oasis - Vicky Van der Waals

Pitchfork
Com um visual tropical chamativo, Vicky Van der Waals lança seu segundo álbum de estúdio, intitulado \"oasis\", e, como explicitamente mostra, explora sua experiência em verões passados, em meio a canções dance até baladas. \"skinny dippin’\" é a abertura da sua aventura e possui uma mensagem positiva sobre aproveitar a vida ao máximo, sem medo e sem ressentimentos. Com frases curtas, mas ainda assim ligadas umas às outras como um diário, soa como se o eu-lírico realmente tivesse acordado um dia e repensado sobre viver a vida, tudo de forma natural. Em \"gemini sun\", pode-se dizer que Vicky está numa mesa entre amigos, contando sobre uma experiência com um garoto e atrelando o momento ao seu signo. É uma canção divertida, objetiva e acolhedora, a curiosidade é despertada a cada verso. Já em \"all that heaven allows\", Vicky soa confusa sobre seu antigo relacionamento. Ela está preparada pra superá-lo ou mal espera que ele retorne para os seus braços? Há uma ambiguidade, um interesse de que ele se arrependa, se sinta culpado e a deseje de volta, ao mesmo tempo em que há uma tentativa de esquecê-lo e encontrar um novo caminho. \"bootycall\", colaboração com a grande artista MOE, possui um forte impacto de conflitos. Enquanto Vicky explora sua sexualidade de forma juvenil, despertadora e tímida, os versos são quebrados por MOE, que compartilha uma experiência mais madura e experiente. Ambas cantoras parecem estar em momentos diferentes da vida, então suas experiências se chocam ao longo da canção. Em \"chasing clouds\", há uma maturidade sendo despertada. Com versos mais objetivos e decisivos, Vicky transparece convicta de como quer moldar seus relacionamentos, com uma voz mais ativa.\"sundance, i dance\" é uma canção divertida e curta, não possui algo especial em seus versos e termina antes mesmo de começar. Uma espécie de autoajuda numa produção dance. Algo semelhante acontece com \"sugar rush\", que tem uma premissa legal e que poderia ter sido mais explorada, mas se limita a jogadas superficiais de “vamos curtir a noite”, sem trazer personalidade ou um toque especial pro momento. \"a million little times\" aparece no momento certo. Sua lírica é dolorosa, dá pra sentir cada impacto de um relacionamento destrutivo que o eu-lírico viveu, de forma calculada, mas super sensível, definitivamente um grande destaque do disco. A segunda colaboração do álbum, \"oasis\", com participação do talentoso Ridley Foster, traz brilho e conexão entre ambos artistas. Eles dividem metáforas sobre redescobrimento amoroso, ao mesmo tempo em que evidenciam um passado sombrio de forma rica e com versos impactantes. \"ending credits\" encerra o disco da mesma forma que é retratada, soa como o final de um filme de romance de verão. É um fim para cada uma das canções do disco que tratou sobre seus relacionamentos, e encaixa perfeitamente. Pra uns, pode soar como um final feliz, pra outros, um final em aberto, já que a cantora ainda continuará vivendo outros verões. O visual, assinado pela própria cantora e pelo produtor PRAYOR, reforça essa conexão com o verão e a jovialidade, com cores que remetem ao tom tropical de um verdadeiro oásis. Por fim, \"oasis\" é um disco feito por uma jovem em ascensão. Suas letras e sua forma de se expressar soam imaturas, mesmo com tantas histórias pra contar. Em muitas canções, falta profundidade e detalhe, elas apenas passeiam pela premissa de forma crua. Porém, em alguns momentos, há uma identidade aflorando e faixas que fazem você querer dançar e se entregar ao que elas têm a dizer. Vicky demonstra uma evolução criativa, com um disco dançante e letras que vão de experiências tristes a momentos de redescobrimento, mas ainda existe uma trava na forma como ela se expressa por completo em sua lírica.

