Tocando agora:
FLAMING JUNE - MOE
Ouvintes:
321,555

prologue - SUHUKI
64

American Songwriter

70

SUHUKI lança o seu extended play intitulado de ‘prologue’. Trazendo uma premissa sombria, o trabalho se propõe a ter um formato de conto e narrativa atrelados a uma atmosfera específica de frio e terror. O projeto abre com ‘ghost farm’, recheada de metáforas, a canção contém boa estrutura lírica e versos poéticos e intrigantes, trazendo uma quê mistério e tristeza para esse início, ainda com toques de misticidade e terror. A segunda faixa, ‘Mud Stain’, segue o tom sombrio instaurado pela sua antecessora, dessa vez menos focado em um tom abrangente e fantasioso, mas em aspectos do próprio eu lírico e seus traumas, entregando belas passagens como: “O passado é como uma pequena mancha de lama / Facilmente removível, mas que encarde se não for lavada logo”. ‘Doll’ é outra faixa que mostra o potencial da artista em contar histórias e criar versos poéticos para agregar às suas canções. Ainda que um pouco óbvias, as correlações e metáforas utilizadas em ‘Doll’ funcionam bem dentro do seu contexto e concedem um tom inocente e, ao mesmo tempo, insano a uma narrativa sombria. A quarta faixa é ‘sailor in the sea’, sendo uma faixa que soa deslocada em um projeto que se propõe a contar uma narrativa, além de não contar com a mesma força poética das três faixas anteriores. A penúltima faixa é ‘mélancolie des contes’, destacando-se de forma bastante positiva neste final do EP, expondo a criatividade de SUHUKI ao quebrar a quarta parede em sua ponte e entregando os quatro melhores versos do álbum nela. O EP se encerra despretensiosamente com ‘mon bourgeon de fleur’, faixa bônus em homenagem a uma grande amiga do eu lírico. Escolher esta faixa para encerramento com certeza não foi a melhor decisão, uma vez que o projeto terminaria de forma mais coesa e majestosa com é ‘mélancolie des contes’. Ignorando este fato, a faixa carrega uma composição delicada e de versos curtos, surpreendendo logo de começo com o início: “Meu pequeno botão de flor/ Eu consigo sentir de longe tua essência / Fico tão feliz por ver-te banhada pelo orvalho / Fresca e serena, tão jovem quanto o novo dia”. Em uma narrativa tão rica e poética, quando o assunto é visual, ‘prologue’ é insuficiente quando são consideradas as inúmeras possibilidades e referências com potencial de serem alocadas no encarte. Por fim, ‘prologue’ entrega boas composições e obtém sucesso em transmitir a sua atmosfera misteriosa e mística, mostrando que SUHUKI tem potencial para alçar grandes voos , apenas precisa ficar mais atenta em detalhes de coesão, execução e organização em seus próximos projetos.

Los Angeles Times

61

Com \"prologue\", seu mais novo extended play, SUHUKI visa nos introduzir ao universo que deu origem ao teu primeiro EP, batizado como \"i see you\". Com um total de 6 canções, o novo projeto da estrela nipo-coreana, brinca com idiomas, trazendo canções com elementos em francês, e apresenta um lado mais reflexivo e muito mais fantasioso do que no trabalho anterior e que vem a ser uma sequência direta deste. Na primeira faixa, a canção \"ghost farm\", traz um eu lirico mórbido, numa atmosfera um tanto quanto bucólica, que lida com a solidão e a morte; além de tentar manter o cultivo daquilo que não mais tem vida, como alguém em negação. É uma faixa um tanto bem feita e que traz uma atmosfera bem interessante e curiosa. Já em seguida, somos levados a uma festa do chá com \"mud stain\" e aqui um tom quase que de fábula é o que reina. Apesar da obra que abre este trabalho fazer o uso de metáforas, a esta altura nós temos algo completamente diferente. A linha de conto de fadas acaba dando um ar muito mais lúdico a esta canção e, por isso, tira um pouco do peso da canção. Soando, em alguns momentos, como algo extremamente pueril e sem qualquer conexão com sua antecessora. \"Doll\" dá sequência a esse trabalho e, novamente, não há uma conexão ou linearidade temática - embora existam referências àquela que lhe antecede. A lírica novamente recorre a um toque mais pueril. \"Sailor in the sea\" talvez seja a que mais se assemelhe com algo do \"i see you\". Com uma letra que reforça a imagem de SUHUKI como uma pessoa destemida e que adora se aventurar. Entretanto, a canção, novamente, não combina com as que foram apresentadas até aqui. O único single, \"mélancolie des contes\", chega e traz a primeira da dupla de canções em francês e ela vem para fazer o encerramento. Com uma letra que referencia algumas outras que a antecederam e deixa um recado sobre o futuro para os ouvintes, mesmo sendo muito bem escrita e bonita; a canção acaba não cumprindo sua função de desfecho. A bônus track \"mon bourgeon de fleur\" vem a ser algo completamente descartável, justificando a sua escolha por ser apenas uma faixa extra. O visual assinado pela própria artista enfrenta o mesmo problema que a sua lírica: é inconstante. Visuais simplórios podem ser bonitos e consisos, porém aqui o que temos é um visual simples e que varia muito; tal coisa indo desde a sua capa, até mesmo as páginas de seu encarte. No geral, SUHUKI traz uma proposta interessante e, até então, única com o seu \"prologue\", contudo a sua execução não vem a ser a mais precisa. A falta de uma linearidade temática e de estilo lírico quebram totalmente o seu potencial narrativo, e tal coisa impacta até mesmo o visual.

