Labyrinth - Sofia Grady

The Line Of Best Fit
Após um breve momento para respirar e absorver o efeito positivo de seu debut album “The One”, a cantora e compositora Sofia Grady ressurgiu recentemente com seu primeiro extended-play. Intitulado “Labyrinth”, o EP vem com a promessa de ser um vislumbre para dentro dos sentimentos mais obscuros de Sofia, inspirados por gêneros musicais radicalmente opostos a aqueles que a tornaram uma estrela do pop em primeiro lugar. Liricamente, o projeto se inicia com a faixa “Masks”, onde a cantora reflete sobre possíveis acontecimentos que sucedam à possibilidade de sua verdadeira personalidade ser revelada ao mundo; é uma introdução para além de uma mera entrada no universo que a artista pretende apresentar durante a obra, e por mais que o tema acabe se esvaindo nos versos finais pelo tanto que foi trabalhado, ainda é uma gritante diferença lírica comparada a trabalhos anteriores de Sofia. “Emotional Pendulum”, segunda faixa do EP, começa promissora, com uma descrição apurada de como Sofia sente suas emoções variarem a extremos muito distantes em tempos muito cronometrados, como, de fato, um pêndulo; porém, logo após o primeiro refrão da faixa, a energia parece diminuir seu impacto vindo de dentro da própria artista, que estagna na situação em que se encontra, mas ainda se apoia no instrumental alt-pop para transmitir o que deseja. Seguindo com “Dimmed Brilliance”, vemos uma Sofia no ponto intermediário entre sua personalidade melancólica apresentada nas faixas anteriores e a língua afiada primeiramente vista em seu álbum pop de estreia; aqui, a cantora se compara a outras figuras da indústria musical e sente que seu próprio brilho está diminuindo em relação a outros nomes do showbiz, desejando ter a fama e o reconhecimento que os outros possuem para si. A força de Sofia como compositora retorna nesta canção ao se colocar da forma mais sincera que consegue em relação ao que descreve. Em “The Monotonyʼs Embrace”, Sofia firma suas bases em metáforas das mais diversas para explicar sua relação deteriorada a cada dia que se passa com seu estado de monotonia; o excesso de tais referências pode cansar o ouvinte em determinado momento, e por mais que não seja uma narrativa extensa como a da faixa anterior, ainda impacta por seu refrão, belamente construído e bem escrito como um resumo sucinto do que a artista quis transmitir. “Mrs. Death”, quinta faixa do extended-play, discute um possível encontro de Sofia com a morte propriamente dita e temida por muitos. É um ponto alto dentro do projeto quando se considera o quanto a artista mergulha no sentimento em si e se insere na narrativa como uma pessoa que, ao dar de cara com a finitude da vida, implora para ter mais uma chance de viver tudo o que vinha adiando desde então. A penúltima faixa do disco, “Whiskey Lullaby”, que também foi lançada como lead single da mini-era, descreve uma situação onde a compositora mergulha cada vez mais no vício em remédios misturados a uísque para conseguir aguentar os dias que se passam em sua vida; a canção mantém o nível estabelecido em “Mrs. Death” e traz um lado até mais intimista de Sofia em vários momentos, exceto no pré-refrão, que diminui a expectativa pelo que vem a seguir por seus versos demasiadamente longos, mas não a extingue. “Through the Looking Glass” encerra a tracklist do EP com Grady refletindo sobre as ações que pensou e decidiu fazer nas faixas anteriores; aqui, ela está mais consciente de si mesma, de seus acertos e de seus erros, e percebe estar cansada de ser (ou se fazer de) vítima de seus próprios labirintos mentais, dando sentido ao nome do projeto em seus minutos finais. Liricamente, o EP parece engatar de forma mais impressionante em sua segunda metade; visualmente, com a produção assinada por IGOR e Tammy, Sofia entrega o que o tema do disco pede: melancolia, sombras e uma fotografia artificialmente triste, partes do propósito que o ouvinte entende após ouvir e visualizar “Labyrinth”. Descartando todas as nuances pop que a revelaram ao mundo, Sofia Grady lança um extended-play que trabalha mais em transmitir veracidade do que garantir a permanência de seu nome como um dos mais interessantes dos últimos anos; trabalhando em seu trabalho com mais afinco, a cantora pode estender os pontos altos do EP para novos passos em sua carreira e, enfim, ser a dona do próprio labirinto e saber como viver dentro dele.

