AQUARIUS - Aster Major
Los Angeles Times
Em seu novo álbum de estúdio, Aster Major celebra seu retorno triunfante à música dance e esbanja sensualismo durante o processo do \"AQUARIUS\". O álbum varia entre composições impactantes e composições que poderiam ter impactado mais do que realmente impactou. O álbum abre com \"STANLEY KUBRICK\" de forma audaciosa, e rica em referências para expressar como o álbum será montado. A faixa serve como uma boa introdução do que o público deve esperar do projeto. \"Classic\" mostra a celebração do retorno de Major para as pistas de dança de forma ambiciosa, onde aqui, Aster mostra também que ainda está em boa forma para as pistas de dança; destaque para o seu refrão, que consegue sobressair na música. \"LEGENDARY\" celebra fortemente o amor próprio e apesar de carregar uma narrativa empoderada, a música acaba tendo versos bastante usuais durante uma parte da música. A música cresce na sua ponte, onde Major é audacioso o suficiente para expressar-se em referências elegantes que o fazem triunfar. \"STUDIO 2069\" peca um pouco na composição por não conseguir sair da base clichê do sexo em alguns versos apresentados, principalmente os de Aster. O verso de Alec acaba brilhando mais por ser mais provocativo e ter explorado melhor a tensão sensual entre os dois, apesar de ser desproporcionalmente maior que os de Major, visivelmente proposital. A química entre os dois é notável e a faixa acerta nesse quesito. \"ORBIT\" se porta como uma faixa mais completa e também complexa, abordando devidamente os pontos importantes de formas inteligentes. Os versos são bem colocados durante toda a canção e consegue ser mais envolvente que as anteriores. \"WHEN I WAS YOUR MAN\", em parceria com ZANE, tem uma lírica mais aprofundada nos sentimentos de Major pela abordagem romântica. Ambos cantam sobre estarem relembrando um romance enquanto abrem mão dele, e mesmo que a canção faça os dois se conectarem, a canção de R&B não se conecta dentro do álbum. A faixa se torna avulsa dentro do álbum e desconexa com as outras faixas se for olhar o projeto como um todo. Em \"GIRLS\", Aster intensifica toda a sua sexualidade ao lado de Danny Wolf e Lee em uma faixa assertiva quando o assunto é elevar a tensão sexual. A faixa contém versos quentes, e os versos de Danny e Lee conectam com os versos de Aster. A música é deliciosa e não cai no clichê, e nesse caso, acaba atraindo a atenção do ouvinte. \"BODY IDEAL\" tem uma boa abordagem e também uma mensagem importante de como as suas relações vão além de um \"corpo ideal\". A música contém uma boa composição, e Major consegue fazer a música funcionar ao seu favor. A faixa é atrevida e contém versos bem elaborados para impactar de forma positiva. \"SEX, DRUGS & ROCK N\' ROLL\" acaba caindo no mesmo clichê de \"Studio 2069\", mas nesse ponto do álbum, a sensação que fica é que a narrativa da canção acaba não diferenciando a música das outras que também falam sobre sexo. Na reta final do projeto, Aster apresenta a música \"Sugar\", se mostrando independente e confiante de si ao se colocar em um pedestal. A música cresce com o seu refrão, e os seus versos são discretos, de uma forma que poderiam terem sido melhores incrementados para ter a tensão de um hino sexual, ou por ser, também, um hino que clama a independência sexual. \"BOHEMIA DISCOTHEQUE\" encerra o álbum de forma formidável, sendo não só uma homenagem a toda a história apresentada no álbum, mas também liricamente assertiva como uma faixa de encerramento. Visualmente, a capa do álbum é um acerto assim como todo o seu processo visual. A capa, apesar de simples, consegue entregar toda a informação que uma capa com uma mega produção entregaria, e a simplicidade foi o que fez a capa se tornar visualmente expressiva. O visual contém tonalidades fortes, cores chamativas e também é bem polido. \"AQUARIUS\" é um álbum que celebra o retorno de Aster Major para as pistas de dança e varia entre hinos que celebram a comunidade LGBTQIAPN+ até músicas que exalam toda a sua sensualidade.
