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Rainer Maria Rilke - Marco
95

Rolling Stone

95

Dando continuidade a um legado que começou maravilhosamente com “His”, um dos discos mais bem avaliados do ano 3, Marco retorna com Rainer Maria Rilke, um álbum que dá voz a sentimentos pessoais do passado e do presente do cantor, que foi inspirado e homenageou um dos grandes poetas e dramaturgos theco, René Karl Maria Rilke. A nitidez com que o cantor visiona a inteira obra é algo de espetacular. Começando por “Supernova”, uma faixa que sabe como agarrar a atenção de quem a aprecia pela primeira vez. Repleta de nostalgia de uma passado que não retornará e abrindo portas também a um lado mais oculto da mente do cantor que almeja por substâncias psicotrópicas para extrapolar de sua existência. É relevante, o sentimento causado pela melancolia de sua velha infância nos versos de algumas das faixas do álbum. “Song To A Turtledove” nos traz um pouco mais sobre a atualidade do cantor, que se encontra em um estado de espírito totalmente tomado pelo desânimo da realidade em que ele vive. A idade adulta, na inteira obra é quase vista como se fosse a perda total de sonhos, e com a sua chegada vemos crescer em nós a tristeza e a depressão de algo indesejado. Os sonhos de infância do cantor, acabam se perdendo na sútil inundação de uma idade que não lhes pertence mais. A viciante paixão e a sofrência causada pela a mesma, evidente nos versos de “Unholy Wine”. A somatória de sentimentos de perdição que o cantor vivência em “Leaf Through The Wind”. A perda de seu avô revivido pelos olhos de sua mãe e a influência que tudo isso causou em “Little Mary Blues”. As emoções, a união e o amor que o cantor experimenta por outro alguém em “I Knew A Guy. O ódio por si mesmo de “The Devil”. Tudo faz com que o álbum esteja perfeito liricamente. As abordagens sagazes com referências as palavras do próprio poeta “Rilke” fazem com que o aspecto lírico da obra estejam impecáveis e o encarte eleva o álbum ao ápice da excelência, com recortes de fotos em preto e branco que transmitem a autenticidade das palavras do cantor e de seus sentimentos. Não são necessários conselhos a um artista completo como Marco. Só nos resta agora chorar um pouco mais apreciando um dos melhores álbuns do ano a.k.a “Rainer Maria Rilke” e esperar mais obras desse nível.

The Guardian

91

Marco retorna mais uma vez ao estrelato e adentra em nossas mentes com mais um álbum. “Rainer Maria Rilke” é, acima de tudo, um álbum que nos encanta por sua complexa simplicidade, se assim o podemos dizer. Assim como seu antecessor, Marco busca extrair de suas experiências uma maneira de aprender e transmitir a outros o que traçou sua vida. É inteligente se apegar a terceiros para embasar e enriquecer sua mensagem, esse álbum possui tantos atributos literários que ficamos completamente imersos na pitoresca jornada aqui introduzida. Liricamente, o projeto possui tantas referências e conotações que de uma maneira estranha nos atrai a totalidade lírica, que por sua vez é coberta por uma simplicidade em expressar a sua mensagem, soa um tanto confuso a primeira vista, mas a partir do momento que observamos essa característica tudo faz sentido. Abordar assuntos como solidão, tristeza e depressão são arriscados, mas o cantor o faz com uma maestria incrível. A produção melódica é soft, condiz com a abordagem mais tranquila e introspectiva da parte lírica e é consonante com as características mais folk e ballad, talvez o cantor pudesse optar por uma abordagem no meio termo, que fosse capaz de dividir em uma mesma canção o uso do violão e piano, fazendo assim uma transição entre os dois instrumentos principais do álbum, não seria uma mudança drástica. As baladas ao piano optaram pelo uso de melodias em tom melancólico, clássico uso para árias com o mesmo tema, excelente escolha! Os visuais são bem elaborados, para sermos honestos esperávamos por uma abordagem que nos remetesse a toda atmosfera literária endossada, mas o que foi elaborado não é ruim, ele foi bem construído em escolha de fotos e cores, gostamos dos tons mais frios, eles resgatam o teor principal. Mais uma vez, Marco se mostra uma potência lírica na indústria, ele conseguiu superar seu último projeto e nos trazer um álbum cru e intimista, acobertado por referências inteligentes e uma narrativa excelente. Esperamos que ele colha bons frutos.

