VOICENOTE vol 1. - Alice

The Boston Globe
“VOICENOTE vol 1.” é o mais recente compilado de canções da Alice. O compilado que mistura Dance Music e alternativo entre 7 faixas, traz como conceito expressar sentimentos, em sua maioria sobre o amor, em mensagens de voz. “Cloudy” abre o projeto, a canção retrata o sofrimento após uma separação e sobre a difícil jornada de aceitação e paz dentro desse contexto. A faixa tem uma construção linda e emocional, em versos tristes e de saudade a artista relembra o quanto esse amor foi forte e belo, suplicando ao amado a confirmação do desmoronamento desse grande castelo que eles construíram. É uma grande abertura, fazendo a gente criar grandes expectativas para as próximas faixas. Em mais uma canção triste, Alice canta sobre arrependimentos na sentimental “Rest In Peace, My Love”. Com versos crus e vulneráveis a canção é dura e traz uma ambientação sombria, onde o eu lírico se afoga em dor, arrependimentos, se colocando como culpada e tentando pedir perdão ao seu amado, em meio a uma luta interna por tudo isso. “Raindrops” é mais uma faixa vulnerável, Alice constrói uma linda narrativa onde exibe suas cicatrizes adquiridas por toda sua batalha interna, mas trazendo elas como demonstração de superação. É uma faixa poderosa sobre superação, com uma lírica refinada e metáforas cativantes e inteligentes, fazendo da canção uma ótima aposta para ser trabalhada futuramente. “the best of both of us” é a primeira e única colaboração do projeto, tendo a participação de ZANE. O compilado volta a ambientação de dor e tristeza pelo final de um relacionamento, onde os dois artistas com versos poéticos e bonitos descrevem o instabilidade emocional resultante por todo o processo de separação. A lírica aqui é bem cuidada, os dois artistas entregam uma canção emocional de alta qualidade. Surpreendendo, em “Faux Prototype”, Alice nos apresenta um faixa ácida e agressiva. A faixa é uma forma de expor a falsidade de uma pessoa que a artista confiava, evoluindo a canção para uma narrativa interessante, onde a artista depois desse acontecimento, renasce e acaba se tornando mais forte e confiante. A faixa tem rimas ácidas e interessantes que aumentam a qualidade lírica da mesma. Em “Amour” somos agraciados com uma lírica meiga e doce. O eu lírico expressa todo o seu desejo e realização amorosa. A faixa é uma verdadeira carta de amor, onde se exalta o amor e todos os sentimentos bons vivenciados em resultado dele com versos bem construídos e uma lírica cativante. Finalizando o projeto temos “WARZONE”. A canção retrata toda a jornada agridoce de um indivíduo em busca de amor e redenção, compartilhando ideias de como o amor tem o poder transformar e de cura. É uma escolha inteligente para encerrar a narrativa. Visualmente o álbum não mostra nada além da capa, o que é uma pena. Um visual nesse projeto enriqueceria a narrativa, nos fazendo ainda mais mergulharmos nesse projeto emocional. Em sumo, Alice entrega um projeto emocional e profundo com uma lírica de alta qualidade e o uso bem aplicado de metáforas, entregando canções poderosas, interessantes e vulneráveis. “VOICENOTE vol 1” mostra a capacidade lírica de Alice, mas por não ter um visual mesmo que simplório, acaba se tornando um projeto que possa passar despercebido pelos olhares da crítica e do grande público.