All Music
“AQUARIUS” é o título do quarto álbum de estúdio do cantor franco-britânico Aster Major. O projeto que percorre pelos gêneros dance-music, eletronic e house contém 12 faixas em seu corpo e aborda temáticas como escapismo, hedonismo, expressão própria, descontração e diversão. O novo projeto de Major é descrito como uma celebração às pistas de dança e uma saudosa lembrança a cultura pop a qual envolve. Seguindo aos destaques, a primeiro momento temos “STUDIO 2069”, em colaboração com o cantor Alec Weaver. Nesta faixa podemos enxergar um hino de libertação e combate aos padrões heteronormativos da sociedade, é uma vibração contra más energias e a reprodução do silenciamento da liberdade sexual e celebração queer. Aster Major e Alec Weaver apresentam ótimos versos que entrelaçam entre si, esses os quais, por fim, formam um real hino de passarela. Interligada com a faixa e destaque anterior, seguidamente temos “ORBIT”, provavelmente a melhor lírica presente no corpo do projeto. Aqui temos um lado de maior vulnerabilidade, uma canção de reflexão e de retomada de forças, uma busca pela luz que sucede o fim do túnel e um olhar de esperança para os dias melhores de uma vida. “BODY IDEAL” é mais um destaque da obra, a faixa que transborda sensualidade e desejo, é um grito feroz pelo contato físico de seu parceiro, aqui, enquanto ouvinte, é possível se colocar numa perspectiva passiva ao que canta o artista, interessante como há a possibilidade de se sentir a presa a qual o eu-lírico está sedento para abocanhar. É um trabalho encorpado e que foge do fútil e amador, atiça o imaginário do ouvinte e a sua ideia de erotismo, mas sem necessidade de ser vulgar. Com a parte visual produzida por um de seus colaboradores, Alec Weaver, o álbum acompanha uma boa escolha de paleta e fotografias, no mais, seria ponto positivo se houvesse uma melhor seleção das mesmas e o tratamento de edição, apesar disso, não influencia fortemente na experiência do projeto. É necessário e nada arriscado, levando em consideração a abordagem extravagante que o álbum passa, gostaríamos de ver mais dessa extravagância presente no encarte, seria mais atrativo, mas cumpre o seu trabalho. “AQUARIUS” é um ótimo projeto, que celebra a liberdade em diversas áreas da vida, celebra sexualidade e cultura, explora temas interessantes de maneira dinâmica, o que não torna a obra cansativa, é uma arma de empoderamento e, com certeza, terá faixas populares nos clubes de disco. Aster Major apresenta um novo álbum completo, desenvolve de maneira inteligente o que é proposto e impressiona mais uma vez. Por fim, “AQUARIUS” aparece como um dos grandes lançamentos atuais, é disperso do que se vê como popular na indústria, se mantém fresco e, com certeza, será lembrado pela excelência em representatividade.

Variety
“AQUARIUS” é o quarto álbum de Aster Major. O álbum celebra o dance pop com entusiasmo, explorando uma mistura eclética de House, Eletrônica e Dance. O álbum se inicia em “STANLEY KUBRICK”, uma introdução brilhantemente elaborada, Aster Major estabelece o tom e a mensagem de seu quarto álbum de estúdio com clareza impressionante. A única lamentação sobre “STANLEY KUBRICK” é que, com sua profundidade e complexidade, merecia ser mais do que uma introdução. A lírica apresentada sugere um potencial ainda maior, que poderia ter sido explorado em uma faixa mais longa e desenvolvida. “CLASSIC” é uma homenagem ao gênero dance que Aster Major claramente sente falta e valoriza profundamente. Com referências ricas e uma produção envolvente, “CLASSIC” é um testemunho da habilidade de Major em criar uma atmosfera nostálgica e contemporânea ao mesmo tempo. “LEGENDARY” destaca tanto seus pontos fortes quanto suas fraquezas, resultando em uma experiência auditiva mista que, apesar de suas imperfeições, consegue deixar uma marca significativa. “STUDIO 2069” é uma faixa enraizada no house, a música é uma celebração vibrante e camp da expressão sexual e da quebra das normas heteronormativas. Com uma produção que evoca o final dos anos 70 e início dos anos 80, a faixa é um hino para a pista de dança, repleta de energia e atitude. No entanto, a contribuição de Alec Weaver, amigo e colaborador de longa data de Major, torna-se um ponto controverso na música. Enquanto a introdução e os versos de Major estabelecem um ritmo eletrizante e engajante, o longo verso de Weaver, embora bem-intencionado, acaba por ser tedioso e dilui a intensidade da faixa. Sua entrega não consegue manter o mesmo nível de energia e inovação presente nas partes de Aster, resultando em uma quebra de ritmo que prejudica a coesão da música. “WHEN I WAS YOUR MAN” é, sem dúvida, o ápice da perfeição. A melancolia da faixa, combinada com letras sinceras e tocantes, oferece uma perspectiva dolorosa e imatura sobre relacionamentos passados, uma temática que