MEANWHILE - Ashford
AllMusic
“MEANWHILE” é um extended play da cantora e compositora Ashford, lançado como uma ponte entre sua antiga e nova eras enquanto artista. Variando entre temas, mas mantendo o caráter confessional pela qual a cantora se tornou conhecida, o projeto oferece um lado mais sóbrio dos pensamentos da pessoa por trás da obra. “Which Chapter? (Intro)” inicia a imersão no EP demonstrando um lado mais direto ao ponto de Ashford, onde ela não embarca totalmente na melancolia, mas também conversa com o ouvinte, ou com o alvo de suas letras; é uma faceta interessante, por mais que inesperada de se ver. “The End of the World” mostra a artista encarando um desmoronar em sua própria vida como um evento catastrófico de proporções mundiais; a autoconsciência que ela demonstra durante os versos em entender que sabe que o sentimento não é tão grande quanto ela faz parecer é seu maior trunfo dentro da narrativa, um ponto alto. “Time”, por sua vez, contém a participação de Jaehyuk, e discute o modo como a passagem de tempo reflete na mudança de pensamentos e crenças dos artistas envolvidos, dando as mãos um ao outro nesse processo de entendimento e formando um dueto agradável e que corresponde às personalidades que os artistas empregam em suas carreiras. “Everything I Want Is Somewhere” relata os sentimentos de falta de conexão de Ashford em um ambiente que deveria ser familiar para ela; sentindo-se deslocada e com a sensação de que deveria estar em lugares que a aceitem melhor, a artista desenvolve sua lírica da melhor forma possível para fazer serviço à narrativa, sendo um dos pontos mais altos do projeto. “A While (Interlude)”, colaboração com Asha, dá ênfase ao pensamento de se estar no meio de um trajeto onde não há definições sobre como a pessoa se sente ou em que parte de sua história ela se encontra. A ideia é descrita e desenvolvida liricamente de forma majestosa, mantendo o nível alto trazido na faixa anterior. “Starfruit” adentra os trabalhos da segunda metade do EP com a noção de que não é possível agradar a todos de uma vez, mas que é possível agradar a si mesma e atrair apenas as pessoas que a entenderam da maneira que ela se porta; a lírica se apresenta de forma diferente das demais, num modo mais de confronto da compositora envolvida. “SciFi” possui uma estrutura mais leve; Ashford relembra situações em que se colocava em histórias hipotéticas para escapar da realidade e lamenta a chegada do momento em que não poderá mais fazer isso, em favor de encarar o futuro que a aguarda. O resultado se torna uma faixa intimista, que não se perde na proposta e ainda a expande. “Petrichor”, canção final do extended-play, reúne as percepções de Ashford ao final da jornada trazida durante as faixas anteriores e compara a chegada e a ida da chuva a momentos de preparação para o que pode vir a seguir na vida do eu lírico; durante seu Outro, ela não poupa palavras para resumir tudo o que pensou nos últimos minutos e o que pretende focar nos próximos passos. Visualmente, “MEANWHILE”, co-produzido por Ashford e Penelope, é simplista, deixando o conteúdo lírico falar mais do que a produção fotográfica, enquanto a tipografia também possui o cuidado de combinar, mas não ultrapassar a proposta oferecida nas entrelinhas, e apesar de se restringir mais do que o necessário, também possui sua efetividade. O resultado final é mais uma imersão na mente de uma das compositoras mais célebres de sua geração, que traz temas universais de forma específica e reduz o ego a uma mera característica dentro dos limites do que escreve.

