LOAM (LEAVE OR ACCEPT ME) - Malo

The Line Of Best Fit
Marcando o retorno do rapper Malo, \"LOAM (Leave Or Accept Me)\" é um extended-play com 7 faixas que, de acordo com o próprio artista, traz uma mensagem esperançosa; no qual o seu criador discorre sobre a sensação de bem estar mesmo após situações desafortunadas. Embora traga em sua premissa uma ideia, a mesma não se faz aplicada ao longo da execução do projeto de média duração. Tendo a sua abertura feita pelo single \"Love & Hate\" que trata de uma experiência no qual o eu lírico foi negado o amor e passou a ter sentimentos mistos por quem lhe negou. Apesar de ser uma canção com uma boa escrita, acreditamos que ela não foi uma boa escolha para a abertura do trabalho e nem como single, afinal, a mesma é uma das mais fracas dentro do registro. \"Gang Party\", uma mega colaboração entre artista do hip hop/rap, dá seguimento ao lançamento e abre o duo de canções sobre ostentação e festejar. Os convidados – Bronx, LUCX e Nabi – entregam versos coerentes e que casam com a proposta, contudo a canção acaba soando repetitiva e muito longa; tal coisa se deve ao fato de não haver uma progressão narrativa. \"Money For Me\" é a terceira canção na tracklist e ela mantém a linha ostensiva e festeira da sua anterior, mas não garante uma mudança de cenário realmente significativa na atmosfera do disco mesmo sendo solo. \"God\" dá sequência e se mostra o grande destaque lírico de todo o EP, apresentando, de fato, um lado mais vulnerável e íntimo do rapper. O retratando como uma pessoa que deu a volta por cima em toda adversidade enfrentada e por isso deve ser tratado como uma divindade. \"Saturday\", em parceria com os então novatos Danny Wolf e Elle Blanc, regressam com a atmosfera festeira que foi sendo majoritária em todo trabalho até aqui. A canção que soa como uma ode ao final de semana, acaba pecando por trazer um refrão anti-climatico e muito breve e por, novamente, não apresentar um avanço narrativo. Tornando-se um clichê de si mesma, apesar dos esforços de Wolf de tentar se desligar disto na segunda metade de seu verso – porém acaba pecando por ir para um lado completamente distinto do resto da obra. \"Another Season\" é a última canção original e vem a ser o único outro momento em que Malo brilha como compositor. Resgatando mais uma vez o seu lado emocional, o astro consegue atender de forma clara a sua premissa. A última track inédita, por suas linhas, aborda sobre as mudanças e evoluções que temos ao longo da vida. Ela dá um tom mais esperançoso não só ao trabalho como também para a carreira do seu criador, demonstrando a habilidade do mesmo com trabalhos mais pessoais. Encerrando o cancioneiro temos o remix de \"Love & Hate\" em conjunto com nomes de peso como Profound, Serina Fujikoso e Jaehyuk. Mesmo que os convidados sejam grandiosos e há muito tempo já consolidados, sentimos que cada um escreveu seu verso no escuro e sem qualquer noção de qual rumo o outro estava tomando, pois seus versos simplesmente não funcionam bem juntos. Visualmente falando, o presente lançamento consegue um acerto em cheio e vem a ser seu ponto mais forte. O projeto, tido como um \"trabalho visual\", segue a influência do Pop Art, muito forte nos anos 50 e 60, e apresenta artes para todas as suas músicas, sendo bem editadas e meticulosamente tratadas. Nota-se um esforço louvável do artista com o aspecto visual. Em linhas gerais, \"LOAM (Leave Or Accept Me)\" acaba pecando em sua execução e isso porque se vende como algo mais pessoal e com mensagens de otimismo e alegria enquanto no final somente duas partes de sua tracklist cumprem o objetivo.