ressoa profundamente com qualquer pessoa que já tenha experimentado a angústia de um coração partido. Os versos de Aster Major e ZANE se complementam maravilhosamente, criando uma narrativa coerente e emocionalmente ressonante. Major canta com um sentimento de desolação e perda, enquanto ZANE traz uma profundidade sombria ao segundo verso, com referências a rituais e desastres previstos, adicionando uma camada mística à narrativa. “GIRLS” falha em atingir o impacto desejado, resultando em uma experiência sonora que, infelizmente, não ressoa com a profundidade e a intensidade das outras faixas do álbum. Infelizmente a faixa se perde no meio, deixando os ouvintes desejando mais originalidade e profundidade. É uma tentativa ambiciosa que não atinge o objetivo, e, como resultado, fica marcada como a faixa menos impactante do álbum. “SEX, DRUGS AND ROCK N\\\' ROLL” é uma exploração honesta e direta dos prazeres e das armadilhas da vida moderna, embalada em um pacote sonoro que não deixa de capturar a essência do seu estilo distintivo. O título, “BOHEMIA DISCOTHEQUE”, promete uma viagem extravagante pela cultura boêmia, mas entrega apenas uma versão diluída das influências passadas de Aster Major. Desde o início, a faixa se arrasta com uma letra genérica que tenta capturar a essência das pistas de dança, mas falham em oferecer algo novo, original ou emocionante. Apesar de todo o esplendor visual, há um contraste notável entre o que é apresentado visualmente e o conteúdo musical do álbum. O álbum, com sua mistura eclética de gêneros e temas, muitas vezes parece ultrapassar as fronteiras do que o visual pode efetivamente comunicar. A grandiosidade visual trazida por Alec Weaver às vezes pode não refletir completamente a profundidade e complexidade das composições musicais de Aster Major. O visual de “AQUARIUS” é uma amostra do compromisso de Aster Major e Alec Weaver com a excelência estética e o storytelling visual. É uma representação visualmente rica e emocionante de seu mundo musical, embora possa não capturar completamente a riqueza e a diversidade das músicas que compõem o álbum. “AQUARIUS” enfrenta desafios significativos em termos de originalidade e versatilidade musical. O álbum é dominado por uma série de faixas que, apesar de tecnicamente sólidas, sofrem com uma falta de versatilidade e originalidade.

Rolling Stone
Após entregar uma bela coesão com seu excelente terceiro álbum de estúdio \"La Vie Bohème\", Aster lança despretensiosamente seu quarto disco, o dançante e sexy \"AQUARIUS\". O álbum é uma ode ao gênero Dance e às pistas de dança, trazendo temas descontraídos como a sexualidade, as festas e sua maneira de enxergar a vida. O álbum abre com a curtíssima, porém efetiva, \"STANLEY KUBRICK\", onde Aster apresenta toda a atmosfera em que as demais 11 faixas do disco irão nadar. É uma letra divertida e despretensiosa que carrega uma ótima analogia ao mistério de um espaço novo e bastante amplo, que muitas vezes pode causar medo, uma visão constante nos filmes do diretor que dá nome à faixa. \"CLASSIC\" é verdadeiramente a porta de acesso ao mundo de \"AQUARIUS\". Divertida e direta ao ponto, a letra narra o grande reencontro do cantor com o gênero Dance. É uma faixa bastante simples, mas consegue transmitir a mensagem que o cantor estava guardando e nos embala no meio do processo. Aster mostra seu lado narcisista em \"LEGENDARY\", porém não atinge o mesmo esplendor das duas últimas faixas. Aqui temos um eu-lírico que entende seu poder, fama e beleza, e sabe que todos querem um pouco dele. Mas algo nessa faixa faz com que ela não tenha o mesmo brilho que as suas antecessoras. Na parceria com o cantor e produtor Alec Weaver, o sexo é o centro da noite. \"STUDIO 2069\", fazendo alusão ao clássico Studio 54, é chique e vibrante, com Aster e Alec nos guiando por uma noite colorida e prazerosa. O destaque nesta faixa é o longo, porém fenomenal, verso do cantor convidado Alec; as linhas do segundo eu-lírico da canção transformam todo o resto em ouro. Um grande acerto no disco. \"OBIRT\" afasta o ritmo do álbum, provocando agora uma maior introspecção. Na faixa, o cantor abre os braços e mostra que suas músicas são um lugar seguro para onde os fãs podem se esconder quando as lágrimas começarem a cair. É uma faixa mais midtempo que carrega um enorme significado para Aster. \"WHEN I WAS YOUR MAN\" diminui ainda mais o BPM do álbum, nos dando um breve respiro. Em parceria com o cantor ZANE, Aster entrega uma triste canção de término. Indo além de temas clichês de despedida, essa faixa traz um eu-lírico que volta às memórias de tempos onde o romance ainda o abraçava e mostra como o tempo levou todo o seu amor. Com um toque místico, ZANE é o ápice da faixa, trazendo linhas que guiam o ouvinte a uma viagem a um mundo mágico e encantador. Em sequência, temos a apimentada \"GIRLS\", em que Aster convida Danny Woof e LEE para discorrerem sobre promiscuidade e sexo. A faixa é fraca em relação ao que foi apresentado até agora no álbum, porém atende sua proposta de ser divertida e sexy. LEE traz uma ponte forte lyricamente, enquanto Danny é mais descontraído em seu verso. Porém, Aster ganha o destaque nessa faixa, sabendo a maneira exata de como conduzir o ouvinte a uma viagem bastante prazerosa. A oitava faixa, \"BODY IDEAL\", é um flerte descontraído em meio à sexualidade jovem. Uma letra que busca divertir o ouvinte em meio ao Dance de Aster. Embora não seja a letra mais bem escrita do álbum, ela evoca bons sentimentos e não chega a ser monótona. \"SEX, DRUGS & ROCK N\' ROLL\" se perde no meio dos \"bops\" presentes no disco. O eu-lírico se descreve como viciante e incansável. Porém, em alguns momentos, a narrativa fica fraca, e a construção da faixa acaba caindo na mesmice. Coisa que não se repete em \"AURA\", em que Aster logo recupera o fôlego e entrega uma sensacional letra sobre como o mundo exterior nos afeta diariamente e como devemos seguir como o mar, sempre indo com seu curso. Esta faixa se destaca por sua simplicidade e grande carga poética da letra, sendo de longe um forte peso para o disco. \"SUGAR\" mostra um lado mais ácido de Aster. O eu-lírico da canção deixa bem claro o seu lugar no pódio da fama e afirma que ninguém conseguirá ser como ele, embora sempre tente. É uma faixa mais ácida, deixando de lado o frescor erótico do disco. Encerrando o disco, \"BOHEMIA DISCOTHEQUE\" fecha as portas do clube de uma forma impecável. Trazendo elementos de seu álbum anterior, \"La Vie Bohème\", Aster brinca com os temas retratados no decorrer das 11 faixas anteriores enquanto discute sua música e como ela consegue causar vibrações em seus fãs. É uma canção dançante que consegue marcar tudo que o álbum é e finaliza perfeitamente o disco. Visualmente, o álbum é bastante satisfatório. Produzido pelo aclamado Alec Weaver, o encarte traz um foco na história contada pelas fotografias e é bastante refinado, sendo este um ponto bastante positivo. Aster deve se orgulhar por ter feito um álbum Dance que reflete bastante seu estilo, sem se render a modismos e clichês bastante frequentes.

The Boston Globe
Se distanciando do Rock e Jazz do seu último disco, Aster Major aparece novamente com “AQUARIUS” — seu quarto álbum de estúdio, que explora o Dance e seus subgêneros em 12 faixas. O projeto inicia em “STANLEY KUBRICK”, que basicamente explica as intenções e a ambientação do disco, com até mesmo um monólogo de Billy Porter. É uma faixa bem escrita e serve muito bem como introdução. “CLASSIC” mostra o desejo que Major tinha de retornar à música Dance. É uma faixa bem carregada por referências num geral, e também tem momentos mistos, onde as coisas soam alinhadas e em outros não. “LEGENDARY” carrega uma verdadeira mensagem de amor próprio e autoconfiança, adquiridas depois de experiências agridoces. Também carrega seus momentos altos e os não tão altos, mas é uma boa faixa. “STUDIO 2069” é uma canção mais carregada de simbologia e significados mais abstratos, ao mesmo tempo que traça paralelos mais simplistas. A parceria com Alec Weaver funciona bem, mesmo que o artista entregue um verso demasiadamente denso, que poderia facilmente ser reduzido. “ORBIT” vai em uma parte mais intensa e pessoal do artista, servindo de inspiração ao ouvinte que possa estar passando por momentos difíceis. Aster faz isso com maestria, e por mais que tal assunto pudesse chegar facilmente a uma abordagem clichê, ele consegue fazer um verdadeiro show e entrega o primeiro grande destaque do disco. “WHEN I WAS YOUR MAN” possui a participação do artista ZANE, e aqui os artistas entregam um Pop-R&B sobre um amor que já não existe mais, com o ressentimento de toda ruptura regando a faixa por completo. É uma boa composição, e o verso de ZANE entrega ainda mais imersão. “GIRLS” é uma canção bem divertida e sensual, e as parcerias, Danny Wolf e LEE, entregam boas contribuições a faixa. Talvez não seja um destaque no projeto por não soar tão rica quanto as outras, mas é uma faixa boa. “BODY IDEAL” mostra Major exibindo sua energia sexual e exalando seu domínio sexual sob um parceiro, e a sua composição entrega bons incrementos ao disco em si, mas ao mesmo tempo há uma impressão de que o conteúdo lírico já foi visto anteriormente no projeto, talvez até pelas suas metáforas. “SEX, DRUGS AND ROCK N\' ROLL” é uma composição de destaque no projeto, por não precisar de grandes esforços para soar fluida e encaixar muito bem com a aura do artista no projeto até aqui. “AURA” soa como uma grande liberdade, sendo de certa forma inspiradora e intensa. Mas ela peca por, infelizmente, cair no óbvio em partes consideráveis. “SUGAR” mostra o artista “intocável”, e de certa forma em um