songs to a society where love is failing - Dylan Mellet

The Guardian
Após o estrondoso impacto causado por seu álbum antecessor, Dylan Mellet retorna ao estrelato com seu mais novo trabalho “songs to a society where love is failing”. Abordando temáticas que vão desde relacionamentos abusivos até o consumo de drogas e de certa forma depressão, Dylan traça uma jornada que atrai o leitor/ouvinte a narrativa em busca da redenção do protagonista. A composição está muito bem finalizada, conseguimos observar claramente as referências e metáforas inteligentes nas canções, como citar oslo e estolcomo ao se retratar sobre a síndrome, nota-se que todo o projeto está carregado com minuciosas colocações, onde se pode captar o implícito e relacionar facilmente ao conceito proposto, bravo! A produção melódica tem suas nuances mais Pop/Rock em uma parte do projeto, porém em suma se caracteriza como Alternativa. Talvez um dos grandes problemas entre os artistas na indústria sejam as transições entre uma música e outra melodicamente, nesse álbum surge de uma maneira muito sutil, precisamos pontuar isso e acreditamos que não seja um fator negativo tão determinante nesta obra, ele soa em um unico momento e não é agressivo com o todo. O álbum eclode em lirismo e em perfeição durante as faixas “Daisies”, “Interlude” e “Soulmate”, com ênfase na última por ter realizado um resgate a uma das canções iniciais em sua letra. Os visuais são muito bem feitos, a escolha de cores foi bem evidenciada no enredo e no conceito geral, isso dá um destaque maior quanto ao minimalismo observado na produção do encarte, a única coisa que gostaríamos de ter visto eram recortes mais bem elaborados entre uma foto e outra, mas apreciamos o encarte de modo geral e ele conseguiu seguir com coesão o que está escrito e representado na obra. De modo gera, Dylan permanece sincero consigo mesmo ao abordar temáticas tão intrínsecas e ao mesmo tempo tão importantes entre os jovens e infelizmente tão recorrentes, admiramos o trabalho do artista e esperamos que em seus próximos trabalhos ele possa ser tão honesto quanto foi neste.
Pitchfork
Após o violento sucesso do \"Scars\", Dylan Mellet retorna com um grande álbum. \"songs to a society where love is failing\" encerra uma era e já sente-se falta do rei do alternativo. Com um \"storytelling\" perfeito, \"songs to a society where love is failing\" é usado para discutir sobre o que o amor é, e como ele é falho. Dylan evolui na forma de pensar e na execução desse lindo álbum, o que foi um dos maiores erros relatados pela revista em sua review no álbum \"Scars\". Como de se esperar, suas composições são impecáveis e apresentam arte pura, Dylan sabe o que faz! Infelizmente o álbum não contém nenhum single oficial, mas ao analisar a lírica das canções \"problem\", \"un/titled\", \"mother earth\" e \"take care\" seriam bem os singles, selecionados a partir da divisão de cores feita pelo cantor, usadas como condutor de entendimento ao ouvinte. Infelizmente em seu visual Dylan não evolui tanto, STASWLIF parece uma continuação do \"Scars\", com visual bastante parecido e nada evoluído. Se essa era a intenção do cantor, parabéns, mas a evolução visual ficou a desejar. Dylan finaliza sua carreira com um trabalho coeso, com lindas letras e um grande significado. O rei do alternativo sabe como dar aquilo que se pede a alguém do seu nível. Conceito: 100 | Visual: 80 | Letras: 88

