Watercolor - Aster Major

The A.V. Club
O segundo álbum da cantora Astrid Major não é nada mais nada menos do que uma obra confusa e que beira o decepcionante no aspecto temático. O disco se propõe a falar de assuntos interessantes como abuso psicológico e emoções acerca de uma relação abusiva. No entanto, são faladas tantas coisas ao mesmo tempo que quem ouve o disco facilmente se perde e beira a dúvida do \\\"será que a própria artista sabe o que ela quer dizer ao público?\\\". A grande questão do disco nesse sentido é que na teoria se trata de um trabalho majestoso, mas na realidade pouco ou quase nada do que foi apresentado nos textos introdutórios pode ser visto de maneira evidente no decorrer da trama. Já no aspecto coesivo, o disco reflete toda a confusão já falada. A ideia geral do disco não se reflete em muitas das faixas, o encarte não conversa com nada do que a artista quer passar e que põe em xeque se o conceito realmente existe ou ele foi dito apenas para enfeitar as páginas do álbum. Já no aspecto lírico o álbum é literalmente uma ofensa, pois além de não refletir muito as ideias do álbum e terem diversos pontos desconexos - a faixa \\\"OMG\\\" é a principal nesse quesito -, em muitas delas sequer existe um pingo de originalidade por parte da artista, visto que as estruturas líricas, as ideias e até mesmo palavras remetem a faixas já existentes. Nesse aspecto temos a faixa título que remete diretamente a \\\"Adore You\\\" de Harry Styles, \\\"Lemonade\\\" que possui construções muito semelhantes a \\\"Kiwi\\\" do mesmo cantor, \\\"OMG\\\" que é praticamente igual a \\\"My Oh My\\\" de Camila Cabello e possivelmente existem outras que não apontamos. E o pior nessa situação é que essas pessoas sequer foram citadas como inspirações, samples ou qualquer coisa do tipo. Isso beira o desrespeito. Já no conteúdo visual o disco não é impactante e não teve boas ideias para trabalhar com a metáfora da aquarela proposta pelo conceito inicial, isso foi um dos pontos decepcionantes já que sem dúvidas o encarte poderia trabalhar melhor o aspecto. Logo, esperamos que a artista evolua nos aspectos citados. Abordagem temática: 40 Coesão: 40 Conteúdo lírico: 50 (x2) Conteúdo visual: 50 Média: 46

Consequence Of Sound
Optando pela mesclagem de gêneros que diferem de seu primeiro álbum de estúdio Astrid Major não arrisca-se além do necessário e comete deslizes preocupantes. Após o lançamento de ASTRA com elementos de R&B e Soul o cantor mergulhou-se numa série de singles que apesar de atingirem boa recepção comercial - como \\\"Sickness\\\" e \\\"Moneymakers\\\" - não denotam grande capacidade lírica para abrir um projeto deste porte pela rasa estruturação e temáticas já comumente aplicadas na indústria, o que não atraí de primeira o público por não se promover como algo novo ou que demarque grande identidade dentre os demais lançamentos. É perceptível que há canções onde a base que deu vida ao processo de composição, havendo uma limitação no conteúdo abordado que por vezes remete a canções já pré-existentes e que tornam o conjunto de faixas desconexas entre si: Watercolor não apresenta profundidade e por vezes soa como uma proposta puramente comercial, não preocupando-se em expressar o verdadeiro eu de seu interprete. A parte visual possuí ares de leveza e torna-se simples e adequada ao utilizar-se de tons pasteis sem a necessidade de incorporar excessivos elementos em seu encarte. Astrid possuí potencial, mas precisa polir-se para que seja entregue sua essência e sua marca em seus futuros projetos.