Spin
Em seu novo lançamento, Ashford aposta em composições que, de forma totalmente intensa e crua, entregam todo o seu sentimento acerca dos últimos acontecimentos na sua vida. O álbum é moldado em composições elegantes, que fazem questão de relembrar o lado mais criativo de Ashford e toda sua competência como letrista. O projeto começa com \"Which Chapter?\", introduzindo um questionamento interno da artista em relação ao seu estado de espírito atual. É uma boa introdução, e nela, Ashford desabafa com o ouvinte de forma casual. \"The End Of The World\", escolhido como primeiro single do álbum, é uma canção inteligente. A faixa expõe de forma clara todos os sentimentos da artista, e também é muito bem estruturada, onde os versos acabam se completando a cada linha apresentada; e o ponto alto da canção é o seu refrão, que é excelente, curto e pontual. Em \"Time\", Ashford mescla seus vocais com Jaehyuk e a química entre os dois sempre é assertiva. Os versos de ambos artistas se conectam, e não deixam a desejar no quesito lírico, e aqui, os dois apresentam versos interessantes e instigantes. \"Everything I Want Is Somewhere\" acaba dando uma enfraquecida no que Ashford estava apresentando até então. Os versos não impressionam como poderiam, e acaba fazendo a música não se destacar entre as demais; todavia, o seu refrão consegue ter seu brilho próprio na canção. \"A While\", interlude com a cantora Asha, mostra uma reflexão importante dentro do álbum, onde a artista expressa em versos curtos, porém inteligentes, toda a sua dúvida acerca do que está acontecendo consigo mesma durante uma crise existencial. \"Starfruit\", por sua vez, é a melhor música do álbum. Ashford usa e abusa de uma metáfora inteligente que só enriqueceu o sentido da sua música. Aqui, Ashford se mostra criativa e seus versos se tornam tão doces quanto mel. Na reta final do álbum, \"SciFi\" faz o ouvinte abraçar as suas memórias ocultas da vida, enquanto Ashford demonstra seus momentos em que esteve perdida entre a realidade e ficção. A música é bem elaborada e não se perde dentro de si mesma. \"Petrichor\" encerra o álbum de forma magnífica e bem elaborada. A faixa apresenta uma versão de Ashford mais consciente de si mesma, ou que espera estar consciente do mundo ao seu redor. A faixa é crescente e mantém toda a sua elegância até o fim. Seu visual é tão minimalista quanto deveria se esperar do \"Meanwhile\". Visualmente o álbum não apresenta algo inovador, mas também apresenta algo totalmente coeso com a proposta apresentada, e de forma limpa e polida, Ashford consegue cativar o seu público geral com um visual mais clean; seu único empecilho aqui é a capa, que poderia ter um apelo visual maior. \"MEANWHILE\" poderia ser um projeto que não acrescentaria em nada na carreira de Ashford, mas toda a sua força lírica faz com que o projeto se torne não só algo importante para a artista, mas também crucial. Ashford conseguiu reforçar seu status de uma das maiores compositoras da atualidade com seus versos honestos consigo mesma em busca de uma realidade confortável para si mesma, e fez com que o \"MEANWHILE\" se destacasse de forma esplendida. Em suma, Ashford entregou um projeto que não reflete apenas a sua realidade, mas também uma realidade que acaba se tornando universal quando comparada ao mundo afora.
