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Memories From the Vault - JACOB
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Tenderness Fade - Alex Fleming
86

Billboard

100

Em seu quarto álbum de estúdio, Alex Fleming solidifica seu posto como um dos melhores compositores da nova era da indústria. O disco é descrito pelo artista como um processo de catarse, uma criação que o permitiu entender melhor a si mesmo e buscar a cura para seus tormentos mais sombrios. No primeiro contato, o álbum nos cativa pelo seu trabalho visual executado de maneira meticulosa, refletindo os sentimentos projetados pelo cantor-compositor de dor, solidão e busca. Seu encarte é soturno e parece revelar um novo Alex Fleming, mais maduro e introspectivo, além de elegante e sóbrio. Toda a produção, a cargo de Alec Weaver e Tammy, complementam harmoniosamente o projeto lírico e sonoro da obra. Já na primeira letra, da faixa-título Tenderness Fade, Alex revela uma vulnerabilidade que, por mais que não seja estranha para os fãs mais fiéis do cantor, soa mais honesta dessa vez. Parece que Alex não tem defesas de si próprio e está disposto a por tudo em jogo com esse álbum, logo na primeira música. Amaryllis, que vem em seguida, já se mostra como uma das melhores canções do conjunto, aliás surpreendendo por não ter sido escolhida como single. O artista se debruça sobre um amor perdido, talvez idealizado, que se despetala como a flor. Essas duas faixas mantêm o tom do disco, o qual é quebrado em Sexual Toy, There\'s No Joy, que revela uma mudança de direção bem vinda. Nesse ponto, Alex não permite que o álbum se estagne revolvendo sobre os mesmos temas com uma abordagem já utilizada. E é aqui que somos lembrados o quão bem sucedida é essa era: Sexual Toy, There\'s No Joy; Passenger e Surrender, estando próximas umas as outras na tracklist, refrescam a memória do ouvinte dos singles já consolidados do cantor. Aliás, a comercialidade das faixas não sacrifica sua qualidade, mesmo que Surrender seja mais singela em relação ao restante do disco. The Bitterness In My Piano é a parte que soa mais deslocada em toda a tracklist, pois parece que Alex Fleming se volta para o processo criativo em vez de analisar a si mesmo, causando uma certa estranheza na experiência. Isso, entretanto, não representa uma perda de caminho para o álbum, é apenas um pequeno deslize, e a música ainda é boa. O mesmo pode ser dito de Under Control, mas por motivos diferentes, a faixa parece não dialogar bem como o álbum como um todo, e talvez ambas poderiam estar fora do conjunto e proporcionar um álbum mais fluido de modo geral. Find Your Way Back Home, por fim, parece recalibrar o projeto e termina numa nota delicada, com versos meticulosamente construídos de modo que prendem emocionalmente o ouvinte nos últimos batimentos da canção. Assim, Tenderness Fade é um disco extremamente emocional, profundo e sincero, destacando-se como um dos lançamentos recentes mais singulares, um parâmetro para compositores porvir quando se trata de obras pessoais. Estourando a bolha do rock alternativo, este é o melhor trabalho do ano.

