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CALL ME KIKI - KIKI
69

The Line Of Best Fit

74

Kiki chega na indústria com o seu primeiro EP, intitulado de \'Call Me Kiki\'. Com um conceito leve e centrado em vivências do artista, as canções abordam o tempo de Kiki antes do seu debut, principalmente falando sobre as suas relações. \'Nostalgia\' traz um leve e refrescante canção de kpop, com versos simples e de fácil conexão, caracterizando-se como um hit radiofônico. \'Imagine\' segue a vibe leve instaurada por \'Nostalgia\', mesmo que fale de um amor que, em tese, é secreto ou proibido. A música poderia ter um momento de clímax mais intenso, principalmente em sua ponte, que poderia ser uma explosão de sentimentos, mas apenas é a descrição de um momento entre o eu lírico e a pessoa amada. O ponto alto da canção fica por conta de seu refrão, bem estruturado e em sincronia com o título da música. A colaboração com ZERO em \'Marionette\' traz uma composição ligeiramente mais robusta que as suas antecessoras, trazendo metáforas mais estruturadas e um conceito mais agressivo, sendo a melhor composição do projeto. \'Fireworks at Midnight\' é uma declaração para seu amado, com uma composição imersiva e que faz um aprofundamento nos sentimentos do eu lírico. A faixa é bem desenvolvida e Kiki é bem sucedida em transmitir o seus sentimentos para o ouvinte, embora a faixa não traga grandes inovações para o conjunto. Como último destaque do projeto, temos a poética \'Call M\'e\', faixa com as melhores e mais delicadas metáforas do EP, inclusive o pré-refrão da música é um exemplo perfeito de como construir um verso melódico e poético ao mesmo tempo. Muito bem editado e finalizado, o visual está no ponto e combina com a proposta. Além disso, as fotos escolhidas para composição do encarte também estão em sincronia. Por fim, Kiki entrega um trabalho satisfatório em \'Call Me Kiki\'. Tendo um caminho para percorrer em termos de composição e conceito, o artista mesmo assim entrega o que é esperado para uma estreia na indústria.

Pitchfork

67

Apresentando o artista aos catálogos da indústria, \"CALL ME KIKI\" expõe KIKI como uma personalidade forte, doce, ingênua e um pouco insegura em suas relações interpessoais. Sugerindo mostrar ao ouvinte partes sobre seus relacionamentos e vida ao todo antes e depois da fama, \"Nostalgia\" introduz o projeto com uma certa superficialidade em sua letra, mas entregando uma faixa que pode resumir o que virá: letras certamente melódicas, com uma fórmula específica e um pouco previsível, mas que não desagrada por ser conectada a imagem mais acessível do artista. \"Imagine\" também traz bastante da faixa anterior, investindo numa letra que produz imagens na mente do ouvinte. Soa comum no disco, exceto o seu refrão, que deixa o ouvinte entretido com a forma a qual ele foi aplicado e feito, sem ser tão nivelado ao restante da faixa. \"Marionette\" traz KIKI e ZERO despejando seus sentimentos sobre um relacionamento tóxico com uma certa acidez, mas que peca de forma considerável por não ter um aprofundamento maior que traria o impacto necessário para a sua intenção, além de um refrão e ponte que não parecem acrescentar como deveriam. \"Fireworks at Midnight\", entretanto, consegue se destacar de forma explícita por investir em uma letra que transmite seus sentimentos de forma inteligente, entregando a narrativa com inteligência e se tornando uma faixa que mostra o seu potencial como compositor. \"Breaking News\" sofre do mesmo problema de \"Marionette\" ao condicionar a intenção da faixa a algo muito menor, com uma letra que soa inacabada em certos momentos e incerta em outros. \"Call Me\" finaliza o mini-album trazendo mais um acerto, com uma faixa que mostra sua insegurança e ingenuidade junto ao enfrentamento de situações novas em sua vida, dando ao EP um ar de verdadeira descoberta como sugerido pelo artista. Seu visual é simples, mas agradável: as cores escolhidas transmitem boa parte do projeto, e o encarte remete a transição da adolescência e vida adulta de modo natural, com fotos bem escolhidas e recursos digitais/gráficos que estão bem associados ao restante. Assim, CALL ME KIKI traz ao artista uma expectativa de crescimento exponencial, onde ele mostra que pontos ainda deverão ser melhorados — como seu aprofundamento lírico e suas abordagens gerais — mas tal conclusão é tirada num ponto de vista positivo.