The Line Of Best Fit

80

Lançado como seu segundo Extended Album, \'prologue\' não apenas, mas supera as expectativas de evolução da talentosa cantora Suhuki, Contudo, mesmo alcançando novas alturas, ainda não atinge o pico de sua maestria artística. Sob a autoria exclusiva da artista, tanto na produção quanto na composição, temos um trabalho que se distancia da imagem anteriormente apresentada.. Antes dominado por tons rosa e coloridos, agora somos envolvidos por uma estética mais séria e sofisticada. O trabalho funciona com nuances de segmento teatral da música clássica, algo do qual a artista tem muito conhecimento. Começando com a canção // ghost farm //, uma peça melodramática que retrata a solidão e desolação de Suhuki, fazendo uma analogia com uma fazenda infrutífera. É uma canção sincera, carregada de sobrecarga emocional. Logo em seguida somos apresentados a // mud stain // uma canção poética que continua a explorar a realidade criada pela imaginação da artista. Com uma mensagem de superação e renascimento, Suhuki entrega algo ilusório e delicado. // doll // adiciona mais camadas ao enredo que vinha sendo escrito, dessa vez acompanhamos um objeto inanimado. Ao retratar a perspectiva de uma boneca que tem sentimentos, a canção apresenta muitas referências interessantes como uma boneca de porcelana que deseja carinho e genuíno, uma das melhores composições da artista. // mélancolie des contes // encerra o trabalho de forma sutil e esclarecedor, revelando que toda a narrativa foi um grande devaneio da imaginação da artista, que a faz duvidar da realidade na canção. O EP ainda conta com a bônus track // mon bourgeon de fleur //. A narrativa das canções são boas, mas algumas composições ainda carecem de profundidade e algumas músicas precisam de uma construção mais sólida para atender às nuances do estilo clássico alternativo. O design visual é bastante simples, caracterizado por imagens sem muitos truques e efeitos especiais. O pouco de edição por cima das imagens se torna um problema visível, dá pra notar que não existe um capricho e nem esforço notável no desenvolvimento do encarte, o que impossibilita destacar novidade no seu processo final. Além disso existe uma sensação de vazio, especialmente porque o trabalho parece se encerrar no encarte. Suhuki ainda é uma artista que vai surpreender, apenas precisa evoluir.