TIME
“VOICENOTE vol. 1”, de ALICE, é um álbum profundamente pessoal e carregado de emoção que aborda temas de amor, perda e autodescoberta. Composto por sete faixas, cada música oferece um vislumbre do mundo interior de ALICE, misturando gêneros alternativos, eletrônicos e indie. “Cloudy” leva você ao mundo de mágoa da ALICE, onde a dor da separação é quase tangível. O pedido de confirmação do fim do relacionamento é de cortar o coração, embora os temas familiares pareçam um tanto previsíveis. Em “Rest In Peace, My Love”, o lírico de ALICE capta a agonia do arrependimento, fazendo com que você sinta a turbulência interior dela, mas a estrutura repetitiva da música diminui seu impacto emocional. “Raindrops” oferece uma mudança esperançosa, com metáforas vívidas, fazendo com que o ouvinte sinta uma sensação de renovação. Apesar do tom animador, algumas letras beiram o clichê. “the best of both of us”, com a participação de ZANE, traz uma nova dinâmica com harmonias que exploram a perda e a autodescoberta. Alguns momentos de sua construção são impressionantes, embora a música não tenha profundidade. “WARZONE” é um destaque, misturando vibrações enérgicas com uma narrativa poderosa de sofrimento e redenção. A sua cativante profundidade emocional a torna memorável. Em “Faux Prototype”, ALICE faz uma crítica contundente a uma figura enganosa, destacando sua resiliência. Finalizando com “Amour”, ALICE mergulha em uma canção de amor apaixonada, cheia de desejo e vulnerabilidade. Metáforas pintam um quadro vívido de profunda afeição. O pedido de conforto é sincero, embora a intensidade às vezes chegue a beirar o sentimentalismo. O seu visual é o ponto que mais deixa a desejar nesse projeto no qual, embora possamos ver momentos menos impactantes e memoráveis, é possível ver o esforço e a prontidão de ALICE em preparar letras bem elaboradas. Porém, o lado artístico em questão estética banaliza o projeto, dando-o um ar de descuidado e apressado. Em conclusão, “VOICENOTE vol. 1” mostra a capacidade de ALICE de transmitir emoções profundas e lutas pessoais por meio de sua música. Os pontos altos do álbum são marcados por narrativas poderosas e melodias memoráveis, especialmente em faixas como “WARZONE” e “Amour”. No entanto, ocasionalmente, ele vacila com estruturas repetitivas e temas exagerados. Apesar de suas inconsistências, o álbum é um testemunho da proeza lírica e da profundidade emocional de ALICE. É um álbum que, embora não seja perfeito, oferece momentos de conexão genuína e uma visão da jornada da artista.

Pitchfork
Em seu novo projeto, Voicenote Vol.1, Alice embarca temáticas majoritariamente voltadas ao amor e o processo de recuperação após um término. Iniciando com \"Cloudly\" a cantora aborda o amor em duas formas, ao outro e a si mesmo, de uma maneira que reverbera sobre um desses conceitos durante toda a música e ao fim eclode em um resultado positivo de autoaceitação e amor próprio, tendo um refrão bem estruturado e um Outro bem alocado com o que ela desejava transmitir. \"Rest In Peace, My Love\" dá prosseguimento a essa nuance amorosa, desta vez abordando como o eu lírico está desgastado, confuso e sozinho, pecando contra seu argumento anterior em que evocava o amor próprio. Se houve uma intencionalidade neste quesito há de se admirar, já que nem sempre o resultado do que esperamos após um término é satisfatório, aqui temos uma Alice mais aberta a suas emoções, mas ainda temos a sensação de que o Eu lírico sempre fica no \"Quase lá\", não há um fechamento para nenhuma das duas faixas até aqui, sempre há uma ponta solta que se espera concluir na próxima. Em \"Raindrops\" temos uma abordagem mais metafórica, o que traz um frescor ao leitor de modo geral, ainda mantendo a narrativa acerca das fases de dor após um término desastroso, aqui temos versos mais alinhados e uma linha interessante que acreditamos que ela deveria seguir em próximos projetos. \"The Best Of Both Of Us\" uma das melhores canções da obra, traz como colaborador o cantor ZANE em um dueto muito interessante, que apesar de ainda manter a mesma narrativa das faixa anteriores, aprimora o lirismo com nuances metafóricas, literais e coesas que abrilhantam a música como um todo, pontos muito positivos para a segunda estrofe e refrão que conseguiram capturar a atenção de maneira impar. Dando seguimento, \"Warzone\" também traz um novo olhar ao que ela sente sobre o amor entre duas pessoas e encara uma visão (talvez mais agressiva e crua) acerca de como o eu lírico se enxergava/enxerga dentro de um relacionamento, não está claro aqui se Alice fala acerca do passado ou do que ela almeja do futuro e talvez isso embaralhe um pouco o entendimento da linha narrativa. \"Faux Prototype\" traz consigo um conteúdo totalmente diferente do que vimos em Voicenote Vol. 1, é uma música satírica, agressiva e irônica acerca de si mesma e dos que a subestimaram de alguma maneira, é uma canção inteligente e bem estruturada em diversos segmentos, funcionaria melhor em outro projeto da cantora, mas aqui ele não faz sentido dentro do que já estávamos amarrados a acompanhar até então. Por fim, em \"Amour\" Alice disserta sobre o que ela idealiza como o amor em suas formas de conforto, segurança e afeto. Ela segue um pressuposto interessante sobre o que ela vê naquele que ama, é uma canção com uma vibe diferente das anteriores e estaria melhor posicionada em outro espaço do projeto, mas nao ao final. Os visuais são simples, não demonstram muitas firulas ou artifícios que abrilhantem o trabalho, seja em fonte, alocamento do texto ou escolha de imagens, quem sabe futuramente ela possa encorporar maneiras de trazer esse quesito visual de uma forma mais cativante. De modo geral, Voicenote Vol.1 sempre retorna ao mesmo tema de uma maneira que pouco auxilia o leitor a prosseguir esperando novidades, sempre permanecemos dois passos a frente e um atrás (Com poucas ressalvas), talvez um posicionamento das faixas traria uma melhor facilidade nesse quesito, visto que inicialmente torna-se cansativo acompanhar o mesmo tema. Apesar disso, esse projeto mostra uma ótima habilidade lírica em Alice que a ajudará em projetos futuros, caso ela conduza suas ideias de uma forma mais dinâmica, esperamos que ela nos surpreenda novamente.