AllMusic

70

Conhecido por ser um dos idols mais populares da nova geração, KIKI faz a sua estréia na indústria musical com o seu primeiro mini-album. Contendo 6 faixas, KIKI consegue fazer um feito no on muito interessante que é trazer a vibe K-Pop do off e executar muito bem no FAMOUS. Conforme você escuta o EP, você realmente consegue imaginar tal obra existindo no off e sendo facilmente lançada por atos como TXT ou TWICE. Entretanto, assim como muitos atos de K-Pop, KIKI nos entrega um visual belo, temáticas divertidas e facilmente identificaveis, mas o seu ponto fraco é a lírica que, em determinados momentos, acaba soando genérica e amadora. O mini-album abre com a faixa \"Nostalgia\", que como o nome sugere, cria uma sensação nostálgica ao ouvinte, sendo facilmente uma das melhores faixas do disco por ser extremamente divertida e gostosa de se ouvir, realmente mereceu de ser um dos singles do compilado. A segunda faixa é a inedita \"Imagine\", uma faixa com um instrumental muito interessante mas um lírico bem fraco que acaba não permitindo o ouvinte se conectar com o cantor ao ouvir a faixa atenciosamente. A proxima faixa é uma parceria com o idol ZERO, uma canção a qual fala de um relacionamento abusivo, uma faixa que, novamente, acaba por apresentar um lírico fraco, mostrando que talvez o defeito de KIKI se dá quando ele sai da sua zona de conforto pois, na faixa seguinte, \"Fireworks at Midnight\", somos levados de volta a atmosfera da primeira faixa do disco, que justamente, é algo mais divertido e doce. Essa faixa inclusive mostra um grande potencial do cantor que, ao adentrar mais a fundo em seus sentimentos sinceros, mostra que o cantor tem talento lírico, só precisa agarrar mais a ele. \"Breaking News\" é sem dúvidas a faixa mais fraca do EP, arriscaria dizer que até mesmo seria a faixa filler do disco, pois ela não se encaixa nada com tudo que foi apresentado até agora, definitivamente não é o melhor que KIKI consegue entregar. Encerramos o EP com a canção \"Call Me\", que foi o debut do cantor. Como dito anteriormente, as faixas que o Kiki permite brincar mais e ser divertido, são os pontos altos dele, e em \"Call Me\" isso não é diferente. O visual do EP foi assinado por KIKI em parceria com PRAYOR, e é um dos pontos mais dignos de elogios do projeto, pois ele tem um visual belíssimo! De todos os debuts de K-Pop lançado este ano, o de KIKI é o mais lindo visualmente de disparada, a forma como a fotografia conversa com o ouvinte, transmite muito a vibe do que vamos ouvir no disco, parabéns a ambos! Apesar dos seus altos e baixos, \"Call me KIKI\" é um bom projeto inicial para o cantor, mostrando que o cantor tem um potencial gigante, e esperamos que esse potencial se mostre em um full album, e que nele, KIKI também se permita explorar mais liricamente sem medo de ousar.