All Music

84

Alex Fleming nos apresenta seu quarto álbum de estúdio, intitulado “Tenderness Fade”. O compilado tem 13 faixas que passeiam pelos gêneros Soft Rock e indie, trazendo como conceito experiências e vivências do artista de forma crua e amarga, resultando em uma grande exaustão mental. A obra \"Tenderness Fade\" principia com a faixa homônima, onde Alex manifesta o impacto de sua composição profundamente íntima e sensível, abordando o tema com uma forte clareza e intensa emoção. A lírica é bem coloca e disseca a superficialidade das relações contemporâneos e seus dedilhados. Em \"Amaryllis\", a narrativa foca na desafeição do parceiro do eu-lírico, Alex mostra nesss faixa o motivo do status de bom compositor, trazendo diversos momentos surpreendes na faixa. \"Never Felt So Alone\" ilustra a sensação de isolamento, mesmo quando estamos rodeado por pessoas. De forma mais sucinta em sua lirica, o artista traz que uma inteligente atmosfera introspectiva. “Crawling\" é, a nosso ver, a melhor composição do álbum, com uma lírica feroz e agressiva e fiel aos sentimentos do cantor, entregando versos incríveis e de alta qualidade. “Passenger\", a quinta faixa e lead single da era, aborda o cansaço do eu lírico, que se coloca como espectador de sua própria existência. “Sexual Toy, There\'s No Joy\" explora a dicotomia entre desejos físicos e emocionais em relacionamentos. O refrão da canção é extremamente interessante. “In the Springtime of a Voodoo\" revisita um relacionamento pretérito sob uma ótica mais otimista, enquanto Alex reconhece que ambos ainda são a fraqueza um do outro. Alex acerta em cheio a maneira que constrói essa canção. “Walk of No Return\" complementa a faixa precedente, com uma narrativa rica e genial. “Surrender\", uma colaboração tocante com Ashford, aborda vulnerabilidade e autoaceitação, com Ashford entregando versos surpreendentes, fazendo assim uma poderosa colaboração e talvez uma grande escolha para um futuro single. Em \"The Bitterness In My Piano\", Alex confronta a percepção de sua personalidade e escolhas como inadequadas, ecoando uma tristeza profunda. É uma faixa sincera, onde a lírica é calculada na medida certa para que transmita sua mensagem sem erros. Under Control\", com Alec Weaver, canta sobre um relacionamento abusivo, aqui temos mais uma grande faixa, com os dois artistas entregando versos coesos e de alta qualidade. “Wanderer of the Night\" conclui a narrativa de amor trágico do álbum, com Alex compreendendo a trivialidade dos momentos passados. O álbum encerra-se com \"Find Your Way Back Home\", um desabafo certeiro para finalizar essa caminhada amarga até aqui, Alex mostra que sabe o que queria com esss compilado, nos fazendo entender o quão cuidadoso ele é com o seu trabalho. O visual do compilado, arrisca em alternar entre preto e branco, é isso traz uma sofisticação enorme para a obra. Alec Weaver e Tammy acertam em cheio na relação entre visual e conceito. “Tenderness Fade\" é uma grande obra na discografia do Alex Fleming. Mesmo que as vezes beire o que estamos acostumados a ouvir do artista, ele acaba nos entregando um disco sincero e emocional, que nos toca e nos mergulha em suas experiências amargas, é isso é resultado do poder lírico que o artista tem.

Variety

100

Alex Fleming retorna com o seu novo álbum de estúdio, \"Tenderness Fade\". O álbum entrega as composições duras e cruas sobre os relacionamentos conturbados do cantor, além de composições derivadas de um sentimento amargo. Iniciando o álbum por \"Tenderness Fade\", faixa título, Alex mostra o impacto da sua composição extremamente pessoal e sensível ao abordar o tema com clareza, e mostrar toda sua emoção. A faixa narra bem sobre a superficialidade padronizada dos relacionamentos mundanos atuais, e como isso acaba afetando todo o resto. Mas é em \"Amaryllis\" que Alex demonstra todo o seu sentimento nos versos. A música contém uma sinceridade incomparável, e o ouvinte é capaz de sentir cada palavra que o artista está tentando transmitir sobre seu relacionamento desgastado. Apesar da canção ser bem extensa, e nos dias atuais, para alguns, isso ser um tanto quanto negativo, Alex soube aproveitar cada verso expressando seus sentimentos e deixando a prova o quão talentoso é, ao compor sobre os mesmos. Nas faixas seguintes, o artista mostra o sentimento de solidão de forma única: em \"Never Felt So Alone\", com uma composição repleta de complexidade e camadas, e com um manuseio admirável da sua lírica, o artista aborda temas como sua depressão e conexões com amizades que lhe ajudaram a combater a dor. Já em \"Crawling\", o cantor entrega a melhor música do álbum, em nossa opinião. A canção possui um tom mais agressivo, enquanto ainda se mantém fiel ao seus sentimentos. A música é crescente, e seria uma boa opção para um futuro single. Em sequência, temos o hit \"Passanger\", que se mostra ser uma ótima escolha como abertura dos trabalhos do álbum. A sua letra encaixa perfeitamente com o projeto, e expõe um momento delicado na vida de Alex, onde é possível sentir toda a exaustão mental nos versos; a faixa mostra o potencial do artista em colocar seus sentimentos no papel de forma natural. \"Sexual Toy, There\'s No Joy\" chega como uma versão mais sensual de Fleming, ainda mantendo o nível complexo na composição ao fazer uma crítica direcionada ao modo que os relacionamentos atuais banalizam atos sexuais. A faixa é inteligente, e concisa. \"In the Springtime of a Voodoo\" e \"Walk of No Return\" se completam em sequência na tracklist do álbum, e ambas contém uma base lírica forte e impressionante; com a segunda citada se sobressaindo por contar uma história contínua com maestria. \"Surrender\" entrega versos ótimos de Ashford e Alex, e a química entre os dois é notável. Com o álbum nas músicas finais, a parceria com Alec Weaver impacta. Além dos versos de Alec estarem no ponto certo de emoção, o refrão se destaca como a melhor parte da canção. Logo em seguida, \"Wanderer of the Night\" complementa a música anterior com seus versos dóceis, e ao mesmo tempo com um tom sucinto de amargura essencial para deixar a música interessante. O álbum encerra com \"Find Your Way Back Home\", sendo um desabafo fiel às raízes do álbum, em uma composição honesta com os sentimentos de Fleming enquanto retrata alguns aspectos do álbum de forma sutil. As cores escolhidas pelo artista para representar visualmente são coesas com a proposta, e enriquecem o trabalho. O encarte, apesar de não ter um fator surpreendente, contém uma atmosfera agradável visualmente — transmitindo um ar fino e maduro — fazendo com que a tonalidade tome conta e transmita todo o desiquilíbrio por trás das letras do álbum. Em suma, Fleming entregou um álbum que demostra todas as suas emoções de forma severa, e está entregue de coração aberto para todos os seus ouvintes sentirem como foi estar dentro da sua pele. O álbum é coeso, com composições incrivelmente sinceras e precisas; que talvez o único empecilho do álbum, sejam suas faixas extensas para o que a indústria fonográfica está acostumada hoje. O que em nossa opinião, engrandece ainda mais o artista por ir contra o cômodo, e assim, entregar um álbum tão rico em poesia e sentimentos. \'Tenderness Fade\' se destaca como o melhor da carreira de Fleming e um dos melhores do ano.