TIME
Com seu primeiro Extended Play da carreira, Ashford lança oficialmente o \"MEANWHILE\". O trabalho passeia pela sonoridade do R&B e Pop, contendo oficialmente 8 canções em toda a sua tracklist. O EP conta sobre um momento específico em que a cantora viveu e ainda vive em sua vida pessoal. \"Time\" em parceria com o cantor Jaehyuk, é uma canção que fala sobre o tempo no geral, passando pelo tempo que temos e todo o tempo que perdemos durante a nossa vida inteira. A canção é muito bem escrita e desenvolvida durante seus versos, onde Jaehyuk acrescenta bastante para o universo presente dentro da canção. Os dois artistas combinam de uma maneira espetacular e os versos se completam de uma forma incrível, sendo logo de cara um grande destaque dentro de todo o EP. \"Everything I Want Is Somewhere\" é outra canção muito incrível dentro do trabalho, onde a cantora conta sobre algo em que viveu durante uma viagem que fez para visitar os parentes. A canção é bem curta e objetiva, onde todos os sentimentos da cantora são expostos de maneira sutil e muito bem pensada. Com uma desenvolvimento um pouco maior em alguns momentos a canção seria mais incrível ainda, mas o resultado de agora já é extremamente satisfatório. \"Starfruit\" é uma das melhores composições dentro do álbum, onde toda a energia de Ashford é muito bem colocada dentro da canção, os versos são pequenos mas que contém grande carga lírica necessária para transformar ela em um dos grandes pontos altos dentro do extended play. \"SciFi\" apresenta uma das composições mais sinceras e fortes da carreira da cantora, sendo ela a melhor canção de todo o trabalho. É uma canção curta dentro do EP, mas que consegue passar toda a sua mensagem de maneira incrível. Trazendo versos como: \"Eu me perco nesta 4ª dimensão / Onde eu não defino o que é real ou ficção\", o refrão é um dos pontos altos da canção. Todas as letras são muito boas e sinceras, sendo um grande trabalho de Ashford. Mas, se houvesse um pequeno corte de algumas faixas deixando o trabalho com 6 faixas seria algo muito mais incrível, pois colocaria apenas as melhores canções do trabalho e facilmente seria um dos maiores lançamentos do ano. O visual assinado por Ashford e Penelope é relativamente bem simples e sem grandes artefatos, mas que consegue combinar com a estética mesmo assim. O encarte é muito bonito e as páginas são agradáveis visualmente, sendo um ponto positivo dentro do trabalho. No geral, \"MEANWHILE\" apresenta canções muito bem escritas por Ashford e que fluem muito bem dentro do conceito do EP. É um trabalho que deve ficar marcado dentro da carreira da cantora mesmo após anos, onde mesmo que haja pequenos erros por conter uma tracklist um pouco longa demais, o trabalho é muito sincero e interessante, mostrando o porquê de Ashford ser uma das maiores compositoras da história da indústria musical.

The Boston Globe
“MEANWHILE” é o nome do primeiro extended-play lançado pela cantora-compositora Ashford. Trazendo um novo projeto com 8 faixas inéditas e de sonoridade R&B e Pop, o novo EP da artista busca explorar a fundo um período de estagnação de sua vida, pela perspectiva interna. “Time” em parceria com o cantor Jaehyuk é um grande destaque dentro do projeto, a faixa que aborda sobre a passagem do tempo com relação a vida contém uma grande carga emocional para aqueles que se identificam com a perspectiva dos artistas, para um ouvinte, nostálgico que seja, será uma canção visceral sobre as suas mais profundas indagações sobre as mudanças de temporadas de uma vida breve, através de uma lírica refinada, os artistas entraram em harmonia ao desenvolver um belo trabalho. “Everything I Want Is Somewhere” é outro destaque do extended-play de Ashford, a canção que aborda um sentimento de estranheza e deslocamento do eu-lírico com um cenário o qual já estava habituado por toda sua vida, agora não se sente mais seguro e confortável, se encontra no meio de uma situação interna conflitante com relação ao seu futuro e a mudança de seus sentimentos para com a vida que se tem. “A While (Interlude)” em colaboração com Asha é mais um destaque do projeto. Apesar de ser um breve interlúdio, é peça chave para o entendimento e contextualização do ouvinte com relação a toda temática do projeto. A faixa representa, sob análise, um eu-lírico em uma crise existencial, indagando sobre todas as coisas ao seu redor e a falta de sentido em que se encontra, tantas dúvidas que permeiam o seu cotidiano estagnado e uma certa falta de esperança para encontrar as respostas e significados. Visualmente é um projeto bem trabalhado, não foge de algo simples, entretanto não sendo um ponto negativo. O extended-play carrega uma produção visual que condiz com sua clareza, polidez, sinceridade e principalmente a temática abordada no projeto. Por fim, “MEANWHILE” é um ótimo EP, é sincero e muito bem trabalhado, Ashford nos entrega um trabalho digno de seu nome e apenas nos deixa mais esperançosos por um futuro novo álbum em sua discografia. Enquanto isso, temos em mãos um ótimo projeto para reflexão da vida.