Variety
O rapper Malo está de volta a indústria musical após muitos anos afastado. Agora o artista entrega o seu novo EP intitulado \"LOAM\", descrevendo o sentimento de se sentir bem, mesmo com adversidades ao redor. O trabalho inicia com a faixa \"LOVE&HATE\", que é muito interessante, mas acaba faltando uma profundidade maior lírica e versos mais detalhados. O conceito é algo já muito falado na indústria musical, mas com uma abordagem diferenciada e com a utilização de metáforas poderia ser uma canção muito boa. O trabalho continua na canção \"GANG PARTY\" em colaboração com o rei do rap Bronx, o rei asiático LUCX e o rosto do rap da nova geração NABI. A canção, que não promete nenhum nível de seriedade, é divertida e muito bem escrita. Os versos dos artistas são muito coesos e se alinham de uma forma interessante para a narrativa da canção, sendo os versos de Bronx e LUCX os pontos altos da música. \"MONEY FOR ME\" vem logo em seguida e acaba sendo um ponto não tão bom para o projeto, descrevendo sobre como o dinheiro é importante na vida do rapper, a canção acaba sendo fraca e superficial. Faltando um aprofundamento melhor no conceito e explorando melhor as metáforas e a lírica no geral, fazendo assim essa um ponto fraco para o resto. Entregando a melhor composição do EP, \"GOD\" é uma faixa muito excelente, que julga aqueles que usam a imagem de Deus para espalhar ódio e excluir pessoas para uma parte da sociedade, sempre justificando que Deus quis aquilo. A escrita é muito bem feita e mostra Malo como um compositor muito sincero e direto, sendo essa a melhor canção de todo o trabalho. \"SATURDAY\", em parceria com Danny Wolf e Elle Blanc é uma faixa boa, mas acaba soando como uma continuação desnecessária da faixa \"GANG PARTY\". Os versos do artistas são interessantes e bem pensados, mas a canção no geral acaba soando como uma repetição no conceito com \"GANG PARTY\", deixando assim a faixa como um ponto sem necessidade no trabalho. Finalizando o EP, \"ANOTHER SEASON\" finaliza o trabalho de forma incrível, a composição descreve como estamos sempre mudando e em constante evolução. Os versos e o refrão são muito bem escritos, são simples, mas conseguem trazer toda a atmosfera da canção de uma forma brilhante. Sendo essa, junto com \"GOD\", o ponto alto do trabalho. Visualmente, o EP é bem bonito e consegue transmitir bem o conceito das faixas, o trabalho faz diversas referências a Pop Art nesse visual, e acaba sendo um ponto muito positivo para ele, trazendo muitas colagens e cores vibrantes, que combinam com o projeto. Em uma avaliação geral, \"LOAM\" é um projeto interessante como um retorno do rapper para a indústria, trazendo composições interessantes e um visual bem atrativo, mas acaba pecando em alguns aspectos líricos como a falta de profundidade em algumas canções e a estruturação um pouco confusa. Mas Malo ainda tem um caminho brilhante pela frente e parece super dedicado para evoluir cada vez mais, sendo esse EP o início de tudo.