Rolling Stone

73

Alex Fleming, um dos mais prolíficos artistas dos anos mais recentes da indústria da música, entrega seu quarto álbum de estúdio, intitulado “Tenderness Fade”, exatamente um ano após o apoteótico “Dissonant Band”, o qual elevou seu nome a status de vencedor de grandes categorias em premiações enquanto acumulava números e controvérsias em sua vida pessoal. Agora, em uma fase mais publicamente tranquila em sua carreira, o cantor se abre ao mundo em uma forma, segundo ele, jamais vista antes em suas letras, algo que instiga o ouvinte no primeiro momento. A experiência se inicia liricamente com a primeira canção, que também é a faixa-título, onde o artista reflete sobre uma possível decadência da ternura e do carinho na sociedade onde ele se insere. Sendo um resultado de desilusões sentidas pelo compositor, a reflexão trazida é válida e aponta exemplos para sustentar seus argumentos, sendo uma faixa interessante no modo como ainda é relativamente crítica do mundo como algumas faixas de seu CD anterior, mas em uma camada mais vulnerável do que antes. “Amaryllis”, faixa de número 2, discute os sentimentos de Fleming em direção a um relacionamento que se esvaiu com o tempo que ele, no fundo, gostaria de resgatar para entender melhor os motivos do fim. O refinamento lírico é seu maior forte, apesar de se tornar impossível não imaginar outras canções do artista em seu já vasto catálogo que tocam em temas paralelos e no modo como as mensagens são entregues da mesma maneira efetiva. “Never Felt So Alone”, por sua vez, utiliza-se de sua extensa duração para tocar em vários temas relacionados à solidão do eu lírico; é o ponto alto da primeira leva de faixas do álbum, apesar do excesso de vulnerabilidade soar quase que propositalmente costurado para que o ouvinte sinta mais a compaixão do que a relação universal que o conteúdo pretende passar. Em “Crawling”, Fleming direciona seus rancores a um interlocutor que o machucou em níveis tão exaustivos a ponto de que o artista finalmente se sente pronto para confrontá-lo. A construção lírica aqui se assemelha a uma versão diluída da raiva vista em alguns momentos do disco “Dissonant Band”, mas o artista se permite brilhar no verso 2 e na ponte, quando vai em referências específicas para expressar suas ideias. “Passenger”, quinta faixa do CD e lançada como lead single da era no ano 11, introduz uma exaustão e uma passividade de Alex perante as situações descritas nas faixas apresentadas até aqui, colocando-o na posição de espectador da própria vida e do caos que ela se tornou. Apesar dos temas não serem familiares dentro da discografia do cantor - são raros os momentos em que o cantor se coloca na pele do autor dos erros para além de vítima deles -, o que torna seus primeiros versos interessantes de serem ouvidos e analisados em introspectiva, é o modo já familiar como esses mesmos temas são desenvolvidos que deixa uma pulga atrás da orelha do público ao entender os dilemas retratados. Já em “Sexual Toy, There’s No Joy”, lançada como o segundo single do projeto meses antes da publicação desta análise, Alex vai além e retrata, pela primeira vez em um grande single em sua carreira, o modo como já se sentiu usado sexualmente por um parceiro - ou mais - enquanto, apesar de também querer isso, não ser exatamente o que buscava o tempo todo para si, priorizando o prazer emocional para além do físico. A simplicidade contrastada com a vista em “Passenger” eleva a canção como mais um dos pontos altos do projeto. “In the Springtime of a Voodoo” é um indie-rock que resgata o relacionamento prévio vivido no começo do álbum em uma visão mais otimista, como um momento onde os dois lados se unem para reviver a chama apagada anteriormente, ao passo em que Alex entende que ambos ainda são a fraqueza um do outro. A dualidade entre a vítima e o caçador da narrativa também mantém o nível lírico do artista aqui. Em “Walk of No Return”, o eu lírico dá todos os passos para trás novamente diante dos primeiros sinais de que, outra vez, aquela relação não poderá dar grandes frutos como ele imaginava. Fleming tem uma posse clara do que sente, mas a exaustão emocional se transmite também na exaustão de como a faixa é construída, fazendo-a soar como pensamentos depois dos grandes pensamentos - aqueles que são apenas uma reafimação do que já foi dito. “Surrender” é a primeira das faixas colaborativas do disco; Alex traz Ashford, cujos versos se portam de forma mais direta que as do artista principal, no modo como os dois compositores parecem estar cansados de suas próprias emoções, mas não desejam se livrar delas por completo. “The Bitterness In My Piano” almeja um Alex Fleming que confronte o ambiente familiar após os recentes eventos e diagnósticos de sua mente, porém, acerta num modo exasperadamente defensivo do artista na maior parte dos versos, partindo para o ataque apenas em sua segunda metade, quando o ouvinte pode perder o interesse na narrativa. “Under Control”, em colaboração com Alec Weaver, explora de forma mais incisiva a exaustão emocional de “Surrender” nos primeiros versos, onde Alex parece já ter desistido de lutar por uma emoção que não respira como antes, e nos versos seguintes, trocados com Weaver, que reage de forma mais autoritária ao conflito de interesses apresentado. Embora os versos separados dos artistas sejam fortes, a conexão entre ambos não se faz tão presente quando unidos na mesma faixa. “Wanderer of the Night” se oferece como uma finalização da história de amor trágico retratada e permeada por todo o álbum, e Fleming se dispõe a entender que os momentos não passaram de trivialidades temporárias, mas não segura as armas finais contra o parceiro referido. É uma canção que se inicia promissora, mas termina com a sensação de que passou do tempo bem-vindo. Em “Find Your Way Back Home”, faixa final da tracklist padrão, Alex encerra sua nova leva de histórias com promessas para um futuro onde ele nem mesmo consegue prever se irá se sentir melhor do que na atualidade, mas sabe que estará em um lugar mais pacífico do que onde viveu nas situações descritas até o capítulo final do disco, renovando as energias com uma última faixa de destaque positivo. Como última parte da análise, tem-se a direção visual do álbum; assinada por Alec Weaver com HTML de Tammy, a produção fotográfica se apoia bastante nos conceitos pré-estabelecidos das fotos e resulta em um encarte construído de forma relativamente simplista em relação a outros trabalhos produzidos por Weaver e também lançados pelo próprio Fleming, o que pode ser atribuído ao modo mais honesto das letras ou ao caráter de aparências ainda em progresso da construção visual. “Tenderness Fade” finaliza sua apresentação ao público como um álbum que promete certas direções em relação ao modo como Alex Fleming se porta emocionalmente após todos os últimos anos que viveu, e por mais que relances disso sejam vistos, ainda não são capazes de ofuscar a possível realidade de que o artista pouco mudou nos seus métodos de composição, equiparáveis a trabalhos tematicamente parecidos vistos em projetos anteriores do artista, deixando um gosto agridoce de que ainda há mais o que evoluir nas narrativas que o ícone da música tem rascunhado.