momento mais focado em si mesmo. Entretanto, a faixa soa muito similar a outra faixa do disco, “LEGENDARY”, que de certa forma parece falar de coisas muito parecidas. “BOHEMIA DISCOTEQUE” finaliza o disco com uma mensagem mais intensa, que até mesmo resgata parte do seu disco anterior. É uma canção bem rica, e até mesmo relembra o clássico “Vogue” em alguns momentos, como na segunda ponte. O visual, produzido por Alec Weaver e TAMMY, é moderno e busca realmente essa vertente, com fotografias bem interessantes e boas tipografias, por mais que em certos momentos as páginas não soem tão inspiradoras quanto as letras em si. Em síntese, “AQUARIUS” é um disco interessante; traz boas composições e inspirações, mas de certa forma desliza em algumas composições e em repetições que poderiam ter sido melhores corrigidas pelo artista.
TIME
O artista Franco-britânico Aster Major, lança seu quarto álbum de estúdio intitulado “AQUARIUS”. O álbum que transita entre os gêneros House, Eletrônico e dance tem como conceito a celebração do dance pop, trazendo canções que exaltam as pistas de danças e também aplaudem a trajetória musical do próprio artista. “STANLEY KUBRICK” é uma especie de introdução para o álbum, construída cheia de referências, mostrando a visão do artista sobre o trabalho que nas próximas faixas ele apresentará. É uma forma inteligente de começar o compilado de 12 canções. Logo em seguida, Aster celebra a sua volta ao gênero dance em “CLASSIC”. Em um ritmo dançante ele canta sobre como é voltar para a pista e traz referências a seus trabalhos aclamados no gênero como o seu terceiro álbum de estúdio “Rewind”. A canção tem uma lírica simples e funciona na faixa, nos dando uma bela canção EDM. “LEGENDARY” é a terceira faixa do disco. O Franco-britânico exalta suas conquistas e se apodera da persona de maioral em cada verso da faixa. Utilizando de uma lírica provocativa o artista indaga as pessoas questionando-as se alguém pode ser maior que ele, enquanto também exprime que guardou muito tempo esse grito de exaltação, mas que agora se encontra pronto para gritar para o mundo. Aster entrega uma canção com uma quantidade de amor próprio exagerada, que enriquece o enredo a ser contato nas próximas 9 faixas. A primeira colaboração tem como integrante o grande artista Alec Weaver, intitulada “STUDIO 2069”. É um hino house que cultua ao máximo a liberdade sexual. Com uma lírica instigante os dois artistas nos entregam uma verdadeira transa, cheia de desejo e sem pudor, despidos de qualquer tabu sobre o assunto. É uma faixa poderosa que remete os anos 70/80, com um grande potencial para ser um dos maiores sucessos do ano nas pistas de dança. Introduzindo uma leva de canções mais intimistas, “ORBIT” se apresenta como uma faixa de transição para uma ambientação mais pessoal do artista. Com uma lírica mais refinada e introspectiva que as anteriores, a canção retrata como a música e todas as suas sensações podem fazer com que as pessoas saiam da escuridão, encontrando a luz e esperança de dias melhores. É uma canção linda e vulnerável, mostrando que teremos caminhos fascinantes até o final desse disco. Somos surpreendidos com um instrumental R&B no meio de tantas faixas dançantes até aqui, então começamos a conhecer “WHEN I WAS YOUR MAN”, faixa em colaboração com o britânico Zane. A canção resgata uma lírica que traz nostalgia, ao que parece a letra da canção é inspirada nos primeiros trabalhos do Aster. A canção tem um tom melancólico e aborda de forma um tanto infantil a visão sobre um sentimento não recíproco. Zane entrega um verso matador, sobretudo quando a lírica utilizada e a forma expressiva da canção se assemelha ao dos trabalhos do artista convidado, e acrescenta de modo significativo a canção. A faixa é visceral, odiosa e rancorosa na medida, também sendo uma grande aposta para ser trabalhada futuramente. Em parceria com Danny Wolf e Lee, nasce “GIRLS”. A sétima faixa do compilado explora de forma aberta a bissexualidade do artista principal. Com versos explícitos e sensuais os três artistas se entrosam de forma linear, unindo-se e entregando-nos uma quente canção para uma noite inesquecível e livre. “BODY IDEAL” é mais uma canção quente neste compilado, aqui Major exala sensualidade ao colocar seu corpo como provedor de sentimentos inesquecíveis ao seu parceiro. Em versos explícitos e bem construídos, o artista canta como fazer seu parceiro voar pelos céus repleto de obscenidade, e tira o foco da aparência corporal, afirmando que toda essa experiência é perfeita pela química entre os dois corpos. É uma faixa interessante e provocadora, fazendo com quem a ouve mergulhar em cada verso cantado. “SEX, DRUGS & ROCK N\' ROLL” é uma faixa gostosa de ouvir, o artista canta como pode ser viciante para quem amá-lo e desejá-lo. Com uma letra cativante e chiclete a faixa tem