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Continuando com a edição dupla, a VOGUE Germany convidou HuaN para um shoot fashion, onde o artista posa com looks fantásticos e que conversam com a personalidade do artista, além de convidá-lo para uma entrevista. Confira a conversa abaixo:

vogue: Olá HuaN, Tudo bem? Estamos muito felizes por ser a mais nova face da edição alemã da Vogue:

huan: Hey Vogue, obrigado pelo convite, é realmente gratificante estar de volta à revista. Isso é muito louco né? Em um momento você está sem nada para fazer, no outro está na Alemanha posando para capa de uma revista.

vogue: Não é a sua primeira vez em uma das nossas edições. Você já esteve na capa da edição britânica no ano 03, você sente que mudou muito do HuaN do Ano 3 para esse HuaN de agora?

huan: Talvez, é delicado falar de mudança, sempre penso que estamos mudando, mas algo de antes sempre fica, então nunca é uma mudança total. Acho que amadureci mais, tive experiências novas e incrivelmente boas e ruins também que me fizeram crescer mais, não sei se seriam mudanças. Artisticamente, acho que evoluí muito. Ando vendo muitas críticas ao meu respeito ultimamente, acredito que se tem alguém incomodado ou agraciado com seu trabalho então você está fazendo algo que alguém também quer fazer.

vogue: Ainda sobre mudanças, você sente que elas têm conexão direta com a sua música? Se sim, como ela afeta o seu trabalho?

huan: Após o lançamento do Time Signature eu percebi que eu não quero mais fazer música conceitual, também não quero entrar na linha pop ou qualquer outro gênero que seja dentro do meu trabalho pessoal, claro que em colaborações não vejo restrições. Antes eu acreditava que para se tornar um ícone da cultura POP — e eu tentei com este álbum mesmo não saindo rock e do conceito, você necessariamente precisaria estar envolvido nela da forma mais genérica possível e não é. Essa foi a maior mudança no meu trabalho. Agora com o lançamento da minha nova canção, FINE ARCHITECTURE, consigo realmente fazer o que gosto sem me preocupar com o quanto as pessoas irão gostar.

vogue: Depois de período em hiatus, você voltou com um single de extremo sucesso atingindo o #1, o FINE ARCHITECTURE. Como foi a produção e criação desse single é o que ele representa para a sua nova fase?

huan: Essa canção foi feita por mim e ZANE, em um período em que eu estava precisando contar para as pessoas como me sinto e como vejo o mundo agora, nos sentamos e começamos a escrever e em poucos minutos sabíamos exatamente o que seria a música, tivemos uma conexão absurdamente boa, foi como se estivéssemos em transe. Sillum foi uma produtora visual incrível e entregou um trabalho que me surpreendeu, ela soube traduzir perfeitamente tudo que eu queria com esta canção.

vogue: Na música você fala sobre a analogia do ser humano x arquitetura onde a humanidade é construída a partir de ideias e momentos, você se considera uma pessoa que vive o momento, presente é agora ou que faz planos que talvez nem saiba se vão acontecer?

huan: Sempre vou optar por entender e planejar meu futuro baseado em objetivos que tenho para minha vida, profissional e pessoal. A questão disse tudo não é saber exatamente o que fazer e sim como lidar quando acontecer. Então o equilíbrio entre viver o agora e buscar soluções para planos futuros é necessário e saudável.

vogue: Uma das perspectivas que você traz no seu trabalho é sobre se encontrar em um lugar onde não queria estar, como foi para você lidar com esse sentimento e qual conselho daria para as pessoas que estão passando por isso agora?

huan: Nunca fique onde você não quer e não se sente confortável em estar, mas entenda que aquele momento é necessário, você não vai saber agora e pode não saber mesmo quando sair de lá por um bom tempo, mas tenha em mente que em algum momento você entenderá que aquilo foi necessário para você, mas mais necessário ainda, é você não desistir de lutar por si.

vogue: Você é um dos artistas que melhor transmite emoções tão profundas em letras. De onde vem essas inspirações e percepção para escrevê-las?

huan: Para mim, o segredo de você conseguir se expressar é ser honesto e não tentar mascarar o que deve ser dito. Meus trabalhos são feitos baseados em histórias e personagens que conto enquanto canto [risos]. Mas nenhum personagem, por mais que seja totalmente oposto a nós, é imune a nossas próprias experiências de vida.

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vogue: Além da sua sensibilidade lírica, você possui um grande apreço pela estética como foi visto em FINE ARCHITECTURE, como você idealiza os visuais e os torna realidade?

huan: Eu tenho uma condição chamada sinestesia, você já deve ter ouvido falar por aí com alguma cantora neozelandesa... [risos]. Mas, se não conhece, essa condição, no meu caso, me dá a habilidade de enxergar e sentir cores e texturas com sons e palavras você pode ver claramente isso no meu último álbum. Dito isto, a construção visual dos trabalhos muitas vezes se dão ao redor da história que está sendo contada e foi assim com FINE ARCHITECTURE, eu tentei usar fato da analogia com arquitetura para seu desenvolvimento pois para mim, ela diz muito sobre como nós mesmos construímos e planejamos nossas vidas e principalmente, como eu arquiteto o meu próprio destino.

vogue: Vamos falar sobre planos futuros. Quando você lançou o FINE ARCHITECTURE, você disse que era o primeiro single do seu quarto álbum. Como anda a produção dele? Pode nos soltar alguma novidade?

huan: Meu quarto álbum se chama something 'bout the way tell me it worth it, ele vai contar sobre como a vida pode ser rápida e como lidamos com o último período que a vida nos impôs, principalmente sobre minhas experiências durante o hiatus. Sua produção está parada no momento, não sei quando irei lançar o álbum e não estou preocupado com isso para ser honesto, quando for necessário ele irá vir.

vogue: Com uma era de sucesso batendo a porta, além do próximo álbum, quais são os próximos planos?

huan: Sinceramente, voltar aos palcos, eu amo estar em turnês e amo viajar o mundo. Essa sempre será minha parte favorita, eu faço álbuns e já penso em como poderei entrar em tour [risos]. Possuo 2 álbuns finalizados liricamente, irei solta-los quando me sentir bem, esses são os planos.

vogue: Após 3 álbuns de sucessos e mais de 60 prêmios, você ainda se preocupa com a recepção da crítica e público com o seu trabalho?

huan: Na real nunca me preocupei com isso, a validação crítica não me importa. Eu queria agradar meu público, meu foco era esse, meu público consome meu trabalho. A crítica nunca me interessou.

vogue: Sabemos bem, que você é um dos artistas masculinos que sabe utilizar bem a moda durante as suas aparições e performances. Qual a importância da moda na criação das suas eras e conceitos?

huan: A moda sempre será importante para transmitir visualmente o que você quer passar, se é seu desejo que sua mensagem precisa ser ouvida pelo mundo, a moda é o primeiro passo para que isso aconteça, muitas vezes você fala o mais alto que pode e mesmo assim não é ouvido, mas quando as pessoas sentem o impacto visual, toda a sua atenção é capturada e você finalmente pode dizer quem e o que você quer.



Comentários

Marie Vaccari
A cadelinha tá tão linda!!
Allison
Que luxo essa edição da vogue
2018 - © FAMOU$