Rolling Stone
Conhecida pela sua forte lírica e notório apelo emocional, Ashford presenteia o mundo com mais um projeto, o seu primeiro extended-play, \"MEANWHILE\". O projeto é uma exploração cativante dos momentos intermediários da vida, atingindo um nível profundo com sua profundidade e complexidade. A intro do álbum, “Which Chapter?”, não é apenas uma faixa falada, mas uma reflexão pessoal que parece quase como se Ashford estivesse sentado à sua frente, compartilhando seus sentimentos de estagnação e a busca universal por significado. Ela define o tom do álbum, como dito pela própria, fazendo você refletir sobre as pausas e transições de sua vida. “The End Of The World” é muito forte com seu retrato cru do tédio existencial. A letra descreve vividamente a sensação sufocante de estar preso no tempo enquanto todo mundo segue em frente. É melodramático, sim, mas profundamente identificável. “Time” é uma faixa que se destaca. As perspectivas duplas sobre como valorizamos e desperdiçamos nossos momentos são brilhantemente justapostas. O anseio de Ashford por uma vida mais dinâmica é palpável, especialmente quando contrastado com o desejo de Jaehyuk por paz e escapismo. “Everything I Want Is Somewhere” capta com perfeição o desconforto de estar em um lugar que deveria parecer um lar, mas não parece. A jornada metafórica em que Ashford nos leva traz reflexões sobre os nossos próprios sentimentos de deslocamento durante visitas a lugares familiares. Sua percepção de que o que ele precisava estava em outro lugar era ao mesmo tempo reconfortante e um pouco perturbadora. “A While”, com a participação etérea de Asha, é um interlúdio crucial que resume o tema central do EP. Apesar de ser curto, deixou uma impressão duradoura, ecoando as transições entre o “antes” e o “depois” que todos nós experimentamos. “Starfruit” é intensamente pessoal e introspectiva. A letra mergulha na luta de Ashford com a autoaceitação, capturada perfeitamente na metáfora da carambola - simultaneamente doce e azeda, refletindo o desafio universal de permanecer fiel a si mesmo em um mundo que exige conformidade. “SciFi” te leva de volta à minha infância, com seu retrato do uso da imaginação como um refúgio da realidade. A letra, que descreve como Ashford se perdia nas histórias que criava, parecia um aceno para todos nós que fugimos para nossas mentes para lidar com a monotonia da vida. O despertar descrito na música é tanto uma dura verificação da realidade quanto um abraço reconfortante do mundo real. Por fim, “Petrichor” une tudo com sua bela metáfora para encontrar significado nas fases de transição da vida. Escrita em um dia chuvoso, a letra evoca o cheiro de terra molhada, simbolizando a clareza e o propósito que emergem da confusão. Essa faixa parece ser o coração do álbum, oferecendo uma profunda sensação de encerramento e esclarecimento. Seguindo em frente após a jornada fortemente carregada de emoções, o visual do projeto, embora simples e as vezes um pouco cansado, capta perfeitamente as energias, as cores e toda o conceito que esse trabalho queria passar. A jornada de Ashford nesse álbum é um reflexo de nossas próprias lutas e realizações, tornando “MEANWHILE” uma experiência profundamente pessoal e universalmente ressonante.