Billboard
O segundo álbum de estúdio da cantora, compositora e produtora Vicky van der Waals é intitulado “oasis” e segue a tradição imposta pela artista desde seu debut album, “girlhood”, de apresentar facetas de sua personalidade fora de ordem, a fim de representar seu estado de espírito e de mente no momento em que as experiências saíram do seu campo de memórias e se tornaram música. Visualmente falando, “oasis” possui uma estética própria para se diferenciar dos projetos anteriores da cantora e isso se sobressai pelo modo como a fotografia possui uma finalização de detalhes diferenciada, quase como se fossem desenhos impostos em cenários mais cartunescos. É um dos grandes acertos da obra e instiga o ouvinte a se imergir na experiência completa. “skinny dippin’”, faixa número 1 do álbum, discorre sobre a efemeridade da vida e mostra uma Vicky disposta a se abrir a novas aventuras para que possa se lembrar com carinho da juventude que quer viver em vez de lamentar o que deixou de experienciar. É uma composição terna e com ótimo potencial para single de verão no futuro. “gemini sun” brinca com sua própria irreverência ao mostrar Vicky colocando a culpa de suas atitudes impulsivas em uma noite sedutora justamente no seu próprio signo, avisando a seu interlocutor para não levar tão a sério tudo o que ela promete romanticamente falando. Em “all that heaven allows”, a cantora impõe uma máscara em si para tentar provar que superou os sentimentos que possui por um antigo amor em sua vida, após vê-lo igualmente seguindo em frente. Seu refrão cínico quase engana o ouvinte, mas a melancolia se faz presente de forma tímida. “bootycall”, faixa escrita em colaboração com MOE, traz o lado mais divertido e pouco comprometido de ambas as artistas no que concerne as famosas “relações de uma noite”, sem promessas para o futuro, apenas para um prazer provisório. “chasing clouds” aborda o modo como a compositora se sente dentro de um esforço pouco valorizado em um relacionamento onde ela coloca mais de si do que sua contraparte. É uma canção que impressiona pelo modo como ela ainda soa autêntica mesmo trazendo uma mudança de ares em relação às músicas anteriores na tracklist. “sundance, i dance” mergulha ainda mais em um lado introspectivo de Vicky, seguindo a vulnerabilidade trazida em “chasing clouds”; aqui, a artista se promete ser mais permissiva com suas próprias emoções enquanto aproveita o melhor que a vida oferece para ela mesma sem medo de se jogar nas situações, em uma das mensagens mais francas do álbum. Em retrospecto, são faixas como esta que provam o quanto Vicky van der Waals parece uma artista mais madura em seu álbum “oasis”; tanto visualmente quanto liricamente, nota-se que as experiências descritas nas faixas, de fato, a mudaram como pessoa e a instigaram criativamente, detalhe este que é facilmente refletido em seu trabalho e notado pelo público.
TIME
Oasis, segundo álbum de estúdio de Vicky Van Der Waals, é uma verdadeira viagem por uma praia musical. Aqui, a artista mergulha no pop eletrônico, mas também se permite explorar baladas sensíveis. O projeto, composto por 10 faixas, a maioria escrita pela própria cantora, narra suas experiências e reflexões durante diversos verões, equilibrando leveza, desejo, autoconhecimento e emoção. O álbum se abre com “skinny dippin’”, uma faixa que reflete sobre a fugacidade da vida e a urgência de viver o presente intensamente. Com um tom descontraído e libertador, Vicky convida o ouvinte a superar as preocupações e simplesmente se entregar ao agora. Em “gemini sun”, ela se aprofunda em sua própria identidade, usando a astrologia como metáfora para sua essência. A canção revela como sua natureza geminiana molda seu jeito de viver: livre, espontâneo e, ao mesmo tempo, repleto de dualidades. Essa faixa traduz com precisão o espírito do álbum, leve, divertido e sedutor, mas passageiro como um pôr do sol de verão. As seguintes, “all that heaven allows” e “bootycall”, reforçam essa proposta. Enquanto “bootycall”, sua parceria com MOE, é carregada de sensualidade e celebra o prazer dos encontros casuais, “all that heaven allows” oferece um lado mais emotivo, refletindo sobre um relacionamento e suas possibilidades. “chasing clouds” dá uma guinada emocional ao projeto. Aqui, o eu-lírico expressa um desejo que vai além do físico, buscando uma conexão mais profunda, capaz de preencher vazios emocionais. Na sequência, “sundance, i dance” eleva o astral novamente. É uma celebração da autoestima e da liberdade, onde Vicky entrega uma performance vibrante, cheia de orgulho e aceitação. “sugar rush” e “a million little times” refletem a dinâmica emocional que o álbum constrói. Se “sugar rush” é uma faixa doce, leve e descontraída, “a million little times” aborda um relacionamento fragilizado, fadado ao fracasso, uma das canções mais sensíveis do álbum, que adiciona profundidade à sua narrativa. Nos momentos finais, surge “oasis”, colaboração com Ridley Scott. Juntos, eles constroem uma faixa que simboliza o alívio, o refúgio e a serenidade após uma montanha-russa de emoções. É como encontrar um porto seguro no meio do caos, uma das faixas mais cativantes e bem realizadas do projeto. Para encerrar, “ending credits” funciona como uma reflexão sobre a efemeridade da vida e do verão, mas também reafirma que, apesar da fugacidade, sempre há espaço para sentir profundamente. É uma conclusão sensível, agridoce e perfeita para fechar essa jornada. Em Oasis, Vicky Van Der Waals pinta um cenário vibrante, com cores vivas e uma estética praiana que combina diversão, sensualidade e introspecção. É um álbum que, mesmo abordando as impermanências da vida, mantém sua conexão emocional com quem escuta. Um disco acessível, agradável e que traduz com autenticidade a beleza dos momentos passageiros.