Variety
De volta a indústria musical após um longo hiatus de album Astrid retorna com seu novo disco, \\\"Watercolor\\\". Após uma sequência de singles durante os últimos 2 anos, Astrid finalmente nos apresenta seu mais novo álbum, que conta com uma boa produção mas que peca em certos pontos. A cantora vem se aventurando em novos gêneros musicais de forma relativamente frequente mas, as vezes, parece perdida dentre tantas apostas e seu disco resume isso de forma clara. Com um bom e abrangente conceito, o disco teria tudo para ser o melhor da cantora mas falha nisso com o excesso de monotonia e lírica, o álbum de fato conta uma história e fala sobre crescimento vital, e esse conceito por ser tão comum no dia-a-dia das pessoas pode ser arriscado. Abordando temas de amor, ódio e crítica, \\\"Watercolor\\\" peca na falta de organização de ideias, onde apesar da artista não arriscar muito e sair da bolha, existe um potencial para algo grande vindo dela pois é notável que ali existe talento, é também válido e justo ressaltar que existem pontos altos, como é o caso de \\\"Finally\\\" e \\\"Not Happy\\\" que para nossa equipe, resumem o disco. Caso houvesse mais tempo e melhor organização, o trabalho provavelmente poderia ter tido um melhor resultado de forma geral. Visualmente é tão simples quanto suas letras mas um ponto positivo é o fato de que a cantora soube polir e fazer algo belo e agradável. Esperamos ansiosos o novo disco da mesma pois o potencial está presente e seria interessante vê-lo sendo explorado com paciência e persistência.

The Guardian
Saindo de sua zona de conforto, Astrid Major apresenta “Watercolor”, seu segundo projeto. De antemão, há uma surpresa quanto ao gênero base para escolha do álbum, já que um distanciamento da sonoridade anterior iria requerer um maior empenho para mostrar uma nova faceta de qualidade, não foi isso que conseguimos observar na obra. O lirismo empregado é simples, com poucos recursos de linguagem, porém o que mais nos chama a atenção é a proximidade das letras com as canções originais; lembrando que apesar de utilizar uma linha melódica base para a composição o objetivo é distanciar um pouco do que já foi criado e impor sua própria criatividade e experiências, tendo a melodia como apoio e não como protagonista, neste caso parece que as letras foram escritas para as melodias, o que deveria ter sido o contrário. Portanto, as canções quase sempre soam sem um aprofundamento que nos conecte com a cantora, como se fossem feitas somente para rimar e serem facilmente tocadas. A produção melódica é confusa, extremamente abrangente, como se atirasse para todos os lados; há canções rock clássicas e outras mais contemporâneas, músicas Pop/Dance soltas sem um contexto específico e algumas mais urbanas. Não há linearidade, mesmo tendo como base o Rock. Os visuais são bem elaborados, mas não trazem tanta força e também não remetem muito aos visuais que se tem como base, por exemplo, a escolha de usar o Fade poderia ter sido feita em todas as páginas, ou utilizar um pouco da textura da capa do álbum no encarte inteiro. No geral, não achamos que esse seja um bom começo para a cantora, quando falamos de começo no referimos a sua escolha artística atual com base nas mudanças feitas, ainda falta polidez e um norteamento que a guiem para um bom álbum.

The Boston Globe
O segundo álbum de estúdio de Astrid Major, Watercolor, traz uma proposta de encarar o desenrolar da vida dando o seu próprio toque para transformá-la em algo melhor, assim como com pinceladas de aquarela. Visualmente, o álbum é bem leve e limpo, com uma proposta que dialoga com seu título. É um trabalho polido e bem colocado, porém que não apresenta grandes elementos. A parte lírica de Watercolor abre com a faixa \\\'Strawberry Pie\\\', que se mostra extremamente inexpressiva, assim como \\\'OMG\\\' e Blow\\\'. Mas o álbum possui boas canções, podendo-se citar entre elas \\\'Fall\\\' e \\\'Watercolor\\\', que transmitem sentimentos de forma bastante envolvente e objetiva. O grande problema de Watercolor é que ele não apresenta muita profundidade em termos gerais, e também não se relaciona bem com sua temática proposta, soando genérico na maior parte do tempo. Astrid Major apresentou uma produção visual e lírica graciosa, mas que não é muito tocante. Ainda assim, seu segundo álbum tem como pontos positivos a leveza e facilidade de compreensão, podendo ser apreciado pela maior parte do público musical. COESÃO GERAL: 70 APRESENTAÇÃO/APLICAÇÃO DO CONCEITO: 68 PRODUÇÃO LÍRICA: 72 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 71 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 70