TIME
LOAM, extended play do rapper Malo, é um retorno mais que aguardado depois de tantos anos afastado da indústria musical. Com seis faixas inéditas e parcerias das mais diversas no projeto, o mini-disco se inicia com \"LOVE&HATE\", que discorre sobre um amor construído pela ganância e onde a toxicidade se faz presente, deixando o eu-lírico possesso de um sentimento negativo. É uma letra curta, singela, e sem rodeios, o que possivelmente abre margem ao ouvinte que busca algo a mais se sentir pouco amparado pelo conteúdo, mas mesmo assim, é uma boa faixa introdutória. \"Gang Party\" reúne o melhor do old-school no rap com a presença de Bronx e LUCX e conta com a força da nova geração com a new-face NABI. É uma verdadeira celebração de quem os quatro artistas são e de suas estâncias no gênero e em seu lifestyle ostentação. Mesmo com uma intenção sem qualquer seriedade, a canção tem personalidade o suficiente para se manter em pé e se destacar entre o projeto, com versos colaborativos muito coesos. \"Money For Me\" chega em seguida, e não parece ter muito a oferecer. Mesmo sem muita minúcia, é perceptível que o tema dinheiro ronda as três primeiras faixas, em três maneiras diferentes. Na canção homônima, Malo trata do câmbio como suprimento para sua alma, em uma narrativa que agrega mais festas, perdição, luxúria e pecados. \"God\" é uma reflexão profunda sobre se enxergar enquanto divindade quando as pessoas olham ao eu-lírico como o produto de seu ódio. Entre alguns subterfúgios, Malo parece convincente na figura de Deus quando vai ao chão com a fúria de quem se levanta através dos desafios. A mudança de temas se torna válida, mas a sensação de que há algo faltando, um punch para a canção ser ainda mais intensa é nítida. \"Saturday\" traz Danny Wolf e Elle Blanc para cantarem sobre a eterna alegria e prazer que o fim de semana e seus badalados eventos trazem a qualquer alma pronta para se divertir. Malo retoma aqui a aura positiva que trouxe na parceria antecessora, agora com um viés ainda mais atômico e energético, e que soa boba, mas sem intenção de seriedade. Danny e Elle foram escolhas curiosas, pois não são as pessoas que pensamos de cara quando o assunto é uma canção sobre o fervor de um sábado, mas acrescentam às suas discografias um pouco da alegria que faltavam para completar o leque de seus catálogos. \"Another Season\" encerra LOAM como um recado a si mesmo e a qualquer pessoa disposta a embarcar na dor e na delícia de ser Malo. Ele está em constante mudança, completamente aberto a isso, e encara de frente enquanto canta sobre isso irradiando positividade. É um jeito seguro de fechar o EP, e tem instintos muito bons em sua colocação. Tratando-se do encarte, Malo mantém uma linearidade bem parecida com o que teve em seu conteúdo lírico, com bom uso de cores vibrantes, recortes, e textura meio-tom. Não há nada novo no que o artista produziu, mas conversa com o que discorre pelo projeto. LOAM, em suma, é um retorno que imprime ter a cara de Malo, mas acaba se perdendo algumas vezes em tópicos que demonstram certa imaturidade e redundância. Fica aberta a percepção ao ouvinte. Mas com o talento e história que o artista carrega, era de se esperar um comeback rodeado a inovação, com a potência e história que o mesmo agrega. De qualquer forma, é um EP que complementa e muito a trajetória do lendário Malo, e esperamos que um novo e revigorante disco chegue logo às prateleiras para saciar os fãs ávidos do ícone do hip-hop.

Rolling Stone
“LOAM” é o novo trabalho do cantor Malo. Reintroduzindo o artista à indústria, o trabalho se inicia com “LOVE&HATE”, que soa um pouco inacabada por carecer de um desenvolvimento maior, mas ainda assim é uma boa faixa. “Gang Party” acerta em cheio por ser descontraída e robusta, com Bronx, LUCX e Nabi sendo pontos positivos por entregarem versos que casam bem com suas personalidades num geral. “Money For Me” é uma ótima faixa, mas poderia ter um pouco mais no seu conteúdo para a tornar ainda melhor, mesmo que dissertando sobre um assunto mais geral. “GOD” traz ao extended-play uma excelente mensagem com uma composição que não foge do que é proposto, falando sobre padrões da sociedade e a hipocrisia em si de forma inteligente. “SATURDAY” é também uma ótima faixa, mas soa deslocada em certos momentos com a transição do segundo verso e o segundo refrão, além da falta de Elle Blanc com um verso próprio, como o de Danny Wolf, na faixa. “ANOTHER SEASON” finaliza o trabalho com outra mensagem interessante, além de transmitir muito bem em sua composição o sentimento de mudança e de a ver acontecer. Visualmente, “LEAVE OR ACCEPT ME” é um deleite estético com suas cores vívidas e uma excelente mesclagem de ideias, trazendo nostalgia e reinvenção por meio das páginas do encarte e artes num geral. Desse modo, “LEAVE OR ACCEPT ME” é um excelente retorno e trabalho, com deslizes nas composições mais corriqueiros e em suas estruturas em si, mas que mesmo assim conseguem ser compensadas por todo o resto.