Rolling Stone
Em seu segundo álbum de estúdio, Vicky van der Walls expressa seus sentimentos através de suas experiências mais marcantes através dos anos e demonstram bem o seu processo de crescimento como artista. Liricamente, o álbum é suave e leve, demonstrando a vibe de adolescente em desenvolvimento. A artista abre o álbum com \"skinny dippin\'\", uma música que determina o tom do álbum. A música, baseada no sentimento de Vicky de viver a vida ao máximo, transmite a mensagem para o ouvinte de forma pontual em versos motivadores. Em seguida, \"gemini sun\" é mais envolvente e um pouco mais descontraída, onde a artista um pouco de ironia ao se responsabilizar pelos seus impulsos, mas sem deixar que o sentimento atrapalhe seu dia. A música é um dos destaques positivos do álbum pela forma em que foi conduzida. \"all that heaven allows\" soa como uma razão para \"skinnin dippin\'\" existir e funciona bem dentro do álbum por mostrar uma versão mais decidida e focada de Vicky, livre das amarras de um relacionamento e pronta para focar em si mesma. \"bootycall\" em parceria com MOE vem logo em seguida, e é bastante \"mundana\". A faixa não apresenta muita profundidade sobre a sexualidade de Vicky, e mostra versos superficiais sobre alguém querendo fazer sexo na sexta à noite. Aqui, os versos poderiam ter sido elaborados de uma forma em que a lírica pudesse soar mais natural e menos madura. \"chasing clouds\" volta à boa forma do álbum e funcionaria perfeitamente após \"all that heaven allows\". A faixa é bem escrita e sucinta. \"sundance, i dance\" é uma música tímida, pois nela, Vicky esconde o potencial que poderia ter atingido com a música. A música tem uma base forte, mas poderia ter sido melhor direcionada. Os versos são comuns, sem nenhum aprofundamento no sentimento, sendo um dos pontos mais baixos do álbum. Essa força é vista em \"a million little times\". Aqui, Vicky descreve melhor suas emoções e consegue aprofundar melhor no que está sentindo. Na reta final do projeto, \"oásis\", faixa título do álbum, entrega uma composição cativante sobre uma pessoa que após todo seu processo de cura por relacionamentos conturbados, finalmente encontrou um amor que vale a pena amar. A música fica bem na reta final do álbum para fazer refletir todo o processo anterior que fez Vicky chegar à este momento especial com Ridley Foster. \"Ending Credits\" encerra o álbum em boa forma, com uma sensação de notalgia e uma imensa vontade de viver um amor intenso em um verão; de arriscar e se jogar em uma aventura calorosa, que no fim te faça sentir que valeu a pena como Vicky desejou. Visualmente, Oásis se destaca por uma paleta estética cuidadosamente pensada para capturar o olhar — e mantê-lo. O encarte, embora mantenha uma simplicidade intencional e evite efeitos visuais exagerados, transmite uma leveza que reflete com precisão a identidade artística de Vicky. É um trabalho visual que não grita, mas sussurra com elegância, revelando sensibilidade e coesão com a proposta sonora do álbum. No geral, Oásis captura com sensibilidade a essência de Vicky Van der Walls como uma artista em plena evolução, revelando um salto significativo em maturidade lírica e coesão artística em comparação ao seu trabalho anterior. O álbum mostra uma Vicky mais confiante em sua identidade musical e entrega um pop bem executado, com momentos de brilho que apontam para um potencial ainda maior. Embora algumas faixas ainda revelem arestas a serem lapidadas, Oásis se destaca como um avanço claro em relação a Girlhood, consolidando Vicky como um dos nomes mais promissores do pop contemporâneo.
