The Hercules Show - HERCULES
All Music
\"The Hercules Show\" marca a estreia do cantor e compositor HERCULES com um álbum ao vivo gravado em Toronto, no Canadá. É um projeto singular composto por apresentações ao vivo dos quatro singles do artista nos últimos três anos, além de cinco faixas inéditas, sendo assim nove músicas que capturam a essência vibrante e autêntica do novo artista em um ambiente ao vivo. A construção deste álbum ao vivo reflete a visão artística de HERCULES, que valoriza a autenticidade do som orgânico e a interação imediata com o público. Segundo o cantor, ao optar por lançar seu primeiro álbum desta forma, ele estaria desejando compartilhar sua música da maneira mais vibrante e sincera possível, permitindo que os arranjos e as letras fossem ouvidos exatamente como imaginava, em um cenário de performance ao vivo. Talvez a escolha de um álbum ao vivo como primeira aposta não tenha sido tão certeira, apesar da sua justificativa, uma vez que peca em trazer uma identidade e potência para um artista novo que ainda precisa achar o seu lugar na indústria, além de trabalhar com mais cuidado sua imagem. Porém, em termos de gênero musical, o \"The Hercules Show\" apresenta uma mistura cativante de elementos Pop, R&B e Indie, com toques de Rock em algumas faixas. O conceito geral do álbum é de oferecer uma experiência emocionante, onde as letras possam ganhar vida em cima do palco, envolvendo os ouvintes em uma jornada sonora de energia. Embora seja seu primeiro trabalho na indústria musical, HERCULES demonstra uma maturidade artística surpreendente, sobretudo na coesão das letras dessa obra. Sua abordagem criativa e desenvoltura são evidentes ao longo das faixas, que, apesar de flertar com temas populares e clichês, mantém uma identidade masculina jovial, algo que não vimos tão forte no mercado desde o Noan Ray e o Petter. Este lançamento é uma declaração até um pouco ousada de intenções, mostrando que HERCULES está pronto para conquistar seu espaço com músicas temáticas, apesar das tendências do gênero. De fato a falta de um disco robusto e que ressalta a potência do artista faz muita falta aqui, principalmente na formação da sua personalidade enquanto cantor e compositor. Faixas como “Postcard”, que já conhecemos, e a inédita “Imposter Syndrome” são os dois acertos do álbum, mesmo que ainda imaturas. São mais completas e envolventes, embora clichês mas que aqui não se prende muito a isso. Letras simples e com construções não tão cativantes fazem do disco ter um desenvolvimento morno e carecendo de uma atenção maior, o que claramente é esperado e que pode ser alcançado pelo potencial já observado que o artista possui. Sendo assim, \"The Hercules Show\" é uma apresentação um tanto quando inesperada e impressionante de um novo talento na indústria musical. Com uma abordagem tímida, HERCULES ainda sim se destaca por sua criatividade e habilidade em conectar-se com seu público, mesmo não sendo bem aproveitada como deveria. Este álbum é o pontapé de um futuro promissor que nos deixa ansiosos pelo futuro brilhante reservado para este jovem. HERCULES tem uma habilidade que ainda precisa ser lapidada, mas que já é possível notar as faíscas de um talento promissor e uma postura ameaçadora para se tornar um dos rostos da próxima geração.

