EMOTIONS - ZÍARA

Billboard
Em um projeto mais honesto, ZIARA lança seu novo álbum de estúdio chamado “Emotions”. O álbum é voltado em suas emoções pessoais e más experiências vividas pela cantora, e em quase todo o projeto isso é visto durante as duas composições. Suas composições são seu maior acerto aqui, por serem sinceras e honestas ao ponto de se conectar com o leitor e transmitir a mensagem desejada. “Ghost” é uma abertura perfeita ao álbum, é bem composta e bem trabalhada. ‘September 22’ é a melhor faixa do álbum, se não a faixa mais honesta e emotiva da carreira da cantora, onde ela relata com toda a emoção necessária o relacionamento com a sua falecida mãe. Seguindo com ‘Lonely Halls’, é uma sequência perfeita por se conectarem em profundidade e bate de frente com ‘September 22’ pelo título de melhor faixa do álbum. ‘All We Have’ e ‘Close’ é uma boa sequência e também são boas composições. A parceria com Aluado, lançada como segundo single do álbum, é uma aposta mais sexy e mais atrevida do que as músicas anteriores, quebra um pouco o excesso de emoção nas outras músicas e também tem uma boa composição, porém o verso de Aluado é fraco e enfraquece um pouco a canção. ‘Be Careful’, ‘Mad!” e “Independent Woman” mostram uma ZIARA mais confiante da sua opinião como artista e como pessoa, com Teyana T sendo uma grande adição ao álbum. A faixa mais fraca do projeto e dita como mais divertida, é ‘Don’t Care About Us’, uma faixa não tem a mesma conexão emotiva ou confiante das outras faixas, não adiciona algo positivo ao conjunto do álbum e poderia ser facilmente descartada sem ser notada. ‘Emotions’ encerra o álbum de forma graciosa por ser emotiva com um tom mais alegre, diferente das faixas mais ‘melancólicas’ do começo do ‘Emotions’. Em geral, o projeto pareceu muito bem trabalhado na questão de composições, com exceção de ‘Don’t Care About Us’; seu defeito principal aqui é seu visual. O visual é simples, apesar de ZIARA querer transmitir uma simplicidade por ser um álbum mais intimista, talvez a simplicidade tenha caído um pouco mal e prejudicado o álbum que poderia trazer algo maior. Dito isso, ‘Emotions’ é um álbum que elevou ZIARA para um outro nível como compositora, a sua facilidade em transmitir emoções é notável no projeto; mas também podemos dizer que o que tivemos em excesso nas composições, tivemos em falta no visual.

The Line Of Best Fit
Em “EMOTIONS”, o segundo álbum de ZÍARA, podemos enxergar novas facetas de sua arte, de seu poder e de sua pessoalidade. Começando com “Ghost” e “September, 22”, o eu-lírico nos agarra pelo coração e nos puxa para o seu passado, doloroso, e sincero. As duas canções são lindamente escritas e estruturadas, e, junto com “Lonely Walls”, entregam um primeiro ato belo e intenso, atingindo em cheio o âmago de qualquer um que escute com atenção e perceba a imensidão e delicadeza na composição. No ato dois, encontramos os problemas de um relacionamento, que se torna um fardo para o eu-lírico, carregando nas costas as dores da mídia, da fama e do amar alguém copiosamente, apesar de todas as questões que cercam o casal. “Close” é uma descrição perfeita das imperfeições que os dois amantes precisam lidar, sendo a melhor faixa do segundo ato, que, apesar de manter a sua força, perde um pouco da profundidade introduzida nas primeiras canções. Após tudo isso, é gratificante de se ver como ZÍARA passa por cima dos problemas e reencontra a sua potência como pessoa, em canções recheadas de valentia e ânimo, e aqui, destacamos “MAD!”, uma colaboração grandiosa e significativa, que olha para o passado e dialoga com as raízes da artista, encontrando na sua antiga imagem uma evolução própria. As últimas duas canções fecham o álbum de forma esplêndida, nos mostrando um amor maternal, cuidadoso e sonhador, enquanto a faixa-título é uma aprazível redenção ao redor dos problemas e dos empecilhos que rodearam sua vida. O visual é belo e muito bem-feito, não deixando de fora nada que o trabalho tem a falar por si só. Talvez o único defeito que enxergamos é a falta de certa potência que as emoções intrinsicamente tomam para elas, no encarte. Ainda assim, nada é capaz de mudar o quão poderoso, o quão belo e o quão intenso é o álbum, pelo simples fato de transformar as dores e pesares dos problemas da vida em um tipo de arte muito crua, honesta e amável. Qualquer um se identifica. Mas, ainda que nos identifiquemos, não seria suficiente caso não sentíssemos tanto. E nós sentimos, em cada parte de nosso interior. Nós sentimos. Nós sentimos.