The Line Of Best Fit
Alice apresenta o \"VOICENOTE, Vol 1\", um EP que soa como um vislumbre de uma nova era. A primeira faixa, \"Cloudy\", aborda a temática da perda de um relacionamento de maneira singular, trazendo reflexões sobre o mecanismo do amor romântico. Liricamente, a música é simples, com linhas não muito elaboradas poeticamente, embora o refrão seja fluído em comparação com o restante da letra. \"Rest In Piece, My Love\" segue o conceito da música anterior, mas com uma letra mais expressiva e reconfortante. No entanto, a faixa seguinte parece finalizar o arco do término de forma repetitiva em comparação com as outras músicas, deixando algumas dúvidas sobre a identidade por trás da letra. Em \"The Best of Both of Us\", colaboração com ZANE, há uma sensação de novidade, com uma perspectiva diferente sem fugir da temática inicial. A letra se destaca positivamente na obra. “WARZONE\" apresenta problemas semelhantes a “Rest In Piece, My Love”, deixando a sensação de que ainda não conhecemos bem quem é Alice, o que deveríamos saber considerando seu histórico musical. \"Faux Prototype\" é criativa ao abandonar alguns ideais paradigmáticos da temática comumente usados pela indústria, o que é valioso. Já “Amour” não se destaca, nem positiva, nem negativamente. Visualmente, o EP é desconexo, com as páginas do encarte não se comunicando entre si nem transmitindo uma mensagem clara. A contracapa é mais impactante que a capa, apesar do código de barras gigantesco no canto, que parece desnecessário. Alice não é uma artista novata e suas letras provam isso, embora precisem de alguns ajustes para se tornarem realmente poderosas e efetivas. No geral, “VOICENOTE, Vol 1” parece passar despercebido e não demonstra muita força para se destacar em meio a outros projetos e na carreira da cantora.

Spin
Após algum tempo longe dos holofotes da indústria, ALICE retorna com seu novo Extended Play intitulado “VOICENOTE vol.1\" que mescla os gêneros Dance e Alternativo, com sete canções em sua estrutura. \"Cloudy\" apresenta uma letra mais clássica e ligada a decepções amorosas, apesar de não fugir dos clichês românticos, a faixa apresenta uma ideia avançada e bem feita com uma ótima estrutura, que se liga muito em entre si. \"Rest In Peace, My Love\" apresenta uma estrutura confusa em si, com duas canções em uma que acabam não casando muito bem entre si e com versos redundantes e sem muita criatividade em geral na faixa. \"Raindrops\" tem uma ideia mais direta e com referências claras, mas que apresenta uma enorme redundância ao seu decorrer em si, o refrão da faixa é sem dúvidas o seu apogeu, marcado por ideias mais criativas por parte da artista. \"the best of both of us\" com ZANE é sem dúvidas a melhor canção do Extended Play até aqui, onde os artistas combinam perfeitamente com versos que se ligam e criativos, saindo da zona de conforto de algumas faixas já apresentadas até aqui. \"WARZONE\" não consegue se desenvolver como a faixa anterior, aqui ALICE acaba limitando drasticamente suas ideias, tornando a faixa redundante e sem tanta criatividade em si, com ponto alto em sua ponte. \"Faux Prototype\" acaba soando sem tantas ideias e extremamente redundante, com rimas fracas que não combinam tanto entre si, que a acabam diminuindo a qualidade da faixa até aqui, não executando tão bem a ideia. \"Amour\" é uma faixa muito bem escrita e idealizada, aqui a cantora consegue passar todos os seus sentimentos aos ouvintes, concluindo muito bem o Extended Play. O visual não é tão bem executado assim, destoando muito das letras, apresentando cores que não combinam muito bem entre si e extremamente simples, sem muita criatividade. Em suma, ALICE nos apresenta um projeto com um bom potencial, mas que com um cuidado e revisão melhor, poderia ser ótimo, deixando um alerta para próximos trabalhos da artista.