The Boston Globe
Em seu primeiro álbum de estúdio, Hércules aposta em um verdadeiro show ao vivo para entregar suas primeiras nove músicas inéditas. Em meio a composições com metáforas inteligentes e composições confusas, o artista mostrou um talento para composição que precisa ser lapidado com cautela para não parecer mais confuso do que realmente deveria ser. O álbum abre com \"Everything Now\", sendo uma composição expressiva sobre os sentimentos do cantor em relação a solidão e se sentir aprisionado de certa forma. A música transcreve bem todos os seus sentimentos e seus versos são bem elaborados. \"The Change\" contém versos interessante, mas segue uma narrativa que que não leva a lugar nenhum, se tornando bastante confusa. A música começa de uma forma, mas ao chegar no pré refrão, tudo fica confuso e não dá para saber a real intenção de Hercules com os versos além de um desabafo sobre o mundo afora. \"Lips\" mostra um lado mais sensual, e seus versos conduzem bem o ouvinte; mas definitivamente a abordagem atrevida não combina na sequência com a anterior. \"The Final Match\" contém uma mensagem de confiança, ao mesmo tempo que serve como uma crítica direta aos estereótipos que seguimos para agradar, mas que também soa bastante intrigante como \"The Change\". \"Postcard\" contém versos interessantes e narram bem uma crítica social para o mundo robótico que vivemos nas redes sociais, e os versos impressionam pela delicadeza de Hercules ao se expressar, sendo o ápice da sua lírica no álbum. \"Good For You\" contém uma narrativa mais frágil e não apresenta crescimento, sendo a música mais fraca em composição. \"Imposter Syndrome\" mostra em versos mais cativantes os pensamentos sobre se sentir um impostor, não importa onde esteja; e também como seus problemas se tornaram maiores. A faixa expressa bem, mesmo que pudesse ter uma lírica mais forte. \"Nothing is Pink\" contém uma mensagem bastante importante sobre as expectativas em relação ao mundo e como isso afeta o artista. A música contém versos inteligentes, e o refrão se destaca como ponto alto da canção. O álbum encerra de forma crucial com \"Everything Now II\", sendo uma faixa de encerramento que fala sobre o quanto o mundo está obcecado em querer tudo a todo momento. A lírica da faixa é básica, porém direta ao ponto. Seu visual é a parte mais fraca do álbum e a decisão de fazer um álbum live como seu álbum de estreia, com músicas inéditas, não foi o maior triunfo de Hércules. O visual mais fraco acaba tirando todo o brilho do seu trabalho, fazendo que o artista acabe passando despercebido, mesmo tenha um certo pulso para compor versos interessantes. \"The Hercules Show\" é melhor do que realmente parece, e inferior ao que poderia ter realmente sido; mas mostra que Hercules tem uma certa desenvoltura para composição que se for desenvolvida de forma correta, tanto para melhor entendimento do ouvinte quanto para estruturar melhor as suas canções, Hércules tem um grande futuro na música.

Pitchfork
\"The Hercules Show\" marca a estreia tão aguardada do cantor canadense HERCULES, e ele não decepciona. Este álbum ao vivo, composto por nove faixas, oferece uma visão íntima da jornada emocional e artística do artista. Começando com \"Everything Now\", somos imediatamente transportados para a mente inquieta de HERCULES, enquanto ele reflete sobre a busca incessante por liberdade em um mundo imediatista e acelerado. É uma entrada cativante que estabelece o tom para o resto do álbum. No entanto, nem todas as faixas atingem o mesmo nível de profundidade. \"The Change\" parece um pouco redundante em sua abordagem, embora toque em temas importantes sobre a luta contra os padrões destrutivos. Felizmente, \"Lips\" traz uma mudança bem-vinda, explorando o desejo e a paixão com uma narrativa envolvente e cativante. Enquanto algumas faixas, como \"The Final Match\", podem parecer menos inspiradas, outras se destacam com sua perspicácia e relevância. \"Postcard\", por exemplo, oferece uma observação perspicaz sobre a desconexão nas relações modernas, enquanto \"Good for You\" mergulha nas complexidades dos desejos e dúvidas do artista como parceiro, demonstrando sua habilidade de composição. Embora \"Imposter Syndrome\" e \"Nothing is Pink\" continuem a narrativa emocional do álbum, algumas faixas podem falhar em desenvolver completamente seus pontos. No entanto, a conclusão reflexiva de \"Everything Now II\" encerra o álbum de forma poderosa, refletindo sobre a insatisfação humana em meio a uma sociedade consumista. Apesar das variações em qualidade, o álbum mantém uma certa coesão temática, proporcionando uma experiência auditiva coesa e envolvente. A escolha ousada de lançar um álbum ao vivo como estreia demonstra a autenticidade e o potencial artístico de HERCULES, embora o visual do álbum pudesse ter sido mais elaborado para complementar a riqueza das letras e performances. Em suma, \"The Hercules Show\" é uma estreia sólida que deixa os ouvintes ansiosos por mais. É um testemunho do talento emergente de HERCULES e uma promessa do que está por vir em sua carreira musical.