The Boston Globe
Em seu segundo álbum de estúdio, ZÍARA tenta expressar suas emoções - como o próprio título sugere - após passar por diversas experiências de cunho pessoal e profissional. Ao seguir uma abordagem que tem sido tendência entre os artistas ultimamente, a cantora deixa um pouco de lado a sua aura de ídola e passa a mostrar camadas mais profundas e vulneráveis de seu ser. De imediato, notamos que o álbum peca bastante em seu visual. Sua capa é imponente e impactante; entretanto, o encarte não apresenta nenhuma riqueza visual. As fotografias não dialogam entre si como um todo, há músicas com título em uma página e letra em outra, enquanto as demais se apresentam totalmente em uma página só... há uma incoesão generalizada nesta produção. Partindo para a produção lírica, onde esperamos encontrar a sensibilidade que a artista se propõe a exprimir, encontramos a canção \\\'September, 22\\\' e ficamos imensamente tocados. ZÍARA realmente entrega um pedaço dolorido de sua alma nesta faixa, que possui conteúdo e envolve o ouvinte em todo o amargor da perda relatada. É verdadeiro lamento do espírito. Uma faixa apenas, porém, não é capaz de segurar um álbum inteiro: ZÍARA se mostra presa em ciclos ao longo de boa parte da tracklist, o que deixa a peça pouco palatável e massiva - \\\'Independent Woman, pt 2\\\', por exemplo, soa bastante deslocada, e nos faz questionar se ela está na tracklist somente para engrandecer os números do álbum. Além da já citada segunda faixa, podemos destacar como pontos positivos \\\'All We Have\\\', \\\'Be Careful\\\', \\\'I Would Die For You\\\' e \\\'Emotions\\\', que, mesmo que timidamente, acabam por entrar em mais consonância com a proposta do disco, além de mostrar mais refinamento da parte de ZÍARA enquanto compositora. Tirando conclusões finais, EMOTIONS é uma marca importante para a carreira de ZÍARA, pois, apesar de não ser tão bem executado, mostra um lado diferente da cantora e também apresenta as suas habilidades enquanto compositora em alguns pontos. Não há nada que tire o status de uma das grandes estrelas da indústria musical, mas ZÍARA necessita de mais atenção a detalhes e aprimoramento próprio para se colocar como uma artista madura e, por consequência, apresentar trabalhos mais consistentes. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 81 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 70 PRODUÇÃO LÍRICA: 80 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 70 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 76 *Pontos Positivos: tentativa de abordagem mais honesta através da música. *Pontos Negativos: desatenção quanto à estrutura das músicas (nem todas apresentam a divisão entre verso, refrão, ponte etc demarcada); banners das faixas dificultando a visualização das letras; narrativa pouco cativante em boa parte das composições.