Billboard
ALICE lança seu EP promocional “Voicenote Vol. 1”, com o propósito de explorar novas nuances da música eletrônica com pitadas do alternativo em músicas que tem como principal teor, narrar sentimentos presentes em “mensagens de voz”. O EP se inicia com “Cloudy”, faixa que tem como propósito retratar as turbulências do fim de um relacionamento, ao mesmo passo que se apega as lembranças. A segunda faixa é “Rest In Peace, My Love” e, aborda a questão de insuficiência pessoal e seus pensamentos mais sombrios e como isso pode ser o motivo para a própria ruína da artista. “Raindrops” é uma faixa sobre traumas e cicatrizes, traduzindo tais circunstâncias em razões e motivos para a superação e resiliência em relação ao presente e futuro. “the best of both of us”, é uma parceria com o cantor ZANE, e é extremamente pessoal e sentimental/ melancólica, discorrendo pelo dueto essa necessidade em ambígua de precisar ser sua melhor versão para o seu companheiro. Em “WARZONE” ALICE adota uma postura mais romântica e, usa a metáfora de “zona de guerra” para descrever os caminhos em que percorreu até se apaixonar por esse novo alguém. Se em “WARZONE” ALICE parecia romântica e mais tranquila, em “Faux Prototype” a cantora decide apostar em sua personalidade mais agressiva, onde canta na faixa sobre a dualidade de personalidade que uma pessoa pode ter ao se tratar de ferir e mascarar suas intenções na sua frente ou por suas costas. Finalizando o EP, temos “Amour” que é mais uma canção bem romântica e, apresenta a artista em um capítulo mais tranquilo e amoroso, possibilitando um desfecho muito bom para o projeto. Liricamente a extended play segue uma linearidade bem positiva, trazendo nuances e habilidades líricas bem expressivas para a cantora, mostrando uma certa evolução em relação a projetos anteriores, tendo destaques bem positivos em “Raindrops” e “Amour”, onde ALICE consegue sintetizar de maneira mais clara e objetiva todas os seus sentimentos. Já visualmente, temos uma estética desenvolvida pela própria cantora, onde a simplicidade se torna o personagem principal. Existem elementos que fazem sentido, mas num contexto geral é um pouco aquém do nível lírico apresentado, dando a impressão de que poderia ter existido uma versão um pouco mais polida e densa para o projeto. Em sumo, o “Voicenote Vol. 1” é um projeto que acrescenta bastante para a carreira da artista, mesmo que em alguns momentos certos pontos possam acabam fazendo com que o mesmo passe despercebido pelos olhos do público em geral, entretanto, sendo também o motivo para que prestemos atenção no que a artista irá trazer em um futuro grande projeto, mesmo que o ajuste de alinhamento e desenvolvimento de esferas líricas e visuais estejam na mesma página para que esses pequenos detalhes não a atrapalhem outra vez.