Rolling Stone

86

Após uma era multi-premiada, Alex Fleming lança \"Tenderness Fade\", um álbum incrivelmente pessoal e introspectivo, onde o artista mergulha profundamente em suas próprias emoções e experiências. A mudança de gênero musical em relação aos seus trabalhos anteriores demonstra uma evolução artística e uma vontade de explorar novas facetas de sua expressão criativa. Cada faixa é uma reflexão sincera e pessoal da experiência do artista, transmitindo uma gama de emoções. Tenderness Fade estabelece o tom do álbum, explorando sentimentos de desilusão e amargura em relação à sociedade e às relações interpessoais. Amaryllis aborda o desgaste de um relacionamento unilateral, revelando a tristeza e a desilusão que acompanham a perda do amor. Never Felt So Alone captura a sensação de solidão mesmo cercado por outras pessoas, destacando a batalha contra a depressão e os vícios. Crawling explora a decepção e a aversão resultantes da falta de empatia e compreensão em uma relação, especialmente quando se lida com transtornos como a bipolaridade. Passenger descreve o esgotamento emocional e a tentativa de deixar para trás o passado doloroso ao embarcar em um novo ciclo de vida. Sexual Toy, There\'s No Joy revela a luta entre os desejos físicos e emocionais em relacionamentos superficiais, destacando a importância de manter-se fiel aos próprios princípios. In the Springtime of a Voodoo retorna ao tema do amor reacendido, com a dualidade entre a paixão intensa e a incerteza sobre o futuro da relação. Walk of No Return reflete sobre a inevitabilidade do fim de um relacionamento e os danos emocionais resultantes, transmitindo um desejo de perdão e cura. Surrender em parceria com Ashford aborda a hesitação em se abrir emocionalmente devido ao medo de ser vulnerável, destacando a exaustão emocional e a busca por aceitação. The Bitterness In My Piano revela a dor causada pelo julgamento e falta de apoio da família em relação aos desafios emocionais enfrentados pelo artista. Under Control com Alec Weaver explora a dependência emocional e a sensação de impotência em relação ao amor, destacando a luta para encontrar autonomia e autoaceitação. Wanderer of the Night descreve a dor da rejeição e do abandono em um relacionamento, transmitindo uma mensagem de perdão e libertação. Find Your Way Back Home encerra o álbum com uma reflexão sobre a exaustão emocional e a busca por esperança e redenção, incentivando os leitores a encontrarem o seu próprio caminho para a felicidade. A abordagem franca e sem rodeios nas letras das músicas proporciona uma imersão intensa na jornada emocional do artista, abordando temas como relacionamentos desgastados, solidão, luta contra transtornos mentais e busca por identidade. Essa autenticidade pode ressoar profundamente com os ouvintes que enfrentam desafios semelhantes em suas próprias vidas. A inclusão de parcerias como Alec Weaver e Ashford adiciona camadas adicionais de profundidade e perspectiva ao álbum, enriquecendo ainda mais a narrativa emocional de Alex. No geral, \"Tenderness Fade\" é uma obra de arte corajosa e comovente, que não apenas serve como uma forma de catarse pessoal para Alex Fleming, mas também como um farol de esperança e compreensão para aqueles que enfrentam batalhas similares em suas próprias vidas.

Los Angeles Times

70

