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Drama Kingdom - Guilherme Bhermes
78

The Guardian

66

Em seu segundo álbum, Guilherme Bhermes traz à tona suas frustrações e desabafos em meio as situações vivenciadas na indústria. “Drama Kingdom” é o que propõe ser, um compilado de faixas que satirizam, expõem e problematizam muitas questões que o cantor já vivenciou no Famou$, além de explicitar o fato de sua personalidade ser um fator importante em seus relacionamentos, sejam eles amorosos ou não; com um ar imponente e de empoderamento a linearidade da obra é um tanto distinta e poderia ser melhor reorganizada realocando algumas canções de posição. Mesmo com uma temática que soa tão infantil ou rancorosa, o álbum parece conseguir em sua elaboração uma estrutura que o valorize como ele é, apesar que de haver canções que infelizmente não conseguem atingir esse limiar como “What Did You Expect From Someone Like Her”, “Coins” e “100 (Imacullate) que mesmo possuindo a mesma proposta, acabam por destoar do restante por seu teor mais genérico e pouco substancial; Já em outros momentos o lirismo do artista eclode, na canção “Wave Goodbye”, onde anseia por um sentimento real, por pessoas que realmente se importem com ele, assim como também em “Sincerely Yours” ele escreve sobre não desistir da vida, como alguém que deseja tentar mais uma vez mediante todos os problemas. As composições são boas, cheias de referências, alusões e rimas; Porém a estrutura de todas elas é estranha, não tendo uma construção de estrofes adequada, focando mais em diversas delas e tamanho muito curto, além de supervalorizar o refrão. A produção melódica é coesa, possui como base o Pop alternativo, mas ainda foge em alguns momentos como na faixa título, possuindo um aspecto mais voraz do que o restante da tracklist. Os visuais são pouco usuais, possuem uma diferenciação no encarte que honestamente foi mal elaborada, apesar da métrica ser interessante com um “caminho” traçado em cor preta, não há algo que nos motive a apreciá-lo, com exceção das letras, o encarte são simples banners, não há elementos que nos lembrem o que elas retratam ou algo que nos faça observar atentamente, o shoot optado ao fim também é pouco usual e complementa a falta de linearidade desse quesito, não havia necessidade de o pôr naquele local se não o foi feito durante a elaboração do encarte, fora o fato de que o posicionamento do mesmo ao fim não é favorável justamente por ele ser um complementar e não um Bônus. De modo geral, Guilherme Bhermes possui talento, grande parte de suas canções foi virtuosa em transmitir o que pretendiam, além de um vasto recurso lírico, mas a execução visual e a forma de condução do conceito deixaram elementos a desejar pelos aspectos já supracitados. Esperamos que ele possa crescer cada vez mais.

The New York Times

91

Provando ser sim um artista capaz de se reinventar e se superar a cada disco, \"Drama Kingdom\", o sucessor do bem-sucedido \"For All Those Who Still Don\'t Love Me\", é incontestavelmente a obra-prima da carreira de Guilherme Bhermes. Tudo nesse disco parece fazer sentido, as temáticas escolhidas, as colaborações, até a produção instrumental. O cantor não deixou espaço para quase nenhum erro. A temática central do disco é complexa e conseguimos entendê-la melhor ouvindo o disco faixa a faixa. Com o intuito de fazer um lirismo exagerado e intenso, fazendo jus ao \"reino do drama, Guilherme abusa de versos dramatizados, em alguns momentos radicalmente agressivos, em outros sensuais, e ainda, em outros, melancólicos, e a forma que faz isso é muito inteligente. Em canções como a faixa título, o artista, em conjunto com a rapper J.Olly, utiliza de referências históricas e constrói um trabalho repleto de indiretas e agressividade. Já entre os minutos finais do disco, sentimos sua sensibilidade lírica em \"Sincerely Yours\" e \"As I Have No Limits\", em que aborda temas reflexivos sobre a vida e sobre o amor. Existem sim músicas desnecessárias na tracklist, e que em alguns momentos parecem estranhas na sequência, \"Coins\" é uma destas. No geral é um excelente disco lirico, mas o visual talvez seja o maior atrativo de todos. Sem muita complexidade, mas com beleza, Guilherme cria a perfeita perspectiva de um álbum obscuro com sua a capa e encarte, abusando de tons monocromáticos e elementos visuais condizentes com os aspectos gerais da obra. Temos que dar um grande ao crédito ao cantor por ser o produtor e compositor principal, principalmente pois isso é algo extremamente raro na indústria nos dias de hoje. Enfim, é notável a evolução de Guilherme Bhermes em cada um dos seus três discos. Cada vez mais conseguimos ver sua verdadeira personalidade e seu talento em sua música. Melhores Faixas: Drama Kingdom, 100 (Immaculate), Don\'t e As I Have No Limits. Composição: 90/100 | Visual: 85/100 | Conceito: 93/100 | Criatividade: 96/100

Variety

78

Após o sucesso do \"For All Those Who Still Don\'t Love Me\", Bhermes retorna a indústria com seu segundo álbum de estúdio, \"Drama Kingdom\". Ao lermos o título, já imaginamos o que está por vir: muito drama, o que de primeira parece ser uma boa ideia, se torna cansativo e repetitivo de acordo com que suas músicas vão passando. Com design simples, porém muito bonito e agradável o álbum tem suas composições como o ponto alto, onde Guilherme mostra todo o seu poder de compositor, e ainda que bem feitas elas não o salvam de cair na monotonia e mesmice que o conceito nos traz. O cantor, segue sendo um dos maiores nomes masculinos do jogo e por isso acreditamos que ele pode nos entregar um trabalho ainda melhor, estamos ansiosos para ouvir o que ele nos apresentará futuramente.