metáforas inteligentes, como ao se comparar com uma estrutura de uma canção, e tem referências claras e que enriquece a narrativa, como ao citar a primeira faixa do projeto. Uma das canções que cativa rapidamente o ouvinte, nos levando para uma pista de dança imaginaria. Como um mantra que encoraja-nos a não desistir e persistir na busca de dias melhores, surge “AURA”. Uma faixa dance poderosa de superação e ajuda, onde nos leva a refletir o quanto podemos ser fortes e capazes de vestirmos nossa melhor armadura e guerrear com o obstáculo, seja qual for ele. Uma faixa leve, descontraída e inteligente, essa é a descrição para “SUGAR”. Aster entrega uma lírica formidável e inteligente em seus versos, a lírica cômica ajuda na criação de uma das melhores ambientações musicais do compilado, por mais que não seja a melhor letra do disco, “SUGAR” conquista o coração do ouvinte, nos fazendo entender que mesmo ele sendo doce e um tanto exibido, não é fácil conquista-lo. Finalizando o álbum, o artista é inteligente e sagaz ao mostrar de forma abrangente quais caminhos te trouxe para a produção desse disco. “BOHEMIA DISCOTHEQUE” é uma escolha precisa e certeira para encerrar toda essa narrativa, nos fazendo conhecer mais um pouco da história de um grande artista. O visual do projeto tem a assinatura do grande produtor Alec Weaver e da produtora em ascensão Tammy. Todo o trabalho é polido, entregando uma fotografia exuberante e um trabalho técnico de alta qualidade, o que talvez seja um ponto negativo é a correlação entre as faixas e a expressividade do encarte, assim não exprimindo tão bem o conteúdo lírico no conteúdo visual. Dito essa observação, podemos dizer que é um dos visuais mais belos do ano, principalmente pela sua capa e contra capa. Por tanto, “AQUARIUS” é um grande álbum house, devolvendo ao dance um grande ícone do gênero. Aster nos prova mais uma vez o quanto é poderoso e perspicaz produzindo e cantando músicas para a pista de dança, gabaritando os requisitos de qualidade lírica encontrados em álbuns conceituais, apenas dançando livremente em uma grande e iluminada discoteca, e não ficando para trás em nenhum momento.

Spin
\"AQUARIUS\" é o quarto álbum de estúdio do cantor franco-britânico Aster Major, lançado em 30 de maio de 2024, o album é uma mistura vibrante de dance-music, electronic e house, o projeto se posiciona como uma celebração e um tributo às pistas de dança e à cultura pop. O álbum é permeado por temas de escapismo, hedonismo, expressão própria, descontração e diversão. Major se propõe a criar uma carta de amor às pistas de dança, ao mesmo tempo em que celebra sua própria carreira. A introdução \"STANLEY KUBRICK\" abre o caminho para uma jornada que homenageia a cultura ballroom, a música dance e a comunidade LGBTQIAP+. O álbum é estruturado de maneira a refletir uma noite nas pistas de dança, começando com a exaltação de sua própria trajetória em \"CLASSIC\" e \"LEGENDARY\". Estas faixas apresentam Major como uma figura que retorna triunfante ao seu trono, aceitando seu sucesso e se tornando invencível. O álbum segue com um trio diversificado: \"BODY IDEAL\", que é erótica e descritiva; \"SEX, DRUGS & ROCK N\' ROLL\", que é perigosa e articulada; e \"AURA\", uma faixa emocionante e épica. Essas canções abordam tópicos anteriormente evitados por Major, mantendo a energia hedonista do álbum. \"SUGAR\" encerra a jornada noturna com uma mistura de humor sádico e sensualidade enigmática. O clímax final, Major \"BOHEMIA DISCOTHEQUE\" homenageia a cultura que influenciou a criação do disco e a sua própria carreira. Major reflete sobre sua carreira, marcada por fracassos, conflitos e traumas, e como ele superou esses desafios. Ele menciona que, ao criar um álbum que o desconectava de sentimentos negativos, ele se tornou vazio e infeliz. No entanto, com \"AQUARIUS\", ele abraça a diversão e a descontração, aceitando que não tem mais nada a provar. Major enfatiza a importância da liberdade, não como algo estudado e ensaiado, mas como uma expressão natural e autêntica. O álbum é, acima de tudo, sobre diversão e escapismo, uma celebração de energia, amor e liberdade. Major transmite essa energia através de suas letras, imagens e visuais, criando um ciclo de boas vibrações que ele compartilha com seu público. Ele celebra a comunidade e a liberdade, marcando um novo capítulo em sua carreira com alegria e paz. Em conclusão \"AQUARIUS\" é um trabalho coeso e bem-executado, refletindo a evolução pessoal e artística de Aster Major ao se libertar de expectativas e pressões, Major entrega um álbum que é tanto uma homenagem à cultura dance quanto uma afirmação de sua própria identidade. Com produção vibrante e uma temática rica, \"AQUARIUS\" se destaca como um marco na carreira de Major, encapsulando uma mensagem poderosa de aceitação, liberdade e celebração.