Los Angeles Times
“Voicenote, Vol. 1” se introduz ao mundo como um extended-play disposto a mostrar a versatilidade lírica e musical da cantora, compositora e ocasionalmente produtora ALICE. Explorando temas mais diversificados, como a artista também se propôs em projetos anteriores, o EP serve como uma carta intimista para o público que a acompanha. Já na primeira faixa, “Cloudy”, nota-se um lado mais vulnerável de ALICE diante de um relacionamento que chegou ao fim. Ela parece desnorteada a princípio, sem entender como pode se reacostumar a uma vida sem sua pessoa amada, mas à medida que a faixa progride, ela também entende que isso é mais possível do que imagina; é uma boa carta de entrada para o ouvinte que queira entender mais como as emoções da cantora funcionam. Seguindo a ordem das faixas, tem-se “Rest in Peace, My Love”, onde a aura de alternative pop embala uma letra que descreve um misto de saudade que ela sente de uma pessoa que não está mais por perto e uma culpa onde ela parece entender o porquê de não estar mais com aquela pessoa, tomando para si os motivos pelos quais ela se encontra na situação de arrependimento. Apesar de manter o tema da primeira canção, aqui, ela explora o contexto de forma mais profunda, sendo um ponto positivo para o projeto. Em “Raindrops”, ALICE assume uma atitude mais introspectiva e discute sobre como as dores e decepções do passado a destruíram em um primeiro momento, mas logo evoluíram para que ela encontrasse uma nova força em si mesma e um olhar mais esperançoso para seu futuro. A estrutura e as emoções usadas na faixa a elevam ao status de uma das composições mais bem polidas da carreira da cantora, sendo profunda em sua simplicidade. Já em “The Best of Both of Us”, ALICE une forças e melodias com o cantor ZANE para uma colaboração que entrega uma mudança quase que radical de estrutura e desenvolvimento diante das faixas anteriores; os dois artistas ponderam sobre como o relacionamento entre ambos começou a ruir devido a fantasmas internos interferindo na harmonia que pareciam viver, e ainda que a mudança para uma complexidade lírica estranhe o ouvinte em um primeiro momento, torna-se uma expressão curiosa de se acompanhar. “Warzone” mostra uma vulnerabilidade diferente da cantora, sob um ponto de vista mais romântico e por vezes erótico, comparando a chegada de um novo amor à sua vida ao começo de uma nova guerra, mas que a causa mais prazer do que uma dor propriamente dita. Há um tom de experimentação entre o indie e o eletrônico que acaba comprometendo um pouco da fluidez entre os versos, mas a faixa se mantém em sua linha como uma boa adição ao EP. “Faux Prototype” imerge no hyperpop para falar sobre uma figura que ALICE acredita estar tentando copiar tudo e todos ao seu redor, inclusive a própria artista que profere tais palavras; apesar da intenção mais ácida, o mergulho desenfreado em explicitar as mais diversas metáforas tecnológicas termina por deixar a canção sem muitas direções para onde ir, sendo um ponto fora da curva que poderia ser melhor retrabalhado para chegar ao seu destino. A faixa de encerramento do projeto, “Amour”, amarra as pontas narrativas do EP no modo como ALICE se revela entregue ao amor que havia encontrado em “Warzone” e descreve momentos mundanos entre os dois que a fazem feliz e alheia ao que o resto do mundo diz sobre eles. É uma canção divertida e que explora esse lado mais tranquilo da artista, mas que pode soar engessada em alguns versos. Quanto à sua produção visual, “Voicenote, Vol. 1”, assinada pela própria ALICE, esta peca por uma falta de cuidado no polimento e desenvolvimento, com um encarte de construção que se perde no seu próprio caminho de chamar a atenção para as faixas em si, o que acaba por diminuir o potencial do projeto com o público fiel e o externo. Num geral, é um extended-play que se apoia mais exclusivamente na lírica cada vez mais definida de ALICE, mas cujos visuais destoam de suas reais intenções e prejudicam a experiência completa, que poderia ter sido mais duradoura com uma finalização mais apropriada.