American Songwriter
Sofia Grady lança ‘Labyrinth’, seu primeiro extended play, trazendo um conceito melancólico e angustiante. Começando pelo visual e encarte, a produção traz um visual simples, mas bastante polido, com edição coerente e em sinergia com as fotos, das quais trazem uma sensação de solidão e tristeza para quem passa por suas páginas. O projeto abre com ‘Masks’, faixa que aborda o julgamento da sociedade e a necessidade do eu lírico utilizar máscaras para se proteger destas críticas, sempre com se questionando sobre o que aconteceria caso resolvesse tirá-la. A música tem versos interessantes e melódicos, encontrando seu ápice no pré-refrão: “And if, for a moment, my masks faded, revealing my truth / Without fear of the judgmental eyes Around / Would I act like someone I belong to?”. ‘Emotional Pendulum’ brilha dentro do EP e mostra todo o potencial de composição e habilidade de desenvolver pensamentos complexos durante a faixa, sendo uma faixa bastante fácil de se identificar e, ao mesmo tempo, profunda e sagaz em seus versos. ‘Dimmed Brilliance’ não fica para trás quando o assunto é profundidade e emoções conflitantes, além de trazer um toque de sinceridade e aceitação de uma realidade dura como o insucesso e a falta de perspectiva de momentos melhores. ‘The Monotony’s Embrace’ não se configura como uma faixa ruim, apenas está longe de ser um dos destaques, contendo o refrão mais fraco do projeto até aqui. Mesmo assim, ainda há um destaque positivo em como o eu lírico conduz a descrição do que está sentindo de uma forma que é fácil colocar-se no lugar dele. Em ‘Mrs. Death’ chegamos na faixa menos atrativa do projeto, além de destoar liricamente das outras músicas, a canção não entrega o sentimento e a profundidade esperadas para um registro que fala sobre morte e medo. ‘Mrs. Death’ poderia ter se saído melhor se tivesse a mesma melancolia ‘das outras faixas e uma escrita focada nos sentimentos do eu lírico. ‘Whiskey Lullaby’ e ‘Through the Looking Glass’ encerram o projeto de forma regular. Ambas são boas faixas, com estrutura adequada e versos bem escritos, mas pecam em manter a empatia gerada pela carga emocional e melancolia das primeiras faixas, a escolha por metáforas mais abrangentes e menos centradas na descrição da dor do eu lírico faz com que a essência triste e com alta capacidade de empatia se perca. Por fim, Sofia Grady realiza um bom trabalho em ‘Labyrinth’ De forma geral, é um projeto coeso, intimista e expressivo quando estamos falando da descrição dos sentimentos e dores da artista, o que é essencial em um projeto que se propõe a falar sobre assuntos tristes e profundos.

Rolling Stone
\"Labyrinth\" é o primeiro Extended Play da cantora Sofia Grady e sendo sua primeira aposta no gênero alternativo. O trabalho traz temas pessoais como insuficiência, vazio emocional, dependência em álcool, monotonia e muitos outros. \"Masks\" abre o projeto com uma canção que descreve um eu-lírico que busca a sua verdadeira identidade, sem precisar se preocupar com o que outras pessoas irão pensar sobre ele. Então, agora ele apenas se escondendo através de uma máscara e pensa como seria se ela caísse. A canção é bem escrita e possui versos interessantes, mas acaba pecando por não trazer um refrão tão forte e por ser longa demais sem necessidade. \"Emotional Pendulum\" mergulha na complexidade das emoções de uma forma bem geral. A canção possui versos interessantes e um refrão bonito, mas que facilmente poderia ser mais forte e impactante. Em \"Dimmed Brilliance\" Sofia canta sobre a busca sobre a sua verdadeira essência de uma forma delicada, mas que ainda possui alguns erros na execução. Como o refrão, onde novamente parece fraco comparado com o resto das canções de todo o trabalho, deixando um aspecto de um trabalho pouco marcante, já que o refrão, a parte principal da música, é considerado inferior aos versos da música. \"The Monotony’s Embrace\" é uma canção interessante e se mostra como o ponto alto do projeto até aqui, a canção é longa mas possui versos bons que acabam deixando esse ponto escondido. \"Mrs. Death\" é