Spin
“The Hercules Show” é o primeiro álbum de estúdio do cantor canadense HERCULES, lançado em Abril de 2024. Sem conceito definido além de que o projeto compila nove canções do artista em um ato ao-vivo, “Everything Now” é a primeira canção. É uma canção bonita e bem escrita, narrando a vida do artista e seus aspectos amorosos e as ambições dele e das outras pessoas ao seu redor. Mesmo que seja uma faixa clichê, é interessante. “The Change” é bem confusa; sua estrutura não funciona muito bem, e isso gera uma faixa que poderia ser muito boa, mas aqui fica extremamente mediana. “Lips” é uma boa canção, os versos são bem detalhistas e o refrão funciona muito bem. Aqui, o artista adota uma posição mais sexual, algo que não tinha sido abordado até aqui. “The Final Match” segue um caminho mediano; parece muito parecido com o que já estava sendo visto, e a letra não parece levar a algum lugar em si. “Postcard” é bem ingênua e inofensiva, o que significa que sua presença no disco foi algo bem indiferente. É uma canção bem comum e com pouco brilho. “Good for You” é uma canção bem escrita e com bons pontos, incluindo os versos. É talvez a melhor da listagem de faixas até agora, e aborda o desejo de HERCULES em prover coisas a um possível parceiro, perguntando então se isso seria suficiente para ele. “Imposter Syndrome” também se assemelha muito às outras, e no final não ajuda tanto na composição do projeto, sendo uma faixa que é “carregada” pelos versos, os quais se assemelham mais ainda. “Nothing is Pink” é uma faixa interessante mas confusa, com versos bons mas que em certos momentos não seguem tão bem os outros. “Everything Now II” finaliza o projeto com um sentimento misto; é uma faixa boa, mas não parece ser tão impressionante, principalmente pela sua estrutura que soa densa/confusa. O visual, produzido pelo próprio, é muito simples e com pouco conteúdo. Não se consegue imergir na experiência ao-vivo de uma forma legal, principalmente pela escolha de fotos junto a edição extremamente limitada do encarte e da página em si. Num geral, “The Hercules Show” é um projeto de estreia tímido; possui bons momentos, mas outros totalmente dispensáveis.
Los Angeles Times
HERCULES lança seu primeiro álbum de estúdio intitulado de “THE HERCULES SHOW” com uma abordagem diferente ao se tratar de um álbum ao vivo baseado no seu último ano em turnê. Passeando por faixas que conversam sobre amor, reflexões internas dentre as 9 faixas presentes. O projeto tem seu pontapé em “Everything Now”, faixa previamente conhecida pelo público com proposta de abordar as consequências de se viver sob o imediatismo em nossa contemporaneidade, sendo um índio extremante de alto nível, com muita personalidade. A segunda faixa é “The Change” e, aqui o canadense aborda a perspectiva sobre novos ciclos, novas descobertas e novas decisões, costurando a sensibilidade as aflições de mentiras e o passado continuarem como a frequência em sua vida. “Lips”, é uma faixa sobre amor e narra o desejo de se conquistar os lábios de outra pessoa, enquanto “The Final Match” pode-se dizer que serve de “conclusão” para a faixa anterior, ao sintetizar e descrever uma situação onde a inquisição pela conquista de um certo alguém. “Postcard” é sobre a ausência da figura em carne e osso, quase que uma canção sobre a hipérbole de se estar atrás de uma tela quando se tenta construir relações, sendo um grande destaque dentro do projeto. “Good for You” e “Imposter Syndrome” são faixas completamente diferentes, mas que funcionam em conjunto ao descreverem os desejos e os benefícios de ser a pessoa certa para o receptor da mensagem na primeira faixa, ao mesmo tempo que na segunda, a crise com sua própria personalidade é abordada. Outros dois grandes destaques do disco. “Nothing is Pink” é outra faixa já conhecida do público, onde o cantor utliza metáforas com cores para descrever os sentimentos, onde seria um risco por ser um conceito clichê bastante conhecido na indústria, mas que aqui funciona. Para encerrar o disco, temos “Everything Now II”, como conclusão em relação com a primeira faixa do disco, amarrando a narrativa abordada durante todo o projeto, ainda pontuando os mesmos preceitos e conceitos de seu início. Sendo uma ótima faixa para concluir o disco. Sobre a parte visual, não temos grandes invocações ou um projeto ambicioso ou ousado, tendo um encarte simples mas que funciona para a proposta, mesmo que ainda exista lacunas para que fosse melhor explorado. Em conclusão, “The Hercules Show” é interessante e muito mais complexo do que se possa imaginar para um álbum com suas faixas inéditas tendo sido lançadas em versões ao vivo. Uma ótima estreia para a carreira de Hercules.