AllMusic
\"AQUARIUS\", o quarto álbum de estúdio de Aster Major, marca um significativo ponto de virada na carreira do cantor franco-britânico. Lançado em 30 de maio de 2024, sob o selo da gravadora Millennium Music, o álbum mergulha nos gêneros de dance-music, electronic e house. Major, em uma jornada de escapismo, hedonismo e expressão própria, presta uma homenagem vibrante às pistas de dança, à música pop e à comunidade LGBTQIAP+. A abertura do álbum, \"STANLEY KUBRICK\", estabelece um tom cinematográfico e audacioso. Com um monólogo de Billy Porter sobre a cultura ballroom, Major não só presta tributo ao lendário cineasta, mas também define o cenário para uma jornada sonora que mistura mistério e sensualidade. Essa introdução funciona como uma tese para o álbum, sugerindo uma experiência imersiva e utópica. A faixa \"CLASSIC\" celebra o retorno de Major à dance music. Com referências diretas à sua própria jornada musical, Major exalta a liberdade e a reinvenção. A canção é um hino de autoconfiança, mostrando como o artista se sente em casa nesse gênero, apesar das lutas e desafios enfrentados. Em \"LEGENDARY\", Major aborda o amor-próprio e a resiliência. A faixa é uma afirmação poderosa de invencibilidade, onde Major abraça suas cicatrizes e experiências passadas como fontes de força. A abordagem cômica e libertadora desta música destaca a evolução pessoal e artística do cantor. \"STUDIO 2069\" é uma colaboração com Alec Weaver que exala energia e provocação. Inspirada pelos bailes underground e discotecas dos anos 70 e 80, a faixa é um hino à expressão sexual livre e sem julgamentos. Major e Weaver criam uma atmosfera teatral e exagerada, capturando a essência da cultura queer. \"ORBIT\" desacelera o ritmo do álbum, proporcionando uma pausa introspectiva. Major utiliza esta faixa para explorar a busca pela luz e inspiração em meio à escuridão cotidiana. A mensagem de esperança e superação ressoa profundamente, oferecendo um contraste emocional com as faixas mais energéticas. \"WHEN I WAS YOUR MAN\", colaboração com Zane, Major entrega uma balada melancólica de R&B que destoa do restante do álbum, revisitando sentimentos de amor perdido e relacionamentos passados, combinando melancolia com uma batida suave de pista de dança, criando uma experiência emocionalmente complexa. \"GIRLS\", com a participação de Danny Wolf e Lee, é uma celebração aberta da bissexualidade e da sensualidade. A faixa é carregada de promiscuidade e desejo, capturando a essência libertadora da pista de dança e explorando temas de sexualidade de maneira confiante e sem inibições. \"BODY IDEAL\" é uma faixa que exalta a aparência e a energia sexual de Major. Nascida de um momento de dominância e desejo, a música é uma declaração audaciosa sobre o valor do contato físico e a autoconfiança. Em \"SEX, DRUGS & ROCK N\' ROLL\", Major se compara aos prazeres da vida, explorando temas de vício e liberdade. A faixa captura a adrenalina e a excitação associadas ao sexo, drogas e música, apresentando Major em seu estado mais selvagem e intocável. \"AURA\" é uma canção sobre libertação e resiliência. Major usa esta faixa para descrever sua jornada de superação e auto descoberta, oferecendo um hino de esperança e força para aqueles que enfrentam desafios semelhantes. Quase no final do álbum, \"SUGAR\" combina humor e sensualidade. Major se coloca em um pedestal, abordando temas de desejo e obsessão com uma abordagem cômica e mística, destacando sua capacidade de impor limites e manter o controle. A faixa de encerramento, \"BOHEMIA DISCOTHEQUE\", é uma celebração do passado e do presente de Major. Com samples de seu álbum anterior, \"La Vie Bohème\", a música encapsula a jornada do artista, unindo todas as suas versões em uma celebração final de renascimento e inovação. \"AQUARIUS\" é um álbum que celebra a liberdade, a diversão e a autoaceitação. Aster Major conseguiu criar um trabalho que é ao mesmo tempo pessoal e universal, explorando temas de sexualidade, hedonismo e expressão artística com uma confiança renovada. Cada faixa é uma manifestação vibrante da energia e do espírito de Major, resultando em um álbum que não só homenageia as pistas de dança, mas também serve como um tributo à sua própria jornada e evolução como artista.