The Guardian
EMOTIONS” é o título do mais recente álbum da cantora ZÍARA, dissertando acerca de diversos assuntos e mostrando que ZÍARA além de uma boa compositora uma artista versátil. O projeto segue o pressuposto de mostrar como ela se sentiu mediante uma série de situações em sua vida, seja de forma pessoal ou no centro dos holofotes, além de abrir sua verdadeira percepção sobre o amor, a tristeza, raiva e a coragem. Não poderíamos afirmar que “EMOTIONS” é um álbum linear, ele segue a sua proposta inicial com maestria e se condiciona a ser assim, intimista, informal, sincero; porém ao nosso ponto de vista as canções funcionam melhor sozinhas isoladamente do que em um álbum completo, até mesmo poderiam ser trocadas de posição na tracklist que isso seria de grande ajuda, da forma como está há muitas disparidades, exemplo disso está em “Close” que é uma música tão profunda e significativa, mas toda a vibe é brutalmente cortada quando a sua sucessora “Drivin” entra em cena, ela aborda uma temática completamente diferente e também da anterior e nos faz sentir menos afeição pelo que a anterior abordava. As duas canções não são ruins, elas são excelentes, mas a forma como foram dispostas não foi bem coordenada, a questão aqui é linearidade do conceito. O lirismo é excelente, isso se torna evidente quando a mesma venceu um prêmio por melhor composição no Grammy Awards, isso já é esperado e ela cumpre seu papel em nos entregar canções sensuais, agressivas, emotivas e honestas; mesmo que ela não utilize de muitos recursos linguísticos, os versos permanecem atrativos e bem construídos, é uma qualidade ímpar. Melodicamente é um projeto que tem como base o R&B mais contemporâneo, mas possui suas vertentes Pop bem definidas, o álbum possui sim uma linearidade, até um certo momento, é o mesmo ponto negativo da disposição de faixas, elas funcionariam melhor se seguissem um pressuposto melódico, temos canções mais melancólicas e sutilmente agressivas no início, depois há uma grande mudança para canções mais animadas e sensuais, logo após volta ao que era anteriormente. A melhor faixa do projeto é a faixa título, ela fecha o projeto com grande imponência, mediante todos os acontecimentos e mudanças ela se propõe a cada dia a sentir, a saber que mesmo diante de problemas há uma saída, que as emoções são necessárias apesar de tudo. O encarte é bem trabalhado, bem definido, gostamos de como há pequenas fotos ao lado, pode parecer simples, mas há um toque excêntrico que nos agradou, porém assim como as letras a parte visual não segue uma mesma linha, por se tratar de diversos sentimentos e situações entendemos completamente a diferenciação nas fotos, elas remetem ao que está escrito nas faixas e isso é um grande ponto positivo, mas a escolha de cores também necessita de um olhar mais coerente, poderia ter sido optado por apenas B&W ou todas as páginas seguindo um mesmo padrão de cor. No geral, ZÍARA com certeza se mostra um gigante na indústria, apesar do que se espera ela não é apenas um nome de peso, ela possui características que a tornam uma artista nata, só necessita de um norteamento melhor quanto a reajustar seus pensamentos e o modo de coloca-los em execução, organizando a sua prática tão bem quanto o conseguiu fazer com o seu conceito.