uma canção que fala sobre a morte de uma forma geral, com profundidade e versos bem escritos a canção consegue ser a melhor de todo o projeto, mostrando uma composição forte e sensível ao mesmo tempo, onde todas as partes se unem de uma forma muito interessante no trabalho como um todo. O lead single \"Whiskey Lullaby\" fala sobre vícios e como isso é ruim no geral, a canção é poderosa e tem um lírico bem desenvolvido em quase toda a canção, onde apenas no refrão parece algo sem muito impacto, tendo um desenvolvimento melhor faria ele ser espetacular como o resto da canção. Encerrando o trabalho, \"Through the Looking Glass\" retoma o conceito de busca pela própria identidade, agora de uma maneira mais interessante. Os versos tem o tamanho exato e conseguem cumprir muito bem a proposta da canção, sendo uma ótima forma de encerrar o projeto. Mas, acaba pecando por ser uma canção que parece remeter demais a outras do próprio trabalhando, dando a impressão que são faixas bem parecidas, mas com um desenvolvimento melhor tudo seria resolvido. O trabalho visual do EP é produzido por IGOR e TAMMY é bonito e faz uma imersão na atmosfera do trabalho de uma forma incrível, com o principal uso do azul, cor que muitas vezes significa a tristeza e a melancolia. O único ponto negativo é a própria capa, que parece um pouco superficial demais, o que acaba estragando um pouco a experiência. O encarte é belo e possui fotos realmente lindas, se tivesse a utilização de uma das fotos do encarte na capa seria muito melhor. No geral, \"Labyrinth\" é um trabalho interessante e mostra uma evolução grande de Sofia Grady no quesito lírico de uma forma bem geral, mas que acaba pecando por possuir alguns momentos onde a lírica nos refrões é inferior a dos próprios versos, sendo um ponto negativo. Sofia tem um grande caminho pela frente e tem muito mais para mostrar aos seus fãs e admiradores, sendo \"Labyrinth\" apenas um pequeno capítulo da versatilidade e evolução da cantora norte-americana.

Pitchfork
\"Labyrinth\" marca a estreia da cantora Sofia Grady em um EP, apresentando uma mistura de gêneros que inclui Alternativo, Pop com toques contemporâneos de Euro-Pop e nuances de Folk. Explorando temas profundamente pessoais, como insuficiência, vazio emocional e dependência em álcool, o EP aborda questões sensíveis de forma impactante. Sofia descreve o projeto como melancólico e angustiante, destacando uma notável evolução lírica e artística desde seu álbum de estreia. A faixa de abertura aborda a busca pela autenticidade e a luta contra as máscaras sociais que escondem a verdadeira identidade. Embora a metáfora e a constante indagação \"E se as máscaras caíssem?\" transmitam efetivamente o medo associado à revelação da verdadeira natureza, o refrão poderia ser mais impactante. \"Emotional Pendulum,\" a segunda faixa do EP, mergulha na complexidade das emoções humanas e na oscilação entre diferentes estados de ser. Mesmo a música funcionando bem em transmitir essa montanha-russa emocional, assim como a faixa anterior, ela também peca por um refrão que poderia ser mais memorável. Em \"Dimmed Brilliance\" há outra deficiência na execução. A música parece caminhar para um clímax, criando uma expectativa de impacto, mas o refrão não entrega a intensidade desejada. Isso destaca a importância de manter o ritmo sempre alto e cativante em um refrão, que são geralmente os momentos-chave de uma música, onde o ouvinte deve ser fisgado e emocionalmente envolvido. Para alcançar esse objetivo, os artistas precisam escolher palavras e jogos que não apenas se encaixem bem no contexto, mas também intensifiquem o que está sendo dito, criando um ponto alto memorável para o ouvinte. A quarta faixa do EP, \"The Monotony’s Embrace,\" aborda a temática da monotonia e a luta contra a rotina entediante da vida. No entanto, é irônico notar que, ela mesma acaba sendo engolida pela mesmice em suas letras por sua falta de variedade e poesia nas palavras, que falha em cativar o ouvinte. Comparando \"Mrs. Death\" e \"Whisky Lullaby,\" é evidente que a primeira se destaca por sua profundidade