AllMusic
Com sete faixas inéditas, a cantora francesa Alice introduz o “VOICENOTE, Vol 1” para o público mundial. Dando a entender que é apenas uma pequena parcela de um projeto maior e mais ambicioso, o EP deveria transitar entre o suave e o agitado com seus dois gêneros principais – Alternative e Dance –, mas falha de forma lamentável. Em “Cloudy”, temos a primeira faixa do disco. Vemos a dor da perda de um relacionamento numa letra completamente melancólica que se mescla com um instrumental animado cheio de elementos de um Trap-Pop básico. Nela, um bom repertório foi usado, ainda mais com a enfatização do amor e seu término serem apenas um mito, se destacando e mudando um pouco, saindo de algo que soaria extremamente genérico. A letra pode se distanciar do que está sendo representado nas batidas, então não foi uma ótima forma de começar esse projeto. E então, a próxima faixa surge. “Rest In Piece, My Love”, continua com a mesma temática da música anterior, mas consegue abordar um instrumental mais consistente e trechos mais marcantes. “Desabando sozinha no meu quarto / Não há ninguém aqui para culpar, além do fato / Despencando na minha própria cova” destaca bem esse sentimento de luto, e quando se envolve com os sintetizadores de um dramatic EDM, um grande “hino” nasce. Ela merece muito destaque. Na terceira faixa, Alice começa a se reerguer do luto. Com um instrumental que aos poucos soa cansativo, a letra vai junto com isso. É uma das composições mais fracas do EP, não tendo um destaque ou algo impactante que fizesse se sobressair diante do resto. Convidando ZANE para apoiar o projeto, “The Best of Both of Us” é uma canção que se afasta totalmente do que já estava sendo apresentado, já que introduz um Pop mais suave. Mas, mesmo não sendo totalmente o que o projeto mostrava, sua letra tem um bom destaque – “O seu amor foi como uma arma, que ao disparo no meu coração [...] Apenas saiba que ainda mantenho sua bala alojada” foi uma ótima jogada –. Aqui, a confusão já inunda o projeto. Do nada, uma canção que mistura um Pop Rock melódico e o Alternativo surge – por que está categorizado como uma faixa Dance? na descrição da faixa? –. “WARZONE” não condiz em nada com o EP, além de mais uma abordagem de luta, amor e perda em sua letra. Em “Faux Prototype”, um suspiro de vida aparece. A temática da canção consegue se destacar só por não ser mais outra faixa clichê – mesmo que ainda aborda os sentimentos amorosos –. Ela foi uma boa escolha para ser single, por conseguir ter uma letra impactante, dando uma iluminação no fim do túnel. E, finalizando, a sétima faixa é o primeiro single do projeto. “Amour” consegue também se sobressair, mesmo que continue apresentando um instrumental que parece aleatório e desconexo. Foi uma boa abordagem para finalizar, já que esse tipo de Rock consegue trazer uma boa sensação de aconchego. Com sete faixas inéditas, a cantora francesa Alice introduz o “VOICENOTE, Vol 1” para o público mundial. Dando a entender que é apenas uma pequena parcela de um projeto maior e mais ambicioso, o EP deveria transitar entre o suave e o agitado com seus dois gêneros principais – Alternative e Dance –, mas infelizmente desliza. Em “Cloudy”, temos a primeira faixa do disco. Vemos a dor da perda de um relacionamento numa letra completamente melancólica que se mescla com um instrumental animado cheio de elementos de um Trap-Pop básico. Nela, um bom repertório foi usado, ainda mais com a enfatização do amor e seu término serem apenas um mito, se destacando e mudando um pouco, saindo de algo que soaria extremamente genérico. A letra pode se distanciar do que está sendo representado nas batidas, então não foi uma ótima forma de começar esse projeto. E então, a próxima faixa surge. “Rest In Piece, My Love”, continua com a mesma temática da música anterior, mas consegue abordar um instrumental mais consistente e trechos mais marcantes. “Desabando sozinha no meu quarto / Não há ninguém aqui para culpar, além do fato / Despencando na minha própria cova” destaca bem esse sentimento de luto, e quando se envolve com os sintetizadores de um dramatic EDM, um grande “hino” nasce. Ela merece muito destaque. Na terceira faixa, Alice começa a se reerguer do luto. Com um instrumental que aos poucos soa cansativo, a letra vai junto com isso. É uma composição interessante, mas acaba que não tem um impacto que a fizesse se sobressair diante do resto. Convidando ZANE para apoiar o projeto, “The Best of Both of Us” é uma canção que se afasta totalmente do que já estava sendo apresentado, já que introduz um Pop mais suave. Mas, mesmo não sendo totalmente o que o projeto mostrava, sua letra tem um bom destaque – “O seu amor foi como uma arma, que ao disparo no meu coração [...] Apenas saiba que ainda mantenho sua bala alojada” foi uma ótima jogada –. Aqui, o projeto começa a caminhar por um meio distante. Uma canção que mistura um Pop Rock melódico e o Alternativo surge – por que está categorizado como uma faixa Dance? na descrição da faixa? –. “WARZONE” continua com mais uma abordagem de luta, amor e perda em sua letra, se perdendo no instrumental. Em “Faux Prototype”, o projeto se ilumina. A temática da canção consegue se destacar só por não ser mais outra faixa tão comum – mesmo que ainda aborda os sentimentos amorosos –. Ela foi uma boa escolha para ser single, por conseguir ter uma letra impactante e de destaque. E, finalizando, a sétima faixa é o primeiro single do projeto. “Amour” consegue também se sobressair, mesmo que continue apresentando um instrumental que parece aleatório e desconexo. Foi uma boa abordagem para finalizar, já que esse tipo de Rock consegue trazer uma boa sensação de aconchego. Em sua totalidade, o EP é bom, mas ainda falha, principalmente com a abordagem de suas composições. O disco poderia ser sobre términos amorosos, mas quando é lido, a maioria de suas faixas falam a mesma coisa, utilizando do mesmo repertório e repetindo sentidos. Os instrumentais também se perdem em diversos casos se analisado como um conjunto, mas há faixas que conseguem se destacar de forma individual – como “Rest In Piece, My Love” e “The Best of Both of Us” –. Por se tratar de apenas um volume, tudo pode fazer sentido no final, mas o “VOICENOTE, Vol 1” é um pouco instável.