Variety

52

SUHUKI apresenta aos seus ouvintes “prologue”, seu segundo extended-play e projeto que antecede o seu primeiro disco. Iniciando pela faixa “ghost farm”, a primeira impressão é um pouco decepcionante: a ambientação da faixa é de início interessante, mas ao decorrer da canção, SUHUKI faz uso de certas alegorias de modo supérfluo e longe de um uso pertinente em sua síntese, mas a canção traz em partes uma boa introdução. É uma faixa que, entretanto, traz uma falta de seriedade, além de ser curta e com um desenvolvimento bem mediano. Se construída com uma maior expressividade e densidade em sua letra, conseguiria ser uma faixa forte. “mud stain” tenta se imergir em uma fantasia com seu conceito, mas a faixa parece um compilado de ideias sem conexão muito clara, com uma letra com palavras totalmente fora de um forte lírico, e que acabam tornando essa fantasia algo dispensável. A artista poderia seguir uma letra com usos simples e formatações padrões, se atentando à conexão das linhas, assim precisando de um norte mais visível e claro. “doll” continua nos mesmos erros intensamente decepcionantes; a letra traz uma infantilidade fora de uma lógica artística compreensível, com um protagonismo de ideias aleatoriamente encaixadas, como em um quebra-cabeça sendo montado ao contrário… principalmente quando se diz a respeito dos seus versos, com um conteúdo sem sentido. “sailor in the sea” intensifica a decepção, com uma composição muito rasa e linhas que soam cômicas, como “Sou Capitã SUHUKI no controle, vivendo a vida como se o fim fosse hoje”, sem uma certa visão do que ela realmente quis dizer com uma abordagem dessa forma, que leva o projeto a uma curva ainda mais tênue. “mélancolie des contes” finaliza o projeto (desconsiderando a faixa bônus) com um sentimento menos decepcionante do que imaginado pelo decorrer; por mais que a faixa ainda caia em diversos erros já citados, o refrão traz um alívio ao ouvinte, após tantas surpresas estranhas. O seu visual é simples e fantasioso, mas seu processamento gráfico é mal conduzido; as imagens com resolução baixa e tipografia sem um cuidado devido acabam deixando o projeto apagado em seu âmbito visual. Num geral, “prologue” não é um projeto que mostra o potencial e talento que SUHUKI possui e mostrou em seus outros projetos, mas ele serve de alerta para a artista do que funciona e o que não funciona em sua desenvoltura.

TIME

54

Dando continuidade a sua curiosa narrativa com mais um trabalho, a artista nipo-coreana SUHUKI apresenta seu segundo extended play, intitulado ‘prologue’. Fazendo jus ao seu nome, neste EP a novata deixa claro o seu intuito como um prólogo para a continuação da história pós acontecimentos abordados em ‘i see you’, mostrando uma faceta renovada em busca de redenção e uma compreensão interessante e mais profunda acerca da sua natureza. O conceito por trás do ‘prologue’ é desafiador e interessante, pois explora a evolução da personagem de SUHUKI, desviando-se do estereótipo de vilã para revelar uma sensibilidade inata pela beleza da vida. A atmosfera bucólica e as referências a fábulas e ao universo de ‘Alice no País das Maravilhas’ são elementos cativantes que prometem envolver os ouvintes em uma jornada emocional. No entanto, o EP deixa a desejar na execução musical. A falta de musicalidade, poucas rimas e a ausência de figuras de linguagem que enriqueceriam o gênero musical tornam a experiência superficial. O trabalho se assemelha mais a um conto de histórias do que a músicas, o que é uma pena, carecendo de uma estrutura de canções que poderia torná-lo mais envolvente. O tema bucólico, embora presente na primeira e mais bem desenvolvida faixa ‘ghost farm’, se perde nas subsequentes, que adotam um tom infantilizado e teatral (o que não é um deslize desde que possua estrutura e musicalidade), sobretudo em ‘mud stain’ especialmente no trecho: “Um toc, toc interrompe meu sono às 7h da manhã, a senhora camundongo veio me buscar para o chá” e em ‘sailor in the sea’ no trecho: “Sou Capitã SUHUKI no controle, vivendo a vida como se o fim fosse hoje”, não aproveitando plenamente o potencial narrativo e uma conexão abrangente e diferenciada com ‘Alice no País das Maravilhas’. A penúltima faixa ‘mélancolie des contes’ poderia ter sido um encerramento adequado para o EP, mesmo com trechos em francês que não possuem tradução alguma e de certa forma dificultam a experiência de quem consome e/ou avalia seu trabalho (mas que ainda sim não é um grande problema), a faixa traz uma sensação de melancolia que se alinha com o tema geral. No entanto, a inclusão da faixa bônus, ‘mon bourgeon de fleur’ desencadeia uma sensação de “reabertura\" do que já havia sido encerrado, confundindo o ouvinte e prejudicando a sensação de conclusão. Essa escolha compromete a coesão do trabalho, já que a sensação de término e, posteriormente, de continuação da narrativa, deixa o ouvinte em um estado de confusão, minando a experiência global do EP. Seria mais interessante se ‘mon bourgeon de fleur’ viesse após ‘doll’ e assim o EP teria uma linha mais coesa, apesar da última faixa ser bônus. Como já dito, a coerência no ‘prologue’ parece promissora, especialmente considerando a descrição cuidadosa dos fatos que acompanham a jornada de SUHUKI. Ainda assim, mesmo com alguns deslizes, é notável o esforço da artista em criar um universo narrativo que se desdobra ao longo do EP, criando uma sensação de continuidade que, embora frágil, é digna de reconhecimento. Em relação ao visual simples da obra, isso não é um ponto negativo, pois não interfere na qualidade das letras e nem do trabalho em si. São utilizadas imagens com uma ótima fotografia e uma estética mais sombria e que conversa com a proposta outrora defendida pela nipo-coreana. No entanto, a falta de clareza no propósito do trabalho, que foge do visual e especialmente dada a narrativa envolvente que poderia ter sido explorada de maneira mais eficaz, é uma falha notável. Sendo assim, é importante destacar o potencial de SUHUKI, especialmente após o lançamento de ‘L\'oiseau de Feu’, que demonstra sua capacidade de criar músicas envolventes, criativas e com um alto nível de musicalidade. Espera-se que ela desenvolva suas composições com um foco mais centrado no que a música exige de fato, não necessariamente adotando uma gramática rebuscada, mas se concentrando em criar conteúdo musical que conte histórias fantásticas de maneira mais madura e atraente. Logo, o ‘prologue’ pode ser encarado como um tropeço em sua jornada, mas com o aprendizado intrínseco de que ela tem o potencial de crescer e amadurecer como artista, entregando trabalhos mais consistentes e grandiosos no futuro.