The A.V. Club

96

O terceiro álbum de Marco é responsável por trazer a face mais profunda e triste por trás de suas experiências pessoais. Logo, por se tratar de um álbum sobre tristeza, solidão e existencialismo, as inspirações no poeta que dá nome ao álbum e ao \\\"Blue\\\" de Joni Mitchell vão além do justo e beiram o genial. Nos aspectos líricos o trabalho é extremamente rico. Seja em referências, seja em estrutura e rimas, o álbum entrega uma narrativa envolvente e muito bem escrita, chegando aos pontos altos em \\\"Supernova\\\" e \\\"Leaf Through The Wind\\\" além da faixa título e o carro chefe do disco \\\"Unholy Wine\\\". Já nos aspectos coesivos, o disco apresentou alguns altos e baixos que atrapalharam um pouco o segmento da trajetória conforme a tracklist, sendo notória a partir do momento que \\\"I Knew A Guy\\\" aparece tão no início e antes de faixas que destacam a solidão como \\\"Rainer Maria Rilke\\\" e \\\"Unholy Wine\\\". Visualmente falando, o álbum possui uma produção inusitada devido aos elementos utilizados no encarte do disco, pois tanto as ideias quanto o tratamento das imagens utilizadas deixam a entender que se trataria de um álbum com um aspecto muito antigo. Todavia, o azul escuro gera um grande contraste com as imagens e em conjunto às fontes utilizadas traz um tom soturno e contemporâneo ao trabalho. Se comparado ao seu antecessor \\\"His\\\", os visuais soam mais sofisticados e evoluidos de certa forma, porém se levada em consideração a proposta, o trabalho de edição destoa bem mais do que em \\\"His\\\". Portanto, o artista trouxe um álbum digno de notoriedade e capaz de ser reconhecido como um dos melhores álbuns do ano. Abordagem temática: 100 Coesão: 95 Conteúdo lírico: 94 (x2) Conteúdo visual: 95 Média: 96

Billboard

98

Assuntos pessoais e melancolia não são os assuntos mais originais para se criar um álbum, mas Marco demonstra toda a sua criatividade ao conectar dois poetas em um único “Rainer Maria Rilke”. O artista consegue mesclar a história do autor que leva o mesmo nome do álbum como fonte de inspiração com suas próprias palavras e melodia. Suas composições são detalhadas ao ponto de não ser clara durante primeira leitura, porém Marco explica o passo-a-passo da criação de todo o álbum, da forma mais detalhada possível. Em termos de composição, todo o álbum é incrivelmente bem composto e o artista demonstra conexão máxima das faixas com o tema abordado, dando destaque para “Supernova”, “The Devil” e para a faixa título, “Rainer Maria Rilke”. Seu visual é iniciado com uma capa simples, mas o cantor surpreende e prova que não devemos julgar um livro pela capa; seu encarte é conexo e bonito, seus detalhes encantam a cada página. Mais uma vez, Marco faz parecer fácil criar um álbum como o “Rainer Maria Rilke” por causa da sua facilidade de transmitir dor, sua tristeza e o mais importante, sua história; mas não se engane, entregar um material pessoal de forma tão sincera não é tão fácil quanto parece, apenas quando Marco se demonstra totalmente fiel a sua solidão e consegue transmitir sua dor com toda a força necessária; sendo uma carta aberta de um pedaço da sua alma em suas composições.