Los Angeles Times
Zíara retorna ao mercado fonográfico após um longo período, com o seu mais novo trabalho intitulado de “EMOTIONS”. Coincidentemente, a cantora retornou em uma das semanas mais movimentadas do ano, com inúmeros lançamentos. Mas como toda estrela, Zíara brilhou por si só. O disco está no nosso top 3 de melhores álbuns lançados no ano 4. E basicamente você está ouvindo um disco comum de R&B, com um set pop e um pouco de hip-hop, de uma das maiores cantoras da indústria. O álbum contou com as colaborações especiais de Aluado, Victer Saint, Teyana T e sua filha Blair Ivy. EMOTIONS é dividido em 5 grandes atos, os quais representam algumas fases da cantora. Os instrumentais foram bem escolhidos e fazem uma coesão no álbum, sendo agradável a reprodução de faixa após faixa e ainda marcam muito bem o início de cada “act”. Zíara não se faz de vítima, e reconhece seus privilégios como uma grande artista, mas ainda assim mostra o quanto pode ser “torturada pela fama”. A cantora entrega um álbum emocional que é denso e substancial, com um conteúdo lírico perfeito. Zíara, mais do que nunca produz músicas impulsivas e conflitantes – entre força e fuga, megahits e músicas sentimentais, com grandes mensagens de empoderamento e de outro lado, coloca a cara a tapa e demonstra sua fragilidade como mulher, filha e mãe. Este é facilmente o melhor álbum de Zíara até agora, uma clara progressão de seu trabalho anterior para um triunfo musical. O que torna o disco significativo é o fato do seu criador ser uma grande estrela, que aparentemente parece se importar mais em seguir sua felicidade criativa do que marcar grandes hits (apesar de fazer com maestria). O que torna tudo mais pessoal e leva os ouvintes a se conectarem ainda mais com a cantora. A faixa “SEPTEMBER 22” demonstra muito isso, vemos a cantora como um simples ser humano, que também sofre, que também chora e que pode se desestabilizar. Outras faixas marcantes ficam por conta de “MAD”, uma incrível colaboração com Teyana T – “INDEPENDENT WOMAN PT.2” a maior canção feminista de nossa geração & “I WOULD DIE FOR YOU”, uma canção intimista e emocional. A faixa “EMOTIONS” a qual dá o título do álbum, é de certa forma um resumo de tudo que o álbum se passa, de uma forma que cresce ao longo do tempo e se torna monumental. A cantora soube muito bem usar a novidade e o choque ao seu favor para impressionar o público. E ainda disponibilizou um site com alguns shoots da nova era. A estética do disco é tão grande quanto o conteúdo ali presente, com uma bela fotografia e um conceito coeso o disco entrega uma das mais belas capas de álbum. O encarte foi muito bem desenvolvido, com excelentes shoots e uma ordem que agrada visualmente. A parte lírica foi encaixada em partes da imagem que facilita a leitura e esteticamente é muito belo. Entretanto, não podemos deixar de ressaltar que muitas vezes os shoots parecem não se encaixarem um com os outros, não dando “continuidade”. Mas, tudo isso é envolvido no conceito de “EMOÇÕES” onde cada página do encarte significa uma fase que a cantora está passando, um sentimento a ser seguido. E tudo se encaixa. O disco é tudo isso, empolgante, empoderado, sentimental, íntimo e extravagante. Desta vez não estamos ansiosos para o próximos disco da cantora, pois temos muito o que sentir e aproveitar aqui.

Variety
Após quase dois anos de espera a cantora talvez tenha liberto ao mundo seu mais impactante trabalho até hoje, \\\"EMOTIONS\\\" não é apenas um álbum bom, e uma viagem dentro da artista e de sua profundeza como humana, mulher e até mesmo, mãe. O álbum que foi lançado sem aviso prévio chocou grande parte do público justamente por sua temática e letras impactantes que nos guiam entre perdas, sexualidade, amor e reflexões, e durante todo o trabalho é apresentada de maneira coerente e perceptível fases da vida que apesar de serem comuns dentre todas as pessoas, muitas vezes são mantidas de forma muito pessoal e nunca partilhadas com outras pessoas; ZÍARA mostrou de forma louvável que pode transformar tudo isso em músicas de alta qualidade e ainda assim, simples. O disco tem pontos altos e até as musicas mais \\\"simples\\\" cativam os ouvintes, já de cara temos \\\"Ghost\\\" e \\\"September, 22\\\" que de certa forma foram uma forma introdutória arriscada mas funcionou perfeitamente para o trabalho, passada a parte mais triste e que acreditamos ser mais pessoal também, temos sensualidade explícita ao chegar em \\\"Drivin\\\" após questionamentos e dúvidas de \\\"Close\\\", chegamos então ao ponto ápice do trabalho ao passar por \\\"Independent Women part. 2\\\", a parte finalmente do álbum conta com \\\"I Would Die for You\\\" que talvez seja a música mais bonita da artista. Visualmente simples e delicado, o encarte contrasta ao forte lírico do trabalho provocando equilíbrio a obra. ZÍARA sabia bem o que estava fazendo com o disco e arriscou, talvez seu tiro acertou o alvo em meio a escuridão.