Rolling Stone

70

O recém chegado na indústria, KiKi, se apresenta para o público no seu debut Extended Play “Call Me KiKi”. O compilado de 6 faixas que passeia entre os gêneros K-pop, Dance e Pop, traz em seu conteúdo lírico o que o jovem artista vivenciou enquanto era treinado para se tornar artista e depois quando deu início a sua carreira, desde relacionamentos até como lidou com a fama. A primeira faixa do projeto é \"Nostalgia\". Uma canção que como o nome sugere, fala sobre revisitar o passado, apenas para sentir uma sensação que um dia te fez bem, com declarações bastante convincentes do que ele sente, KIKI, consegue recriar esses cenários e transmitir exatamente o que ele queria com a canção. Logo em seguida podemos ouvir “Imagine\". A canção é como uma explosão de borboletas no estômago por imaginar de maneira tão vivida e criativa, a possibilidade de construir um relacionamento com quem você gosta. A faixa ainda traz consigo uma conotação de duplo sentido interessante e bem trabalhado. \"Marionette\" é a terceira faixa do EP, um colaboração entre o artista com o cantor ZER0, aborda relacionamentos tóxicos em seu pior estágio, e é uma canção que fala sobre retomar o controle de suas ações, ao mesmo tempo em que o eu lírico demonstra estar mais do que justificado por estar tomando todas essas decisões, inclusive a de compartilhar com a pessoa que era tóxico com ele o que ele considerou ser o limite de tudo. Depois de falar sobre um relacionamento tóxico, chega o momento onde Kiki prova está disposto a vivenciar um amor saudável e feliz, e é isso que o traz em “Fireworks at Midnight”. Com uma lírica doce e cativante o eu lírico nos conta como foi o processo de conquista até o desfecho do namoro com também artista Tomoyo. Aqui podemos ouvir a faixa mais pessoal do compilado, presenciamos a vulnerabilidade e o entusiasmos do artista em uma meiga faixa. “Breaking News” é a quinta faixa, uma canção com um tom ácido, onde o coreano fala criticamente sobre como a mídia é obcecada e suja, sempre buscando definhar a imagem de artistas com sensacionalizando erros e falhas dos mesmos. O artista traz uma lírica inteligente e sagaz, entregando uma ótima diss para toda a mídias Para finalizar o seu projeto, KiKi escolhe o seu maior hit “Call Me”. Uma canção romântica e chega a beirar o clichê, onde o eu lírico lida com o fato de que não tem suas expectativas correspondidas por quem ele esperava ter algo muito além de ligações telefônicas, mesmo parecendo bom do jeito que está, porém a forma que KIKI coloca sua personalidade na canção, é onde enxergamos todo potencial lírico que o artista possui. A produção visual do Extended Play é um trabalho em conjunto do artista principal e o renomado Prayor. Os dois entregam um trabalho cativante e que combina muito com a estética do novato coreano que é divertida e fofa. Em “Call Me KiKi”, podemos perceber o quanto KiKi não foge da sua essência artística, o artista sabe exatamente o que quer transmitir para seu público, e isso é muito positivo para um iniciante. Liricamente o Extended Play não alcança grandes níveis, mas consegue demonstrar todos os sentimentos de forma clara do eu lírico, nos deixando empolgados para acompanhar a evolução desse jovem artista. Podemos afirmar que o coreano nos apresenta algo despretensioso e divertido, transmitindo quem de fato ele é, alcançando o seu público e o fazendo delirar e se apaixonar cada vez mais pelo seu trabalho.

AllMusic

66

Com o \"Call Me KIKI\", Kiki faz a sua introdução no mundo da música com um EP de seis faixas sobre o cotidiano da sua vida até então, dando ao ouvinte a oportunidade de entender um pouco sobre como o artista chegou até aqui antes de lançar um álbum completo. Abrindo o mini album com \"Nostalgia\", a faixa lançada como single tem uma composição sútil e suave, ao mesmo que tempo que forte e intensa para demonstrar seus sentimentos com versos inteligentes, que trazem uma verdadeira sensação de nostalgia para o ouvinte. \"Imagine\" mistura um pouco o lado mais sofisticado do artista com um ar mais sensual, deixando tudo um pouco mais \"sexy\" ao mesmo tempo que a música carrega uma suavidade doce e sutil. \"Marionette\" parece ser uma faixa com um conceito interessante e uma proposta diferente até então, como um ponto de reviravolta mais agressivo da suavidade; mas os versos se tornam um pouco repetitivo, soando como a mesma coisa durante a música toda e dando um ar que está faltando algo na composição que deixe a música mais criativa. O que parecia seguir um caminho sedusente e romântico muda com a chegada de \"Breaking News\", que conta um lado mais midiático do artista, soando um tanto desconexa com as outras músicas como um todo. A composição da faixa mostra um tema mais agressivo, um tom de raiva nos versos é notável, o que parece não combinar muito com o tipo de narrativa que o álbum estava seguindo, apesar de parecer uma faixa bastante promissora. \"Call Me\" encerra o álbum voltando para a narrativa mais romântica, e como faixa de encerramento deixa um pouco a desejar. Seus versos são repetitivos e não cativam muito, já que o artista segue um pouco a linha clichê de paixão nos seus versos, não mostrando nenhum ponto de vista novo nos versos. Seu visual é seu ponto mais forte, desde a edição dos singles ao visual completo do álbum podemos quer que KIKI demonstrou criatividade e sua paleta de cores escolhidas tanto para capa quanto para encarte parecem combinar com a vibe apaixonada e suave do álbum, sendo um acerto no projeto. KIKI como um todo entregou um material de estreia que não demonstra todo o seu potencial, que se lapidado da forma correta o artista pode-se tornar um grande nome da indústria; mas precisa reforçar um pouco as suas composições, para que possamos sentir de fato as emoções que o artista quis passar no ato da composição, e uma das faixas de se destacam nisso é \"Nostalgia\" e \"Imagine\" sendo as melhores do álbum, que dão um ar sofisticado como um todo. Podemos esperar que o artista entregue um álbum completo em breve, e com letras mais intensas sobre suas experiências e menos \"too cute to be true\", não poderíamos dizer que ficaríamos chocados ao ver o seu potencial completo florescer.

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