Rolling Stone
Após o estrondoso sucesso de Scars, Dylan Mellet volta a colocar seus discos em lojas com songs to a society where love is failing. O álbum é, nitidamente, um sopro pessoal da alma de Mellet, que aborda assuntos como relacionamentos abusivos e depressão. Adotando um conceito baseado em nascimento e morte, a obra se constitui em três partes: o nascimento de um relacionamento, a percepção do relacionamento (que é abusivo) e de como ele acaba. Utilizando uma simplicidade visual, o álbum apela para a conexão lítica com o ouvinte e o artista, aumentando ainda mais a curiosidade pelo álbum. Entre as composições, damos destaque a daisies, uma das faixas melancólicas. A letra fala sobre a confiança de Mellet, afetada sobre o seu término. A correlação com o suicídio é presente nos versos, com a constante pergunta: eu sou corajoso o suficiente? É uma faixa que canaliza e insere o ouvinte dentro do ambiente de Mellet. Na efetiva parte visual, Dylan usa imagens e efeitos íntimos, causando uma boa - porém simples - obra visual. É, novamente, um álbum completo. O artista soube elaborar e trabalhar seu conceito por entre as páginas e entregar uma obra inesquecível. Um defeito é que, próximo ao fim do encarte, sentimos uma vibração menos melancólica do que as canções, e isso acaba afastando levemente a obra. É um ponto negativo que influencia na experiência completa e, também, sabemos que Dylan sabe trabalhar um encarte de forma coesa. Embora isso, o álbum é uma ótima referência a ser seguida, principalmente artistas que estão iniciando em sua carreira.

Wonder Magazine
O álbum possui uma mensagem e conceito fortes, uma composição perfeita, como sempre recebemos de Dylan Mellet... mas, temos uma pequena decepção, com Scars o artista definiu novas metas na indústria, logo acabamos depositando a mesma expectativa neste disco, que não é alcançada. Não é um álbum tão inovador e visionário como seu antecessor, isso não faz dele ruim, muito pelo contrário, é uma obra de arte. Digamos que é um trabalho necessário, sua mensagem é forte, as letras são profundas, tudo é importante demais para ser deixada de lado. É algo que gostaríamos que todos do planeta pudessem ver e admirar, que todos deveriam ouvir. Pensando em uma totalidade, diversas pessoas já passaram por um relacionamento abusivo (mesmo que não tenham percebido), e refletir sobre isto com as letras de Dylan... torna tudo mais claro. Sua jogada com as cores (rosa, azul, preto e branco) só mostra o quão inteligente esta obra é, o quanto o artista se empenhou em trazer o melhor para seu público. A única parte negativa do disco é seu visual, não é tão agradável e definitivamente não é melhor que Dylan já fez, mas qualquer defeito é bem ofuscado pela grandiosidade lírica que o cantor trás.

The Boston Globe
Sucedendo o álbum do ano pelo Grammy, Scars, songs to a society where love is failing é lançado por Dylan Mellet, um dos compositores mais reconhecidos atualmente na indústria. O encarte do álbum não se distancia do modo que o anterior foi elaborado, trazendo o conceito interessante de trabalhar diferentes cores como as fases de sua jornada pelo amor. Caso todas as páginas de cada seção apresentassem o mesmo tom da cor escolhida, o visual aparentaria mais polidez e elegância (por isso consideramos a parte preta como a mais bela), mas talvez entraria em choque com a ideia de evolução e movimento que o artista quis trazer em todo o conceito. Liricamente, elegemos a parte rosa como a mais rica de todo o álbum. A canção \'passionate blood\' causa arrepios com sua letra tocante, enquanto \'all my love\' traduz uma paixão fervente e intensa. Presentes na parte preta, \'dancing on mars\' e \'mother earth\' também provam o alto nível de Dylan enquanto compositor, sendo que a segunda aborda referências inteligentes ao álbum antecessor. \'i love you\', \'un/titled\' e \'take care\' não possuem a mesma intensidade das outras faixas citadas, sendo pontos mais mornos do álbum. Com um lindo texto de encerramento, Dylan Mellet transmite uma linda sensação de aceitação para com uma nova fase da vida e o reconhecimento de que más experiências podem levar a um estado de espírito mais esclarecidos e evoluídos. songs to a society where love is failing merece ser exaltado por sua coesão e pelas suas composições, em geral, bem polidas. COESÃO GERAL: 90 APLICAÇÃO DO CONCEITO: 82 PRODUÇÃO LÍRICA: 91 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 64 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 84