\"Tenderness Fade\" é o quarto álbum lançado pelo artista canadense Alex Fleming, e o terceiro lançado consecutivamente – quase que consecutivamente. Mostrando um pouco mais de seu talento como letrista, Fleming entrega um projeto de treze faixas que fala sobre amor, tristeza e relacionamentos. Abrindo este lançamento temos a faixa-título e nela o artista lida com a ausência de ternura no mundo. É uma boa abertura, conta com uma lírica muito boa, embora, logo no início de um novo lançamento, somos acometidos por um sentimento de reminiscência das obras anteriores de Alex – neste caso específico, do seu álbum anterior, o multiplatinado “Dissonant Band”. Seguindo em frente, “Amaryllis” é a segunda música e aqui temos um Alex Fleming falando sobre um relacionamento amoroso arruinado e novamente somos apresentados a uma letra muito bem escrita, mas atormentada pela sombra de seus antigos trabalhos. \"Amaryllis\" se assemelha a algo descartado de seu álbum \"Heartbroken Cowboy\" \"Never Felt So Alone\", \"Crawling\" e \"Passenger\" tratam de sentimentos íntimos e experiências bastante pessoais, são faixas muito bem elaboradas e isso é visível, contudo todas as três soam e parecem exatamente iguais aos lançamentos e canções presentes no \"Dissonant Band\". \"Sexual Toy, There\'s No Joy\" e \"In The Springtime of a Voodoo\" finalmente trazem um ar fresco a este lançamento. Aqui podemos ver Fleming indo para uma vibe mais sexual, algo que ele nunca fez antes, apesar da visão agridoce apresentada em “Sexual Toy, There’s No Joy”. “In The Springtime of a Voodoo” é definitivamente o maior destaque em todo o disco. Infelizmente, esse ar fresco que tivemos nas duas faixas anteriores cessa e em “Walk of No Return” regressamos à sensação de repetição. Essa peça soa exatamente como algo saído direto do \"Dissonant Band\", mas com um ligeiro decréscimo em seu cuidado lírico. “Surrender” com Ashford evoca a mesma sensação de reminiscência, mas a artista convidada foi capaz de acrescentar um sabor especial. Ashford definitivamente foi o destaque por saber como dar mais profundidade ao sentimento de se conter, se trancar em si mesmo, abordado na letra e ela fez isso em seu estilo, o que torna seu verso tão único. Entendemos a importância de compartilhar seus sentimentos através de suas letras para os artistas, mas, às vezes, se faz necessário ter uma pausa para viver novas experiências e assim não soar repetitivo em seus futuros lançamentos. Dito isso, somos é apresentados a “The Bitterness on My Piano”, confessamos admirar o Alex pela coragem de demonstrar seus sentimentos em suas obras, mas o que é tratado aqui – como a família lida com o artista claramente deprimido – é algo que vimos e ouvimos antes e que ainda segue fresco em nossas mentes. \"Under Control\" com Alec Weaver trata, mais uma vez, do tópico \"relacionamento arruinado\". Ela é sobre quando você é submisso e apenas se entrega a um relacionamento abusivo. O assunto não é novo na discografia de Fleming, mas a forma como isso foi feito é o que faz a faixa brilhar. O artista convidado, novamente, foi o personagem principal. Weaver brilha totalmente e eleva a música a outro nível, fazendo desta um outro destaque neste álbum. As 2 últimas canções, \"Wanderer of the Night\" e \"Find Your Way Back Home\" também sofrem da maldição que a parte majoritária da tracklist deste registro: a ausência de reinvenção de seu criador. \"Wanderer of the Night\" com todo o seu drama por um amado, traz a lembrança do já mencionado \"Heartbroken Cowboy\" enquanto \"Find Your Way Back Home\" e o seu sentimento de não pertencimento sinalização para o \"Dissonant Band\", disco amplamente citado aqui. \"Tenderness Fade\" não é um disco ruim ou mal escrito, só é cansativo porque nota-se claramente uma regressão em demasia à temas tratados pelo artista recentemente. No que tange o seu visual, a sensação de cansaço também chega aqui. Alec que é conhecido por suas produções magníficas e apoteóticas acaba por entregar algo muito simples e sem muita inspiração ou brilho. É bem editado e bonito? Sim, mas não é nada chamativo ou grandioso. Em suma, \"Tenderness Fade\" passa longe de ser um trabalho ruim ou medíocre, todavia é a ilustração de um artista extremamente cansado e desgastado por um ritmo insano e ininterrupto de lançamentos.