Variety
\"Meanwhile\", o primeiro EP de Ashford, é um trabalho que reflete profundamente as emoções e experiências de uma artista em um período de transição. O título é uma alusão ao estado de estagnação que Ashford sentiu após dezembro de 2023, um momento onde esperava mudanças significativas que não ocorreram conforme o esperado. Este EP se torna uma exploração musical e lírica desse intervalo, ou \"enquanto isso\", onde a vida se desenrolava de maneiras inesperadas. A faixa de abertura, \"Which Chapter?\", apresenta uma gravação falada que contextualiza o estado emocional de Ashford no início de 2024. A sensação de estar presa em um momento específico e a frustração de não avançar são temas centrais. A decisão de utilizar uma abordagem freestyle dá um toque pessoal e íntimo, como se estivéssemos ouvindo os pensamentos mais privados da artista. Como single principal, \"The End of the World\" encapsula o tédio e a estagnação que Ashford sentiu. A letra reflete uma desesperança melodramática, mas genuína, onde a repetição e a falta de progresso são vistas como um fim de mundo pessoal. A música aborda a desconexão entre a experiência interna da artista e o movimento contínuo do mundo exterior, criando um contraste poderoso. \"Time\" oferece uma perspectiva dual sobre o uso e a percepção do tempo. A colaboração com Jaehyuk adiciona uma dimensão extra, contrastando o desejo de Ashford por dinamismo com a busca de Jaehyuk por paz e escapismo. Essa dualidade sublinha a ideia de que as experiências e os desejos humanos são frequentemente opostos, mas igualmente válidos. A canção \"Everything I Want Is Somewhere\" trata do desconforto em um ambiente familiar, explorando a tensão entre o conforto esperado e o desconforto real. As metáforas utilizadas ajudam a ilustrar a jornada interna da artista em busca de algo que preencha o vazio que sente, mesmo que isso signifique reconhecer que as respostas não estão onde ela esperava. Servindo como interlúdio, \"A While\" com os vocais de Asha, traz uma reflexão sobre o conceito central do EP – o período entre o antes e o depois. Apesar de sua brevidade, a faixa é fundamental para entender a narrativa de \"Meanwhile\", conectando os temas abordados nas outras músicas e preparando o terreno para a conclusão do projeto. Em \"Starfruit\", Ashford utiliza a carambola como metáfora para explorar a complexidade de sua autoimagem e como é percebida pelos outros. A dualidade da fruta – doce e azeda – reflete a aceitação de suas próprias qualidades e defeitos. A música é uma crítica à pressão para agradar a todos e uma afirmação da autenticidade pessoal. \"SciFi\" mergulha na tendência de Ashford de escapar para mundos imaginários como uma forma de lidar com a monotonia da realidade. As metáforas de ficção científica são usadas para descrever a evasão mental e a eventual necessidade de retornar à realidade. Esta faixa destaca a luta entre o conforto da fantasia e a necessidade de enfrentar a vida como ela é. Encerrando o EP, \"Petrichor\" é uma poderosa analogia para encontrar significado nos momentos intermediários da vida. O cheiro de terra molhada após a chuva simboliza a clareza e o propósito que emergem dos períodos de transição. A canção recapitula os temas abordados anteriormente e enfatiza a importância de encontrar valor em todas as experiências, boas ou ruins. \"Meanwhile\" é um projeto coeso e introspectivo que captura a vulnerabilidade e a honestidade de Ashford durante um período de incerteza e auto-reflexão. Através de suas letras sinceras e produção meticulosa, o EP oferece uma exploração emocional profunda dos sentimentos de estagnação e a busca por propósito, tornando-se uma peça significativa em sua discografia.