The Telegraph

84

Com um conceito definindo a dramatização do cantor, ou até mesmo falando de Guilherme Bhermes em sí, abrimos as avaliações de \'Drama Kingdom\', segundo disco do cantor brasileiro. Ao passar o dedo na faixas, vemos duas parcerias com a J.Olly, onde, despertamos mais a curiosidade de ouvir o disco, letras por letras, mas, destacamos o título \'Keep Hating Me\', parceria dele com J.Olly e Pebe. É díficil, mesmo com apenas sua direção, manter um álbum num mesmo conceito sempre e sempre, alguns, ficam chatos e monótonos, o que não aconteceu aqui, Guilherme Bhermes é creditado em todas as faixas do álbum, ele escreveu todas as letras e viu que a coesão era importante. Não temos o que falar das letras, são apenas perfeitas. Não temos o que julgar do visual. Em questão lírica, ele supera tudo do Guilherme. O que falamos é apenas o conceito batido, pois, dentre os trabalhos de Guilherme, este é o melhor em composições. Mas, se tornou datado Guilherme Bhermes sempre falar da mesma coisa, de tudo e tudo. O disco não é ruim, jamais, ele atingiu um certo nível onde afirmamos que temos um grande escritor em nossa comunidade. Melhores faixas: 100 (Immaculate), What Did Yo Expect From Someone Like Her e Sincerely Yours. Além de grandes destaques em letra, os títulos não são algo que encontramos no TOP10 do iTunes hoje em dia.

Pitchfork

75

Até mesmo um pouco forçado, Guilherme Bhermes lança o disco Drama Kindgom, que podemos chamar de o “reputation” da carreira do cantor. Praticamente todas as músicas do álbum são sobre brigas, shades e os verdadeiros dramas do artista, ficando um pouco repetitivo demais. Talvez, o que era pra ser um ego sincero, ficou cansativo ao longo do álbum. Mas devemos ressaltar os pontos altos do álbum, que são as composições autorais, o visual simplista mas completo e bonito e os instrumentais coesos e bem selecionados, uma produção de ótima qualidade. Por fim, Drama Kingdom, mesmo sendo um bom trabalho, se torna superficial e previsível e esperamos algo mais autêntico no próximo disco do cantor. Melhores faixas: Did You See Me Looking at You, Car Crash

Rolling Stone

70

Após o poderoso “For All Those Who Still Don\'t Love Me”, Guilherme Bhermes lança o seu segundo álbum de estúdio “Drama Kingdom”, o álbum tem ótimas composições, com boas rimas e bons arranjos, como o próprio desde sugere esse álbum vai ser bem dramático e direto, o conceito deste álbum não é nada inovador e até lembra um pouco o álbum anterior de Bhermes só que em um tom mais agressivo e ousado, como disse antes as letras são muito bem escritas e inteligentes, pena que elas foram usadas para um conceito muito saturado, e em umas faixas o artista parece apresentar praticamente a mesma coisa, o conceito aqui parece ser muito superficial e muito comum. Enquanto ao encarte não há muito o que se dizer, o encarte é bom, e só. O álbum em si é bom e com ótimas composições, mas como disse, acaba se tornando superficial e monótono, espero que Guilherme tente sair um pouco dessa bolha e faça um álbum que fique fora desse tema, já que isso já se tornou saturado e nada impressionante.

Spin

80

Depois do intenso \"For All Those Who Still Don\'t Love Me\", Guilherme parece ainda ter muita mais a falar sobre seu incômodo com as reações externas. Anteriormente com um disco mais frágil e inofensivo, e agora com \"Drama Kingdom\" uma sonoridade mais agressiva e sem papas nas línguas. Não pude deixar de notar que seu conceito lembra o EP \"L - ACT ONE\" de Lucx, mas em full-length, Composições com nível lírico extraordinário, \"Irrational\" e \"Did You See Me Looking at You\" são de longes os grandes destaques líricos do disco e fico com medo de falar que seriam grandes apostas ao SCAD, visto que conhecendo sua antiga faixa \"Bad News\" não sei se isso poderia soar ofensivo... Mas acho que todos me entenderam o quanto as composições de Guilherme são bem escritas e com personalidade. No entanto, o conceito e o tema que leva cada faixa ainda lembra muito seu antecessor. Essa melancolia do artista com os relacionamentos e indignações repetitivas, dando a sensação que o artista não consegue se desprender dessa problemática. \"Drama Kingdom\" é o \"For All Those Who Still Don\'t Love Me\" com um visual mais obscuro e mais afiado, com a mesma grande qualidade, mas ainda sim repetitivo. Esperamos um Guilherme mais ousado na sua proposta em seu próximo trabalho, algo mais imprevisível, visto que o cantor possui um talento enorme e capacidade de se aprofundar artisticamente, e tendência a visionarismo.

2018 - © FAMOU$