Spin

85

Alexander Fleming, renomado por sua veia artística ímpar, apresenta em \"Tenderness Fade\" uma narrativa íntima e profundamente pessoal. Este álbum surge como um novo marco em sua jornada, afastando-se das tonalidades politizadas e do peso do Heavy Metal que caracterizaram seu trabalho anterior, \"Dissonant Band\". Aqui, mergulhamos em um cenário sonoro que abraça o Soft Rock, Indie e outras vertentes, proporcionando um palco ideal para explorar os labirintos emocionais e os confrontos internos vivenciados por Alex. A diversidade de gêneros utilizados neste álbum é notável, proporcionando uma rica experiência musical que dialoga com as nuances das emoções humanas tratadas por ele. O conceito introspectivo do álbum transcende os limites da melodia, permeando cada nota com uma carga emocional quase que palpável. Fleming habilmente tece uma trama sonora que ecoa a experiência de lutar contra o desconhecido, em meio a conflitos amorosos, familiares e profissionais. As letras deste álbum são o ponto focal, revelando a jornada emocional de Fleming de maneira crua. É evidente o esforço em transmitir a complexidade dos sentimentos envolvidos, embora algumas narrativas possam parecer previsíveis ou repetitivas em comparação com seus trabalhos anteriores. Ainda assim, o teor maduro e inspirador dessas composições é inegável, mantendo a identidade lírica que é característica dos seus trabalhos. Destacando-se no repertório, a faixa \'Surrender\' emerge como a jóia deste EP, seguida de perto por \'Walk of No Return\'. Em \'Surrender\', Fleming e Ashford aprimoram a fórmula emocional de ‘Passanger’, capturando o público com uma carga emotiva ainda mais profunda e assertiva, sobretudo no trecho: “Meu comportamento tornou tudo num estresse… Então, se a brisa o ilumina, não deixe que ela espere por ti”. \'Walk of No Return\', por sua vez, representa o ápice narrativo do projeto, com uma estrutura funcional, por mais que pequena, e uma letra envolvente. Embora outras faixas possam tropeçar em repetições, a intenção sincera do artista em expor sua confusão mental é admirável. No quesito visual do álbum, ele é marcado por sua simplicidade e toque indie, alinhando-se perfeitamente com a essência do disco. Weaver, responsável pelo design, opta por uma abordagem minimalista que se revela acertada, embora algumas escolhas de efeitos (alla sépia) possam parecer exaustivas. Um refinamento na organização visual, como uma disposição melhor de camadas mantendo os papéis queimados nas suas cores reais, poderia ter aprimorado ainda mais a experiência estética. Dessa forma, o \"Tenderness Fade\" é um testemunho da sinceridade e da coragem de Alex Fleming em compartilhar suas emoções mais íntimas por meio da arte. Embora alguns aspectos possam soar familiares dentro de sua discografia, o álbum é uma obra bem executada que transmite claramente as intenções do artista. Fleming entrega seu coração da maneira mais pura, proporcionando aos ouvintes uma janela para sua alma. Embora não seja seu ápice criativo, representa mais um capítulo significativo em uma carreira promissora. A preocupação com a repetição de conteúdos em suas obras é eminente, sugerindo a necessidade futura dele explorar novas direções criativas. Em última análise, “Tenderness Fade\" é uma obra envolvente que não só ressoa com seus fãs, mas também convida a uma reflexão sobre a jornada humana em busca de auto descoberta e redenção.