All Music
O Extended-Play \"MEANWHILE\" da cantora Ashford é uma obra introspectiva que explora temas de estagnação, busca de sentido e autoconhecimento através de uma narrativa pessoal e emocional. O título do projeto, que remete a um período de transição, encapsula a essência das canções, refletindo um momento de espera e transformação na vida da artista. \"Which Chapter?\" - A faixa introdutória é uma gravação falada que se baseia em conversas reais da artista com amigos, adaptadas em forma de freestyle. Esse recurso confere autenticidade e um toque pessoal à música, permitindo que os ouvintes se conectem diretamente com as emoções e experiências de Ashford no início de 2024. A sensação de estagnação e a busca por um novo sentido na vida são temas universais, tornando a faixa relevante para muitos. \"The End Of The World\" foi escolhida como single carro-chefe do EP, essa canção aborda o tédio e a sensação de estar presa em um único momento, enquanto o mundo continua a girar. A combinação de melodrama e uma narrativa sincera sobre a desilusão pessoal cria uma faixa potente, capaz de ressoar com qualquer pessoa que já se sentiu fora de sincronia com o ritmo da vida ao seu redor. \"Time\" parceria com Jaehyuk aborda diferentes perspectivas sobre o uso do tempo, esta faixa destaca o desejo de dinamismo da artista e a busca por conforto e escapismo de Jaehyuk. A dualidade apresentada na canção oferece uma reflexão profunda sobre como valorizamos e utilizamos nosso tempo, sublinhando a relatividade das experiências humanas. Em \"A While\" interlude com os vocais de Asha, sintetiza o conceito do EP, representando o intervalo entre o antes e o depois. Apesar de sua brevidade, é uma peça central que reflete a mensagem do projeto, conectando os temas das faixas anteriores e preparando o terreno para a proxima canção. Fechando o EP, \"Petrichor\" utiliza o cheiro da terra molhada como metáfora para os momentos de transição na vida. A canção encapsula a mensagem central do projeto: encontrar significado em todas as experiências, inclusive nos momentos de espera e incerteza. Esta faixa é a chave que amarra todo o conceito de \"MEANWHILE\", proporcionando uma conclusão esclarecedora e esperançosa. Os visuais assinados pela produtora Penelope complementam o extended-play com uma estética crua e transparente, utilizando reflexos para representar a divisão entre o antes e o depois de forma contínua. Essa escolha visual reforça a sensação de estagnação e transição que permeia o EP, criando uma experiência visual que enriquece a narrativa projeto. em conclusão \"MEANWHILE\" é um projeto coeso e introspectivo que oferece uma janela para o estado emocional de Ashford durante um período de espera e transformação. As letras honestas, as metáforas poéticas e a produção visual cuidadosa convergem para criar um EP que não só retrata a jornada pessoal da artista, mas também ressoa com qualquer pessoa que já se sentiu à deriva entre fases da vida. Ashford utiliza sua música como um meio de autoexploração e conexão, proporcionando aos ouvintes um reflexo de suas próprias experiências e emoções.
Los Angeles Times
Ashford nos apresenta “MEANEHILE”, seu primeiro Extended Play. O compilado tem 8 faixas e um total de 36 minutos, que passeiam pelo R&B e pop com maestria. O EP traz como conceito o tempo e as fases que vivenciamos durante nossa caminhada. O projeto se inicia com a a intro intitulada “Which Chapter?”. A intro é interessante e genial, trata-se de uma conversa que a artista teve com seus amigos próximos e decidiu transformá-la em um freestyle para ser a abertura do seu Extended Play. Ashford se arrisca nessa abertura e traz com ela o sentimento de estagnação, e relata que passa por um momento onde ela não consegue focar em nada, a não ser em tentar deduzir como será o futuro, na espera que ele seja melhor. Ashford foi inteligente em trazer esse tipo de abetura, não só por surpreender com um freestyle, mas também porque essa conversa franca aproxima quem ouve seu álbum da artista, fazendo o ouvinte mergulhar na história que será contada durante essas 8 