AllMusic
Vicky Van der Waals lança oficialmente \"oasis\", segundo álbum de estúdio, influenciado por suas coisas favoritas e descrito como majoritariamente um disco pop, desbrava suas experiências e sentimentos ao longo de vários verões, sem uma ordem cronológica exata, a artista revelou em entrevista que o álbum retrataria de forma aleatória a transição de sua adolescência para o inicio da vida adulta. Com produção assinada pela própria interprete e com créditos de auxilio do PRAYØR, Vicky apresenta um projeto visual eletrizante e bem polido, com páginas de encarte que conversam entre si, tornando a experiência artística bastante agradável. O álbum começa com \"skinny dippin\'\" é uma canção claramente voltada para o público teen, e fala sobre conseguir superar o medo de viver intensamente o presente. Nesse primeiro momento Vicky apresenta uma estrutura simples e uma lírica que acompanha sua estrutura. Em sequência temos \"gemini sun\" e \"all that heaven allows\" que marcam o que parecem ser as últimas faixas que relatam um pouco de seu último estágio na adolescência, e falam sobre impulsividade e término de relacionamento respectivamente, sendo uma sobre atitudes não muito pensadas em contra partida com outra na qual o eu lírico parece estar tentando provar que superou seu ex, colocando-se em uma espécie de competição contra o mesmo. \"bootycall\" em colaboração com a cantora Hikari Moe, representa o despertar de uma jovem mulher, começando a partir desse ponto a tratar tópicos mais ousados como por exemplo, sugerir sexo casual. Sendo um momento bastante dançante e distante de toda atmosfera teen. \"chasing clouds\" chega como um respiro em meio a tantas experiências impulsivas e pouco pensadas, trazendo uma das melhores metáforas até agora usadas pela artista, o título \"segurando nuvens\" é uma representação de você tentar segurar algo basicamente impossível. \"sundance, i dance\" é de longe uma das melhores composições do disco. O álbum que até então foi lançado sem nenhum single prévio, poderia apostar nessa faixa como primeiro single. Na trama encontrada no conteúdo lírico, temos a artista lembrando a si mesma de que não deve se comparar com ninguém. Na sequência, somos presenteados com outro pop contagiante, \"sugar rush\", uma canção no qual o lírico flui muito bem e retorna ao tópico de apenas viver o presente, sendo um verdadeiro hino de amizade. \"a million little times\" é uma canção sobre um relacionamento destrutivo, no qual o eu lírico parece estar motivado a superar mesmo tendo que encarar de frente o fato de que ainda tem muito para ser curado. Para a faixa título, a artista convida Ridley Foster, juntos os pombinhos proclamam em \"oasis\" a sorte de terem encontrado um ao outro em um momento onde ambos estavam sendo cautelosos com seus sentimentos. Para encerrar, Vicky propõe em \"ending credits\" seu ponto de vista sobre a efemeridade dos momentos e a forma como não podemos controlar o tempo e a forma como ele pode fazer com que lembranças acabem enfraquecendo. A canção é uma bela declaração de alguém que amou e perdeu, mas soube fazer uma grande limonada dos limões que a vida deu. Em suma, o álbum tem um crescimento visível ao longo das faixas, mostrando a evolução da artista que começou relatando suas experiências desde a adolescência até chegar em sua fase adulta. Por mais clichê que sejam alguns dos tópicos, aqui são as experiências de Vicky e a forma como ela escolheu retratar cada uma delas. O álbum tem seus pontos fracos, mas consegue ser um disco pop de qualidade e com um conteúdo que instiga, quem o consume, a ter a experiência por completo.
AllMusic
Vicky Van der Waals define o pop teen com seu segundo álbum refrescantemente leve que é atrevido, inteligente e executado sem esforço. Mesmo sem nenhum single lançado, *[Oasis]* é conhecido por ser irresistível e divertidamente juvenil. À abertura com *(skinny dipping)*, “it’s just as simple as skinny dipping”, uma música que explora as possibilidades em momentos em que pequenas decisões definem tudo. É bem inspirador mesmo que sua lírica, talvez se mais fluida, gerasse mais emoção. *(gemini sun)* uma música sobre falar demais ou dizer algo que não devia, uma letra que mostra vulnerabilidade e intenção positiva, mesmo quando dá errado. *(all that heaven allows)* uma narrativa de superação após um término, dizer: “from my bones to my skin” é uma maneira muito inteligente de dizer que a dor foi sentida em todos as camadas. *(bootycall)* muda totalmente o rumo do álbum, causa um estranhamento. Nela, o apelo se dá por Vicky e MOE trocando versos como se estivessem em um jogo de flerte descarado. É um pop debochado, algumas rimas quebram o fluxo, mas continua num ritmo cômico e superficial. A faixa título *(oasis)*, um dueto com Ridley Foster, contém um tom sensual que explode no refrão. A dúvida entre miragem e sinal divino, são temas recorrentes aqui. O verso “Forever is what we make of it, even if only for a summer” é bem cru e romântico. Mesmo com alguns regressos de temas e sentimentos adolescentes, ela encerra com *(ending credits)*, faixa que se destaca muito pela descrição cinematográfica que ela apresenta. É a despedida, lidar com a inevitabilidade do fim e tentar manter às vivências vivas. “The ending credits started to roll”, sela a despedida, sem cair no clichê - por mais que em alguns versos tenha beirado. A estética visual vibrante, sensual e nostálgica grita: summer pop retrô! As peças apresentadas são muito coesas, desde os elementos kitsch à tipografia redonda. A paleta de cores azul, rosa e amarelo são pontos muito fortes, combinam a jovialidade e as letras hiperglamourizadas do projeto. Em conclusão, comparado a seu primeiro álbum *[girlhood]*, mais voltado para o crescimento pessoal e afetivo, a artista dá um salto ousado na direção da persona hiperproduzida e o contraste de novas vivências.