The Boston Globe

88

Em seu quarto álbum de estúdio, Alex Fleming nos traz uma verdadeira odisséia musical de autodescoberta. Intitulado de \"Tenderness Fade\", aqui o artista deixa de canto o Heavy Metal, e nos traz melodias mais soft e que mostram sua vulnerabilidade. Desde a faixa de abertura, \"Tenderness Fade\", Fleming estabelece um tom melancólico e introspectivo mostrando suas cicatrizes e tendo um tato para cuidar delas. Com uma mistura eclética de gêneros musicais, que vão do Soft Rock ao Indie, ele nos leva em uma viagem através de sua própria jornada de autodescoberta e redenção. Cada faixa deste álbum é uma peça crucial no quebra-cabeça narrativo de Fleming, revelando suas lutas pessoais e os altos e baixos que o cantor enfrenta por trás dos holofotes. De \"Amaryllis\", uma balada dolorosamente bela sobre o desgaste de um relacionamento, a \"Never Felt So Alone\", uma reflexão sobre a solidão e a luta contra a depressão, cada música é uma expressão vívida das experiências do artista.Em \"Crawling\", Fleming fala sobre como o desenvolvimento de relações interpessoais é algo complicado para o ser humano, explorando temas de confiança, decepção e autenticidade. Com um sample habilmente integrado de \"Sympathetic Character\" de Alanis Morissette, a faixa ganha uma camada adicional de profundidade e significado, sendo extremamente bela, mesmo que de uma maneira dolorosa. Um grande destaque do disco é \"Surrender\", uma colaboração comovente com Ashford, que apresenta temáticas como vulnerabilidade e da autoaceitação. É uma canção que fala sobre a luta interna para se abrir para os outros e compartilhar seus medos e inseguranças mais profundos. Ashford se encaixa muito bem na canção, contribuindo muito bem para a música. Ao longo do álbum, temas de exaustão mental, amor perdido e autodescoberta permeiam cada faixa, culminando em \"Find Your Way Back Home\", uma poderosa reflexão sobre a jornada de Fleming em encontrar seu próprio caminho de volta à paz interior. O maior defeito de \"Tenderness Fade\" poderia ser resumido numa única palavra: tempo. Os curtos intervalos de Alex entre um trabalho e outro estão começando a se mostrarem em suas composições, com trazendo narrativas que já foram abordadas em outro álbuns, e recentemente, mas agora acabam não tendo o mesmo grande impacto por isso. Um exemplo disso é \"Walk of No Return\", não é uma faixa ruim, o contrário na verdade, mas que acaba tendo pouco impacto por ser algo que o cantor já trabalhou em canções anteriores e ainda frescas em nossa mente. O visual do trabalho complementa muito bem a obra, com Alec Weaver como o produtor principal e Tammy cuidando do HTML, encontramos um visual singelo que combina bem com as canções que encontramos dentro do disco. A fotografia do álbum é belíssima, a escolha das fotos foi certeira. O HTML não é nada extremamente chamativo, mas consegue destacar mais ainda o visual em si. A única critca ao visual é que a distribuição do conteúdo do encarte é feita de forma um pouco desordeira, com páginas tendo informação em demasia, mas tirando esse ponto, Alec Weaver segue mostrando do porquê é um produtor que foi homenageado no Visual Music Awards. \"Tenderness Fade\" mostra novamente que Fleming é um grande compositor da indústria, merecendo todos os títulos e prestígio que o cantor ganhou e ganha, especialmente quando e para abordar seus sentimentos. Mesmo com pequenos tropeços em alguns aspectos visuais, Alex Fleming nos entrega um disco extremamente tocando e emocional, seguindo como uma grande força do mundo da música com suas composições sendo o seu maior triunfo.