faixas. “The End Of The World” é a segunda faixa, nela Ashford traz um sofisticado R&B que é o complemento da ousada intro. A lírica utilizada é refinada e a construção de tempo da canção certeira, Ashford mostrando o melhor da Ashford logo no início do compilado. A terceira faixa, “Time”, é uma parceria com o grande astro asiático Jaehyuk. A canção trás a visão de duas pessoas sobre o Tempo, como utilizamos ele e o que perdemos com nossas escolhas nessa utilização. A canção é interessante porque temos duas abordagens, a primeira é a busca pela aceleração da rotina e a outra a busca pela desaceleração. Os versos dos artistas mesmo tendo esse contraste se casam muito bem, sendo uma ótima escolha para um futuro single. “Everything I Want Is Somewhere” é uma faixa de questionamento, e isso Ashford deixa de forma clara em sua lírica. Ao percorrer da canção percebemos uma luta interna do eu lírico para entender porque o local que deveria trazer uma ambientação de conforto, não o faz mais se sentir confortável. A canção é estranhamente boa e nos faz entrar nesse questionamento com o eu lírico. “A While” uma interlúdio traz os vocais suaves no início da sua execução, é uma ótima colocação no compilado trazendo uma grande síntese do que estamos encontrando durante as faixas. “Starfruit” talvez traga a construção mais criativa entre as 8 faixas, nessa faixa as metáforas são inteligentes e sutis, a lírica empregada é ácida em uma certeira dose, nos fazendo entender um pouco mais de quem é Ashford para ela mesma e para a indústria. “SciFi” é a sétima faixa do compilado, e traz uma visão menos sóbria e mais lúdica dos fatos. O eu lírico aqui nos conta como as vezes se é preciso usar de imaginação para escapar da realidade monótona. A faixa tem uma lírica mais simplória que as faixas anteriores, mas funciona bem com a ideia da canção. “Petrichor” é a melhor escolha que Ashford poderia ter para finalizar seu compilado. A canção traz a reflexão sobre tudo ter um propósito, e que eles só estão esperando serem encontrados, e assim você poder começar a entender as coisas de uma forma melhor. O refrão é pequeno, mas traduz de forma certeira a mensagem que a canção quer nos passar. Nos fazendo entender as fases vividas pela Ashford durante o período narrado nas canções. No visual do compilado, Ashford novamente trabalha com a renomada produtora e estrela pop Penelope. É um grande acerto, e pode ser definido como um colar de pérolas. Porque é simples, não sendo chamativo e brilhante como uma super produção, mas é belo e refinado da mesma forma. Assim como um colar de pérola que não brilha como o ouro, mas é belo e sofisticado quanto. Penélope acerta em cada detalhe, entregando um visual impecável e que casa com o conceito do Extended Play. Em sumo, “MEANEHILE” nos mostra o que Ashford tem de melhor a nos entregar. Com faixas classudas e contendo uma lírica acima do normal, passamos a conhecer o que Ashford vivenciou por esses últimos meses. Ashford conta com maestria sobre sua vida, mas faz o ouvinte se enxergar nas suas canções, pois todo ser humano já se deparou com o dilema cantando durante as 8 faixas.

American Songwriter
Após o imenso sucesso do início da sua nova era, Ashford coloca-se em um sentimento mais puro de reflexão com “MEANWHILE” — extended-play que mostra a artista em um momento de incerteza, mas tal incerteza a inspira a documentar todas essas vivências de uma forma única, algo muito positivo. “Which Chapter (Intro)” captura Ashford em um momento onde a mesma se sentia estagnada, presa e sem muita perspectiva. Os dois versos que a compõe são bem diretos e reflexivos, e criam uma boa atmosfera para “The End of the World”, a faixa seguinte. Essa faixa em si segue muito da Intro, aqui colocando o sentimento de estar preso a esse momento de uma forma mais forte. A faixa traduz muito bem o sentimento da artista, principalmente a angústia e essa parte mais catastrófica dos seus sentimentos e visões. “Time”, com participação de Jaehyuk, também é um triunfo no projeto. A combinação dos dois artistas, tanto pelos sentidos distintos dos seus