Pitchfork

79

Em seu segundo extended play, Suhuki continua a história de seu antigo trabalho e dá um ponto final em suas alucinações com composições que variam entre brilhantes e aceitáveis pelo tema proposto. Começando com \"Ghost Farm\", a canção demonstra uma atmosfera mais neutra; onde dá para sentir os sentimentos de Suhuki de forma presente, mas não apresenta nenhum momento lírico surpreendente. A faixa se torna aceitável, mas apresenta versos tímidos e minimalistas, dando a sensação de que poderia ter sido melhor aproveitada. \"Mud Stain\" carrega uma lírica mais apurada do que a anterior, onde é narrada uma história crescente e contém versos mais cativantes e complexos. O refrão da canção consegue passar inteiramente a mensagem do projeto feita por Suhuki. \"Doll\" inicialmente transparece ser uma canção \"boba\" através de seus versos mais infantilizados em alguns momentos, mas sua mensagem por trás da canção faz a música ter um significado maior dentro do álbum, onde boa parte da canção transparece sutileza e ao mesmo tempo pontua firmemente a mensagem de se sentir descartável e empoeirada como uma boneca. \"Sailor in the Sea\" é a canção mais fraca do projeto em questões líricas. A faixa apresenta versos mais \"clichês\" sobre o assunto que está sendo tratado e não há uma imersão mais intensa no que Suhuki está cantando, principalmente no seu refrão; em compensação, sua ponte se destaca na canção. \"Mélancolie des Contes\" encerra as músicas principais do projeto de forma majestosa, com versos bem elaborados e elegantes durante toda a música, se destacando como a melhor faixa do projeto, sendo o ponto final na história proposta pela artista. \"Mon Bourgeon de Fleur\", como faixa bônus, embora não conectada com todo o enredo do projeto, contém versos encantadores em uma homenagem para Sakura. Seu visual é simples e minimalista ao extremo, e sua beleza é vista nos detalhes sutis e fotos bem escolhidas para transparecer a ideia de leveza ao mesmo tempo que vive em um mundo paralelo. Mas o que falta no visual é justamente um fator \"x\" que impacte de forma positiva e fizesse o álbum crescer. Suhuki entregou um projeto promissor, com uma história redonda e bem contada durante seus versos se lidos de forma a apreciar seu duplo sentido. Embora o projeto tenha alguns pontos a serem resolvidos, como uma lírica mais intensiva em alguns momentos da composição para elevar a seriedade de suas letras, o \"Prologue\" mostra que o álbum completo de Suhuki está chegando e é bastante promissor.