Pitchfork

90

\"Tenderness Fade\', o quarto álbum de estúdio de Alex Fleming, mergulhamos em uma jornada sonora marcada pela introspecção e amargura. Este trabalho destaca-se por retratar a exaustão mental resultante de processos viciosos. Em contraste direto com seu álbum anterior, \'Dissonant Band\', onde o Heavy Metal e uma carga extremamente politizada dominavam, \'Tenderness Fade\' traz uma abordagem diferente. Aqui, o Soft Rock e elementos Indie encontram espaço para se expressar, revelando novas camadas da criatividade de Fleming.\" A faixa de abertura, \"Tenderness Fade\", mergulha em um momento de sensibilidade mental, enquanto também oferece uma crítica ao ambiente social que envolve Alex Fleming. O cantor aborda a ideia de que ser egoísta poderia ser a chave para resolver muitos dos problemas que o assolam, mas lamenta sua própria incapacidade de agir assim. Em \"Amaryllis\", a narrativa se concentra na perda de interesse do parceiro do eu-lírico, onde o amor se torna desgastante para um e permanece intenso para o outro. Destaca-se a ponte bem construída, que se destaca como um elemento estrutural marcante da música. Já em \"Never Felt So Alone\", Alex desabafa sobre sua sensação de isolamento, mesmo estando cercado por outras pessoas, expressando confusão e falta de compreensão. Nesta faixa, os versos são mais curtos e menos detalhados em comparação com as anteriores, contribuindo para uma atmosfera de intensa introspecção. Na provocativa \"Crawling\", Alex Fleming mergulha em um tom passivo-agressivo, desabafando sobre um conflito em uma amizade passada. Demonstrando uma mistura de decepção, tristeza e raiva, ele direciona os holofotes para seu desafeto, revelando seus sentimentos sem filtros. Em \"Passenger\", um dos destaques líricos da carreira de Fleming e do álbum, a reflexão é o centro das atenções, carregada de um peso emocional palpável. Sem recorrer a metáforas simplistas, Fleming acerta em cheio com seus versos cativantes, oferecendo uma experiência auditiva envolvente. Por sua vez, em \"Sexual Toy, There\'s No Joy\", o cantor critica a trivialização do sexo, fazendo uma alusão a um brinquedo sexual. Esta faixa parece refletir as consequências dos eventos descritos nas músicas anteriores, revelando uma necessidade intensa por amor como resultado dessas experiências. Em \"In the Springtime of a Voodoo\", uma reviravolta surpreendente ocorre quando o amor não retribuído reaviva a chama do eu-lírico. Fleming mergulha em versos sensuais, onde o desejo se inflama como uma chama ardente. No entanto, essa atmosfera é abruptamente interrompida por \"Walk of No Return\", que evoca um sentimento de saudade por um amor perdido, criando um contraste marcante com a faixa anterior. Apesar da aparente desconexão, \"Surrender\" oferece um retorno à coesão, apresentando um dueto incrível e harmonioso com a participação da cantora Ashford. A música explora as profundezas da insegurança ao formar novos laços, revelando os traumas que moldam as relações humanas. Este dueto se destaca como um ponto alto do álbum, capturando a essência da vulnerabilidade emocional com maestria. Em \"The Bitterness In My Piano\", Alex Fleming se vê em um labirinto emocional, confrontando a maneira como sua personalidade e escolhas são percebidas como inadequadas, enquanto os versos ecoam sua tristeza profunda de forma vívida. A colaboração com o talentoso Alec Weaver em \"Under Control\" introduz uma mudança na estrutura e no uso de metáforas exageradas, divergindo das faixas anteriores que mantinham uma conexão direta com o eu-lírico, resultando em uma abordagem que soa mais superficial. \"Wanderer of the Night\", por outro lado, continua a narrativa estabelecida anteriormente, destacando as feridas de uma relação, embora comece de maneira mais austera e progrida para uma resolução mais esperançosa. Encerrando o álbum, \"Find Your Way Back Home\" se destaca como a única faixa que oferece uma saída, o que a torna a escolha ideal para concluir o projeto. Aqui, Fleming eleva sua autoestima e expressa sua determinação em superar os desafios abordados anteriormente, embora a letra simples e um tanto repetitiva não transmitam total confiança em sua abordagem. A escolha de Alex Fleming e da talentosa Tammy como produtores reflete diretamente na estética do álbum. Com uma paleta de cores preto e branco, o visual do disco é marcado pela sobriedade e intimidade, sem excessos, mas perfeitamente alinhado com sua proposta. O encarte segue essa mesma linha, apresentando uma atmosfera intimista que complementa de forma coesa e envolvente. \"Tenderness Fade\" emerge como um álbum notável de um talentoso cantor, solidificando ainda mais sua reputação crescente graças à sua habilidade lírica excepcional. Neste trabalho mais pessoal, centrado em traumas, anseios, medos e angústias, Alex mergulha nas tensões de sua própria vida, assumindo o papel de protagonista em seus relatos. Embora o álbum se destaque pelas letras acima da média, a estrutura é o único aspecto que apresenta desafios. Algumas faixas parecem estar fora de lugar ao abordarem temas que não se alinham com as músicas subsequentes na lista de faixas. Enquanto o visual do álbum é sólido, não é tão cativante quanto as próprias músicas, que prendem a atenção do ouvinte de maneira envolvente. \"Tenderness Fade\" representa uma era de valorização das letras e da conexão emocional entre o trabalho lírico e o público ouvinte.

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