TIME
O estreante na indústria HERCULES deu o pontapé inicial em sua carreira com seu primeiro registro ao vivo de suas canções já conhecidas pelo público e cinco inéditas. O projeto “The Hercules Show” pode ser visto como uma estratégia muito interessante para promover seu nome enquanto “new artist”, algo similar ao que Alex Fleming fez em seu início de carreira. O LP começa com “Everything Now”, que impressiona pela sua construção e exploração de temática temporal. Em “The Change”, o ouvinte é levado a explorar junto de HERCULES uma visão introspectiva de seus próprios receios, desgostos e mágoas, sendo um highlight interessante. \"Lips\" se apresenta como uma composição, no mínimo, instigante. Há um tom sensual, mas nada muito discrepante, oscilando entre o desejo e o sentimento de perda. “The Final Match” não empolga muito. Possui uma composição mais simplória sobre a temática envolvida na letra e acaba despercebida dentro do projeto. “Postcard” e Nothing is Pink”, dois de seus maiores sucessos, são destaques no disco que contempla mais os aspectos de composição das letras. Por outro lado, \"Good for You\" introduz uma dicotomia de desafio entre os parceiros do eu-lírico, mas carece de textura e profundidade. “Imposter Syndrome” acompanha a narrativa do disco no qual o cantor já vinha abordando e possui uma letra interessantemente coesa dentro de seus próprios aspectos. “Everything Now II” não acrescenta muita coisa no projeto, é elabora as habilidades de HERCULES em compor faixas bucólicas e emotivas. O quesito visual é uma grande perda para cantor nesse projeto. O visual do álbum, produzido pelo próprio artista, apresenta imagens do show onde o disco foi gravado ao vivo, mantendo um encarte tradicional de álbum ao vivo, sem elementos visuais chamativos nem nada mirabolante. Existem ótimas canções nesse projeto, mas ainda carecemos de um registro em estúdio do cantor, com novas temáticas e um investimento maior em sua imagem pessoal. A proposta do “The Hercules Show” é intimamente interessante e, sem sombra de dúvidas, marca um primeiro capítulo intenso na carreira de Hercules.

Rolling Stone
A tão aguardada estreia de HERCULES, intitulada \"The Hercules Show\". Este trabalho que não apenas incorpora os quatro singles aclamados lançados pelo artista nos últimos três anos, mas também introduz uma seleção de cinco músicas inéditas. Esta combinação cuidadosamente elaborada de performances ao vivo e novas criações revela a diversidade e a progressão artística de HERCULES, oferecendo uma experiência auditiva bem interessante. Iniciando com a faixa \"Everything Now\", HERCULES nos presenteia com uma canção de atmosfera reclusa e pensativa, explorando temas como a passagem do tempo e as reflexões sobre o passado e o futuro. A habilidade do artista em articular pensamentos reflexivos conecta o ouvinte à narrativa de forma envolvente, oferecendo uma introdução marcante ao álbum. No entanto, em \"The Change\", encontramos uma composição que se revela repetitiva e carente de profundidade, como se estivesse presa em um ciclo de desgosto e mágoa. Esta faixa, embora carregue uma carga emocional, não consegue explorar suas temáticas de forma suficientemente complexa para envolver o ouvinte. \"Lips\", por sua vez, apresenta-se como uma composição enigmática. Apesar de seu tom sensual, a mensagem da música se torna confusa, oscilando entre ser uma expressão de desejo e uma narrativa sobre perda e confusão em relacionamentos. A falta de clareza nos versos compromete a entrega eficaz da canção. Contudo, em uma reviravolta notável, \"The Final Match\" surge como um ponto alto do álbum. Transmitindo uma mensagem de motivação e esperança, HERCULES utiliza versos carregados de apelo emocional para entregar uma performance verdadeiramente inspiradora. Nesta faixa, o artista brilha, destacando-se como um ponto alto no conjunto do álbum. \"Em \"Postcard\", HERCULES oferece uma crítica perspicaz aos relacionamentos ultra-virtuais, destacando a dificuldade de estabelecer conexões profundas e genuínas em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia. Esta faixa brilhante