e execução mais eficaz. Enquanto \"Mrs. Death\" mergulha em profundas reflexões sobre o medo da morte, \"Whisky Lullaby\" pode parecer um pouco rasa. \"Through the Looking Glass\" se destaca como uma faixa sólida no EP, mas como em praticamente todas as outras músicas do álbum, há uma lacuna perceptível no aspecto poético. Embora a música possa ser agradável, parece que falta um toque mais refinado na escolha das palavras e nas combinações que poderiam adicionar uma camada de profundidade poética. O uso eficaz da poesia é muitas vezes o que torna uma música verdadeiramente memorável e poderosa, enriquecendo a experiência e criando uma conexão mais profunda com o ouvinte. O aspecto visual do EP \"Labyrinth\" é atraente, com uma escolha de cores que se destaca positivamente e contribui para a atmosfera das composições. Além disso, as escolhas visuais, como as imagens e a estética geral, são acertadas. No entanto, é importante notar que a diagramação no encarte e a escolha da fonte, especialmente aquelas usadas para enumerar as faixas nas imagens, podem ser problemáticas. A fonte para os títulos das músicas e a diagramação desorganizada torna as informações quase invisíveis, o que compromete a experiência de acompanhar o encarte. Portanto, uma revisão na diagramação e na escolha das fontes poderia aprimorar significativamente o aspecto visual do EP, garantindo que a experiência global seja completa e agradável, tanto musicalmente quanto visualmente. Em resumo, \"Labyrinth\" é um sólido EP de estreia que demonstra o talento de Sofia Grady. Sua criatividade e sensibilidade ao abordar temas emocionais complexos, é evidente e deve ser exaltada. No entanto, há espaço para crescimento, principalmente no aspecto poético das composições. Embora as faixas tenham elementos promissores, a execução de alguns versos deixa a desejar em termos de impacto e cativação. À medida que Sofia Grady continua sua jornada musical, aprimorar sua lírica pode elevar suas músicas a um patamar ainda maior, criando uma conexão mais profunda e efetiva com seu público. Este EP é um indicativo promissor do potencial artístico de Sofia Grady, sugerindo que há um futuro brilhante à sua espera, uma vez que ela continue a aperfeiçoar suas habilidades.

Billboard
Depois de pouco tempo após o lançamento do disco “The One”, Sofia Grady retorna com o projeto “Labyrinth”, o seu primeiro extended-play. A canção “Masks” é a introdução do projeto, e aqui Sofia expõe o seu sentimento de autocobrança e pressão, que a faz perder o foco em si mesma e a faz criar uma versão diferente de si, com diferentes características e com os seus defeitos mascarados. A canção traz consigo uma lírica bem desenvolvida, com linhas expressivas e acessíveis, além de ideias bem alocadas, mas poderia ser um pouco menos longa. “Emotional Pendulum” faz de sua instabilidade emocional um objeto de questionamentos interpessoais, porém sua narrativa acaba saindo um pouco da curva em momentos mais cruciais, um ponto que é empírico citar por trazer certa confusão ao ouvinte. “Dimmed Brilliance” se sustenta pela comparação de Sofia com outros artistas e personalidades, algo que parece anular a sua confiança em si e a faz questionar o quanto ela sacrificaria pela glória assim dita. É uma letra que brilha pela simplicidade de certos momentos que traz aproximação entre artista e ouvinte, ponto crucial em um projeto num geral. “The Monotony\'s Embrace” reflete aspectos presentes na análise da vida de Grady, aqui mostrando a distorção e oposição entre sua vida e a vida externa, o que a marca pela melancolia que parece estar atrelada. A composição é um acerto, com o uso da hipérbole representando a intensidade de seus sentimentos. “Mrs. Death” é uma carta ao desejo de não ser vítima da morte, em suma. Aqui, a artista mostra as concepções e medos da sociedade e de ela mesma sobre essa “fase final” da vida, e em sua letra, a tal traz bons usos líricos, mas causa estranhamento visto a natureza da faixa anterior, o que poderia ter sido melhor planejado pela mesma, talvez mudando o seu lugar. (na tracklist). “Whiskey