Pitchfork
Malo apresenta seu segundo EP intitulado \"LOAM (LEAVE OR ACCEPT ME)\" com uma estética que imediatamente prende a atenção dos ouvintes. O rapper evoca uma estética que mescla elementos de histórias em quadrinhos com referências a Andy Warhol, cultura de massas e arte popular. \"LOAM\" concentra-se principalmente em explorar as reflexões e experiências de Malo. O EP apresenta uma série de faixas que abordam este tema central, embora de diferentes perspectivas e modelos. A ambição de oferecer variações no conceito geral é evidente, mas, às vezes, a narrativa pode parecer perdida. A gama de temas abordados é grande para um EP tão enxuto, a variedade é apreciada, porém ao ser explorada, necessita de cuidado para ser manejada. Assim, a construção de uma narrativa coesa, palpável e relacionavel se torna mais difícil. Nesse sentido, o destaque do EP recai sobre a faixa \"God\", que se difere das outras canções por sua profundidade e alma. Uma parte das músicas apresentadas no EP circulam entre temas interessantes, mas alguns deles são tratados de forma rasa, carecendo em versos mais cuidadosos e realmente expressivos. Apesar de o potencial artístico de Malo ser inegável, é evidente que o artista ainda está procurando seu espaço. Malo é capaz de empregar uma abordagem ousada e original em suas obras, e a indústria certamente poderia se beneficiar dessas suas características. Um passo em direção a uma organização mais coesa e uma busca por uma originalidade lírica semelhante à encontrada em seus visuais poderiam elevar ainda mais a presença de Malo como um rapper cheio de personalidade e que foge do padrão.

American Songwriter
Malo lança seu segundo EP intitulado \\\"LOAM (LEAVE OR ACCEPT ME)\\\" e a estética é, de primeira, o que chama a atenção do ouvinte. Algo que apenas o rapper ousa a fazer, com um visual mais voltado para os albuns de rap dos anos 50/60, onde havia essa brincadeira de trazer uma estética mais artística, com brincadeira com efeitos, edições, algo que foi percussor dos visuais que hoje encontramos em vários discos. A iniciativa do rapper em trazer essa estética provocou uma grande êxtase e ansiedade pra adentrar dentro do EP, que, no entanto, tem um lado focado mais em reflexões sobre a vida do Malo. Há canções que passam pelo mesmo conceito e ideias, apenas escritas de formas diferentes. Com um EP tão inspirado em um visual clássico, tendo um potencial ousado tão grande que sempre foi demostrado em sua carreira, espera-se composições tão ousadas quanto. Há uma sensação de está escutando um disco dos anos 2000, inspirado em uma época muito distante, e com letras que poderiam ser encontradas em um disco Pop sem muita profundidade. O grande destaque no EP se dá pela canção \\\"God\\\", com um teor bem profundo e pessoal. As outras canções parecem desconexas e, apesar de trazer uma base, elas se perdem no caminho, de um relacionamento tóxico à uma festividade entre amigos, de uma canção sobre reflexão social à outra sobre viver a vida ostentando. Sem dúvidas, há um grande potencial no rapper, e seus visuais são os maiores pontos, no entanto, necessita de um foco além disso, na organização, no conceito, e ser tão ousado na lírica quanto sempre foi nos seus visuais. A indústria precisa de um Malo com uma presença de um rapper que quer mostrar um lado que nunca vimos.