ressoa com uma clareza temática e uma mensagem que atinge em cheio o cerne das relações humanas contemporâneas. Por outro lado, \"Good for You\" introduz uma dinâmica de desafio entre os parceiros, embora careça de profundidade e detalhes que prendam a atenção do ouvinte de forma significativa. Esta composição, embora divertida, não se destaca particularmente dentro do contexto do álbum. \"Imposter Syndrome\" e \"Nothing is Pink\" seguem uma abordagem similar, apresentando narrativas diretas e versos rápidos, mas falhando em oferecer uma profundidade emocional que ressoe de forma duradoura. Embora explorem temas relevantes, essas faixas não conseguem brilhar intensamente dentro do conjunto do álbum. No entanto, é na conclusão do disco, \"Everything Now II\" que HERCULES entrega sua obra-prima. Ao refletir sobre o egoísmo e as expectativas exageradas que permeiam as relações humanas, o eu-lírico oferece uma crítica perspicaz e provocativa. Esta faixa finaliza o álbum de forma excepcional, deixando uma impressão duradoura e uma reflexão profunda sobre a natureza humana. Com o visual produzido pelo próprio artista, traz imagens do show onde fora gravado o disco ao vivo, tendo um encarte tradicional de um álbum ao vivo, sem muito destaque visual que chame atenção. Por fim, \"The Hercules Show\" apresenta uma coleção de grandes canções que destacam a habilidade do cantor em abordar narrativas de forma envolvente, mesmo que nem sempre as desenvolva completamente. O álbum ao vivo revela uma autenticidade e personalidade distintas do cantor, que poderiam ter sido ainda mais intensificadas em um ambiente de estúdio. Embora a escolha de lançar um álbum ao vivo como estreia possa parecer arriscada, é indiscutivelmente ousada, deixando os ouvintes ansiosos pelo que está por vir. Este lançamento deixa uma sensação de antecipação e promete um futuro musical repleto de potencial.

Billboard
THE HERCULES SHOW - Nota 78 de Hercules O primeiro CD e DVD do cantor canadense introduz uma nova perspectiva para os projetos: um álbum ao vivo. Com diversas faixas cheias de emoção e sentimentos, Hercules nos conduz para um verdadeiro show. O disco inicia com “Everything Now”, uma faixa sobre a busca de liberdade e o imediatismo que diversos jovens propagam na sua vida. O desejo de querer tudo agora e sentir que o tempo está passando sem que você evolua pode ser desesperador para Hercules. “The Change” continua com essa perspectiva de mudança, mas diferente de antes, há uma verdadeira iniciativa e sentimento de sair das mentiras do passado e mudar tudo o que está ao seu redor. Em “Lips”, a paixão domina a canção. A letra é cheia de desejos e consegue manter uma boa linearidade no decorrer da faixa. “The Final Match”, um dos singles do projeto, fala sobre uma “batalha” na conquista de um amor. Ela também aborda sobre desistir de pessoas falsas que não merecem o amor que está sendo dado. A solidão percorre “Postcard”, demonstrando a falta da presença física do eu lírico. Ele expressa o descontentamento das redes sociais e de como elas substituíram o toque e os sentimentos verdadeiros. Já em “Good for You”, é abordado uma certa sensualidade e desejos ferozes do Hercules. É uma das canções mais diferentes do projeto, ainda mais por conta da sua temática selvagem e cheia de duplos sentidos. “Imposter Syndrome” retorna com a crise de identidade do eu lírico, que se sente fraco e se auto-sabota em diversos momentos da sua vida, como uma síndrome do impostor. A penúltima faixa, “Nothing is Pink”, faz um jogo de palavras bem divertido com as cores, ainda mais quando Hercules diz que “rosa era a sua cor favorita” e, do nada, seu mundo vira azul (triste). E, então, o disco acaba com “Everything Now II”, uma continuação da primeira canção do álbum. Sua letra ainda fala sobre o imediatismo e sobre a não satisfação do atraso. “The Hercules Show” é um projeto consistente, sendo um dos mais bem escritos do ano. Ele se mantém estável durante as nove faixas e mesmo que aborde temas diferentes, ainda consegue manter uma linearidade. É um ótimo disco para o primeiro passo da carreira do Hercules.

