Rosa EP - Hannah

The A.V. Club
Simples e direto. Essas são as melhores formas de definir \"Rosa EP\". O trabalho mais recente de Hannah possui uma temática bem trabalhada, que mostra como os papéis podem mudar dentro de um relacionamento amoroso. No entanto, essa história tem um um desvio em seu final com a faixa \"Prisión\", a qual soa como um regresso a toda a superação construída de \"Rosa\" até \"Reglas\". No aspecto lírico, as faixas são bem escritas apesar de não serem tão melódicas, tendo como ponto alto as músicas \"Reglas\" e \"Independiente\". Já no aspecto visual o trabalho poderia ter sido melhor elaborado, mesmo que possua um encarte bonito e agradável. Já no aspecto coesivo, a falha da temática entre \"Reglas\" e \"Prisión\" influenciou diretamente nessa parte do álbum, apesar de todas as faixas se conectarem com um determinado eixo, essas em específico não se conectam entre si, e a música que fecha o álbum seria uma ótima opção para abri-lo, visto que é o reflexo de um amor nocivo. Portanto, mesmo com alguns percalços, Hannah apresentou um bom trabalho. Abordagem temática: 80 Coesão: 80 Conteúdo lírico: 90 Conteúdo visual: 80 média: 84

The Boston Globe
Muitos artistas se descuidam ao lançar EPs, pois por se tratarem de trabalhos mais breves, geralmente eles não recebem total dedicação e atenção. Em Rosa, isso não é uma realidade. Hannah trouxe um encarte conciso e belo, que traz um toque vintage elegante à obra. Liricamente, destacamos \'Rosa\', \'Independiente\' e \'Control\'. A artista consegue transitar entre sensações de fragilidade e empoderamento de modo sensível e delicado. Em contrapartida aos vários pontos positivos, percebe-se que o EP Rosa poderia muito bem ser trabalhado com mais tempo e se transformar em um álbum, o que daria muito mais imponência e grandiosidade a esta obra, que pode ser mal interpretada como uma mera compilação de dois singles de sucesso e três tracks quaisquer. Hannah tem se mostrado uma artista comprometida com sua carreira, e enquanto ela trilha seu caminho, os fãs e a crítica ficam atentos e curiosos para o seu próximo passo. COESÃO GERAL: 100 APLICAÇÃO DO CONCEITO: 70 PRODUÇÃO LÍRICA: 80 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 80 NOTA FINAL=TOTAL/3,5: 82

The Guardian
“Rosa” é o primeiro trabalho lançado por Hannah após seu debut. Com uma sonoridade eclética, mas que permanece no gênero Latin, a cantora aborda algumas temáticas já evidenciadas na indústria, como traição e empoderamento, de uma forma sucinta. As composições são o maior ponto forte do material, de uma maneira cativante ela aborda acima de tudo, a autoconfiança e o sentimento empoderador que estar sob o comando de uma situação lhe proporciona, além de expressar situações dolorosas de uma maneira diferenciada que resgata o primeiro tópico citado. É uma ferramenta inteligente, pois nunca tira o ouvinte do foco principal narrativo. A produção melódica permeia tanto a música latina mais tradicional, como traz sons mais atuais, é um problema não fazer as transições entre esses gêneros de uma forma mais adequada, visto que saímos de uma faixa extremamente tradicional e do nada entramos em uma sonoridade mais contemporânea. Acreditamos que a cantora deva escolher o primeiro, pois a posiciona em um patamar de originalidade raramente visto, ainda mais numa indústria que há tantos artistas similares. As melhores faixas são “Reglas” e “Independiente”. A parte visual é condizente com a parte lírica e melódica, através de um photoshoot sensual ela se põe na situação de BOSS e enaltece as premissas desta obra. Talvez o único erro esteja na última página, onde a fonte e a cor escolhidas foram mal escolhidas e impedem a leitura do que está escrito. Hannah demonstrou nessa obra uma evolução, podemos ver uma artista mais madura que não tem medo de arriscar e não foge da sua linha narrativa, esperamos mais disto em seu próximo trabalho.
Pitchfork
Hannah retorna após um grande hiatus e desde o seu primeiro álbum de estúdio e do seu com o \"Rosa EP\". O lançamento é responsável por trazer uma das maiores artistas latinas da indústria, com o objetivo de relatar o autoconhecimento e de independência da cantora, após relacionamentos falidos. Com 4 canções inéditas e a versão em espanhol do seu single avulso em inglês \"Rules\", a cantora apresenta uma evolução desde o seu primeiro álbum, trazendo novas percepções sobre seus romances, desta vez a cantora traz a contribuição de como esses relacionamentos a fizeram crescer e se tornar ciente de si, se empoderando. Em suas letras, percebe-se a forma pura e sensual da cantora transferir suas palavras de dor e sofrimento, onde mais se apresenta essa representação na faixa-título, onde a cantora traz a metáfora de ser uma rosa e se proteger das palavras e do seu ex amor com seus espinhos, com toda a certeza a melhor canção do projeto. E assim vai continuando falando sobre não depender de dinheiro de ninguém e estar livre para fazer o que achar necessário (Independiente); estar sobre controle das suas atitudes e das coisas que a cerca, principalmente de quem ela se relaciona (Control); mostrar suas próprias regras para seguir em frente e se envolver em novos romances (Reglas); e finalmente se recordar e se ver livre da prisão em que estava ao estar ao lado daquela pessoa que a fazia tanto mal (Prisión). A cantora mexicana melhorou muito na questão vocal e de letras, onde suas canções se mostram mais maduras e centradas, possibilitando uma melhor apreciação de seu trabalho. Seu visual sexy e maduro também contribui para essa percepção da nova Hannah, uma Hannah simples mas com grandes pensamentos. Ao analisar todo o trabalho, a cantora finalmente entregou um trabalho muito bom e digno de todo o reconhecimento. Em seus próximos trabalhos, Hannah poderia apenas tentar sair da zona segura e começar a falar de outros assuntos (não apenas romance), mesmo sendo o tema central de seu gênero musical e de sua carreira, seria extremamente legal ver o que a cantora poderia revolucionar, reinventando também seu visual. Conceito: 90 | Letras: 90 | Visual: 85