Billboard
\"LOAM (LEAVE OR ACCEPT ME)\" é um extended-play de seis faixas e um remix totalmente embasado nos gênero Hip-Hop e R&B Alternativo, escrito por Malo, contando com parcerias incríveis com artistas de diversos ramos diferentes. A faixa de número um é o hit \"LOVE&HATE\" e na letra fica claro o poder midiático da canção, mas o contrário no lírico. O lead-single desse EP é curto em duração e a temática é chata, partindo pelo ponto de contar dois extremos dentro de uma paixão, indo de amor a desafeto, ou seja, amor a ódio, portanto, clichê ao óbvio. \"GANG PARTY\" segue pela contramão e entrega uma colaboração típica de ícones do rap, ostentando e cantando um hino sobre amizade dentro de uma gangue de estrelas. Ainda aqui, enquanto Malo, Bronx e LUCX seguem suas narrativas de terem as mulheres em suas mãos e a inferiorização delas a apenas \"elas querem lamber minha glock\", NABI some em meio a trindade, que apresenta um verso interessante, mas o teor de tudo a desvaloriza. No geral, a colaboração é envolvente, mas vale a pena unir lendas e entregar um flow previsível? \"MONEY FOR ME\" segue como uma continuação e sua exuberância de dólares, ouros e diamantes. Finalmente, \"GOD\" chega como um alívio em uma sequência comum, e Malo mostra para o que veio numa saudosa faixa que manifesta sua ira em relação aos julgamentos e a utilização da persona \"Deus\" para fins negativos, tornando- Malo o seu próprio ícone divino. A canção é expoente e muito bem escrita e detalhada, com um segundo verso extremamente bem pensado e um conjunto passível de repeat diversas vezes. Voltando para uma atmosfera mais leve, a celebração de \"Saturday\", em parceria com Elle Blac e Danny Wolf, ofusca \"GANG PARTY\" e é o melhor momento de pura descontração do disco. A união dos três artistas resulta numa divertidíssima festa em estúdio, unindo o melhor do rap alternativo e ficaria melhor ainda com beats de dance e sintetizadores eletrônicos. Malo, Danny Wolf e Elle Blanc conseguiram intensificar o significado do final de semana com uma benção de luxúria e informalidade. Partindo para o final, \"ANOTHER SEASON\" fecha tudo bem leve. Depois de passar por momentos de ostentação, raiva e celebração, Malo coloca um ponto final com reflexão sobre a vida. Segundo ele, na letra, ele passou por muitas coisas durante a vida e como diz no primeiro verso: \"A vida é como um filme, uma história ainda por se desdobrar\". No visual, Malo emprega suas habilidades interinamente, aplicando fortemente camadas de halftone em padrões, degradês mapeados principalmente em fotos e avatares e recortes tipográficos, como de revistas. São combinações coerentes, tudo orna e as demais fontes também complementam a identidade. Os pontos positivos desse trabalho é que ele, por ser um retorno de Malo a indústria, mostra que nem todo artista com experiência já está totalmente polido e inerte ao erro, já que \"LOVE&HATE\" E \"MONEY FOR ME\" ainda estão por aqui, porém, \"GOD\" E \"SATURDAY\" reforçam sua criatividade e capacidade artística de que em meio ao cru, existem ideias muito bem desenvolvidas.