Spin

60

SUHUKI lança seu segundo ep, que antecede seu album debut, o já chamado \'Symphonie Fantastique Op. 1\", e forma uma uma cronologia de acontecimentos que pode resultar no que se pode esperar no seu primeiro disco estúdio. O EP \"prologue\" sucede o seu primeiro \"i see you\" e traz uma narrativa de consciência após ocorrido no seu extended play anterior. Suhuki embarca em uma jornada melancólica e confusa sobre a descoberta do que era, e quem foi por um momento. As canções são bem escritas, mas ao mesmo tempo não são tão conectadas a ponto de decifrar o que queria trazer em seu conceito; Regados por metáforas e versos fechados, ficam sub-entendido o significado do que realmente a cantora queria traduzir para o ouvinte. Canções como \"ghost farm\" e \"mud stain\" trazem narrativas bem interessantes e que se conectam como um caminho narrativo, o que se perde depois com as demais canções. Outrora, a canção \"mon bourgeon de fleur\", mesmo como uma faixa bonus, destaque-se pelo seu tom sentimental e bem escrita, como um sentimento genuíno pra uma grande amiga, não há como um ouvinte não sentir o que Suhuki sentiu ao escreve-la. O visual foi produzido pela própria e apesar de mediano pra bom, carece de uma organização, o que, com certeza, não é um grande problema, porém necessita de uma breve atenção da cantora na hora da montagem e isto diz muito sobre a atenção e o cuidado do artista na hora de entregar seu trabalho; Os visuais não trazem uma ligação com eles e se misturam com cores e cenários, outrora, demostra uma grande aptidão da cantora no seu ramo de produção, basta apenas um tempo pra adaptar-se. Por fim, SUHUKI entrega um EP que, mesmo que não seja seu primeiro, ainda necessita de mais trabalho, organização e, melhor, tempo; Uma cantora novata que está explorando o máximo da sua independência na composição e na produção, ou se arrisca ou dedica-se ao tempo, no caso de SUHUKI, com seu grande potencial, recomenda-se um tempo pra praticar, conhecer, estudar e se programar, visto que pra o que sucede o seu primeiro disco debut, esta possui todas as ferramentas, só necessita aprofundar-se no conhecimento da indústria; Deixar-se levar por conhecimento próprio é um opção e não é errado, com certeza, porém, se esta tem como ambição ter seu próximo passo um disco completo e bem saciado pelo público, necessita-se de um tempo pra sí.