Variety
ALICE retorna com o extended-play “Voicenote Vol. 1”, projeto composto por 7 canções que buscam explorar seus dotes musicais e a mesclagem da música Alternativa ao Dance. “Cloudy” inicia retratando o sentimento doloroso do fim de uma relação, aqui com todas as lembranças boas e de tudo que foi vivido junto a pessoa amada. É uma canção que segue uma linha de raciocínio bem interessante, e traz alguns deslizes em certos momentos (como em algumas linhas do segundo verso), mas num geral é forte e bem escrita. “Rest In Peace, My Love” traz uma certa confusão pela presença de duas versões da mesma canção na página, com letras um pouco diferentes. Mas sintetizando o que pude analisar, é uma canção que segue a faixa anterior, mas com um sentimento mais autodestrutivo da artista. O que acaba sendo um pouco ruim para a faixa é como ela parece acabar abruptamente, além de algumas partes que parecem repetir o que já havia sido dito anteriormente. “Raindrops” é bem forte, e Alice desenvolve a canção muito bem. Aqui falando sobre as cicatrizes do seu passado e a sua relação e visão sobre elas como um símbolo da sua luta e um motivo para seguir lutando e perseverando, é uma faixa bem escrita e que segue bem seu conceito, sem problemas na sua estruturação, sendo uma ótima candidata para ser um single no futuro. “the best of both of us”, uma parceria com ZANE, é sentimental e bastante confessional. Aqui sendo estruturada como um dueto (ou seja, sem especificação de partes delegadas apenas para um artista ou outro), a canção é realmente muito boa, mas por vezes não parece seguir muito o caminho de ALICE e parece mais uma faixa apenas de ZANE, principalmente pelo seu conteúdo lírico, que se assemelha aos relacionados ao seu disco “AUTOGNOSE”, algo que afeta um pouco a identidade do projeto da artista. “WARZONE” muda o caminho do EP, aqui sendo uma canção que aborda se apaixonar e se render a um novo amor, mas com um background que mostra que sua luta travada está levando ela a um novo caminho, límpido e promissor. “Faux Prototype” segue algo mais “shady”, aqui basicamente falando sobre a falsidade e como ela parece clara aos olhos de todos, e como isso se mostra explícito aos olhos das outras pessoas. É uma faixa que choca por estar em um projeto que parecia falar mais sobre o amor, mas essa diversidade é bem positiva por mostrar algo bem executado pela artista. “Amour” finaliza o EP com uma canção apaixonante e que mostra Alice em um momento positivo e cheio de amor em sua vida. A letra é bem escrita e segue bem sua premissa, sendo muito positiva no projeto. O visual, produzido por Alice, é bem simples e um pouco amador. Provavelmente é a parte mais fraca do projeto, e poderia ter sido melhor trabalhada pela artista, até mesmo pela sua inclusão na aba “arte” que não acontece, e usos do photoshoot utilizado para além da capa. Num geral, “Voicenote Vol. 1” é um projeto com seus altos e baixos, mas num sentido geral é um EP que pode mostrar a Alice os pontos necessários para atingir todos os parâmetros que podem mostrar ao público seu talento por completo e sem empecilhos no caminho.