The Line Of Best Fit

97

“Rainer Maria Rilke é para aqueles que encontram alívio da dor, do amor, do sofrer e do viver da forma mais pura, crua e bela possível: pela arte. E é aqui, nessa linha tênue, onde o passado, o presente e o futuro de Marco se encontram. E morrem. E nascem. E explodem. Como supernovas. Este é um trabalho que flui e se redescobre diversas vezes, transcorrendo-se nos sentimentos de um jovem artista que possui em mãos o poder de expressar em palavras e em canções o seu âmago. O álbum consegue se encontrar na delicadeza de paixões platônicas, no desespero do amor verdadeiro, na melancolia da nostalgia, e no peso da tristeza - esta que permeia pela maior parte das canções. A faixa-título, “Rainer Maria Rilke”, onde o eu-lírico acha o seu lugar nas beiradas da arte, mãe-acolhedora de tantas almas que desaparecem na escuridão das madrugadas e se encontram num único propósito; o de se reconstruir. “Leaf Through The Wind” também se destaca, gerando em nós um sentimento inevitável de identificação em meio às confusões da vida e das expectativas das pessoas ao nosso redor sobre ela. O visual da obra é coeso e não se distancia do que o artista desejou representar em suas letras. Com pedaços retirados dos poemas e textos de Rilke em cada parte do seu encarte, Marco nos entrega uma obra amarrada a quem ele é e, também, nas arestas da vida que provavelmente nunca acharemos a resposta exata. Tudo que podemos fazer é escrever, é cantar, é dançar e morrer pela nossa própria resposta. Pelos nossos significados, pelas nossas lutas, pelas nossas raízes. “Rainer Maria Rilke” é uma das obras mais pessoais, importantes e melancólicas que o Famous já presenciou, o que não gera desconsolo, e sim fôlego. Para continuar e para renascer. Marco mostrou que tudo é possível através da arte. Tudo.

Los Angeles Times

91

RAINER MARIA RILKE é o segundo álbum de estúdio do cantor e compositor Marco. Sucedendo “HIS”, o novo disco conta com 10 incríveis e emocionantes faixas, que variam entre o Indie e o Country. O álbum é inspirado no escritor e poeta Tcheco, RAINER MARIA RILKE, ao qual encabeça o título do disco. Esse álbum é daqueles que você precisa estar preparado emocionalmente para ouvi-lo, e aberto para se permitir sentir as sensações a flor da pele – Sempre acompanhado de um lenço, confie, você vai precisar -. Marco encontra aqui a sua maturidade, no seu mais poderoso e coeso disco. Onde o cantor extrapola em todos os sentidos o seu dom de compor um álbum totalmente autoral. “As obras de arte são de uma solidão infinita: nada pior do que a crítica para as abordar. Apenas o amor pode captá-las, conservá-las, ser justo em relação a elas”, esta frase de Rainner Maria Rilke, pode descrever em parte e de alguma forma o sentido desse álbum. Onde o cantor Marco, em sua solidão como artista, ainda assim através do amor por sua obra e por seu talento, pode avassalar e seguir adiante, em detrimento de tantos obstáculos e tristezas trilhar seu próprio caminho afim de conquistar a sua própria luz. E provar que nem sempre a solidão, é uma rua sem saída, pelo contrário, é uma encruzilhada de inspiração e novas sensações, onde cada qual tem a habilidade e o poder da decisão de como lidar. O disco é recheado de faixas extremantes profundas nas quais se destacam “Song To A Turtledove”, a emocionante “Supernova”, o single “Unholy Wine” e sua maior joia “Leaf Through The Wind”. A produção do álbum contou com a colaboração de Kaleb. E seu visual vintage, talvez inspirado nas obras do autor Rilke, traz um certo balsamo para os olhos. Embora RAINER MARIA RILKE, possa não abocanhar o público em geral, assim como o poeta, Marco coloca novos sons, ideais e cenários em sua estrutura bastante emocional, enquanto transcende sua mensagem.

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