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Sailing - BRUCE
80

Spin

80

Após um curto tempo de espera, BRUCE lança seu primeiro projeto musical como um EP de cinco faixas, sendo apenas duas originais. O irlandês fala mais uma vez sobre sua trilha de melancolia e intimidade, dessa vez abordando mais uma vertente desse seu universo dramático e um tanto quanto encantador.. Seu conceito é casual e simples, nada muito para além do entendimento, o que é um ponto positivo, mas BRUCE dá um significado diferente ao assunto abordado, podendo-se dizer que não é exatamente pensado fora da caixa, mas também contém seus traços de originalidade em seu caminho. O extended começa de forma profunda com o single e carro-chefe ’Joe the Sailor, onde o artista consegue expressar bem as suas angústias com figuras de linguagens aplicadas de maneira bem compreensível e leve, diferente de alguns trabalhadores anteriores, sendo direta no que se propõe a apresentar e acompanhada de uma lírica clara e espontânea. Apontamos ainda um desejo em ver mais do irlandês com essa pegada mais natural em suas canções, sem apelar para conceitos gramaticais que muitas vezes pesam na experiência e acaba por não agregar muito na obra como um todo. Seguindo o projeto, temos não duas mas três versões da primeira faixa, o que é justificável na explicação do EP, mas que ao mesmo tempo carece de novas canções que fossem encorpar e dar novos rumos e significados ao disco. Como a última faixa e título ‘Salling’, que segue ali nos mesmos moldes da primeira canção, só que de uma forma mais melódica e objetiva. Um acerto maior em uma narrativa que não exige tantos malabarismos além de uma sinceridade genuína. A faixa pode ser encarada como um aparato geral de tudo de bom que o cantor-compositor tem de melhor na indústria: uma lírica bem estruturada, boas ideias e um desenvolvimento leve e certeiro. Seu visual é básico e não foge muito daquilo que o mesmo apresenta em seus projetos. A edição das imagens soam harmônicas com a proposta geral do EP, trazendo um ambiente agradável para quem vê, ao mesmo tempo que utiliza muito da cor azul para realçar o drama e melancolia que transpassa as letras. Diante todo o processo, BRUCE mostra um bom resultado na primeira amostra do seu segundo álbum de estúdio, e que mesmo que seja bom em seus lados positivos, deixa um gosto agridoce na boca por esperarmos um EP mais completo ao invés de um copilado de versões e remixes. Porém, se o ‘Salling’ é um aperitivo do que vem por aí, resta a ansiedade para saber o que se prepara para os próximos passos do artista.

The Line Of Best Fit

80

O cantor-compositor irlandês Bruce, lança seu primeiro Extended Play, com a intenção de promover seu “Joe the Sailor”, o compilado tem 5 faixas, sendo duas delas originais, e outras 3 versões do single “Joe the Sailor”. \"Joe the Sailor\", faixa destaque do EP, é uma canção que mergulha no estado de luto do eu lírico, onde o artista abraça metáforas sobre o alto-mar como uma representação desse sentimento tão melancólico e particular. Sendo as correntezas do mar uma analogia de consequência do que forçou esse adeus Bruce continua a cantar sobre o sentimento do luto em “Sailing”, mas dessa vez com uma lírica mais poética e uma estrutura diferenciada. Nesta faixa o irlandês busca não tentar entregar uma faixa complexa, mas sim uma faixa com uma lírica mais direta e simplificada. A faixa consegue transpassar todo o sentimento envolvido em suas palavras, soando como um poema triste e sincero, mas que soa incontestavelmente belo. As próximas faixas são versões do single “Joe The Sailor”, sendo uma delas uma versão demo, a outra finalizada com todos seus versos da canção original e a outra que explora ritmos latinos. O visual do projeto é assinado pelo próprio artista principal. O tom azul escuro usado na capa consegue remeter o luto que é o principal elemento utilizado nas canções do Extended Play, mesmo conseguindo tal feito, a produção visual se torna o ponto fraco do compilado. Bruce entrega um projeto com a intenção de promover seu single, mas alcança um objetivo não planejado, onde se demonstra um artista vulnerável e poético, nos fazendo querer conhecer e ter mais dessa camada artística até então pouco demonstrada.

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