Lullaby”, carro-chefe do projeto, fala sobre vícios e em como a artista se sente atrelada a eles de uma forma tão forte, depois de tantos pensamentos obscuros e um desgaste de suas emoções. É uma composição forte, porém o seu refrão não harmoniza com o restante da faixa, o que poderia ser resolvido com um desenvolvimento um pouco mais profundo do mesmo, como assim ela fez em seus versos. Em sua conclusão, “Through the Looking Glass” retoma a discussão de “Masks”, aqui com Sofia mostrando a dificuldade de “manter as aparências” e mentir estar como não está. A letra é intensa e melodramática, com bons e produtivos usos de figuras de linguagem para a sua composição. O visual do projeto, assinado por IGOR e Tammy, é muito bonito e bem manipulado, mas ainda sente-se a falta do mergulho na manipulação de artefatos que remetessem ao labirinto, além do uso repetitivo de um texto padrão junto ao nome das canções que não é explicado em seus textos externos e internos. Num geral, “Labyrinth” pode ser considerada uma evolução clara de Sofia Grady, com composições ousadas e sentimentais junto a um conceito simples, mas que se transforma com as canções. Por mais que ainda hajam pontos a serem melhorados, como a diminuição de estruturas e a expansão total do conceito no encarte, o projeto possui o seu brilho e cumpre o seu papel de trazer Grady mais forte e experiente do que no passado.

Variety
Sofia Grady lança seu primeiro extended play intitulado \"Labyrinth\", onde se explora um misto de emoções, como insuficiência, vazio emocional, dependência em álcool, monotonia, entre outros, além de descreve-lo como uma grande evolução lírica e artística desde o seu disco anterior e album debut, o \"The One\". Sofia explora o máximo do melancolismo de uma forma não prevista, dar-se a entender que a fonte foi algo muito pessoal ou apenas um momento de grande picos de criatividade. Não há um começo ou fim, há pedações e mais pedações de pontos negativos da sua vida ou do \"eu-lírico\", tristeza, autoestima, até chegar a temática morte. É um disco delicado e ao mesmo tempo, sim, mostra uma evolução lírica comparada ao seu disco anterior, no entanto, não mostra uma visão concreta da cantora, de organizar ideias e exprimir um projeto que se ligue e conte uma história; Há uma sensação de estar lendo compilados de canções de saíram de um diário e que foram escritas em momentos ruíns da vida em diferentes fases da cantora, que podem até nem ter ligações, isto, outrora, não seria uma má ideia, porém com uma boa organização de objetivo teria saído um grande EP. Os maiores destaques líricos aqui, com certeza, são \"The Monotony’s Embrace\" e \"Mrs. Death\", mostra uma grande evolução e uma grande atenção a construção e detalhes de uma música, de forma muito cuidadosa; Contudo, as demais canções não vão pra esse caminho e possui a mesma formula de escrita do disco \"The One\", sendo aqui, em \"Labyrinth\", optando por uma abordagem mais extremamente emocional, mesmo que esse exagero não demostre algo evolutivo em sí. O visual foi produzido pelo talentoso IGOR, no entanto, acredita-se que há páginas faltando ou foi decisão artística da cantora, visto que não páginas do encarte pras faixas 1 e 3, soando incompleto; Ainda sim, o visual não parece acompanhar a temática do disco, que explora imagens cotidianas da cantora em diversos lugares, não demostrando esse estado melancólico temático que traz em sua lírica. Por fim, Sofia Grady está em um processo evolutivo e isso é fato, canção como \" Mrs,. Death\" mostrou um lado lírico da cantora que os ouvintes, com certeza, mal esperavam pra mim; Lançamentos de EP também serve como uma forma de testar como está indo o processo do artista, e Sofia foi muito corajosa em ir nesse caminho; Ainda necessita de um trabalho e esforço melhor, com este extended-play, percebe-se que precisa, também, em um foco na entrega, se está tudo certo, as demais etapas na construção de um projeto, em resumo, uma organização. Sofia Grady tem o papel e a caneta, mas precisa reservar um momento pra decidir o vai além depois das composições estarem prontas.