Pitchfork
Um curto período após o lançamento de seu último disco, o cantor Aster Major nos apresenta seu quatro álbum de estúdio \"AQUARIUS\" com doze faixas em sua estrutura, passeando pelos gêneros House e Pop. \"STANLEY KUBRICK\" introduz o álbum de uma forma simples, com versos pequenos mas que cumprem com o tema proposto pela canção, trazendo uma grande expectativa para o disco em suas demais faixas. \"CLASSIC\" foge totalmente dos clichês noturnos, com versos bem estruturados e com inúmeras referências claras ao seu decorrer, onde seu primeiro verso impacta de forma instantânea. \"LEGENDARY\" é uma faixa clássica onde Aster se auto-preenche com todos os seus feitos, sendo totalmente uma canção de amor próprio, caracterizada principalmente pelo seu refrão cheio de metáforas muito bem utilizadas, aumentando sem dúvidas o repertório aclamado do artista. \"STUDIO 2069\" parceria com Alec Weaver é uma canção bastante redudante, sem uma profundidade clara e com pouco desenvolvimento em geral, o verso de Weaver consegue se sobressair na canção, sendo a melhor parte da canção. \"ORBIT\" segue a premissa do disco, sendo uma faixa extremamente bem escrita e singular, uma das melhores canções apresentadas no disco até aqui, sendo sem dúvidas um single com muito potencial no futuro. \"WHEN I WAS YOUR MAN\" com ZANE apresenta ideias claras e precisas, com metáforas visuais claras, a concepção da faixa é muito boa, com ênfase para o refrão da canção, que passa a vibe pegajosa e criativa, além do verso incrível que ZANE apresenta na canção, a junção dos dois artistas cria uma canção muito boa. \"GIRLS\" com Danny Wolf e LEE é uma canção excepcional, marcada pela tensão sexual presente na letra, os artistas acabam adicionando mais profundidade em toda a canção em si, se tornando uma excelente faixa, com claras referências, o verso de LEE com certeza é uma das melhores partes da faixa. \"BODY IDEAL\" continua a ideia da faixa anterior, aqui Major usa referências ao corpo e toda a atração que sente pela pessoa a qual quer, o primeiro verso da canção é bastante impactante, onde o uso da metáfora de \"um lobo na floresta\" acaba sendo um grande acerto. \"SEX, DRUGS & ROCK N\' ROLL\" é uma canção forte e precisa, seus versos caminham para um lado mais \"obscuro\" e impactante, principalmente em seu refrão, sendo mais um acerto de Aster até o momento. \"AURA\" reflete todas as incertezas pela qual o artista passa, usando a metáfora continua do \"mar\" representando os perigos de sua liberdade, sendo uma faixa extremamente pessoal e impactante, principalmente na parte na qual são citadas figuras mitológicas. \"SUGAR\" é uma excelente faixa em si, com referências claras a banda ABBA a faixa passa muito bem, sendo uma das grandes canções apresentadas no álbum até aqui, seu refrão possui uma ótima execução. \"BOHEMIA DISCOTHEQUE\" faz homenagem ao disco anterior do artista, encerrando o disco de forma exemplar, é uma faixa muito bem feita e impactante, com versos longos que casam muito bem entre si. O visual do disco é bastante completo, apesar de minimalista, consegue passar muito bem, Alec Weaver continua sua parceria com Aster fazendo um excelente trabalho, que combina totalmente com o que é apresentado nas letras do disco. Em suma, Aster Major nos apresenta um excelente disco, quase sem erros e acertando em cheio novamente, provando ser um artista versátil, fazendo um trabalho totalmente diferente de seu disco anterior, trazendo um dos melhores álbuns do ano.