AllMusic

60

Estendendo a realidade fantasiosa de seu mais recém lançamento, L\'oiseau de Feu\', a classista e ascendente compositora nipo-coreana Suhuki, registra ao universo fonográfico o surgimento deste seu segundo Extended Play, sucedendo da maneira antológica o projeto anterior \"I See you\", e agora, com novos horizontes, a estrela traz novos contos instigantes em \"Prologue\". É necessário salientar que, este é o primeiro momento em que a nossa maestra distancia-se dos primórdios do pop sul-coreano, e até mesmo japonês, aderindo para si uma faceta dentro dos aspectos do clássico, com refolgues do folk, e emaranhando-se nas mãos do aspecto alternativo. Introduzindo para a review, em \"Ghost Farm\" é perceptível o encaminhar de uma atmosfera em constante mudança, a presença onírica proposta pela instrumentalidade servida aos ouvintes, é impecável e reverente para aqueles que possuem dificuldades em imersão narrativa. A track preza em comunicar sobre um despertar da perspectiva vívida para a mórbida, uma pequena fresta entre ambas realidades que são tão opostas, e de efeitos tão universais, destaco neste momento o trecho do pós refrão, que enriquece perfeitamente a ideia proposta: \"Por que é tão difícil se despedir?/É fácil aceitar que a vida um dia acaba?\". Humildemente, \"Ghost Farm\" embora que, haja uma proposta cativante, é um tanto que inerte para a lírica desenvolver-se por si só, seu solo é válido e proativo, entretanto, o toque da sintetização fez com que a lírica não acompanhasse o prestígio de sua ideia. \"Mud Stain\" pela mesma ótica, é observado da mesma maneira que a obra anterior. Em determinadas situações, os espalhafatos banhados dentro de uma premissa dramaturga da escrita soa prescindível, em dadas ocorrências. Os luxos encontrados possivelmente são visíveis a partir do seu pré-refrão, até o direcionamento do mesmo. \"Mud Stain\" seus versos em geral não é uma ocasião de mal escritos, e sim, não tão bem trabalhados quanto o estimado, desta vez, tivemos uma leve sensação de que está sendo algo muito mais contado, do que dentro dos aspectos de cantado, como propriamente dito. A terceira faixa do disco, \"Doll\", é de longe uma das melhores composições da carreira da Idol. Uma escrita robusta é autêntica, e que cresce gradativamente no paladar dos intérpretes, a fragilidade em se doar e não obter as conclusões almejadas, sufoca o ouvinte a nível de guiá-lo em uma êxtase transcendental. A canção em destaque é digna de um reaproveitamento artístico, seja em maneira de lançamento oficializado, ou até mesmo, uma aparição em um Long Extended Play da artista, caso siga a mesma abordagem narrada em \"Prologue\". De qualquer forma, \"Doll\" não é qualquer coisa de se jogar fora, ela é calmamente comovente e profunda, é o novo clássico. A sucessora \"Sailor in the Sea\" narra um pouco mais da construção de uma narrativa heroica, a perseguição de seus objetivos e sonhos, e de como toda esta fluidez que transborda em nossos corações, custeiam-se apenas em cima de nós mesmos. A maré lírica deste conto apresentado é ameno, o que nos relembra um pouco do aspecto já apresentado na faixa de abertura do disco, é algo que é bom de se ouvir, porém, não encontra tantas exponencias aguardadas, como se as águas daquele oceano fossem sempre pacíficas e nada desbravadora, quanto alguns marinheiros gostariam que fosse. A ponte traz uma maestria para \"Sailor in the Sea\", é um teor mais vívido e filosófico, e que mesmo de curto prazo, a viagem proposta dentro destas linhas ecoam bem para o geral da música apresentada. E dando a conclusão do disco \"mélancolie des contes\", é um novo horizonte tratado pela eu-lírica, desta vez, ela está desperta para as perspectivas mundanas, e de como elas impactam no cotidiano: \"A melancolia dos contos é sobre ficar ou deixar ir/O fechar de um livro é o abrir de outro, só basta fluir\", diríamos que esta foi uma excelente conclusão dos compilados de anedotas reveladas, e novamente, Suhuki expressa o quão digna ela é de receber a notoriedade por suas composições. Em uma análise estética, a capa em destaque de \"Epilogue\" é com uma excelente fotografia, embora soe rasa apenas com um mero olhar, se encaminhar a narrativa acompanhada de \"Mélancolic Des Contes\", provavelmente, um olheiro ou indivíduo mais leigo sobre compreensão visuais, poderá acompanhar a proposta casada com a faixa que destaca de maneira mais evidente a proposta do álbum. As fotografias foram muito bem selecionadas, e representam de maneira positiva cada caso apresentado pelas faixas, o que deixou a desejar foi-se as tipografias, que de alguma forma elas ou poluem ou prejudicam mais do que agregam, além disso, as renderizações de alguma das páginas não foi tão bem programadas, algumas das próprias soam bem esticadas, o que faz perder o toque de qualidade. Em suma, Suhuki esboça novos passos de sua trajetória que está por vir, afinal \"Epilogue\" representa um dos diversos eixos que a nipônica planeja em revelar ao público, em panorama a conceituação, a Idol está a frente do tempo de diversos artistas, sejam eles os mais recentes quanto aos mais veteranos, entretanto, é necessário que a própria enrijeça sua lírica, de maneira que apresente todo a sua impactação seja visível em todos os pontos, do ocidente ao oriente.