Spin
Depois de um bom tempo afastado dos holofotes, o rapper Malo volta com o Extended Play visual “LOAM”. O artista se refere ao compilado de 6 canções e um remix como o trabalho mais pessoal da carreira, sendo inteiramente produzido por ele. O projeto que tem como gêneros principais o Hip-Hop, R&B e Alternativo, liricamente fala sobre lidarmos da melhor forma em momentos difíceis, aprendendo com esses momentos e até criando oportunidades com eles. Entre os singles escolhido pelo rapper americano GOD tem a letra mais profunda e bem escrita, entregando uma lírica única e que retrata como as pessoas usam Deus para excluir pessoas que não se encaixam nos padrões da sociedade, já “GANG PARTY” em colaboração com Bronx, Lucx e Nabi também surpreende de forma positiva, mesmo tendo uma lírica sobre ostentação, tudo é muito bem encaixado e cada verso é polido e bem desenvolvido. Já o primeiro single LOVE&HATE, tem uma construção mais simples, assim sendo ofuscado pelas as outras duas faixas. Das faixas não singles, “MONEY FOR ME” é um verdadeiro rap assim como “GANG PARTY”, versos de ostentação que são bem escritos e traz o que o dinheiro significa na vida do artista. “SARTUDAY”, segunda colaboração do compilado segue uma linha mais dançante e descontraída, Malo com a ajuda da Elle Blanc e Danny Wolf, colegas de gravadora, cantam sobre se divertir e entregam uma boa faixa comercial. Para encerrar o EP, surge “ANOTHER SEASON” uma faixa que mescla o Hip-Hop com Trap, a faixa traz uma ótima reflexão sobre as mudanças constantes da vida, mas que não fazem o rapper perder sua essência, uma ótima escolha para finalizar seu projeto. Visualmente, Malo traz para seu compilado o movimento artístico Pop Art, todas as faixas tem visuais singulares mas que se conectam e não perde o conceito visual do projeto como um todo. Uma ideia ousada e arriscada do artista, mas que no fim deu certo e deixou o trabalho ainda mais interessante. “LOAM” nos mostra Malo mais amadurecido em suas ideias e com uma lírica muito mais aprimorada, entregando faixas bem escritas e desenvolvidas, mesmo naquelas que não tiveram um grande destaque liricamente. Fazendo assim, o artista se mostrar não só um bom produtor, mas um compositor que tem muito a mostrar.
AllMusic
Um dos destaques da música Hip Hop nos primeiros anos, Malo regressa a indústria com seu extended-play LOAM, trabalho produzido e composto pelo próprio, numa leitura rápida podemos deduzir sobre o projeto, podemos dizer que funciona como um trabalho auto-intitulado, sendo seu nome um anagrama para o título do EP além do recorrente cunho pessoal retratado, visualmente o disco é uma referência direta ao movimento Pop Art e sua estética pontilhada, cada detalhe visualmente no projeto parece acrescentar na riqueza e num prazer visualmente falando, finalmente falando das canções, o projeto conta com 6, sendo a sétima uma versão remixada da canção que introduz, \"LOVE&HATE\" é uma canção que cresce conforme aos estágios de um relacionamento, em sua primeira instância apenas existe a fantasia doce de um amor e no fim tudo se amarga, a canção é bem executada, parece arriscado trazer experiências tão pessoais para um gênero como o Hip Hop mas nesta em específico, nada se perde, em \"Gang Party\", Malo reune a Bronx, LUCX e NABI, artistas de seu nincho e trazem uma espontânea canção, onde cada um exploram o melhor de seus flows e rico vocabulário de rimas, a próxima é \"Money For Me\" um tanto quanto luxuosa, a canção soa como típica, comum e casual, é pouco interessante se colocada do lado das outras mas suas rimas compensam o momento, dando uma reviravolta \"God\" surpreende e trás uma temática religiosa e o ponto de imposição sobre padrões, apesar do cunho social de canções ser algo que muitos batem na tecla, essa canção destaca Malo como um ótimo pensador e que de certa forma é um destaque na indústria de Rap, o cantor explora bem o sombrio da política, e trás isso visivelmente, o disco parece seguir esse ritmo de reviravoltas, entre canções sobre se divertir como \"Saturday\" com Danny Wolf e Elle Blanc que em seus versos parecem acrescentar ao que é prometido e tudo se finaliza com um remix de \"LOVE&HATE\" em colaboração com Jaehyuk, Profound e Serina Fujikoso, o trabalho por um todo é um grande desafio que apesar de não existir uma linha de tenuidade que pode se relacionar canções diretamente, é uma boa proposta do que podemos esperar do artista pelos próximos trabalhos, sua execução em um geral é surpreendente, isso trás e põe o artista num papel de destaque que crescerá cada vez mais.