Los Angeles Times
WATERCOLOR é o segundo álbum de estúdio da cantora Astrid Major. E contou com a produção e composição de Rawak, Sarah Mai e Anna Fraser. Nesse disco Astrid tentou pintar um conceito de crescimento pessoal, em diversas facetas como relacionamentos, crescimento psicológico ou cronológico, como a própria artista o descreve. Mas pintar com aquarela é uma tarefa difícil, e nessa narrativa, a cantora se manchou. WATERCOLOR não mostra para o que veio, em muitos momentos o álbum parece superficial. O disco constantemente é genérico e esquecível, a cantora não se aprofunda, e alguma de suas composições não demonstra crescimento algum. A falta de profundidade por trás desse material não o favorece, e pode até cansar o ouvinte. No entanto, se você considerar WATERCOLOR menos a sério, ele se revela um álbum um pouco mais atraente do que o projeto musical que ele deveria ser. Contendo tracks boas, tracks esquecíveis e tracks que parecem plágio, como no caso de “OMG”. A cantora deveria e afastar um pouco mais de suas referências (reais), e tentar criar sua própria identidade, ciando músicas originais que demonstre de fato quem Astrid Major é. Potencial e talento são visíveis a qualquer um que preste um pouco de atenção na cantora, mas de fato essa falta de originalidade e comprometimento com sua obra, enfraquece o trabalho como um todo. Lamentavelmente! Contudo, nos raros momentos em que podemos contemplar uma obra artística, Astrid entrega isso com plenitude. Como nas faixas “Watercolor”, que encabeça o título do álbum, “Blueberry”, e a intimista “Finaly” – Que deveria se tornar single-. Astrid deveria prestar mais atenção em suas composições e conseguir gerenciar melhor a escolha de faixas que entram em sua tracklist. Enquanto a artista pode ser julgada por suas composições nem tanto originais e sinceras, a cantora cresce na hierarquia quando se trata de visual. Com um excelente encarte, e um photoshoop incrível, Astrid entrega um material bonito de ser contemplado. WATERCOLOR é um álbum que poderia ter sido melhor aproveitado, se seguisse seu conceito de forma correta, e trouxesse veracidade a sua obra. Esperamos que nos próximos projetos, Astrid se entregue mais ao seu trabalho, se inspirando em quem realmente importa, ela mesma!

The Line Of Best Fit
O novo álbum de Astrid Major dá voz a todas as questões interiores da artista, que se encontra num momento de crescimento pessoal, intelectual e emocional, mas nos faz questionar se o que ouvimos é real ou se esconde por trás de um tipo de “casca”. Somos introduzidos a um conceito pessoal e interessante, que nos fez imaginar o quão lindo seria explorar o crescer desse eu-lírico, e como ele mudaria aquele momento de sua história apenas sendo quem é. Infelizmente, essa narrativa foi mal explorada, e sim, vemos momentos de acertos, como na cativante “Not Happy” e no ápice íntimo que é “Finally”, mas o que é triste é o fato delas serem as únicas canções que realmente exalam o poder e a sinceridade de Astrid. O que vemos na maioria das outras faixas, é uma artista que se esconde atrás de muros do comum e do que é normalmente aceito. E sabemos que Major pode ser mais. Sabemos que Major pode quebrar essas barreiras do básico e do usual. Acaba por não se destacar, e algumas canções se parecem demais com suas influências e inspirações, como “OMG!” e “BLOW!”, que se assemelham excessivamente com as músicas originais. O visual do álbum é limpo, e reproduz o conceito do que é platônico e fugaz de forma perspicaz e original, de certa forma. É, disparado, o maior acerto do álbum, trazendo o ar de juventude e florescimento que nós REALMENTE gostaríamos de ter encontrado na composição. Astrid é uma ótima compositora, mas precisa soltar as mãos dos artistas que a inspiram aqui fora para descobrir de uma vez por todas quem ela é aqui dentro. Não deixa de ser um bom álbum, mas o que queremos dizer é que nós enxergamos pouquíssimo de Astrid Major, e muito de suas referências. Aguardamos ansiosamente a descoberta, a evolução, e que Major nos mostre a verdadeira artista dentro de si.