o cantor abordou a temática, ecoou principalmente em seu encarte. A escolha de shoots simples e a inclusão de detalhes inerentes ao conceito como as inúmeras cartas de tarô relacionadas às faixas, é magnificente e suntuoso para a inteira obra, dando um aspecto visual digno de um grande produtor como Kaleb. Passando para a parte lírica, Kaleb se põe em jogo completamente e se rende por inteiro em seus versos. Relacionada com a carta da “Roda da fortuna” que representa as recompensas que virão no futuro, temos o primeiro Single do álbum, “Love Will Tear Us Apart” onde Kaleb demonstra uma incrível capacidade de saber se pôr no centro da obra. Entre as faixas do álbum nos vem apresentados diferentes temáticas, mas a principal é a de uma relação, onde é evidente que o próprio cantor não se sente mais confortável. Em “Lost in The Waves”, o cantor, ao lado de um dos grandes nomes do cenário rock, Neferine, cantora que adicionou bastante de seu toque pessoal no ato, personificam um casal que consegue só ver o mal um do outro, depois de muito tempo juntos, decidem se separar. As metáforas e a abordagem da faixa, faz com que seja uma das melhores do álbum, também ao lado de “Limbo”, parceria com J.Olly e Dallas, que fala sobre tentar se encaixar em um contexto diminuindo-se para se igualar aos outros mas com a imensa vontade dos três cantores de se desencadear desses rótulos. Concluindo com o mais recente Single, “Symbols” em parceria com a cantora Tessa Reimels, grande nome do country e célebre compositora, relata a saudade dos dois amantes, aquela saudade que você tem de cada momento passado juntos e de ser um só, mesmo depois de tantas mudanças na vida dos dois lados, nesse período de destaque dos laços. No geral, o álbum consegue inovar e reinventar, demonstrando a capacidade de Kaleb de conseguir ser inerente ao conceito do álbum mesmo a grandeza dele (15 faixas são algo de totalmente novo na carreira do cantor, sendo que ele sempre entregou álbuns curtos). “TAROT” é uma avalanche de sentimentos, onde Kaleb conseguiu abordar um conceito não muito fácil de ser explanado. Não há conselhos para o cantor que já tem uma própria voz na indústria e uma própria estrada para seguir.

The Boston Globe

83

O sexto álbum de estúdio de Kaleb, TAROT, chega ao mercado musical com uma abordagem bem irreverente na atualidade. Trabalhando com cartas de tarô, como o próprio título sugere, o produtor e compositor cria uma atmosfera intrigante que nos instiga a conhecer melhor a peça. Sendo uma obra de Kaleb, logo ficamos interessados por analisar a produção visual, visto que o artista é um dos produtores mais renomados e requisitados da indústria. O encarte de TAROT não é nada mau, entretanto, nós não tivemos nenhuma grande surpresa positiva ao vislumbrá-lo. A escolha fotográfica, bem como o tratamento de imagem das mesmas (que deixou o cantor com um aspecto encerado) foram algo que prejudicou bastante sua estética. Um ponto distrativo foi a alegoria da bala rasgando o papel - apesar de ser um elemento interessante, não encontramos conexão entre ele e o conceito geral do álbum, ficando então deslocado. Como aspectos positivos, citamos a polidez e a riqueza do trabalho, que já são características estabelecidas por Kaleb tanto em seus encartes anteriores quanto naqueles elaborados para outros artistas. Porém, além de grande produtor, Kaleb também já demonstrou sua desenvoltura enquanto compositor em diversos outros momentos. Isso é transparecido na dor expressa em \\\'Boys Don\\\'t Cry\\\'; no romance encantador e turbulento de \\\'Lost in the Waves\\\'; na profundidade de \\\'Broken Destiny\\\' e na sensação de redenção que é transmitida por \\\'Never Tried\\\'. Todas estas são canções cativantes e maravilhosas, que soam sinceras e aproximam o ouvinte da música de Kaleb. O que mais nos chama atenção de forma negativa na produção lírica é a divisão do álbum em três fases, algo que já apontamos como prejudicial em diversos outros trabalhos - aqui, apesar de Kaleb montar uma sequência que faz sentido e transcorre bem, este recurso torna a obra massiva e também é descartável: deixar a música falar por si só é uma apresentação muito mais refinada, e não seria algo difícil de se atingir neste caso. Em síntese, apesar de algumas canções apresentarem uma conexão fraca entre as cartas de baralho e o seu próprio conteúdo, Kaleb consegue construir uma obra concisa e bem desenvolvida de modo geral. TAROT é mais uma amostra de seus talentos, mas, neste ponto de sua carreira, se evidencia também como uma oportunidade de parar, se autoexaminar e aparar arestas do seu trabalho que se mostram duras sob toques mais sensíveis. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 82 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 85 PRODUÇÃO LÍRICA: 82 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 86 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 83

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