Tocando agora:
The Good, The Bad and The Good-Hearted Father - Profound
Ouvintes:
289,525

Stillness - J.Olly
86

Rolling Stone

84

Entregando visuais de alto nível e músicas empoderadas, J.Olly lança seu primeiro álbum pós-reset e dá foco em minorias e suas vivências diárias. Levantando pontos como machismo, homofobia e até mesmo a prostituição, o álbum enche os olhos com o encarte muito bem executado e condizente com a estética pessoal de J.Olly e, também, com os temas abordados. As páginas, em sua maioria, utilizam de continuação de conteúdo, isto é, \"vazam\" as imagens para as demais páginas, dando uma continuidade visual para a obra. A cada página, a curiosidade aumenta, fazendo que fiquemos ansiosos para passar as páginas. Sem dúvidas, esta obra é uma perfeita referência visual para diversos artistas que também abordam pontos de vivência da minoria. Já na parte lírica, sentimos uma leve defasagem em algumas faixas. Possuindo um encarte tão forte, algumas faixas menos poderosas acabam sendo ofuscadas. É um ponto importante em uma confecção de álbum, principalmente quando se possui temas poderosos e que necessitam de força para caírem na massa social. A faixa preferida da redação é Broke Ur Phone, que conta com os vocais de Naomi. A faixa, que trata sobre um caso comum em nossa sociedade, revela a força feminina e de como deveríamos tratar as mulheres como o sexo mais forte. Ali, é revelado como as mulheres são, de fato, poderosas, ainda mais quando desejam ser. A traição é um tabu, embora seja comum em diversos relacionamentos monogâmicos. É um cenário, infelizmente, aceito por quem passa por ele — mulheres, normalmente, pensam que elas são as erradas, enquanto o seu marido quem está sendo errado. J.Olly fez certo em utilizar outra figura feminina de grande força para mostrar um meio de sair deste relacionamento. Stillness é um grande grito a massa, que finge não ouvir. É um álbum que necessitamos ter, não somente para dar voz a minoria, mas também para chocar a massa e fazer que mudem seus pensamentos.

Wonder Magazine

80

J.Olly nos dá um trabalho de qualidade, suas letras são boas e bem executadas, sua temática é importante e necessária, e de forma geral o álbum é bem coeso. Tratar de assuntos como preconceito e principalmente homossexualismo sempre causa polêmicas, e deve ser tratado de uma forma sólida, com uma pessoa forte de personalidade, como é o caso da rapper. Assim como já dito sobre o álbum de Dylan Mellet, este é outro álbum que todos deveriam ouvir, para ficarem atentos, para refletirem sobre seus atos, e assim teremos uma sociedade melhor para todos. Seu visual é um pouco confuso e desagradável, mas de certa maneira representa toda a diversidade que o disco trata, o que contribui positivamente para o desenvolvimento do trabalho. Seus instrumentais são bem feitos e bem pensados, também ajudam positivamente todo o álbum e encaixam com o conceito geral do disco. No fim, temos um álbum bom, com letras ótimas, design mediano e uma mensagem importante e bem trabalhada.

The Boston Globe

80

O frisson causado pelo anúncio do novo álbum de J. Olly tem finalmente um retorno. Com muitas expectativas de fãs e pessoas que acompanham a indústria musical, Stillness é lançado e seu impacto é inegável. O ponto mais chamativo da obra é, sem dúvida, o seu visual muito criativo, trazendo bastante representatividade para relacionamentos homossexuais - o que nos faz torcer um pouco o nariz, já que a cantora se apoia excessivamente nessa comunidade e apresenta somente uma canção dedicada à mesma. O encarte é elaborado e tem uma presença forte; porém, necessitava de mais polidez, pois o excesso de informação faz o olhar do leitor por vezes se cansar, além de tornar as letras perdidas em meio aos cenários contruídos. Entretanto, esses aspectos negativos de forma alguma fazem o esforço aplicado nesta produção visual ser subjugado. A faixa-título abre o álbum mas não tem grande impacto, podendo ter sido melhor trabalhada. Felizmente, \'Miseducation\' supre essa falta sendo uma canção forte e bem executada, e é uma das melhores faixas do álbum ao lado de \'Silence\'. \'Ave Maria\' e \'1minute\' não são bem-sucedidas ao lidar com problemáticas sociais, ao passo que \'Angels Don\'t Cry\' e \'Broke Ur Phone\' são extremamente comocionais e belas, mostrando que J. Olly teve mais êxito ao trabalhar questões emocionais do que pautas sociopolíticas. O verso de Remy C em Bury Ur Ex é um dos melhores do álbum, e a temática da canção é contagiante. Nem de longe as falhas de Stillness são aptas a bloquear o seu brilho na carreira de J. Olly e na música de maneira geral. Sua força traduz o poder e a influência gigantesca de J. Olly em seu segmento atualmente, e só é possível enxergar sucesso no caminho da artista. COESÃO GERAL: 80 APLICAÇÃO DO CONCEITO: 80 PRODUÇÃO LÍRICA: 80 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 85 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 80

The Guardian

99

O álbum mais esperado do ano 3 está entre nós. J.Olly é sem dúvida uma das artistas mais poderosas da indústria. Com as canções aclamadas “Ave Maria” e “Miseducation” na tracklist, a rapper se propõe a falar sobre suas vivências e experiências em “Stillness”. Com colaborações de peso, a artista agarra a posição de Boss em diversas canções como “1 Minute”, “Bury Ur Ex” e na diamantada “Miseducation”; assim como podemos ver sua vulnerabilidade nas faixas “Inevitable”, “Angels Don´t Cry” e “Alone, But No Lonely”. De fato, há um mix de temáticas intrínsecas que se interligam entre si no ponto crucial do álbum, encontrar a calmaria ou a paz em meio a diversos tipos de problemas, sejam eles amorosos ou sociais. Liricamente vemos uma série de composições bem executadas, sejam elas de forma direta ou utilizando recursos metafóricos, J sabe como nos fazer refletir mesmo em canções Trap mais animadas, ela toca nas feridas sociais de maneira sutil ou agressiva e este é o maior ponto positivo da parte lírica, a rapper transita entre o visceral e o suave em questão de minutos e nos atrai cada vez mais com essa pegada. A produção melódica é impecável, podemos ver diferentes tipos de Hip Hop/Trap, com elementos dos 90’s, 00s e melodias atuais, que dão um ar mais eclético ao compilado que não fogem da sua proposta e ainda nos apresenta uma nova faceta no gênero R&B, onde utiliza seus vocais para demonstrar sua vulnerabilidade e seu íntimo de uma maneira que não esperávamos. As canções mais poderosas que nos encantaram de uma maneira estupenda foram “Silence” e “1 Minute”, tanto na escrita quanto na produção elas tem seu diferencial e são referência aos dois tópicos supracitados, agressividade/luta e vulnerabilidade/amor. Os visuais são próximos a perfeição, uma série de colagens que coincidentemente representam a leveza e a agitação, entre fotos de homens em meio a floresta com as cabeças de feras selvagens e o background repleto de rosas com pessoas a frente usando cordões e diamantes, a representatividade negra está em seu ápice nesta obra e a rapper não poderia mostrá-lo de outra forma senão assim. J.Olly não só nos presenteia como deixa sua referência musical e visual neste álbum, a espera valeu a pena. Este é sem dúvida o melhor material deste ano, não poderíamos referenciar de outra forma. Bravo!

2018 - © FAMOU$