versos, conseguem conversar bem com o ouvinte e montam uma linha de pensamento poderosa. “Everything I Want Is Somewhere” continua o projeto narrando uma viagem da artista para ver parentes seus. Com um sentimento misto entre conforto e desconforto, isso é muito bem executado na sua letra, trazendo a faixa um sentimento único, principalmente em seu segundo verso. “A While (Interlude)”, com participação de Asha, narra o sentimento do que está entre o antes e o depois. Os versos são bem colocados e bem escritos, e cumprem muito bem o objetivo de mostrar-se como o centro do projeto. “Starfruit” mostra o caminho de Ashford diante como suas ações e sua essência pode ou não agradar aos outros, e em como no final ela prefere ser verdadeira a si mesma. É uma canção incisiva, por vezes ácida e passivo-agressiva. É o maior destaque do projeto, sem dúvidas. “SciFi” retrata bastante sobre escapismo, principalmente no contexto de tédio e de espera na vida da artista. É uma faixa verdadeiramente bem imaginativa, e consegue fluir muito bem entre as outras do projeto. “Petrichor” finaliza talvez com a maior reflexão do projeto, aqui mostrando ao ouvinte e a si mesma que para tudo na vida há algum significado, e nosso desafio é o buscar. O visual, produzido por PENELOPE, é bem editado e funciona muito bem com a aura reflexiva do projeto, com uma tipografia delicada e fotografia em um ponto bem definido. Num geral, “MEANWHILE” segue mostrando ao ouvinte que Ashford sabe definir muito bem o que sente e sabe aplicar isso a sua carreira como nenhum outro, entregando um projeto conflitante de uma maneira exitosamente positiva.

The Line Of Best Fit
Um tempo após o lançamento do aclamado álbum \"MeLTdOwn\", a cantora Ashford nos apresenta seu mais novo Extended Play \"MEANWHILE\" com oito faixas em sua composição. Introduzindo o trabalho, \"Which Chapter? (Intro)\" é uma interlúdio muito bem estruturada e idealizada, com uma história muito emocionante e impactante, abrindo de forma muito louvável o trabalho em geral. \"The End Of The World\" é uma faixa muito bem escrita em geral, aqui Ashford mostra o seu poder como compositora utilizando inúmeras metáforas bem impactantes e únicas, sendo uma ótima escolha de single para o projeto. \"Time\" com Jaehyuk traz uma conexão única entre ambos os artistas, aqui a história é muito bem explicada em geral, com ponto alto para o refrão da canção e o verso incrível de Jaehyuk na faixa, que adiciona muito. \"Everything I Want Is Somewhere\" é uma canção muito impactante e de rápido entendimento, aqui Ashford nos entrega todos os seus sentimentos e explora os mais diversos lados de si mesma, fazendo uma clara referência ao seu passado, com versos que se interligam muito bem. \"A While (Interlude)\" com Asha evoca os ouvintes para uma experiência única do que ainda vem no projeto, com linhas muito bem construídas e uma ideia incrível da criação da interludio. \"Starfruit\" usa uma metáfora extremamente sábia do gosto de \"carambola\" onde a artista usa disso para dizer que pode ser doce e/ou azeda, que não pode agradar todos em sua volta, a faixa é muito bem feita e com ênfase para seu refrão que é seu ponto alto. \"SciFi\" possui um nome muito interessante pela criatividade de abreviação do termo \"Science Fiction\", a faixa é muito bem estruturada e pensada, apesar de não ter um refrão tão impactante como os demais versos, consegue ser uma canção excelente. \"Petrichor\" é uma faixa que adiciona muita qualidade ao projeto, aqui Ashford entrega tudo de si e uma das melhores canções do ano, que sem dúvidas é uma grande aposta para categorias principais de premiações no futuro, caso a artista decida trabalhar a canção como single. O visual do projeto é simples, mas que com a proposta que o projeto quer passar, as cores usadas combinam muito com a ideia, apesar da escolha das fontes usadas não ser a melhor. Em suma, Ashford apresenta um projeto muito bem trabalhado desde seu início até o final, sendo um dos projetos mais lindos do ano, com ênfase para suas letras extremamente emocionantes e significativas, de impacto imediato.