Variety
Após um período desde sua estréia oficial na indústria, o cantor canadense HERCULES lança seu primeiro álbum de estúdio intitulado \"THE HERCULES SHOW\", onde o artista aposta num estilo inovador e ousado, em ser um álbum totalmente ao vivo. \"Everything Now\" traz a luta psicológica do artista que se sente preso entre expectativas de sua própria família e seus anseios pessoais, querendo liberdade, mas que acaba não a alcançando, a faixa apresenta uma ideia boa, mas peça em alguns pontos por parecer redundante em algumas partes em seu decorrer. \"The Change\" aborda a futilidade da violência, onde o artista se sente na obrigação de libertar as pessoas que ama das coisas que machucam, inclusive padrões de comportamentos destrutivos, trazendo uma abordagem lírica mais ousada e direta, a faixa é sem dúvidas um ponto alto até aqui. \"Lips\" terceira faixa do compilado traz uma abordagem mais fresh e diferente das anteriores, onde o canadense desfruta o mais doce sabor de sua parceira, deixando de lado assim as distrações do mundo exterior, trazendo uma mensagem de viver intensamente, a faixa apresenta ótima concepção e versos compreensivos, que de certa forma são ótimos. Apesar de ter algumas ideias \"jogadas\" na canção, \"The Final Match\" apresenta uma ótima ideia, mas que peca por não se desenvolver muito em seu decorrer, o uso de rimas é louvável, mas a faixa acaba não encantando como a anterior. Descrita como quinta faixa do projeto, \"Postcard\" é uma canção muito bem idealizada e estruturada, onde a ideia de trazer um tema bastante comum nos dias de hoje como a desconexão causada pelo excesso de uso das redes sociais é marca registrada, o artista usa sabiamente a metáfora de um \"cartão postal\" como forma de superar essa fase tão dramática. \"Good for You\" destaca as dúvidas de HERCULES perante o seu papel como parceiro, onde sente a vontade de ser um bom namorado e oferecendo o máximo de suporte a pessoa que o ama, reconhecendo também a possibilidade de tudo acabar em poucos passos, a faixa é muito boa e novamente o artista prova o ponto como um grande compositor até aqui. \"Imposter Syndrome\" aborda o artista em seu período jovial, onde luta contra a chamada \"síndrome de impostor\" onde se sente culpado de tudo aquilo que aconteceu ao seu redor, incluindo machucar as pessoas que ama, a faixa apresenta versos pequenos mas que a qualidade não diminui por conta disso. \"Nothing is Pink\" penúltima faixa do álbum descreve o desencanto com a vida e expectativas sociais, onde o canadense luta para encontrar a felicidade em meio a um mar de ódio que o enfrenta, usando a metáfora de que nada parece ser \"cor-de-rosa\" em geral trazendo mais uma faixa positiva e bem escrita pelo artista, onde o primeiro verso da faixa é sem dúvidas o melhor de sua estrutura. \"Everything Now II\" é uma continuação da primeira faixa do disco, onde HERCULES descreve a sociedade como gananciosa e querendo sempre mais e mais, onde que o artista sente a incapacidade de ser feliz e ficar bem, a faixa conclui de forma honrosa o álbum, onde apresenta versos ótimos. A produção do álbum é simples e sem muitos efeitos, onde acaba não casando muito com o conteúdo proposto nas letras do disco, que assim acaba por não ser um ponto tão alto, que com um cuidado melhor, seria sem dúvidas um bom encarte. Em suma, HERCULES nos apresenta um álbum de estreia bom, com poucos deslizes e nos deixando ansiosos para futuros trabalhos do canadense, a ideia inovadora e arriscada de fazer um álbum ao vivo é extremamente bem sucedida por parte do artista, onde também as faixas casam muito bem em si.