Billboard

59

SUHUKI lançou seu segundo EP, intitulado \"Prologue\", como o próximo passo em direção ao aguardado álbum de estreia da artista que rapidamente se tornou uma influência marcante na indústria devido a sua presença charmosa e estilosa. O Extended Play se conecta com seu projeto anterior de mesmo formato, \"i see you\". O EP tenta humanizar a narrativa da protagonista, mostrando que não é má por natureza, mas sim que seus crimes foram motivados por circunstâncias justificáveis. Na primeira faixa, \"Ghost Farm\", SUHUKI acorda de um surto psicótico em um cenário morto, uma fazenda que não tem mais vida. Os primeiros versos da faixa são bem escritos, transportando-nos para a imagem imaginária do cenário. É interessante notar a liberdade da compositora ao usar trocadilhos em uma música com um toque antigo, que soa como uma cantiga. Ela funciona bem com a ideia proposta, sendo a canção simples, mas eficaz para abordar um lugar sem vida. Na segunda faixa, a cantora encontra um sinal de vida e a oportunidade de se renovar. \"Mud Stain\" está repleta de referências às clássicas fábulas e é direta em suas fantasias. Os primeiros versos da canção soam totalmente rasos, entregam uma energia teatral mas longe de serem atrativos. O destaque da canção é o refrão, oferecendo uma sensação musical genuína, principalmente na sua melhor sacada: \"O passado é como uma pequena mancha de lama, facilmente removível, mas que encarde se não for lavada logo\". No refrão, a canção finalmente faz sentido, enquanto os versos anteriores podem parecer uma enrolação desnecessária. Poderiam ter sido substituídos por metáforas mais inteligentes e atraentes. O termo \"senhora camundongo\" parece um pouco caricato e brega, mesmo casando com a proposta. Continuando na mesma linha fantasiosa, somos apresentados a faixa seguinte, \"Doll\". A composição é interessante e bem escrita, com versos imersivos e detalhados. É a canção do EP que se destaca até então, sendo simples, bem escrita e autêntica. Em seguida, passamos para a faixa \"Sailor in the Sea\", que explora perspectiva e transformação, oferecendo uma narrativa intrigante. No entanto, a construção lírica é vazia e sem inspiração, com versos rápidos e curtos. O refrão não se destaca. A ponte e o break que são muito bons, confirmam a suspeita de que é uma composição que teve partes como o refrão, preenchidos de maneira preguiçosa, dando a sensação de ter sido criada às pressas, sendo colocados ali apenas para a música ficar pronta, já que existem partes que são muitos boas e partes que são descartáveis e entediantes. SUHUKI tem potencial, mas precisa aprimorar a habilidade de criar músicas completas e envolventes. À medida que chegamos ao final do trabalho, encontramos a música \"Mélancolie des Contes\", que traz um toque de realidade após as realidades paralelas que foram vivenciadas pela fantasiosa psicopata. Esta faixa se destaca, sendo a mais sólida do projeto. Ela é tão mágica quanto as outras, mas neste ponto, conhecemos a verdadeira profundidade da nipo-coreana como compositora. Isso é o que esperamos de uma artista em ascensão: o uso de sua imensa criatividade em músicas que destacam suas melhores características. Essa música serve como um ótimo final para o álbum e, se não fossem pelas referências anteriores, que soaram enlatadas e previsíveis, poderia ter sido um belo plot twist para as histórias contadas anteriormente. Por fim, a cantora apresenta uma faixa bônus que claramente é uma homenagem a uma amiga. A música é leve e fofa, como uma declaração inocente, acrescentando um toque extra e positivo ao projeto. Visualmente, a artista optou por uma abordagem mais segura. As fotos selecionadas, embora boas, não são particularmente cativantes. A capa é simples e bonita, mas carece de elementos destacados. Na parte interna do visual, encontramos arranjos de banner e encartes simples, dando novamente a impressão de que o EP foi criado com pressa e falta de cuidado. As escolhas fotográficas são boas, mas a tipografia parece aleatória, criando uma desconexão visual. Algumas fontes são melhores do que outras, sugerindo que uma seleção mais criteriosa de elementos poderia tornar o encarte mais atraente. Em resumo, SUHUKI apresenta \"Prologue\" como a antecipação do próximo passo importante em sua carreira, seu álbum de estreia. No entanto, o projeto deixa dúvidas se a cantora será capaz de entregar um trabalho acima do esperado. O potencial está presente na concepção, visto que a artista assumiu total responsabilidade pelo projeto. No entanto, há um certo comodismo em escolhas simples e uma falta de cuidado mesmo em escolhas nas escolhas simples. Nem sempre a abordagem minimalista é suficiente, e esse parece ser o caso aqui. Em momentos pontuais, vemos lampejos de genialidade em SUHUKI, que, se desenvolvidos e aprimorados, podem elevar todo o seu potencial como uma estrela em ascensão. Se ela se concentrar nesses aspectos, poderá entregar um trabalho impecável que destaque suas qualidades e a coloque em um patamar grandioso. Por enquanto, há muitos espaço para melhorias significativas.

2018 - © FAMOU$